Voltando a Londres




Hermione encostou em um canto do aeroporto e colocou a sua bagagem de mão no chão. Olhou para o relógio, daqui a pouco chegaria a hora de embarcar no avião. Pegou o celular dentro da bolsa, precisava fazer uma ligação antes de começar a viagem.


- Alô! - ouviu a voz da sua mão do outro lado da linha.


- Sou eu mãe! - disse em seguida – Nós já estamos no aeroporto. Devemos estar chegando em Londres amanhã de manhã.


- Esta bem minha filha! - pareceu bastante animada – Não sabe como eu e o seu pai estamos felizes por você vir morar novamente conosco.


- Sabe que isso vai ser temporário! - lembrou – É só o tempo de eu arranjar um bom apartamento para morar junto com a Emi.


- Sei que vamos acabar de convencendo a ficar aqui conosco – avisou – Mas diga o número do seu vôo e a hora certa que você vai chegar. Vou ter que desmarcar algumas consultas, mas faço total questão de ir buscar vocês.


- Não precisa fazer isso! - garantiu – O Harry vai nos buscar no aeroporto. Já combinei tudo com ele ontem.


- Você sabe que eu não gosto nada disso – ela suspirou pesadamente – Não é bom você sair andando com ele pela cidade;


- Pode deixar que eu sei muito bem me cuidar – respondeu – E ele está com saudades da Emi.


- Está bem! - foi tudo que ela disse – Então a gente se vê em casa quando eu chegar do trabalho.


Então ela desligou o telefone. Tinha certeza de que ouviria um longo sermão de sua mãe, mas não estava se importando com isso agora.


Nesse momento eles anunciaram o vôo de Hermione. Ela achou melhor ir logo para o avião para não ter que correr depois.


- Vamos logo Emi! - chamou a filha. Olhou para todos os lados mais não a viu – Emília?


Não encontrava a filha em lugar nenhum. Estava começando a ficar totalmente desesperada. Emília era a pessoa mais importante de sua vida.


Foi então que viu a menina olhando algumas revistas. A morena suspirou aliviada.


- Filha! - a segurou pelo braço – Temos que ir. Não viu acabaram de anunciar o nosso vôo?


- Eu não quero ir embora daqui mamãe! - cruzou os braços – Gosto da nossa casa, da escola e dos meus amigos. Não quero ficar longe de tudo isso.


- Acontece que foi uma oferta do próprio ministro da magia para eu voltar para a Inglaterra – se ajoelhou para ficar na altura da filha – Não tinha como eu recusar isso.


- Mas essa é a nossa casa! - lembrou – Sei que você também gosta daqui.


- Ás vezes você consegue ser tão teimosa quanto o seu pai – suspirou pesadamente – Eu estou com saudades de todos lá. Tenho certeza de que você também vai gostar de morar lá.


- Se você está dizendo! - revirou os olhos – Não tenho escolha mesmo.


- Além disso, você vai poder ver o seu pai sempre – concluiu por fim – Você vive reclamando que ele não vem o suficiente aqui.


- O papai! - ela pareceu muito feliz nesse momento – Quer dizer que ele vai morar junto com a gente?


- Isso não vai acontecer! - respondeu – O seu pai tem a casa dele e nós vamos ficar na casa dos seus avós por enquanto.


- Por que não podemos ir morar com o papai? - sugeriu.


- Não podemos! - não sabia como iria explicar isso para a filha, pois ele era muito pequena – Iriamos atrapalhar a vida dele ficando lá. Você não quer isso, não é mesmo?


- Mas sempre que ele vem aqui nos visitar sempre fica aqui em casa – lembrou – Por que não podemos fazer a mesma coisa?


Nesse momento anunciaram o vôo mais uma vez. Tinha que se apressar agora, então Hermione começou a andar juntamente com a filha.


- São duas coisas completamente diferente – tentou explicar – Quando você ficar mais velha vai entender isso.


- É sempre assim! - reclamou – Você sempre diz que eu vou entender as coisas quando for mais velha. Não agüento mais isso.


- Isso prova que você não é madura para saber de certas coisas – concluiu.


Entraram no avião e logo encontraram os seus lugares. Não demorou muito para decolarem, agora era uma questão de horas até estarem em Londres.


Hermione ficou olhando para a paisagem pelo lado de fora, aquela nuvens a estavam deixando com sono. Olhou para o lado e viu que Emi estava dormindo toda encolhida na poltrona, sorriu e passou a mão pelo cabelos castanhos da menina.


Durante aquele momento não conseguiu deixar de pensar no Harry. Sabia que não deveria estar fazendo isso, mas não conseguia evitar. Nunca conseguiria esquecer do dia em que o conheceu.


 


*Flash back*


Hermione desceu do carro. Ficou encostada esperando seu pai voltar com o carrinho de malas.


Estava muito empolgada por estar indo estudar em Hogwarts. Não conseguia muita coisa sobre magia, mas pelo que leu parecia ser um lugar incrível.


- Onde será que fica essa plataforma 9 ½? - a menina quis saber enquanto andava por dentro da King Croos – Não vejo nenhuma placa indicando ela.


