Epílogo




Harry passou pela entrada principal do ministério da magia e começou a caminhar em direção ao estacionamento em frente, onde deixou o seu carro, queria voltar o mais rápido possível para casa.


Não conseguia parar de pensar em como sua vida havia mudado completamente nos últimos cinco meses: estava casado com a mulher que amava e teriam um filho dentro de poucos dias, isso era motivo para sua felicidade está completa. Logo depois da cerimônia civil, ele e Hermione decidiram comprar uma casa em um bairro trouxa perto dos pais da morena, Julie foi morar com eles, mas visita o pai quase todos os fins de semana, ela está muito feliz com a chegada de seu irmãozinho (ou irmãzinha) e não vê a hora para que isso aconteça.


Assim que abriu a porta de casa encontrou Hermione tentando limpar uma prateleira alta em que estavam algumas fotos.


- O que a senhora pensa que está fazendo? – disse fazendo com que a mulher se assustasse caísse da escada em que estava – Você não devia estar arrumando a casa, pode fazer mal para o bebê.


- O que faz mal para ele é você ficar me assustando dessa maneira – começou a descer lentamente – Será que você pode me ajudar aqui.


Aproximou-se e a pegou no colo começando a beijá-la logo em seguida. Quando se separaram a colocou no chão.


- Você está pesada! – brincou fazendo com que levasse um tapa da esposa - O que você andou comendo que te engordou tanto.


- Sabe que eu não sei! – entrou na brincadeira dele enquanto passava mão pela barriga, que estava enorme – Mas eu realmente reparei que estou engordando.


Os dois começaram a rir, até que a morena parou parecendo que estava sentindo muita dor.


- O que houve meu amor? – aproximou-se mais, parecendo bastante preocupado – o que você está sentindo?


- Não é nada! – sentou-se no sofá – Deve ser só mais uma contração.


- Contração? – parecia bem mais preocupado – Há quanto tempo que você está sentindo isso?


- Uma meia hora! – respondeu bastante calma - Mais ainda estão bastante espaçadas.


- Deveria ter me contado assim que eu cheguei – começou a caminhar em direção as escadas – Vamos imediatamente para o hospital.


- Não vamos a lugar nenhum! – a mulher parecia bastante decidida – O trabalho de parto pode levar horas, a bolsa ainda nem estourou são só contrações.


- Mas você não acha melhor esperarmos isso no hospital – perguntou um pouco receoso – Lá tem médicos, você vai se sentir bem mais segura.


- De jeito nenhum, eu vou é ficar agoniada – praticamente gritou nesse momento – Antes de Julie nascer, Rony me fez ir para o hospital quando começou a primeira contração. Fiquei doze horas deitada naquela cama esperando a bolsa estourar, não agüentava mais.


- Está bem, você venceu! – suspirou pesadamente – Mas é melhor deixarmos tudo pronto, vou até lá em cima preparar a sua mala e a mala do bebê.


- Você já fez isso há duas semanas! – lembrou – Disse que era para não esquecermos de nada na pressa de sair de casa.


- É verdade! – começou a andar em círculos – Vou pegar e tudo e trazer aqui para a sala, também vou dizer para Julie ficar atenta porque podemos sair a qualquer momento de casa. Enquanto isso você fica aí deitada, quer um copo d’água?


- Não precisa! – disse enquanto o marido a ajudava a deitar no sofá.


- Ótimo! – começou a subir as escadas rapidamente – Passo na cozinha assim que voltar com as malas.


Hermione suspirou pesadamente pouco antes de uma nova contração faze-la sentir dor.


Meia hora já havia se passado e nada havia mudado no estado da morena. Harry andava de um lado para o outro com a cabeça baixa.


- Será que você parar? – ela pediu um pouco impaciente – Está me deixando tonta.


- Desculpe-me! – sentou-se no chão ao lado de onde a mulher estava deitada – É que eu estou nervoso, é o meu primeiro filho.


- Eu sei como você está se sentido! – passou a mão pelo rosto dele – Mas eu já passei por isso antes e sei muito bem o que preciso fazer.


Suspirou tentando se acalmar enquanto fechava os olhos.


- Agora por que não aproveitamos que estamos sozinhos – o puxou para um beijo – Aí! – gritou fazendo com que se separassem.


- Está na hora? – perguntou rapidamente.


