Sobre o mesmo teto




Harry estava sentado na sala fazia horas, continuava a ler o seu jornal, mas não conseguia prestar atenção, estava muito preocupado com a amiga que ainda dormia no andar de cima.


Quando resolveu se levantar para ver como estava Hermione, a porta da casa se abriu e Sirius entrou na casa.


- Boa tarde! – ele disse, sorrindo animadamente para o afilhado.


O moreno não respondeu nada, apenas sentou-se novamente no sofá.


- O que houve! – o homem perguntou, começando a ficar preocupado.


- A Mione está aqui! – respondeu, encarando os próprios pés – Ela brigou com o pai e saiu de casa.


- Eu já imaginava! – falou, não parecendo nem um pouco espantado.


- Como assim? – o outro perguntou.


- Já imaginava que ela viria para cá se o pai não aceitasse a gravidez – completou, mas o garoto pareceu não ter acreditado muito.


- Ela está completamente desesperada por não ter aonde ir – voltou a falar – Eu já a teria convidado para ficar aqui, mas não sabia se você deixava – continuou a explicar – A casa é sua.


- E sua também! – Sirius disse, batendo de leve no ombro do afilhado – Está morando aqui também, pode chamar quem você quiser até aqui. Inclusive a Mione, ela é a mãe da sua filha.


Harry estava andando em direção as escadas para poder falar com a morena, quando ela apareceu na sala, com sua mochila as costas.


- Oi Sirius! – disse extremamente envergonhada – Não sabia que você estava em casa.


- Acabei de chegar! – respondeu, sorrindo para a garota.


- Harry! – voltou a falar, agora olhando para o amigo – Eu agradeço muito por você ter me deixado ficar aqui, mas acho que é melhor eu ir.


- Mas onde você vai ficar Mione? – ele perguntou parecendo muito assustado.


- Meus pais começaram a fazer uma poupança para mim quando eu tinha 10 anos, posso usar o dinheiro para me hospedar em um hotel – respondeu, sem encarar nenhum dos dois – O dinheiro vai me sustentar até o bebê nascer, depois eu posso arranjar um emprego e conseguir alugar um apartamento pequeno para nós duas.


- De maneira nenhuma! – o moreno gritou, quase a sacudindo – Você acha mesmo que eu vou te deixar passar por aquela porta? Você vai ficar aqui.


- Mas eu não quero dar trabalho para ninguém! – respondeu, agora olhando atentamente para Sirius.


- Essa casa é bem grande e tem vários quartos, é só arrumarmos um para você – o homem disse – Acredite, vai ser muito bom ter vocês duas aqui.


- Além disso, já temos um quarto pronto para ela – Harry respondeu, passando a mão pela barriga da morena.


Ela passou a sorrir e continuou dessa maneira durante vários minutos, sem dizer uma palavra.


- Está bem! – respondeu, ainda sorrindo – Eu vou ficar.


- Dobby! – Sirius disse, fazendo o elfo aparecer no local um segundo depois.


- O senhor me chamou senhor Black? – ele perguntou, fazendo sua costumeira reverência.


- Sim Dobby! – respondeu – Quero que você prepare o quarto ao lado do quarto do Harry para a Hermione, ela vai passar um tempo conosco.


- Está bem! – respondeu, antes de desaparecer.


- Não precisava mandar o Dobby arrumar nada para mim! – a garota disse – Eu poderia fazer isso sozinha, já disse que não quero dar trabalho.


- Acredite isso não é trabalho – Harry disse – Ele adora fazer essas coisas.


Menos de dez minutos depois, o elfo doméstico apareceu dizendo que estava tudo pronto. O moreno então ajudou a amiga a levar suas coisas.


- Deixa que eu guardo as coisas no armário para você – ele disse, enquanto a morena olhava para todo o quarto – Não quero que você faça esforço.


- Nem trouxe muita coisa – respondeu, sentando-se na cama – Não tive tempo de pensar em nada, queria sair daquela casa o mais rápido possível.


- Podemos ir ao shooping comprar roupas novas para você – ele respondeu, começando a retirar algumas camisetas e colocar em uma gaveta – Amanhã mesmo, se quiser.


- Você iria fazer compras comigo? – perguntou, parecendo muito espantada – Homens não têm paciência para isso.


- Eu ficaria muito feliz e ajudá-la – respondeu, sorrindo.


