Primeiro dia de trabalho
Hermione acordou bem cedo na manhã de segunda-feira, era o seu primeiro dia de trabalho no ministério da magia inglês e não queria chegar atrasada. Chegou na cozinha e seus pais e Emi já estavam no local. Deu um beijo na testa da sua filha antes de se sentar em uma cadeira vazia.
- Mamãe! - a menina disse de repente – Você já vai trabalhar hoje?
- Vou sim Emi! - respondeu calmamente – Já te disse que aqui vai ser igual lá em casa. Eu vou trabalhar e você vai para a escola.
- Quer dizer que eu já vou para a escola hoje? - pareceu bastante animada naquele momento.
- Hoje não! - disse fazendo a menina cruzar os braços e se esconder na cadeira – Ainda preciso procurar uma escola e fazer a sua matricula.
- Você poderia ter pedido para nós fazermos isso enquanto vocês ainda estavam na Austrália – a senhora Granger comentou de repente – Assim ela já poderia estar matriculada.
- Combinei com o Harry que faríamos isso juntos – explicou calmamente, sabia que iria ouvir depois – Ele também quer saber exatamente aonde a filha vai estudar.
- Claro! - foi tudo que a outra mulher disse.
- Talvez a gente vá em um colégio hoje depois do trabalho – resolveu avisar logo – Então não me esperem para jantar
- E o que vou ficar fazendo hoje o dia inteiro? - Emi quis saber.
- O que acha de ir para o trabalho comigo e a sua avó? - o senhor Granger sugeriu de repente – Assim, eu também dou uma olhada nos seus dentes.
- Eu quero ir sim! - respondeu totalmente animada.
- Então eu já vou indo! - Hermione avisou se levantando – Emi. Obedeça os seus avós, está bem?
- Claro mamãe! - disse – Diz para o papai que eu estou com muita saudades dele.
- Pode deixar que eu faço – deu um beijo no topo da cabeça da menina antes de sair de casa.
Começou a andar até encontrar um lugar seguro para aparatar.
Gina acordou naquela manhã bastante animada e decidiu sair um pouco de casa para dar uma volta, fazer compras sempre a ajudava a relaxar. Foi tomar banho e depois desceu para a cozinha, seu marido já estava terminando de tomar café manhã, provavelmente já estava de saída para ministério.
- Bom dia meu amor! - deu um selinho rápido em seus lábios.
- Aonde você vai? - ele quis saber quando percebeu que a esposa estava totalmente arrumada.
- Vou dar uma volta por ai! - respondeu – Vou ver se a Luna quer ir comigo.
- Isso é bom! - concordou com a cabeça – Rony me disse que Luna passa o tempo todo dentro de casa tomando conta do bebê. Ele queria que ela saísse um pouquinho.
- E por isso que eu não quero ter filhos – comentou por fim – Você passa o tempo todo se preocupando com a criança e esquece de você.
Ele suspirou pesadamente, achou melhor não comentar nada.
- Já estou indo – avisou se levantando – Qualquer coisa é só mandar uma coruja lá para o ministério.
- O que acha de almoçarmos juntos hoje? - ela sugeriu – Já faz tanto tempo que não fazemos isso.
- Hoje vai ficar difícil! - explicou – Já combinei de almoçar com a Mione hoje.
- Certo! - foi tudo que disse, não queria se estressar hoje.
Assim que o marido saiu ela suspirou pesadamente. Já estava cansada de ser a segunda na vida do marido. Desde o começo ele sempre se preocupava mais com Hermione Granger do que com ela, mas a coisa começou a piorar quando a morena ficou grávida.
*Flash back*
Depois daquele incidente todos estavam almoçando em silêncio. Gina nunca teve uma conversa de mais de dez palavras com Hermione, mas nunca soube que estava saindo sério e agora teria um bebê. Na realidade, não entendia como alguém poderia pensar em sair com a Granger.
Mas, isso não importava nesse momento. Ela tinha ficado noiva do cara que ama e estava muito feliz com isso. Queria marcar o casamento o mais rápido possível.
- Gina! - Harry sussurrou eu seu ouvido – Será que nós podemos conversar a sós?
- É claro! - não pensou duas vezes antes de responder.
Logo todos terminaram de comer. Então a ruiva saiu acompanhada pelo noivo. Os dois saíram andando pelos jardins até chegarem em um banquinho que ficava bem distante da casa.
- O que você queria tanto falar comigo? – ela perguntou logo em seguida, estava bastante curiosa – Tem alguma coisa a ver com o nosso casamento?
