Yeah, go ahead, introduce your
Okay, esta foi a primeira fic que publiquei desde que comecei a escrever fanfiction há já alguns anos. Para quem gostar e quiser continuar a ler tudo de seguida, esta fic e a sua continuação já estão postadas e completas noutro site -> (seleccionar para ver): http://www.fanfiction.net/s/5668824/1/Have_you_met_Miss_Jones.
(btw, eu escrevo em português de Portugal. Qualquer palavra que não compreendam, é só perguntar que eu esclareço :D)
Disclaimer: tudo o que não saiu da minha perturbada mente, é da titi Jo :p
Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin
Chapter 1: Yeah, go ahead, introduce yourself!
Era uma vez uma menina de 11 anos chamada Narcissa Jones. Era uma vez uma casa enorme e bem decorada, bem no centro da Londres bruxa. Era uma vez a família dessa menina: rica, poderosa e negligente. Era uma vez um segredo. Era uma vez…
Todas as histórias começam por 'Era uma vez'. Quando lemos estas palavras, pensamos imediatamente em contos de fadas muggles: princesas lindíssimas, príncipes heróicos, madrastas más, reis distraídos e patéticos, fadas madrinhas, animais encantados, grandes castelos, aventuras, romance e um final feliz. Bom, tinha sido por esses contos de fadas que Narcissa aprendera a ler e era assim que, aos 11 anos, definia a sua vida. E tinha toda a certeza de quem eram os personagens.
A princesa? Quem mais senão ela própria? Era bonita, com os cabelos castanhos-escuros ondulando suavemente, emoldurando a sua face, e os olhos de um castanho chocolate que faziam qualquer um derreter. Era determinada, ambiciosa, impulsiva e gostava de ver os outros felizes. Considerava-se uma boa amiga, embora não tivesse muitas pessoas que pudessem corroborar isso. E porquê? Ora, porque escondia um segredo e como não o queria contar, as pessoas simplesmente afastavam-se. Será que só seriam felizes ao saber tudo sobre todos? Suspirava. Não havia nada a fazer com essas pessoas. Se não queriam ser suas amigas só porque não lhes contava toda a sua vida, paciência. Não era, nem nunca iria ser como a sua mãe.
'Grew up in a small town
And when the rain would fall down
I'd just stare out my window
A mãe! Era facilmente comparável com a madrasta má. Julie Prince Barclay era uma mulher severa, de posições firmes. Narcissa admiraria aquela mulher se as suas posições firmes fossem opiniões bem fundamentadas e não comentários supérfluos sobre o vestido certo a levar a uma angariação de fundos no Ministério. Julie tinha um orgulho desmedido no seu sangue puro e no seu nome de família. Ao casar-se com o seu pai, recusara-se a receber o seu apelido. Era uma mulher fútil com a mania da superioridade, que não se importava com mais ninguém no mundo excepto ela própria. Proibira Narcissa de contar a quem quer que fosse 'o segredo'. Narcissa assentira, mas não para lhe obedecer. Simplesmente achava que as pessoas se afastariam ainda mais, e se havia uma coisa que Narcissa não precisava, mesmo tendo a companhia dos irmãos, era de se sentir ainda mais sozinha.
Dreaming of what could be
And if I'd end up happy
I would pray
Thomas e Claire Prince Barclay Jones, eram os seus companheiros de brincadeiras. Também eles sofriam por serem filhos de Julie e William e, por isso, Narcissa considerava-os um príncipe e uma princesa estóicos. Sendo que Tom era o mais velho dos três e passara por tudo aquilo sozinho, sem qualquer apoio, Narcissa admirava-se como é que ele se tornara naquele adolescente calmo, sereno e ponderado, sempre pronto para a guiar se insistisse em ir por um mau caminho, sem nunca a repreender. No auge dos seus 13 anos, Tom era alto, de cabelo castanho, exactamente do mesmo tom de Narcissa, e olhos esverdeados, herança da mãe. Narcissa dava graças a Merlin por ser apenas física a sua parecença dele com a mulher que se intitulava sua mãe.
