Um dia de pai e filha
- E aqui esta o seu bebê! - apontou para uma mancha um pouco mais clara no centro da tela – É claro que ele já cresceu desde a ultima ultra-sonografia.
- Mas ei ainda não consigo ver nada – Harry disse, de repente – Parece só uma grande mancha para mim.
- Harry! - a garota deu um tapa no amigo, que ficou sem entender nada – Esta chamando o nosso filho de “uma mancha”.
- Mas é verdade! - se defendeu – Você, por acaso, está conseguindo ver alguma coisa alí.
Hermione ficou algum tempo olhando para o “seu bebê”.
- Acho que você tem razão! - acabou concordando.
- Deixa que eu explico – o homem disse enquanto pegava o mouse a sua frente – Essa aqui é a cabeça, os dois braços e as penas.
- É perfeito! - ela deixou uma pequena lágrima escapar dos seus olhos – Você está vendo isso Harry?
- É claro! - concordou com a cabeça – Está conseguindo ver o sexo do bebê, doutor.
- Deixe-me ver! - começou a mexer no aparelho sem retirar os olhos do computador – Aqui está. Vocês querem mesmo saber qual é o sexo, ou querem deixar a surpresa para quando o bebê nascer?
- Queremos saber agora! - responderam ao mesmo tempo.
- Acho que eu não agüento esperar por mais cinco meses! - Hermione admitiu – Além disso, preciso saber se compro roupas rosas ou azuis. Não quero mais comprar coisas neutras.
- Está certo! - deu um pequeno sorriso – O que vocês dois acham que é?
- Eu não tenho preferencia, o importante é que tenha saúde – ela começou a falar – Mas estou achando que vai ser uma menina.
- Para falar a verdade, eu queria ter um menino – foi a vez do de olhos verdes dizer – Mas também acho que vai ser uma menina.
- Nesse caso, os dois estão certos – continuou – Meus parabéns! Daqui há poucos meses, vocês serão pais de uma linda menina.
Eles apenas ficaram se encarando por alguns minutos sem conseguir dizer uma palavra.
- Você ouvi isso Harry! - foi a morena quem quebrou o silêncio – Vamos ter uma menina. Uma menina linda.
- Eu sei! - falou, enquanto passava os dedos pela lateral da barriga da amiga – E vai ser a menina mais amada desse mundo.
Deu um beijo no topo da cabeça. Agora, a felicidade dos dois estava completa.
*Fim do Flash Back*
Hermione passou o dedo pela foto e depois a guardou no local aonde estava junto com os pergaminhos. Ainda passou mais algum tempo arrumando as coisas antes de ir dormir.
No dia seguinte, Emi acordou bem cedo e foi diretamente para a cozinha. Sua avó estava lá preparando panquecas. Um cheiro delicioso estava se espelhando por todo o aposento.
- Bom dia Emi! - a mulher sorriu assim que a viu sentando em uma das cadeiras do local – Caiu da cama hoje?
- Vou hoje para a casa do meu pai! - respondeu bastante animada – Mal posso esperar para que ele chegue aqui.
- Ainda está cedo! - colocou uma panqueca no prato na frente da menina – Tenho certeza de que ele só deve vir te buscar um pouco mais tarde.
- Mas eu ainda tenho que escolher uma roupa para vestir – disse depois de comer a primeira garfada – Quero ficar bem bonita hoje.
- Tudo bem então! - concordou com a cabeça antes de voltar para o fogão.
Nesse momento, a outra mulher entrou no local. Seu cabelo estava totalmente bagunçado, provavelmente tinha acabado de acordar.
- Bom dia minha querida – deu um beijo no topo da cabeça da filha – Você dormiu bem esta noite?
- Sim! - balançou a cabeça afirmativamente – Quando é que o meu pai vai chegar aqui para me buscar.
- Ele me disse que viria o mais cedo possível – avisou enquanto olhou o relógio que ficava em cima da janela – Não deve demorar muito para chegar aqui.