- Na realidade tem! - estava bastante nervoso nesse momento – E também tem a ver com a Mione.
- Como a Granger? - agora não estava mais entendendo nada – Já sei, você quer que ela seja sua madrinha de casamento? Tudo bem Harry, ela é sua melhor amiga, nada mais justo.
- Não é isso que eu quero falar Gina – segurou o rosto dela fazendo com que olhasse para si, estava bastante sério – É sobre esse bebê que ela está esperando.
- Ela quer que nós sejamos padrinhos dele? - sugeriu mais uma vez – Nunca fui muito amiga dela, mas diga que eu aceito sim.
- Também não é isso Gina! - suspirou pesadamente mais uma vez – É que eu sou pai desse bebê.
- Como é? - gritou um pouco mais alto que imaginava – Não acredito que você teve coragem de me trair desse jeito. Ainda mais com a Granger.
- Fica calma agora Gina – segurou o seu ombro tentando acalmá-la – tudo isso aconteceu quando estávamos brigados.
- Quer dizer que todas as vezes que nós brigamos você corre para os braços da Granger – conseguiu se afastar dele – Não consigo acreditar nisso Harry Potter!
- Foi somente dessa vez – tentou explicar calmamente – Aconteceu, nós dois não planejamos nada disso.
- Mas agora aconteceu não é? - algumas lágrimas escaparam do seu rosto – Da mesma maneira que vocês não planejaram nada, agora já aconteceu, vocês não podem fazer nada.
- Eu sei de tudo isso Gina! - a abraçou trazendo para junto de si – Realmente não queria que você estivesse passando por tudo isso.
- Agora não tem nada para fazer não é mesmo! - deu de ombros – Vou ter que dividir o meu marido com um filho. Posso superar isso.
- Queria conversar com você sobre isso – continuou a falar bem sério – Eu te fiz o pedido de casamento antes de saber sobre a gravidez da Mione. E posso perceber que isso foi precipitado.
- Quer terminar tudo comigo? - ficou espantada – Então é isso. Você quer terminar comigo para ficar com a mãe do seu filho?
- A Mione é só uma amiga Gina. Ainda é com você que eu quero ficar – garantiu – Mas eu ainda preciso de um tempo para organizar essa minha nova vida. Então eu quero te pedir para só marcarmos a data do casamento depois que o bebê nascer.
- Tudo bem! - o abraçou com bastante força – acho que posso esperar mais nove meses.
Continuaram naquele lugar por mais algum tempo até voltarem para casa e contar para todos a grande decisão.
*Fim do Flash Back*
A ruiva colocou a mão sobre o queixo quando se lembrava daquele terrível. Depois de tudo que aconteceu, Harry nunca mais foi o mesmo com ela. E as mudanças eram totalmente visíveis para todos.
Mandou uma carta para Luna e logo recebeu a resposta. A cunhada iria encontrá-la no shopping em menos de meia hora. Resolveu sair logo de casa para poder chegar na hora.
Hermione não demorou muito chegar ao ministério da magia. Ela foi caminhando até o gabinete do ministro.
- Bom dia! - disse para a secretária que estava lixando as unhas – Eu sou Hermione Granger, a nova funcionária do ministério, preciso falar com o senhor Weasley.
- Seja muito bem vinda senhorita Granger! - sorriu para ela – O ministro já está te esperando.
Ela concordou com a cabeça e saiu em direção a porta que ficava bem ao lado. O senhor Weasley estava lendo uma folha e quando a viu indicou uma cadeira para que se sentasse.
- Bom dia Hermione! - sorriu para ela – Quero que saiba que eu é muito bom ter você trabalhando aqui novamente.
- Eu também estou muito feliz – concordou sorrindo – Trabalhar na Austrália era muito bom, mas nada melhor do que voltar para a Inglaterra.
- Temos que conversar sobre o seu trabalho – continuou – Tenho certeza de que você está ansiosa para começar a trabalhar.
- Isso é verdade! - concordou com a cabeça – Nunca gostei de ficar parada sem trabalhar por muito tempo.
- Certo! - concordou com a cabeça – Como você já sabe vai trabalhar no departamento de execução das leis mágicas. Vai ser a chefe do departamento.
- Chefe? - se espantou nesse momento – Senhor Weasley, eu não sei se serei capaz de ser a chefe do departamento.
- Tenho certeza de que você é totalmente capaz de ser chefe de um departamento – comentou por fim – Confio plenamente na sua competência.
- Já que é assim! -disse por fim – Acho que vou conseguir sim.
Nesse momento a porta da sala se abriu novamente. Era Harry, ele parecia bastante apressado.