- Não! – sua respiração estava ligeiramente ofegante – Não se preocupe, foi só mais uma contração.


Ela se levantou um pouco para que o homem sentasse no sofá e depois deitou em seu colo. Ele ficou brincando com uma mecha daqueles cabelos cacheados.


- Você prefere menino ou menina? – o moreno perguntou de repente enquanto colocava a mão na barriga dela.


- Nunca pensei muito nisso, o importante é que tenha saúde – colocou a mão por cima da do marido – Mas seria legal se fosse um menino, como eu já tenho a Julie, teríamos um casal.


- Mas Julie não é minha filha e eu sempre quis ter uma menina! – disse com um sorriso maroto – Acho que o melhor seria que fosse um casal de gêmeos, assim nos dois ficaríamos felizes.


- Não sei se teria disposição para cuidar de dois bebês ao mesmo tempo – riu – Mas até que seria uma boa experiência.


- Ouviram passos vindos do andar de cima, viraram-se e viram Julie descendo as escadas.


- Meu irmãozinho ainda não vai nascer? – a menina perguntou parecendo um pouco triste.


- Ainda pode demorar um pouco minha querida! – Hermione tentou explicar.


- Mas o Harry disse que estava quase na hora! – olhou para o padrasto como se ele tivesse mentido para ela


- O Harry só exagerou um pouco – riu olhando para o de olhos verdes – Mas provavelmente não... – parou de falar colocando a mão sobre a barriga.


- O que houve? – perguntaram ao mesmo tempo.


- Acho que está na hora! – respondeu simplesmente – A bolsa estourou.


- Ai meu Merlim! – se levantou rapidamente sem saber o que fazer direito – Julie pega essas malas e vai para o carro; Mione fica calma que tudo vai dar certo; eu vou telefonar para o hospital.


Desligou o telefone, o medico de Hermione estava já estava a caminho. Foi rapidamente para o carro e saiu a toda velocidade de dentro da garagem.


- Harry! – a ruivinha, que esta no banco detrás do carro, começou a falar quando já estavam na avenida principal de Londres – Não acha que esquecemos alguma coisa em casa?


- Não temos tempo de voltar par buscar mais nada, a sua mãe vai ter um bebê – olhou para o banco ao seu lado e percebeu que estava vazio – Onde está a Mione?


- É o que eu estou tentando te dizer! – a menina revirou os olhos de impaciência – Você deixou a minha mãe em casa.


Fez o primeiro retorno que encontrou e em menos de cinco minutos estava na porta de casa novamente.


- Pensei que fosse me deixar aqui? – a morena disse quando viu o marido abrindo a porta e a ajudando a caminhar até o carro.


- Desculpe-me Mione! – já havia voltado a andar – Estava tão nervoso que esqueci que você não estava no carro.


Não demoraram muito para chegar ao hospital trouxa (a mulher também teve sua filha mais velha naquele lugar, pois assim seus pais poderiam acompanhar o nascimento de perto). A enfermeira logo levou Hermione para o centro cirúrgico e os outros dois ficaram na recepção.


- Harry! – Julie observava o homem que andava em círculos – Você está nervoso?


- O que faz você pensar isso? – parou e ficou encarando a enteada.


- É que você está andando de um lado para o outro – explicou – Tia Gina uma vez me disse que meu pai ficou fazendo a mesma coisa quando eu nasci.


- Está bem, eu estou nervoso! – finalmente se sentou – Mas não conta isso para ninguém. Eu derrotei o maior bruxo de todos os tempos, não posso ficar com medo do nascimento do meu filho.


- Está bem! – apertou a mão dele, como em um acordo – Seu segredo está seguro comigo.


Meia hora se passou e nenhum medico apareceu para dar noticias, o que estava deixando Harry mais nervoso ainda. De repente Rony e Luna chegaram.


- Papai! – Julie saiu correndo para abraçar o recém-chegado.


- Viemos o mais rápido possível! – o ruivo cumprimentou o amigo – Conseguimos avisar a Gina, mas ela está de plantão no St Mungus.


- Está certo! – balançou a cabeça afirmativamente.


- Tia Luna! – a garota começou a falar com a mulher que a pegou no colo naquele momento – Quando é que você e o meu pai vão me dar um irmãozinho também.


A loira, que estava extremamente vermelha naquele momento, olhou para o marido, que deu apenas um sorriso maroto.