- Oba! - terminou de comer a panqueca na sua frente e se levantou – Vou terminar de me arrumar.
- Espera Emília! - a senhora Granger a chamou, fazendo com que a menina parasse – Termine de tomar o seu café.
- Mas eu já tomei o meu café Vovó! - disse revirando os olhos – E estava uma delicia.
- Coma mais uma ou duas panquecas – insistiu – Assim você vai se sentir mais alimentada.
- Não precisa! - disse antes de sair da cozinha correndo – Não estou mais com fome.
- Hermione, você vão vai falar nada? - se virou para filha, parecendo indignada – Ela precisa se alimentar direito. Esta em fase de crescimento.
- Não se preocupe com isso! - deu de ombros – Se a Emi sentir fome, o Harry pode preparar alguma coisa para ela. Ele sabe cuidar bem da filha, não vai matá-la de fome.
- Não vou discutir com você Hermione! - suspirou pesadamente – Você deve saber muito bem criar a sua filha. Não vou me meter na educação dela enquanto você estiver aqui em casa.
A relação de Hermione sua mãe continua da mesma maneira. As duas evitam conversar para não discutirem por qualquer motivo, como sempre fazem.
Cerca de uma hora depois Harry chegou a casa dos Granger.
- A Emi já vai descer! - a morena avisou assim que ele entrou na sala – Ela disse que quer se arrumar sozinha.
- É bem a cara da Emi mesmo! - começou a rir.
- Se você quiser eu vou até lá em cima apressá-la! - sugeriu.
- Não precisa! - respondeu - Não estou com pressa. Posso ficar aqui o dia inteiro se for preciso.
Nesse momento, a porta da cozinha se abriu. Era o senhor Granger.
- Olá Harry! - disse sorrindo para o de olhos verdes – Você veio buscar a Emi para passar o dia com você.
- Sim! - respondeu – Só estou esperando ela descer.
- O que acha de ir tomar café conosco enquanto espera por ela? - sugeriu.
- Não precisa senhor Granger! - respondeu – Eu tomei um café da manhã reforçado antes de sair de casa.
- Está certo! - concordou com a cabeça – Se precisar de alguma coisa, estarei na cozinha.
- Não precisa se preocupar Pai! - Hermione disse logo em seguida – Eu vou ficar aqui fazendo companhia para ele.
- Certo! - ficou alguns segundos olhando de um para o outro – Então vou deixar os dois sozinhos para poderem conversar melhor – riu antes de ir, novamente, para o outro aposento.
Harry percebeu que ela ficou extremamente vermelha com o comentário do pai. Mas resolveu não comentar nada a respeito disso.
- Então! - disse, depois de alguns minutos de silêncio e se virando para o amigo – O que a Gina disse sobre você levar a Emi para a casa de vocês hoje?
- Ela não disse nada, mas eu sei que não gostou muito da idéia – suspirou pesadamente – Saiu para fazer compras com umas amigas da época de Hogwarts, não deve voltar para casa tão cedo. Provavelmente as duas nem vão se ver hoje.
- Assim é melhor! - comentou – Eu acho!
- Eu também acho isso! - concordou com a cabeça.
Eles apenas ficaram se encarando. O silêncio entre os dois estava bem incomodo, nem um dos dois parecia que iria falar alguma coisa.
- Pai! - não demorou muito para Emi vir descer as escadas correndo – Que bom que você chegou.
- Emi, minha princesinha – a pegou no colo e abraçou com bastante força – Esta pronta para passar o dia inteiro com o papai hoje?
- Claro sim! - disse animada – Vamos sair logo. Quero muito conhecer a sua casa papai!
- Então vai até lá se despedir dos seus avós! - avisou colocando a menina no chão – Depois, nós podemos ir embora.
- Certo! - saiu correndo em direção a porta da cozinha.
- Então Mione! - se virou para a morena que, agora estava sentada no sofá – Tem alguma recomendação para mim antes que eu saia?
