Nicolly Lilian Potter
Assim chegaram na sala de espera do St Mungus, Harry colocou a amiga sentada em uma das poltronas e foi falar com recepcionista.
- A minha amiga! – disse, apontando para a morena que parecia estar sentindo mais uma contração – Ela está em trabalho de parto.
A mulher continuou a examinar os pergaminhos que estavam em cima da sua mesa, parecendo não ter prestado atenção no garoto a sua frente.
- Ela está tendo um bebê – gritou com toda a força que conseguiu – Será que não tem nenhum médico aqui?
- Vou chamar nosso obstetra de plantão! – respondeu, escrevendo algo em um pedaço de papel e o mandando em forma de avião – Logo ele estará aqui, é só esperar.
Ele sentou-se juntamente com os amigos, percebeu que Hermione estava à beira das lágrimas naquele momento.
- Vai dar tudo certo Mione – ele disse, dando um beijo na testa da amiga.
- Estou doida para ver a cara do nosso bebê – falou, deitando a cabeça no ombro do amigo.
Não demorou muito para um homem de cabelos grisalhos e óculos aparecer no local.
- Então! – disse, se aproximando deles – Quem aqui está em trabalho de parto?
- Acho que é ela! – Rony disse, sarcasticamente, indicando a amiga – Mas ninguém aqui parece estar grávida.
O médico pegou sua varinha no bolso do jaleco e fez uma cadeira de rodas ir até o local.
- Sente-se aqui senhorita! – disse, ajudando a garota se levantar e a sentar na cadeira – Vamos fazer alguns exames.
- E nós! – Harry perguntou, ainda segurando, com muita força a mão da morena.
- Podem ficar aqui esperando – respondeu –Venho avisar qualquer coisa.
- Harry! – Hermione disse, sua voz estava bem fraca e a mão gelada – O conjuntinho que você me deu, ela não pode sair desse hospital sem ele.
- Eu vou lá pegá-lo agora Mione! – completou, soltando a mão dela.
- Deixa que eu vou lá Harry! – Sirius disse, se aproximando do afilhado – Ela pode precisar de você aqui.
Logo depois que o homem foi aparatou, todos continuaram sentados esperando notícias do médico, que apareceu cinco minutos depois.
- Então? – o moreno perguntou, se levantando imediatamente.
- Ela realmente está em trabalho de parto – disse, como se ainda tivesse alguma dúvida – A bolsa estourou assim que chegamos na sala de exames.
- Que maravilha – o de olhos verdes disse, quase pulando de tanta alegria – Ela já nasceu? Como estão as duas?
- Acalme-se senhor Potter, ainda não fizemos o parto – respondeu, simplesmente – Não é tão rápido assim, ainda mais nesse caso.
- Como assim? – perguntou, ficando cada vez mais nervoso – Aconteceu alguma coisa com a Mione?
- A criança é prematura, isso já é um fator de risco – começou a explicar, parecendo um pouco receoso – E a mãe sendo tão jovem, esse risco aumenta mais ainda.
O silêncio tomou conta do local.
- Nesses casos achamos melhor fazer uma cesariana – voltou a falar – A senhorita Granger está sendo levada para a sala de cirurgia nesse momento.
- Eu quero vê-la – Harry disse – Por favor, me deixe assistir a cirurgia.
- Somente parentes pode acompanhar o parto – explicou.
- Mas eu sou o pai da criança – o moreno gritou, estava ficando completamente sem paciência.
- Está bem senhor Potter! – o médico disse, sorrindo – Me siga.
Hermione estava deita em uma espécie de mesa. Vários curandeiros passavam por ela verificando alguma coisa, até que uma parou na sua frente.
- Bebe isso! – disse, colocando um copo com um liquido rosa em sua mão – É uma anestesia.
Ela tomou toda a poção, era um pouco amarga, mas instantaneamente começou a fazer efeito.
Um rapaz totalmente vestido de médico entrou no local e se aproximou da garota, que só o reconheceu por causa do par de olhos verdes por cima da máscara.
- Harry! – ela disse, sorrindo.
- Achou que eu fosse perder esse momento? – perguntou, também sorrindo.
- Eu estou com medo! – falou.
- Não se preocupe! – passou a mão, levemente, pela bochecha da amiga – Apenas pense que, em alguns minutos vamos estar com o nosso bebê nos braços.
A morena apenas sorriu. Logo o médico chegou para começar a cirurgia.
Durante todo o parto, Harry ficou sussurrando para amiga, palavras de incentivo, também não largou por nenhum minuto a mão dela. Logo ouviram um choro de bebê. O moreno viu que os a amiga estava com os olhos cheios de água, aquele momento era o mais mágico na vida dos dois.