- Bom dia senhor Weasley! - ele disse sem nem perceber a presença da amiga no local – Espero que não tenha me atrasado.
- Você não se atrasou Harry, chegou na hora certa – respondeu logo em seguida – Queria que você acompanhasse a Hermione até a sua nova sala no departamento de execução de leis mágicas.
- Mione! Eu não tinha te visto aqui – abraçou a morena, mas depois se afastou, seu sogro estava bem ali ao seu lado – Vou te levar até lá então.
O outro homem concordou e os dois saíram em direção ao corredor. Até chegarem ao elevador, isso estava incomodando Hermione profundamente.
- Sabe! - o moreno começou a falar – Eu estava olhando o jornal trouxa esse fim de semana e arranjei uma casa ótima para você e Emi morarem.
- Você não precisava ter feito isso – disse logo em seguida – Poderia ter procurar um lugar eu mesma.
Não foi trabalho nenhum! - garantiu – Alem disso, eu imagino o quanto deve estar sendo horrível para você ficar na casa dos seus pais.
- É mesmo péssimo! - revirou os olhos – Mas é bom para a Emi, então eu não me incomodo.
- A casa não fica muito longe daqui – continuou – O que acha de irmos até lá hoje na hora do almoço?
- Parece ser ótimo! - concordou com a cabeça.
- Então está combinado – concluiu – Passo na sua sala para te buscar na hora do almoço.
- É claro! - concordou com a cabeça – Está perfeito para mim.
Não demoraram muito para chegarem ao departamento de execução das leis magicas. Harry apresentou a todos a nova chefe e, depois, se despediu da amiga e retornou a sua sala.
Hermione começou a olhar os papeis em sua mesa para começar a trabalhar. Ainda não tinha muita coisa para fazer, pois era o seu primeiro dia, por isso terminou tudo em menos de meia hora.
Estava distraída quando ouviu batidas na sua porta.
- Pode entrar! - disse, logo em seguida.
A porta se abriu e Rony colocou a cabeça para dentro da sala.
- Oi Mione! - ele sorriu para a amiga – O meu pai disse que você começaria a trabalhar hoje. Então eu arranjei um tempo para vir aqui te ver. Espero que não esteja muito ocupada.
- É claro que não estou ocupada – se levantou para ir cumprimentar o ruivo – É muito bom te ver aqui Rony.
- E você não sabe como é bom ter você de voltar na Inglaterra – disse enquanto se sentava – Não sabe o quanto esses último cinco anos em que você esteve na Austrália foram totalmente tediosos.
- Você esta exagerando Rony! - revirou os olhos – Eu tive os meus motivos para me mudar e não foi somente por causa da oportunidade de emprego e você sabe muito bem disso.
- É claro que eu sei – concordou com a cabeça – E acredite, a Gina está ainda mais insuportável. Tenho certeza de que você terá oportunidade de vê-la.
- Eu sei disso! - revirou os olhos – Oportunidades não vão faltar.
- Você sabe como é bom conversar com você – ele se levantou – Mas eu preciso ir embora. Não quero correr o risco de ser demitido pelo meu pai.
- Está bem Rony – caminhou com o amigo até a porta – Não quero que você perca o emprego por minha causa. Ainda mais agora que você e a Gina tiveram um bebê.
- Você tem que ir até lá em casa conhecê-lo – pediu – Tenho certeza de que a Luna também vai ficar muito feliz em te ver.
- Vou aparecer lá um dia – garantiu – E você também tem que ir lá em casa ver a Emi. Estou começando a ficar arrependida de ter te escolhido para ser padrinho da minha filha, você quase não a vê.
- Pode deixar – concordou rindo.
Assim que Rony saiu, Hermione voltou para a sua mesa. Era sempre muito bom conversar com o amigo. Ainda conseguia se lembrar de como ele foi compreensivo quando ela e Harry contaram que teriam um bebê. Apesar de tudo.
*Flash back*
Hermione estava sentada em um banco do parque, estava esperando seus dois melhores amigos. Era hoje que ela e Harry iriam contar toda a verdade para Rony.
Avistou o de olhos verdes caminhando na sua direção. Assim que ele a viu deu um largo sorriso e caminhou um pouco mais rápido.
- Oi Mione! - deu um beijo na bochecha dela antes de se sentar – Como você está se sentindo?
- Muito bem! - sorriu em resposta.
- E você está não está sentindo nenhum enjôo? - perguntou achando estranho – Eu me lembro de quando minha mãe estava grávida da minha irmã, ela enjoava quase todos os dias de manhã.