- Poderia te falar milhões de coisa – disse dando de ombro – Mas que você vai fazer um bom trabalho. Confio em você.
Ele sorriu e colocou a mão nos ombros da amiga. Então, foi aproximando o rosto do dela lentamente. Até que a porta se abrindo, fez com os dois se afastassem.
- Já estou pronta para ir! - disse antes de se virar para Hermione – Tchau mamãe!
- Tchau minha princesinha – deu um beijo no topo da cabeça – Comporte-se. Obedeça o seu pai, faça tudo que ele mandar.
- Pode deixar! - garantiu.
A morena saiu junto com os dois. Ficou acompanhando o carro com os olhos até que ele sumiu no final da rua.
A casa de Harry não ficava muito longe da dos Granger, demorou cerca de dez minutos para chegar. Estacionou no carro na garagem e ajudou a filha a sair, antes de entrar em casa.
- Bom! - apontou para sala – Essa daqui é a minha casa.
- Sua casa é linda pai! - a menina observava tudo atentamente – Muito maior do que a casa do vovô e da vovó Granger.
- Não é tão maior assim – explicou – Você precisa conhecer a casa dos seus avós em Paris. Talvez eu leve você lá nas próximas férias.
- Legal! - pareceu bem feliz – Você tem alguma foto dele aqui?
- Claro que sim! - olhou para o grande número de porta-retratos que tinha na sala – Aqui está.
Emília olhou atentamente para as três pessoas que estavam naquele retrato. Ela se lembrava que os pais do seu pai tinham ido visitá-la na Austrália durante o natal. A menina devia ter dois anos de idade, por isso não se lembrava muito dos dois.
- Esse é o seu avô, o nome dele é James – mostrou o único homem que estava lá – Essa é a sua avó, que se chama Lilian – mostrou a mulher.
- E quem é essa daqui? - a menina perguntou se referindo a garota que estava entre os dois.
- E a minha irmã, sua tia – explicou – Anne. Ela está no primeiro ano de Hogwarts.
- Eu mal posso esperar para quando eu for para Hogwarts – disse animada – Mamãe disse que vocês dois e o tio Rony viveram várias aventuras lá. Espero que eu possa me divertir lá tanto quando vocês três.
- Nós vivemos, mesmo, muitas aventuras lá explicou – Mas algumas foram bem perigosas. Você não deve se meter em encrencas como nós fazíamos.
Harry consegui se lembrar, perfeitamente de uma das vezes em que isso aconteceu, eles estavam no primeiro ano e que os três resolveram olhar o cão de três cabeças que guardava o último andar da torre oeste do castelo (que era proibido para os alunos, mas ninguém sabia muito bem por que). Bicho quase os devorou sem deixar um fio de cabelo para contar a história, por sorte, conseguiram escapar a tempo. Ficaria apavorado se algo assim acontecesse com a sua única filha.
- Esta bem! - garantiu – Nada de encrencas enquanto eu estiver em Hogwarts.
- Ainda faltam seis anos para você ir para lá – bagunçou o cabelo da menina, levemente – Logo você vai entender o que eu estou falando.
Ela deu um pequeno sorriso.
- Acho que você já conseguiu decorar como é a sala – disse segurando a mão da filha – O que acha de conhecermos o seu quarto?
- Oba! - começou a pular de alegria – Quero sim.
Subiram as escadas e foram até a segunda porta no lado direto do corredor.
O quarto não era muito grande. A paredes eram pintadas de rosa, uma cama com um ursinho de pelúcia em cima e uma mesa.
- Espero que você goste. Fui eu mesmo quem montou esse quarto – explicou enquanto se sentavam na beirada da cama – Ainda não tem muita coisa, mas logo vamos colocar muitos brinquedos aqui.
- Eu adorei – o abraçou com muita força – Obrigada papai.
- Você ainda não vai dormir aqui hoje – explicou – Mas quem sabe da próxima vez que você vier aqui. Eu só preciso conversar com a sua mãe primeiro.