- Não sei minha querida! – respondeu por fim – Isso depende do seu pai!


- O mais rápido possível então! – Rony disse ainda sorrindo – O que acha de está noite? – sussurrou sedutoramente no ouvido da esposa.


- Conversamos quando chegarmos em casa – foi tudo que ela disse antes de dar um selinho nos lábios dele.


Nesse momento o senhor e a senhora Granger chegaram e cumprimentaram a todos. O de olhos verdes pediu licença e foi para o lado de fora do hospital tomar um ar fresco, não percebeu que o amigo foi logo atrás dele.


- Preparado para ficar noites em claro? – perguntou em um tom brincalhão – Às vezes, quando eu fecho os olhos, consigo ouvir os choros de Julie pela casa.


- Ainda não tinha pensado nesse detalhe! – disse sorrindo – Mas acho que estou preparado.


- É bom estar mesmo! – deu um tapa de leve no ombro do outro – Nós nem tivemos tempo de conversar depois que você voltou para Londres novamente.


- É verdade! – dizia que não tinha tempo, mas na verdade, estava sem coragem de encarar o amigo depois de tudo que aconteceu.


- Estava esperando uma oportunidade de conversarmos sobre o que houve entre você e a Mione quando ela ainda era casada comigo, acho que esse é o momento certo – começou – Quero que você saiba que eu não guardo magoa de vocês dois, estou feliz ao lado da Luna e espero que vocês dois também estejam.


- Nós estamos! – abraçou o ruivo – Acredite.


Rony olhou para em direção a porta de vidro e reparou que um médico se aproximou dos que ficaram lá dentro.


- Acho que ele tem noticias da Mione e do bebê – apontou para dentro.


- Vamos até lá! – o moreno saiu correndo.


Quando chegaram lá, perceberam que todos prestavam atenção no homem de branco, sem ao menos piscar.


- Doutor! – apertou a mão dele assim que falou – Como está a minha esposa e o meu filho, eles vão ficar bem.


- Não se preocupe senhor Potter – sorriu para ele – Sua esposa e os seus filhos estão passando muito bem.


- Filhos? – um sorriso bobo surgiu em seus lábios nesse momento.


- A senhora Potter deu a luz a um casal de gêmeos! – explicou da maneira mais natural possível – Não sabiam que iam ser gêmeos?


- Na verdade não! – disse ainda em estado de choque – Na verdade nem pensamos em fazer uma ultra-sonografia.


- Esta bem! – o médico disse – Gostariam de vê-los


- Sim! – responderam todos ao mesmo tempo.


- É melhor não ir apenas um por vez! – explicou – Foi um dia muito cansativo e eles precisam descansar.


- Eu vou primeiro! – Harry disse rapidamente.


A enfermeira o levou até o quarto de Hermione. Quando entrou no local, a viu deitada e segurando dois “embrulhos”.


- Oi Harry! – sorriu o ver o marido – Por mais que possa parecer incrível o seu pedido foi atendido.


- O médico me contou – sentou-se em uma cadeira que havia no local – Quem diria que aquele barrigão era porque tinham dois bebês?


- É mesmo! – riu enquanto olhava de um para o outro – Eles são lindos.


- Com quem se parecem? – quis saber.


- Ainda não dá para ver, são muito pequenos! – disse – Mas a menina tem os seus olhos e o menino tem os meus.


- Será que eu posso segura-los? – pediu estendendo as mãos.


- Claro! – se inclinou para entregar os dois bebês na mão do marido.


Aquele foi o momento mais especial da vida do moreno. No momento em que eles abriram os olhos pode confirmar o que a mulher havia acabado de dizer, não pode deixar de sorrir.


- Temos que escolher os nomes! – disse enquanto devolvia os filhos, com todo o cuidado, para os braços da esposa – Já pensou em algum.


- Sim! – respondeu na mesma hora – Henry e Hannah, o que você acha.


- Acho lindo! – deu um selinho de leve nos lábios dela – Eu te amo.


- Eu também te amo! – respondeu antes de beijá-lo mais uma vez.


Harry ainda ficou mais um pouco dentro do quarto, pois sabia que os outros também queriam ir vê-los.


Algumas horas depois retornava para casa, rapidamente observou Julie, a menina dormia profundamente no banco de trás do carro. Ele sabia que aquele era o começo de uma vida nova para todos.


Fim

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