- Eu tento não me lembrar dessas coisas – revirou os olhos fez uma careta – Mas o médico disse que não vai demorar muito para passar.
- Isso é bom! - concordou com a cabeça – Quando é a sua próxima consulta? Quero muito ir junto com você.
- Marquei uma consulta para daqui há duas semanas – respondeu – O médico disse que vai fazer uma ultra-sonografia, mas que ainda não vai dar para ver o sexo do bebê.
- Eu estou muito ansioso quanto a isso – passou mão levemente pela barriga da amiga, ainda não dava para ver nenhum sinal de gravidez nela – Você prefere que seja menino ou menina?
- Acho que é o sonho de toda garota ter uma menina para arrumá-la – riu levemente – Mas não vou ficar triste se vier um menino.
- Para mim também tanto fazer – concordou – Mas eu faço questão de ensinar quadribol para esse bebê.
- Mas espere alguns anos – pediu – Eu posso morrer do coração se você colocar o bebezinho de dois anos em cima de uma vassoura. É muito perigoso.
Harry não pode deixar de sorrir, era muito bom ver o instinto maternal da amiga antes mesmo do filhos deles nascer.
- Eu mandei uma carta para os meus pais ontem – continuou depois de algum tempo – Eles ficaram muito felizes em saber que vão ter um neto. E eles gostam muito de você, às vezes eu acho que até mais do que da Gina.
- Fico feliz com isso! - comentou – Seu pais podiam querer matar a nós dois por isso.
- E quando é que você pretende contar para os seus pais? - Hermione fez uma careta com essa pergunta – Você vai ter que contar mais cedo ou mais tarde Mione. Daqui a pouco a sua barriga vai começar a aparecer, então não vai ter mais jeito.
- Para falar a verdade, eles estão começando a desconfiar dos meus enjôos matinais – admitiu suspirando pesadamente – Mas eu ainda não estou preparada para contar para eles. Sabe que depois disso, tudo vai mudar.
- Se você quiser eu posso ir com você até a sua casa depois que falarmos com o Rony – sugeriu – Assim acabamos logo com isso.
- Meus pais estão trabalhando a essa hora – respondeu – Eles só devem chegar bem tarde hoje. Mas podemos marcar um jantar para próxima semana.
- Por mim, está tudo bem! - segurou a mão dela e levou até os lábios, depositando um beijo suave na ponta dos dedos – E não se preocupe com nada, vai dar tudo certo,
Não demorou muito para Rony aparecer e cumprimentar os dois.
- Será que nós podemos dar uma volta pelo parque? - o ruivo sugeriu – Eu vi uma pequena sorveteria não muito longe daqui.
- É uma boa idéia tomar sorvete – Harry concordou – O que você acha Mione?
- Sorvete é bom mesmo – ela concordou – Vamos até lá.
Caminharam por alguns minutos dentro do parque até que acharam a sorveteria que Rony havia falado. Cada um pediu o seu sorvete favorito e se sentaram em uma mesa que tinha no local.
- Então? - Rony perguntou depois de algum tempo.
- Então o que? - os dois morenos perguntaram ao mesmo tempo.
- Vocês disseram que precisavam falar uma coisa urgente comigo – lembrou – Sabem que eu não sou muito bom em esperar as coisas. Então, será que vocês podem me falar logo o que é?
Os outro dois se olharam. Harry percebeu que a amiga estava começando a ficar com medo, segurou a mão dela por debaixo da mesa para fazê-la criar coragem.
- Uau! - Rony comentou quando viu a cara dos dois melhores amigos – Deve ser uma coisa bem grave mesmo.
- Você não tem idéia quanto – o de olhos verdes – Mas antes de falarmos qualquer coisa, preciso que você prometa que vai deixar que eu termine de falar e também que não vai ficar com raiva da gente.
- Eu prometo! - disse depois de ouvir isso tudo – Mas agora está me deixando cada vez mais curioso. O que pode ser tão grave que possa me fazer ficar com raiva de você dois.
- Acredite, você vai descobrir – sussurrou, mas alto o suficiente para o amigo ouvir – E vai me dar razão por estar preocupado.
- Espera Harry! - Hermione pediu segurando o pulso dele – Eu quero contar tudo para ele.
- Esta bem! - concordou – Tem certeza de que vai conseguir – ela balançou a cabeça afirmativamente.
- Você sabe que eu estou grávida! - ele concordou com a cabeça – E, imagino, que deve estar curioso para saber quem é o pai desse bebê, já que nunca me viu com nenhum namorado.