- Pai! - o chamou, fazendo com olhasse, atentamente, para a menina – Se eu tenho um quarto aqui. Por que eu e a mamãe não podemos vir morar aqui você.
- É um pouco complicado – suspirou pesadamente – Quem sabe um dia você consiga entender tudo que esta acontecendo.
- Mas eu queria tanto morar aqui com você – ficou encarando os próprios sapatos – Assim nós três poderíamos ser uma família de verdade, como as minhas amigas da escola.
Harry sentiu um nó na garganta ao ouvir isso. Não queria que a filha se sentisse diferente dos demais por seus pais não viverem juntos, mas parece que isso é inevitável.
- Nós três somos uma família Emi! - a puxou para mais perto de si – Talvez não sejamos uma família tradicional, mas não quer dizer que não sejamos uma família.
- Mamãe disse que vamos nos mudar na próxima semana – mudou rapidamente de assunto – Será que a casa nova vai ser tão legal quanto essa?
- Vai ser sim! - respondeu – Não se preocupe com isso Emília.
- Não me chama de Emília! - fez uma careta.
- Por que não poso te chamar de Emília? - a olhou em dúvida – O seu nome é tão bonito.
- Mas a mamãe só me chama de Emília quando eu faço alguma coisa errada – explicou fazendo uma careta – Então parece que você esta me dando uma broca.
- Quando você nasceu eu e a sua mãe achamos que Emília era um nome muito grande para um bebê daquele tamanho – começou a explicar – Então decidimo chamá-la de Emi e acabamos te chamando de Emi e acabamos nos acostumando com isso.
- Eu sempre quis saber uma coisa – estava qual aquele olhar igual ao de Hermione na véspera de uma prova.
- Essa é uma história bem interessante – colocou a mão no queixo pensativo – Tudo começou, cerca de seis meses antes de você nascer.
*Flash Back*
Era uma sexta-feira e, como os dois morenos tinham o dia de folga no ministério da magia, resolveram sair para ver roupas para a filha deles. Resultado, acabaram comprando várias coisas para ela.
- Acho que nós exageramos um pouco – Hermione disse enquanto tirava as várias sacolas de dentro do carro do amigo – Acho que ela não vai usar metade dessas coisas.
- Nada é demais para a nossa filha – comentou enquanto passava a mão pela barriga dela – Quanto tempo será que ela vai demorar para chutar?
- Às vezes eu a sinto se mexer - explicou – Quase sempre quando eu estou indo dormir.
Nesse momento, Harry sentiu alguma coisa batendo contra a sua mão.
- Acho que ela chutou – não pode deixar de sorrir nesse momento.
- É verdade! - a garota retribuiu o gesto. Ela foi aproximando o rosto ao do amigo, lentamente, de repente, parou e ficou, novamente séria – O que acha de entrar um pouco. Ainda tem muito tempo até os meus pais chegarem do trabalho,
- Esta bem! - concordou enquanto ia, junto com a morena em direção a porta.
Foram até o quarto de Hermione. O de olhos verdes se encostou na cabeceira da cama, enquanto a garota deitou no colo dele.
- Sabe Harry! - ela começou enquanto passava a mão lentamente pela própria barriga – Nós ainda não escolhemos o nome dela.
- Tem razão – concordou – Mas ainda temos muito tempo antes dela nascer. Podemos fazer isso depois.
- Mas eu queria fazer isso logo – insistiu – Acho estranho chamá-la só de bebê.
- Tudo bem! - concordou com a cabeça – Então acho que podemos escolher o nome dela agora.
- Eu estava pensando em Lílian! - ela sugeriu – Em homenagem a sua mãe. Ela ficaria muito feliz com isso.
- Talvez não seja uma boa idéia – respondeu – Se homenageássemos a minha mãe a sua ficaria com ciúmes.