Já Claire, apenas um ano mais nova que Narcissa, era exactamente o oposto do irmão. Extrovertida, risonha, sociável, estava sempre pronta para uma ou duas marotices. Sendo a mais nova, tivera a protecção dos irmãos contra a negligência dos pais e, por isso, quase não a sentira. Desde pequena que sonhava ser Curandeira, e Narcissa tinha a certeza que ela havia de concretizar esse sonho. Tal como de Tom, Claire era, fisicamente, bastante parecida com Julie, possuindo olhos castanhos-escuros, quase pretos – herança dos Jones - , e cabelo acobreado e bastante mais claro que o dos irmãos.
Trying hard to reach out
But when I tried to speak out
Felt like no one could hear me
O pai, William Jones, era um dos melhores Chefes de Departamento de Regulação da Lei Mágica que já tinham passado por aquele Ministério. No entanto, isso fazia com que não passasse muito tempo com a família. Saía antes de Narcissa acordar e chegava muito depois de ter adormecido. Quando estava em casa, trazia o trabalho com ele. Narcissa mal o conhecia. Sentia que só o via 4 ou 5 vezes por ano: nos aniversários e no Natal. Considerava-o o rei patético e distraído que nem sequer se lembrava que tinha família por estar demasiado ocupado com os assuntos do reino. E agora, que ia começar o seu primeiro ano em Hogwarts, só o veria uma vez. Espantava-a perceber que aquele facto lhe era indiferente. Mas depois, ao pensar melhor, via que nem era assim tão invulgar. Sentir falta de uma pessoa que mal via e conhecia? Era estranho e não fazia sentido.
Wanted to belong here
But something felt so wrong here
So I prayed I could break away
No entanto, se havia alguém de quem sentiria falta seria de Cecília Prince Barclay, a sua avó. Passava imenso tempo com ela na sua pequena casa, que se situava nos arredores da cidade. Sentia que aquela mulher, tão parecida com ela em todos os aspectos, era a única que a compreendia verdadeiramente. O Dom que ambas possuíam exigia que se fosse forte para suportar toda e qualquer adversidade, principalmente por terem de fazer segredo dele. Contudo, o amor que sentia por aquela senhora era tão forte, tão puro, que Narcissa achava que nenhuma adversidade seria capaz de destruir aquele amor. Ao expor a sua opinião à avó, esta gargalhou suavemente. Concordava com a neta, mas a sua teoria tinha uma falha: não era apenas aquele amor que resistiria a qualquer obstáculo. Haveria outro, muito mais forte, que faria com que Narcissa percebesse verdadeiramente o significado da palavra amar. A pequena franziu o sobrolho. Achava muito improvável amar alguém mais do que amava a sua avó. Cecília não se alongou mais. Disse que Narcissa descobriria a seu tempo e que penas esperava estar cá tempo suficiente para ver isso acontecer. A morena comparava-a a uma fada madrinha, que a fazia sentir bem, segura, aceite, e que era capaz, de vez em quando, de lhe conceder um ou outro desejo.
I'll spread my wings and I'll learn how to fly
I'll do what it takes til' I touch the sky
And I'll make a wish
Take a chance
Make a change
And breakaway
E, sentada no banco da última carruagem do Expresso de Hogwarts, depois de se ter despedido da irmã e da avó, não podia deixar de sorrir com estes pensamentos. Deixava a madrasta má, o rei distraído, a fada madrinha e a princesa estóica para trás e ia em busca do desconhecido, viver uma grande aventura.
Out of the darkness and into the sun
But I won't forget all the ones that I love
I'll take a risk
Take a chance
Make a change
And breakaway
(Breakaway – Kelly Clarkson)
Restava saber se, quando a aventura terminasse e tal como a sua vida até ali, o final não ia ser feliz.
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