Harry continuou a fazer sua tarefa em silêncio, tinha muito mais roupa do que aparentava dentro da mochila, como se a morena tivesse feito algum tipo de feitiço para aumentá-la. Ele encontrou uma caixa que reconheceu na mesma hora e não pode deixar de sorrir.


- Você trouxe – disse, ainda olhando para o objeto – Que bom!


- Foi a primeira coisa que eu pensei em pegar! – respondeu, retirando a caixa da mão do amigo – Poderia ter saído de lá somente com a roupa do corpo, mas não poderia deixar uma coisa da minha filha para trás.


Continuaram em silêncio, apenas se encarando.


- Com o passar dos meses eu ando pensando muito nela – ela continuou a falar – Sinto como se fosse capaz de fazer qualquer coisa para protegê-la.


- Eu também sinto isso – respondeu se aproximando mais da garota.


- Acho melhor irmos lá para baixo – disse, se afastando antes que eles se beijassem – Estou com vontade de tomar um chá.


Os três ficaram conversando até a hora do jantar. A comida preparada por Dobby estava muito boa, Hermione repetiu o prato, pois estava com muita fome.


- Acho que vou para o meu quarto – ela disse, quando estavam de volta a sala – Vou tentar dormir mais um pouco, foi um dia muito cheio.


- Está bem! – os outros dois disserem.


Harry a acompanhou com o olhar, até desaparecer no andar de cima da casa.


- Você está feliz com ela aqui? – Sirius perguntou, sorrindo para o afilhado.


- Claro! – respondeu – Dessa maneira posso vigiar se ela está se alimentando direito. Não só pela minha filha, mas por ela também, não quero que a Mione fique doente por não se alimentar direito.


- Não foi isso que eu quis dizer – o homem continuou a falar – E você entendeu muito bem.


- Já disse que eu e a Mione somo somente amigos – respondeu – Eu tenho namorada.


- Se é o que você está dizendo – foi tudo que o outro falou, estava com um sorriso maroto nos lábios.


- Acho que também vou dormir – completou, indo para o andar de cima.


Resolveu ir até o quarto da amiga ver se estava tudo bem, para a sua grande surpresa o local estava vazio. Enquanto ainda pensava onde ela podia estar, viu que o quarto do outro lado do corredor estava com a luz acesa e foi até lá. A morena estava perto do pequeno berço e observava tudo a sua volta.


- É realmente tudo maravilhoso! – disse, não precisava olhar para saber que o moreno estava lá.


Harry apenas sorriu e de aproximou mais dela.


- Não acha que precisamos escolher um nome para ela? – perguntou, colocando o queixo em cima do ombro da garota e passando a mão pela barriga dela – Confesso que ainda não havia pensado nisso, só quando o Sirius me falou ontem.


- Vou usar o mesmo método que minha mãe – respondeu, se virando para ele – Ela esperou que eu nascesse e ver qual nome tinha a ver comigo.


- Como você vai fazer isso olhando para cara dela? – perguntou, a olhando espantado – Todos os bebês têm cara de joelho.


Hermione começou a rir.


- Minha mãe diz que não tem explicação, você apenas olha e descobre o nome perfeito para o bebê – disse, depois de alguns minutos – Espero que aconteça o mesmo comigo.


Seus rostos foram até seus lábios de tocarem levemente se separando em seguida. Continuaram naquele lugar durante mais alguns minutos, até decidirem ir, cada um para o seu quarto dormir.


As semanas se passaram rapidamente, logo chegou o fim de julho e com ele o aniversário do Harry. O moreno esqueceu um pouco essa data, tinha acontecido tanta coisa com ele nos últimos meses que não sentia ânimo de comemorar seu aniversário.


Na manhã do dia 31, Hermione acordou bastante disposta, embora estivesse começando a sentir dor nas costas. Quando saiu do seu quarto pensou em ver se o amigo já estava acordado, mas mudou de idéia e foi diretamente para a cozinha, lá encontrou Sirius, que ao vê-la sorriu.


- Ainda bem que é você Mione! – ele disse, quando a garota sentou em uma das cadeiras – Pensei que fosse o Harry.


- Qual seria o problema dele chegar aqui agora? – ela perguntou, achando muito estranha atitude do homem.


- Você lembra que hoje é o aniversário dele? – perguntou, bebendo um gole do seu café.