- Para falar a verdade eu estou curioso sim! - disse por fim – Mas, esse é um assunto que só interessa a você. Nem eu nem o Harry temos o direito de exigir que você conte.
-- Mas eu quero contar – suspirou pesadamente várias vezes para tomar coragem – O pai dessa bebê é o Harry.
Rony não disse nada por vários minutos, apenas ficou olhando para os dois melhores amigos bastante chocado.
- Mas como...? - disse – Mas como foi que isso aconteceu?
- Acho que você já é grande o suficiente para saber como é que essas coisas acontecem – o outro não pode deixar de rir com o comentário da amiga.
- Você entendeu muito bem o que eu quis dizer – as orelhas dele estavam quase da cor do seus cabelos – O Harry esta namorando a minha irmã. Até pediu ela em casamento.
Os dois explicaram tudo o que aconteceu no dia do aniversário de Hermione. O ruivo apenas ficou ouvindo tudo em silêncio.
Agora entendo por que você e a Gina adiaram a data do casamento – falou por fim – Acho que ninguém entendeu nada. Vocês dois estavam cheio de planos para o casamento e, de repente, resolveram adiar a data.
- Eu espero que você possa nos perdoar – o moreno pediu – Você é nosso melhor amigo e o seu apoio é muito importante.
- É claro que eu não estou com raiva de vocês – garantiu – Tenho certeza de que vocês dois serão ótimos pais, tenho certeza disso.
- Obrigado Rony – disseram ao mesmo tempo enquanto os três se abraçavam.
*Fim do Flash back*
Logo era hora do almoço e Hermione nem tinha percebido o tempo passar. Harry apareceu na porta da sua sala alguns minutos depois do meio dia.
- Já está pronta para ir? - perguntou enquanto encostava no batente da porta.
- Claro! - disse se levantando e pegando o casaco atrás da cadeira – Só preciso pegar a minha bolsa.
Saíram do departamento de execução das leis magicas e foram diretamente para o elevador.
- Será que nos podemos ir almoçar antes de irmos ver a casa que você falou – ela pediu – Estou com bastante fome. Eu tomei café da manhã muito rápido hoje.
- Claro que podemos ir almoçar antes, afinal, eu já tinha te convidado para irmos almoçar juntos mesmo – lembrou – Eu conheço um restaurante ótimo do outro lado da rua.
Logo estavam dentro do restaurante. O garçom não demorou muito para atendê-los e anotar os pedidos.
- E como está a Emi hoje? - quis saber – Aposto que ela deve ter ficado muito brava por você ter ido trabalhar e ela ainda não ter aula.
- Você está certo! - disse antes de rir – Mas os meus pais levaram ela para o trabalho deles. Tenho certeza de que a Emi vai se divertir muito.
- Ela sempre gostou muito de novidades – concordou – Então, pelo visto, ela já está adaptada a Inglaterra?
- Confesso que, quando aceitei o convite para voltar para Londres, fiquei com medo da reação da Emi, afinal, ela nasceu e cresceu lá em Sidney – explicou calmamente – Mas agora está tudo certo, daqui a pouco ela nem vai mais sentir falta da Austrália.
- E os seus pais? - resolveu mudar de assunto rapidamente – Como eles estão agindo em relação a você.
- O meu pai é mais tranqüilo, estão adorando me ter por perto – deu um leve sorriso – Já a minha mãe, bem, você sabe como ela é?
- Eu tinha pensado em passar na sua casa ontem para ver você e a Emi – respondeu – Mas mudei de idéia, não queria te arranjar problemas com a sua mãe.
- Vou ter problemas com ela independente de você aparecer lá em casa ou não – suspirou pesadamente – Por mais que ela ame a Emília, nunca vai me perdoar por isso.
- Isso é tudo minha culpa – Harry ficou encarando a toalha de mesa – Se eu não tivesse dito que queria dormir com você só para saber como seria, nada disso teria acontecido.
- Não precisa se sentir culpado Harry – segurou a mão dele – Eu também quis isso.
- Mas eu não deveria ter brincado com os seus sentimentos dessa forma – suspirou pesadamente sem soltar a mão da amiga – O mínimo que eu poderia ter feito era me casar com você para a nossa filha ter uma família normal. Acho que a sua mãe iria me odiar menos.
- Eu jamais te obrigaria a fazer uma coisa dessas – disse – Além disso, não queria mais um motivo para a Gina me odiar.
- Acho que você tem razão – concordou e os dois começaram a rir.
Logo o garçom trouxe os pratos deles. Os dois almoçaram em silêncio.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!