- Eu quero ver a minha filha – Hermione disse, esticando os braços – Eu quero segurá-la.
- Já vão trazê-la – o médico disse, se aproximando dos dois – Ela está tomando banho.
Não demorou muito para um curandeira trazer um "embrulho" rosa e entregar para a morena.
- É a nossa filha Harry! – falou, com um sorriso bobo nos lábios enquanto admirava o pequeno bebê em seus braços – A nossa garotinha.
- Eu sei! – ele disse, também sorrindo, a menina começava a abrir os olhos e puderam ver que eram totalmente verdes.
A de olhos castanhos ficou vários minutos olhando para a filha, como se quisesse decorar cada detalhe daquele pequeno rosto. Em seguida, olhou para o amigo sorrindo.
- Agora entendo o que a minha mãe quis dizer – disse, depois de alguns minutos – Já sei o nome perfeito para ela.
- Qual? – Harry quis saber, parecendo muito curioso.
- Nicolly! – respondeu, acariciando o rosto da menina – Nicolly Lílian Potter.
O moreno olhou atentamente para o rosto da filha. Tinha cara de joelho como qualquer outro bebê, mas realmente, ela tinha cara de Nicolly.
- É perfeito! – disse, por fim – Não teria nome mais perfeito.
Deu um pequeno selinho na amiga, que apenas sorriu.
A morena foi levada para o quarto e Harry ficou ao seu lado enquanto ela amamentava Nicolly. Em seguida, liberaram a visita dos amigos que estavam na recepção.
Quando a porta se abriu, o ruivo entrou segurando a mão da namorada.
- Queríamos ser os primeiros a ver a nossa afilhada – ele disse, sorrindo para os dois amigos.
- Está bem! – o outro garoto disse – Vejam como a Nicolly é linda.
- É mesmo – respondeu, olhando para o bebê – Vai dar bastante trabalho quando crescer. Vai se preparando – completou, batendo de leve nas costas do amigo.
- Eu vou resolver isso de uma maneira muito fácil – disse o moreno com o um sorriso no rosto – Ela só vai poder namorar depois dos 20 anos e casar, só com 30.
- Harry! – Hermione disse, segurando o riso – Ela acabou de nascer e você já está querendo controlá-la.
- Estou sendo prevenido – completou – Não quero nenhum cara mal intencionado se aproveitando da minha garotinha.
- Comece a se preocupar com isso daqui a alguns anos – ela disse.
- Mione! – Luna começou a falar, estava com seu olhar sonhador – Será que eu posso segurá-la um pouco?
- Claro! – respondeu, estendendo o braço para amiga.
Delicadamente, a loira segurou a afilhada, que parecia estar gostando, pois dormiu quase que instantaneamente.
- Eu também quero segurá-la um pouco – Rony falou ficando ao lado da namorada, parecia uma criança pedindo brinquedo.
- Espera um pouco – ela disse – Estou treinando para quando tivermos os nossos, vou querer ter pelo menos uns quatro filhos.
O garoto ficou com o rosto completamente pálido naquele momento, fazendo os dois morenos começarem a rir.
- Vamos esperar mais alguns anos antes – completou, por fim – Você ainda precisa terminar o último ano em Hogwarts.
A garota começou a rir, então o deixou segurar o bebê. O ruivo sorriu enquanto a olhava dormir.
- Talvez não precisemos de tanto tempo assim – corrigiu – Luna, o que acha de ir até lá em casa agora?
Ela lançou um olhar atravessado ao namorado, mas não disse uma palavra.
- Vocês dois já ficaram com ela muito tempo – o moreno disse, fingindo-se de chateado – Eu também quero segurar a minha filha.
Rony entregou a menina para o amigo, que se sentou no banco que havia no lado da cama e ficou olhando para o bebê.
- Rony! – Luna disse, depois de alguns minutos – Acho melhor nós irmos embora.
- Então você vai aceitar o meu pedido de termos um bebê? – perguntou, com um sorriso nos lábios.
- Não é isso! – respondeu, ficando ligeiramente vermelha – Mas é que amanhã eu volto para Hogwarts e você tem o teste de animago. Além disso, os outros também querem vir aqui.
- Está bem! – parecia uma criança que havia acabado de levar bronca da mãe – Tchau Harry! Tchau Mione! Quando vocês estiverem em casa, faço uma visita.
- E eu, só vou vê-los no natal – a garota falou – Então, boa sorte!
Assim que a porta se fechou novamente, Harry olhou para amiga, que parecia um pouco triste naquele momento.
- O que houve Mione? – ele perguntou, acariciando as bochechas dela – Hoje deveria ser o dia mais feliz da sua vida.