- Claro! – respondeu, colocando um pouco de suco de abóbora em um copo – Seria uma péssima amiga se não me lembrasse disso.


- Eu estava planejando uma festa surpresa para ele – explicou, em um tom mais baixo para não correr risco do afilhado ouvir – Chamei os Weasleys e vários amigos de vocês lá de Hogwarts.


- O Harry vai adorar isso – respondeu animada – Ele está precisando se divertir um pouco.


- Vou sair hoje junto com a Moly e com a Gina para comprar as coisas que precisamos, depois viremos para cá arrumar tudo – continuou a explicar – Preciso que você fique com ele fora de casa durante o dia inteiro.


- Claro que eu farei isso – respondeu, sorrindo.


- O que você vai fazer? – o moreno pergunta, sentando ao lado da amiga.


Os outros dois se entreolham.


- Sirius perguntou se eu podia procurar um feitiço que tira mofo de banheiro – ela inventou a primeira desculpa que conseguiu encontrar.


- Verdade! – o homem confirmou, rapidamente – O banheiro do terceiro está com mofo embaixo da pia, está horrível.


Harry não pareceu muito convencido com aquela resposta, mas não disse mais nada, apenas tomou o seu café em silêncio.


- Vou dar uma saída! – Sirius disse depois que eles já estavam na sala – Preciso comprar penas e pergaminhos, os meus já estão quase acabando.


- Precisa de companhia? – o garoto perguntou, parando de ler o Profeta Diário – Eu não tenha nada para fazer hoje mesmo.


- Não! – respondeu, na mesma hora – Não vou demorar muito.


Quando ele saiu, os morenos ficaram sozinhos na sala, os dois estavam sentados, lado a lado, no sofá.


- Harry! – ela começou a falar – Você quer ir até o shooping comigo hoje?


- Para que? – perguntou, sem retirar os olhos da sua leitura.


- Fiquei com vontade de dar uma volta – respondeu, tentando parecer o mais natural possível – Preciso ver o movimento na rua.


- Está bem! – respondeu, a fazendo sorrir – Só me espera terminar de ler.


- Não! – disse, levantando e batendo levemente com o pé – Vamos agora!


- Vai levar menos do que uma hora – respondeu, a olhando intrigado – Que diferença vai fazer.


- Vou conseguir olhar para menos lojas – respondeu, o puxando pelo braço – Vamos logo, você pode ler o resto do jornal quando nós chegarmos em casa.


Cada um foi para o seu quarto e em menos de vinte minutos estavam saindo de casa. Decidiram pegar um táxi em vez de aparatar, pois Hermione estava se sentindo muito casada nos últimos dias devido ao fim da gravidez.


Quando chegaram ao Shooping pagaram o motorista e entraram no local que já estava cheio de trouxas.


- O que você quer fazer primeiro? – a morena perguntou, quando se sentaram em um banco.


- Você me obrigou a vir até aqui! – ele disse – É melhor que você escolha a programação do dia.


- O que acha de olharmos as vitrines de algumas lojas? – ela perguntou.


Viu o amigo balançar a cabeça afirmativamente e então o puxou pelo braço e começaram a andar pelo local.


O dia estava sendo bastante divertido. Quando estavam com bastante fome, decidiram almoçar um sanduíche na praça de alimentação, depois voltaram a olhar todas as lojas. Harry já não estava se importando que aquela fosse uma atividade cansativa, estava adorando aquele lugar e, principalmente, estava adorando a companhia.


Já era aproximadamente cinco horas da tarde quando decidiram parar para tomar um sorvete. Estavam sentados em uma mesa conversando animadamente.


- Eu preciso ir a um lugar! – a garota disse se levantando da cadeira – Me espera aqui.


- Aonde você vai? – perguntou, quando ela começou a se afastar.


- Surpresa! – respondeu simplesmente.


O moreno começou a pensar como seu relacionamento com Hermione havia mudado nesses últimos meses. Os dois sempre foram amigos, mas desde que descobriram que teriam um bebê começaram a descobrir mais coisas um sobre o outro e agora que moram na mesma casa, estão mais próximo do que nunca. Ele não consegue mais imaginar como seria sua vida sem a amiga.


Ele voltou cerca de dez minutos depois com um embrulho retangular na mão.


- Para você! – disse, entregando o objeto em suas mãos para o amigo.


- O que é? – perguntou, achando aquela sua atitude muito estranha.