- Mas a sua mãe esta nos dando todo o apoio desde que soube que eu estava grávida – ficou encarando o teto – Esse é um bom motivo para colocarmos o nome dela na nossa filha.
- Tenho uma idéia! - ficou mexendo no cabelo da amiga – Lilian pode ser o nome do meio dela. O que acha disso.
- Por mim tudo bem! - concordou com a cabeça – Mas qual seria o primeiro nome, então?
- O que acha de Melissa? - fez uma careta e balançou a cabeça negativamente – E Melanie? - repetiu o gesto – Já que esta reclamando tanto, dê alguma idéia.
- Deixe-me pensar – colocou a mão no queixo pensativa – O que você acha de Emília?
- Emília! - ficou algum tempo em silêncio parecendo pensar – É um nome bem diferente. De onde você o tirou.
- Quando eu tinha uns 7 anos, meus resolveram passar as férias no Rio de Janeiro – começou a explicar – Lá tinha um programa que se passava em uma fazenda e tinha uma boneca que se chamava Emília. Logo que eu descobri que estava grávida, comecei a pensar em nomes de meninas e esse me veio a cabeça.
- Até que eu gosto desse nome – completou – Emília! Tenho certeza de que não vai ter mais ninguém na sala dela com esse nome.
- Vamos ver o que ela acha disso! - voltou a passar a mão pela barriga – O que acha filha? Gostaria de ser chamada de Emília?
Foi então que sentiu a filha chutar no local aonde sua mão estava.
- Acho que ela gostou! - deu um leve sorriso.
- Parece que já temos um nome, então – entrelaçou seus dedos aos da morena – Emília Lilian Potter.
Harry deu um beijo na ponta do nariz da amiga e depois desceu para a sua boca. No momento em que seus lábios se juntaram, ela se levantou.
- Acho melhor você ir embora – disse rapidamente – Daqui a pouco os meus pais estão ai. A minha mãe não vai gostar, nem um pouco de te ver aqui.
- Acho que tem razão! - concordou – A gente se vê segunda-feira no ministério da magia?
- Claro! - concordou com a cabeça – A gente se vê segunda-feira.
Ela acompanhou o amigo até o andar de baixo. Então, ele foi embora em direção a sua casa.
*Fim do Flash Back*
- Tive uma idéia! - disse depois de contar toda a história para a filha – O que acha de irmos fazer um lanche lá na cozinha.
- Legal! - deu um salto para se levantar a cama – Eu estou mesmo com fome.
- Esta certo! - concordou enquanto pegava Emi no colo – O que você quer comer?
- O que acha de bolo de chocolate? - pediu, animada.,
- Não faço um bolo de chocolate tão bom quanto o da sua mãe – fez uma careta – Mas, eu posso fazer um sanduíche e, depois, podemos ir tomar um sorvete. Gosta da idéia.
- Claro! - respondeu – Vamos logo então. Quanto mais rápido comermos, mais rápido vamos tomar sorvete.
- Está bem! - sorriu antes de ir em direção da porta e saírem do quarto.
Harry preparou um sanduíche para a filha. A menina começou a comer lentamente.
- Esta muito bom papai! - disse bastante animada – Esse é o melhor sanduíche que eu já comi na minha vida.
- Fico feliz que você gostado – o homem estava mexendo no porta guardanapos que estava na sua frente.
Nesse momento ouviu um barulho de chave vindo da sala. Em seguida, passos que iam em direção aonde os dois estavam.
- Oi Harry! - a ruiva disse sorrindo para o marido – Não sabia que você já tinha chegado em casa.
- Digo o mesmo para você Gina! - falou calmamente – Pensei que você fosse passar o dia inteiro fazendo compras com as suas amigas.
- E eu ia! - explicou – Mas e Wendy estava enjoando muito hoje e resolvemos adiar as compras. Ela esta grávida de dois meses, descobriu na semana passada.
- Uau! - disse – Isso é maravilhoso para ela.