- Eu sei! – respondeu, tentando sorrir – Mas estou sentindo falta dos meus pais, queria que eles tivessem vindo ver a neta nascer.
- Deve estar sendo uma barra ouvir tudo aquilo do seu pai – ele disse, suspirando levemente – Mas tenho certeza de que logo tudo isso estará resolvido. Eles vão adorar a Nicolly.
Nesse momento os dois são interrompidos mais uma vez, Sirius entra no quarto com uma caixa na mão.
- Desculpe estar interrompendo esse momento – disse, com um sorriso maroto – Mas eu quis vir logo falar com vocês, preciso voltar para casa antes que o Dobby entre em desespero.
O moreno começou a rir, mas Hermione continuou séria.
- Então! – o homem continuou a falar – Aqui está a roupinha dela – entregou a caixa para a garota – Afinal, qual nome vocês escolheram para ela?
Nicolly! – responderam juntos.
- Vou colocar na placa assim que chegar em casa – continuou, caminhando até a porta – Já estou indo, também preciso mandar uma carta o mais rápido possível – completou, fechando a porta atrás de si.
- Acho que ela dormiu! – Harry sussurrou olhando para a filha.
- Coloca ela ali – disse, apontando para o berço de madeira que estava do outro lado – Acho que eu também vou dormir um pouco.
- Você teve um dia muito cansativo hoje – concordou, ajeitando o cobertor em cima de Nicolly – É melhor que você descanse um pouco. Vou pedir para o médico não deixar entrar ninguém – saiu do quarto.
Quando o moreno retornou, a amiga já estava dormindo. Sentou-se ao lado dela, enquanto a vi dormindo e brincava com os cachos de seu cabelo. Poderia ficar daquela maneira para sempre.
Enquanto isso, na sala de espera, Gina e os gêmeos ainda estavam no local. A garota parecia ligeiramente impaciente e, quando o médico foi dizer que teriam que esperar para ir ver eles. Isso só piorou.
- Eu não acredito! – ela disse, batendo o pé no chão em um movimento ritmado - Amanhã eu vou viajar, preciso ir para casa dormir.
- Então vai! – Jorge falou, com um sorriso sarcástico – Não tem ninguém te prendendo aqui.
- Eu quero ver o meu namorado – usou um tom bastante possessivo na frase – Amanhã ele já não vai se despedir amanhã na estação King Croos.
- O que você queria? –o outro irmão perguntou – Ele vai querer ficar perto da Mione e da filha.
- Acontece que eu sou a namorada dele – gritou se levantando da poltrona – Não é justo que eu fique aqui enquanto aquela outra está com ele. Vou até lá agora – completou, saindo do local.
- Acho que ela pirou – Fred observou, vendo o irmão dar de ombros.
A ruiva atravessou rapidamente o corredor do hospital, quando chegou em frente a porta do quarto que queria, a abriu com toda a força que conseguiu. Tudo que ouviu nesse momento, foi um choro de bebê.
- Gina! – Harry disse, se levantando assustado – O que você está fazendo aqui?
Ela continuou parada sem dizer nada. Enquanto o choro ainda ecoava pelo local.
- O que houve? – a morena acordou assustada – Nicolly! – pegou a filha no colo, que, imediatamente, parou de chorar.
Eu pedi para ninguém entrar aqui! – o moreno parecia bastante chateado.
- Desculpe-me – disse, parecendo bastante arrependida – Eu só queria vir me despedir de vocês.
- Está bem então Gina! – ele disse, sorrindo.
- Será que eu posso segurá-la? – pergunta.
Hermione concordou. Assim que a ruiva pega Nicolly no colo, a menina começa a chorar incontrolavelmente.
- O que houve? – ela pergunta, ficando assustada.
- Ela deve estar com sono! – a outra diz – Me ela aqui – completa estendendo os braços.
Assim que o pequeno bebê volta para os braços da mãe, vai se acalmando e para de chorar.
- Eu já estou indo – Gina fala, percebendo que nenhum dos outros dois está ouvindo (pois estão observando Nicolly, que agora colocou o dedo na boca) – A gente se vê nas férias de natal – completa antes de sair do quarto.
Passaram cerca de dez minutos, antes da menina voltar a chorar.
- O que será dessa vez? – Harry perguntou, nunca imaginou que uma criança pequena pudesse dar tanto trabalho.
- Deve ser fome! – respondeu, vendo que ela tentava colocar a mão toda dentro da boca – Vou colocar ela para mamar. Vamos ver se funciona! – o moreno disse.
E Hermione estava certa, a menina mamou durante cinco minutos e depois voltou a dormir.
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