- Seu presente de aniversário – respondeu sorrindo.


- Pensei que você tivesse esquecido! – o garoto disse.


- Nunca faria isso! – foi tudo que disse.


Quando ele abriu, encontrou um porta-retrato com oito divisões. Havia fotos dos três amigos em cada ano que passaram em Hogwarts e, na divisão do meio, um papel onde se lia “Amigos para sempre”.


- É lindo! – o moreno disse com lágrimas nos olhos.


- Ainda bem que vocês gostou – ela disse, também se segurando para não chorar – Passei aqui na semana passada para encomendar isso e fiquei de pegar hoje, então resolvi te entregar aqui mesmo.


- Obrigado Mione! – disse, a abraçando – Você é uma grande amiga – não sabia porquê, mas se sentia muito estranho em dizer isso a ela.


Continuaram abraçados por mais alguns minutos. Até que Harry resolveu beijá-la, a morena foi pega completamente se surpresa com esse ato do amigo, mas mesmo assim correspondeu na mesma intensidade. Quando se separaram ficaram se encarando sem dizer uma palavra.


- Acho melhor voltarmos para casa – Hermione disse, olhando para o relógio – Está ficando tarde.


Os dois saíram do Shooping e pegaram um táxi com destino ao largo Grimmauld 12.


Quando foi abrir a porta da casa, a garota tentou fazer o maior barulho possível para que os convidados pudessem ouvir que estavam chegando.


- Estamos aqui! – ela disse, mais alto que necessário.


- Está bem Mione! – o moreno disse – Não precisa avisar a todas as paredes que chegamos.


- Feliz aniversário Harry! – todos gritaram quando eles entraram na sala.


Ele ficou completamente surpreso com a festa. Alem de Sirius e de todos os Wealeys, também estavam presentes: Todos os outros alunos do sétimo ano da Grifinória, Luna, Lupin e Tonks.


- Você conseguiu me enganar direitinho hoje o dia inteiro – o garoto disse, abraçando a amiga – Obrigado!


- Você não tem que me agradecer em nada – ela disse, ficando ligeiramente vermelha – Foi tudo idéia do Sirius, eu só servi como distração.


- Harry, meu amor! – a garota ruiva disse, vindo em direção a eles e abraçando o namorado – Parabéns! – completou, o beijando.


Nesse momento Hermione saiu do local e foi se sentar no sofá juntamente com Rony e a namorada.


- Gina! – ele disse segurando a garota pelo ombro – Agora eu preciso falar com todos.


- Está bem! – ela disse, dando mais um selinho no rapaz – Mas não se esqueça de mim.


Ele não disse nada antes sair de perto da namorada. Começou a cumprimentar todos os convidados, um por um, essa também era uma ótima maneira de se livrar de Gina durante algum tempo.


- Olá Lupin! – disse se aproximando do antigo professor de Defesa contra as artes das trevas.


- Olá Harry! – respondeu, abraçando o moreno – Ainda não te dei direito os parabéns. Dezoito anos, James ficaria orgulhoso de você.


- Obrigado! – disse, parecendo meio sem jeito.


- Vamos conversar mais! – disse, indicando o banco ao seu lado para Harry sentar – Como estão os preparativos para a chegada do bebê?


- Muito bem! – respondeu – Tenho certeza de que a Mione está mais ansiosa do eu para a nossa filha nascer.


- Eu imagino! – o lobisomem disse, observando a garota que se encontrava do outro lado da sala – Deve ser bastante incomodo para ela.


Os dois ficaram alguns minutos em silêncio.


- Ela também deve estar arrasada porque a família não está perto nesse momento – o homem voltou.


- Tem dias que eu acordo e penso em ir falar com pai da Mione – o garoto falou – Dizer que eu estou disposto a casar com a filha dele, se for necessário.


- Harry! – outro disse, o encarando muito sério – Casar com a Mione só por causa disso não é a melhor solução. A não ser que seja por outro motivo.


O moreno ficou pensando durante alguns minutos e percebeu que aquela idéia era mesmo idiota. Embora nas últimas semanas estivesse sonhando constantemente com a amiga vestida de noiva e entrando na igreja.


Hermione foi se sentar na escada, não agüentava mais ficar olhando os dois amigos se beijando. Estava observando as pessoas se movimento pela sala, até que viu Lilá e as gêmeas Patil se aproximando dela, todas sorrindo.