- Mas eu não acho! - a ruiva revirou os olhos – Ela vai passar os próximos meses enjoando e depois vai começar a engordar. Sem contar com o trabalho que se tem cuidando de uma criança pequena.
- Oi! - Emi se virou para a mulher, ainda achando muito estranha a presença dela na casa do seu pai.
- Acho que você ainda se lembra da Emi – colocou a mão no ombro da menina – Não é mesmo Gina?
- Claro que sim! - concordou com a cabeça – Como você esta Emi?
- Muito bem! - sorriu simpática – Mas, quem é ela papai?
- Essa é a Gina Emi! - explicou – Ela é minha esposa.
- Ela que vai cuidar de mim quando estiver aqui? - quis saber – Como se ela fosse a minha mãe.
- Você vai estar sobre a minha responsabilidade enquanto estiver aqui – explicou – Mas a Gina vai me ajudar com você.
- Mas ela acabou de dizer que não tem paciência com crianças – continuou – E também que não quer ter filhos só dela. Como ela pode cuidar bem de mim assim?
O moreno olhou, diretamente para a esposa. Ela não parecia estar com muita paciência para os comentários de Emi, principalmente por ela ser filha de Hermione.
- O que acha de irmos logo tomar aquele sorvete que eu tinha protegido – resolveu mudar de assunto antes que tivesse um grande problema – Depois podemos ir até o parque.
- Legal! - respondeu – Vamos sim.
- Vou passar o dia inteiro fora com a Emi! - explicou para a ruiva – Eu só devo voltar na hora do jantar.
- Esta bem! - deu de ombros.
- Tchau tia Gina! - a menina acenou para ela – A gente se vê outro dia,
- Por favor, me chame somente de Gina – pediu tentando dar o sorriso mais simpático possível – Você me chamando de tia me faz parecer muito velha.
- Você devia admitir a sua idade Gina – Harry comentou dando um sorriso debochado – Afinal, você já é tia mesmo.
- Não precisa me lembrar disso! - revirou os olhos, estava começando a perder a paciência.
- Então tchau! - acenou para a esposa antes de ir embora.
Logo depois, Gina decidiu tomar um banho de banheira bem relaxante.
Enquanto sentia a água relaxando os seus músculos começou a pensar em tudo que tinha acontecido nas últimas semanas. Hermione ter retornado juntamente com a filha arruinou todos os seus plano de ficar sozinha com Harry.
O casamento dos dois já não estava bem há algum tempo,na verdade, ele nunca esteve bem. E isso tudo, só pioraria a situação.
Consegui se lembrar exatamente quando esse namoro começou a fracassar, foi quando Hermione descobriu que estava grávida. Esses nove meses foram os piores da vida de Gina.
*Flash Back*
Gina não poderia estar mais feliz naquele momento, estava de braços dados com seu namorado, entrando em uma festa da alta sociedade bruxa da Inglaterra.
Como ministro da magia, seu pai recebeu o convite para esse coquetel de um evento beneficente para ajudar bruxos abortados. Como ele não podia ir, já que era em uma sexta-feira, mandou sua filha em seu lugar. Ela adorou a idéia, pois essa seria uma oportunidade de retirar Harry de peto de Hermione.
Já fazia quase nove meses desde que o moreno anunciou que ele e sua melhor amiga teriam um bebê juntos. Ele e Gina tinham acabado de anunciar o noivado, mas pediu para ela adiar a data do casamento até que essa criança nascer.
Como ainda não deve faltar muito para isso, a ruiva quer marcar a data do casamento para tirar aquela garota do seu caminha. Sabe muito bem que não vai conseguir afastá-lo da filha, mas, pelo menos ela já vai estar casada com Harry e não vai correr nenhum perigo depois disso.
- Esta vendo aqueles homens alí! - a garota apontou para um grupo que estava conversando um pouco distante – São empresários bruxos muito famosos. Papai disse que eles sempre estão mandando dinheiro para o ministério. Acho que é interessante conversar com eles.
- Está certo! - concordou indo em direção dos homens.