- Sabe Mione, você tem mesmo muita sorte – a loira falou, se sentando ao lado da outra.


- Por quê? – perguntou, um pouco sem paciência.


- Isso é óbvio! – Parvati respondeu, sentando do outro lado da morena - Primeiro você namora o Rony, que é bem bonito; e agora você vai ter um filho com o Harry, que é o cara mais lindo de todo aquela escola.


- Se vocês acham! – a garota disse, se levantando.


- Conta só para gente Mione! – Lilá pediu, segurando o braço dela – Qual dos dois é melhor, o Rony ou o Harry?


- Eu não vou responder uma coisa dessas – completou, antes de realmente sair de lá.


Resolveu ir até a cozinha ver se Dobby precisava de ajudo. Mas, quando passou perto do aniversariante ele a puxou pelo braço.


- Vem até aqui Mione! – disse, a levando até onde o senhor Weasley estava – Você está se divertindo?


- Sim! – respondeu – É muito bom ter várias pessoas para conversar.


- Bem Harry! – o homem ruivo disse, parecia não fazer a menor questão de falar com Hermione – Continue me explicando como funciona a maquina de tirar foto trouxa.


Nesse momento ela saiu do local, podia ver que não era bem-vinda naquele lugar. Resolveu que iria direto para o seu quarto, não estava com ânimo para ficar naquela festa. Quando estava subindo as escadas, porém, foi impedida mais uma vez.


- Mione! – Jorge Weasley disse, a puxando para um abraço – Há quanto tempo não nos vemos.


- É verdade! – o outro irmão disse, também se juntando ao abraço – Principalmente agora que a sua entrada lá em casa é proibida.


- Vocês não vão começar a dizer que a atitude que eu e o Harry tivemos foi errada? – a morena perguntou, totalmente impaciente.


- Até aparece que você não nos conhece – o primeiro falou – Não damos lição de moral em ninguém, recebemos lição de moral.


- E, para falar a verdade adoramos saber que você e o Harry resolveram esquecer aquela história de “melhores amigos” e terem um caso – Fred disse, parecendo se divertir com tudo isso – Sei que a Gina ficou muito abalada com isso, mas sempre achamos que ela não é realmente apaixonada pelo Harry, só está com ele por conveniência.


Hermione prestava bastante atenção no que os gêmeos diziam. Mas olhava atentamente para a ruiva que estava naquele momento conversando com Neville e Dino, aquela história toda estava muito bom.


- O que, exatamente, a Gina disse para vocês que aconteceu? – a garota perguntou, voltando a olhar para os dois.


- Ela disse que, durante as férias de natal, vocês começaram a ter um caso escondido e que continuaram se encontrar mesmo depois que todos estavam de volta – Jorge começou a explicar – Também, que só descobriu por causa da gravidez.


- E que você a ameaçou dizendo que o Harry não a ama de verdade e que ele vai ficar é com você – o outro completou o que o irmão dizia – Mas que ele não tem a menor idéia de como você é de verdade, e ela não tem coragem de contar por causa do bebê.


Ela não disse nada, apenas ficou ouvindo atentamente, sem entender como a amiga pode ter mudado tanto com ela.


- Isso tudo é verdade? – um deles perguntou.


Mas a morena não responde, sobe a escada indo diretamente para o seu quarto.


O resto da festa correu muito bem. Logo, estava tarde e todos os convidados foram embora. Harry foi, praticamente correndo para o andar de cima da casa.


Quando chegou ao quarto da mãe de sua filha, ela estava deitada na cama.


- Por que você foi embora de repente? – perguntou, sentando-se em uma cadeira que havia lá – Eu fiquei preocupado.


- Estava um pouco cansada – respondeu, ainda sem o olhar.


Ficaram em silêncio durante alguns minutos. Hermione se sentou e ficou encarando o amigo.


- Harry! – começou a falar, tentando criar coragem.


- Pode falar! – disse, se ajoelhando perto dela e segurando suas duas mãos.


Ficou pensando durante alguns minutos. Não achava certo contar a ele a verdade sobre Gina; além do risco do moreno não acreditar e ela ser acusada de tentar separar os dois, também acreditava que em pouco tempo a própria ruiva iria admitir o que fez e tudo seria resolvido.


- Não é nada! – foi o que respondeu, por fim.

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