Enquanto o namorado estava conversando sobre negócios. Gina se juntou a algumas mulheres que estavam lá.
- Você e o Harry formam um casal muito adorável – uma das mulheres comentou depois de algum tempo de conversa – Soube que vocês estão noivos. Já tem data do casamento?
- Ainda não marcamos a data – respondeu – Mas eu quero que seja o mais rápido possível.
- Soube que o Harry vai ter um bebê com uma outra garota – uma outra mulher disse – É muito bom que você não seja ciumenta por esse tipo de coisa.
A ruiva revirou os olhos. Não é possível que as notícias no mundo bruxo. Todos deviam estar sabendo que ela tinha sido traída.
- Eu e Harry conversamos muito sobre isso, essa criança foi um pequeno deslise, aconteceu quando estávamos brigados – ela não tirou o sorriso na cara por nenhum segundo – Isso nunca abalaria o nosso casamento, somos muito apaixonados para deixar uma bobagem dessas estragar tudo.
Continuou a conversar, mas agora também estava olhando o seu namorado. Ele tinha saído de perto dos homens com que estava conversando e foi atender ao celular. Assim que desligou o aparelho, foi em direção a ela.
- Com licença senhoras! - disse as cumprimentando formalmente – Mas será que eu posso conversar uma coisa com a minha namorada?
- Claro! - disseram ao mesmo tempo.
Foram para um canto do jardim em que não tinha ninguém.
- O que houve Harry – o olhou em dúvida – Aconteceu alguma coisa grave?
- Na realidade não foi uma coisa grave – explicou – Acabei de receber uma ligação do Rony.
- Mas o meu irmão não é fácil – bateu na própria testa – Ele sabe que estamos nesse coquetel representando o papai e ele fica te incomodando.
- Na realidade fui eu quem pedi para ele me ligar para qualquer coisa que precisasse – explicou- A Hermione começou a sentir contrações, esta em trabalho de parto. Eu preciso ir, imediatamente para o hospital.
- Mas esse coquetel é muito importante para o meu pai – insistiu – A Granger esta muito bem lá no hospital. Os pais dela estão lá e o Rony também.
- Mas eu prometi para a Mione que estaria ao lado dela quando a nossa filha nascesse – suspirou pesadamente – Quando eu explicar para o seu pai o que aconteceu ele vai entender.
- Então vai para lá! - cruzou os braços e o encarou séria – Mas saiba que no momento em que você sair daqui, tudo vai estar acabado entre nós.
- Esta bem! - deu de ombros e se virou em direção a saída.
- E também vou fazer o meu pai te demitir do emprego de assessor dele – isso fez com que Harry parasse no meio do caminho – Aposto que você não vai conseguir arranjar mais nenhum emprego no munda da magia.
- Eu vou ficar! - olhou atravessado para a namorada – Esta satisfeita?
Durante o restante do coquetel, Harry se manteve o mas distante possível de Gina, estava com muita raiva dela.
Já estava de noite quando saíram da festa. O de olhos verdes foi deixar a namorada em casa.
- Você não quer entrar? - perguntou depois que abriu a porta do carro – Assim pode contar para o meu pai como foi tudo.
- Não posso Gina! - respondeu – Vou até o hospital saber como esta a Hermione e a Minha filha.
- Você já perdeu o parto mesmo! - lembrou – Não vai fazer a menor diferença ir lá só amanha.
- Você não entende nada Gina – ligou o carro, demonstrando que queria ir embora logo – Eu preciso ir.
A ruiva entrou em casa bastante irritada. Aquele dia tinha tudo para ser perfeito, mas acabou sendo um completo desastre.
*Fim do Flash Back*
Mulher saiu de dentro da banheira colocando o roupão. Foi para o seu quarto e começou a folheá-la.
Ela tinha que arranjar uma maneira de fazer com que Harry a amasse novamente. Nem que para isso precisasse tirar Hermione e a filha do seu caminho.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!