- Eu também não vejo! - a mãe dela comentou – Não há nenhuma plataforma com número quebrado por aqui.


- Lembram quando fomos aquelas lojas comprar o material escolar? Ficava em uma passagem secreta – o homem lembrou – Quem sabe não seja esse o caso.


- Mas como vamos descobrir isso? - Hermione estava começando a ficar preocupada. O trem partiria em quinze minutos, não poderia perder o inicio das aulas.


Foi nesse momento que viram um casa com um menino, mas ou menos da mesma idade que ela. Eles estavam carregando um malão e uma gaiola com uma coruja branca, só poderia estar indo para Hogwarts também. Pararam em uma pilastra entre duas plataformas e ficaram observando o movimento de pessoas.


- Bom dia! - Hermione se aproximou deles, estava um pouco envergonhada, mas era o único jeito de saber – Vocês estão indo para a plataforma de onde vai sair o expresso Hogwarts.


- Estamos indo sim! - a mulher ruiva sorriu para ela – Esse também é o seu primeiro ano em Hogwarts?


- É sim! - balançou a cabeça afirmativamente – Minha família não é bruxa, então eu estou um pouco perdida aqui.


- Aconteceu a mesma coisa comigo quando vim para Hogwarts – comentou simpática – Esse é meu filho Harry. Também é o primeiro ano dele. Quem sabe vocês ficam na mesma casa e se tornam amigos?


- Oi! - acenou para ele – Sou Hermione Granger.


- Lilian Potter. E esse é o meu marido James – indicou o homem que estava ao lado de Harry – Acho que você quer saber como passar pela plataforma.


- Descobriu como chegar a plataforma minha filha? - o senhor Granger quis saber.


- Eles iam me explicar nesse momento! - avisou.


- Eu lamente dizer, mas vocês não vão conseguir entrar - Lilian disse – Somente bruxos podem passar para a plataforma.


- Você vai ficar bem minha filha? - a menina balançou a cabeça afirmativamente – Então tenha ótimo semestre letivo. A gente se vê nas férias de natal.


- Obrigada mãe! - a abraçou – Vou escrever assim que chegar ao colégio.


- Eu vou ficar de olho nela até a hora do embarque – a outra mulher garantiu – Pode ficar tranqüila.


- Muito obrigada! - a senhora Granger disse.


- Tudo que você precisa fazer é passar por essa pilastra entre as plataformas nove e dez – explicou por fim – Não precisa ter medo. Pode ir primeiro.


Ela saiu correndo. Parecia que ia bater na parede, então fechou os olhos. No segundo seguinte estava em frente a um trem vermelho e várias pessoas andando pela plataforma.


Logo em seguida Harry se juntou a ela.


- Oi! - disse rindo – É divertido não?


- Um pouco! - concordou com a cabeça,


- Logo você se acostuma – completou – Vamos logo ou não vamos conseguir lugar no trem.


- Será que eu posso ficar na mesma cabine que você? - pediu, seu rosto estava extremamente vermelho – Vai ser legal já conhecer alguém quando estiver em Hogwarts


- Claro que sim! - concordou com a cabeça. Apesar de ele vir de uma família de bruxos, estava um pouco perdido também.


Acharam uma cabine vazia no final do trem. Logo estava na hora de irem embora. Hermione viu seu novo amigo se despedir dos pais, Lilian acenou para a menina também.


- Em que casa você quer ficar? - a morena quis saber – Li a respeito de todas ela em “Hogwarts, uma história”. As que mais me pareceram interessantes foram a Grifinória e a Corvinal.


- Meus pais foram da Grifinória quando estavam no colégio – explicou – Então, acho que tem uma pequena possibilidade de eu ir para lá também.


- Eu li que os filhos sempre ficam na casa que os seus pais eram! - comentou – Então você vai ficar na Grifinória.


- Não necessariamente – deu de ombros – A família toda do meu padrinho foi da Sonserina e ele foi para a Grifinória.


- Que engraçado! - comentou.


Foi então que a porta da cabine foi aberta. O garoto ruivo e meio magro estava parado na porta.


- Harry! - disse feliz para o outro garoto – Eu não te vi antes de embarcar. Já estava começando a pensar que você não veria.


- É claro que eu vim! - comentou – Sabe que desde pequeno eu sonho em ir para a mesma escola dos meus pais.


- Ainda não acredito que estamos aqui! - suspirou pesadamente e se sentou ao lado do amigo – Vamos viver muitas aventuras naquele colégio. Igual as histórias que o seu pai contava quando eramos pequenos.


Foi nesse momento que percebeu a Hermione. Achou muito estranho a menina estar bem ali.


- Eu sou Hermione Granger! - estendeu a mão, mas como o ruivo não retribuiu o gesto, voltou a posição anterior – Também é o meu primeiro ano aqui em Hogwarts.


- Nós nos conhecemos enquanto eu estava vindo para cá! - Harry explicou – A Hermione estava um pouco perdida para achar a plataforma.


- Sou Rony Weasley! - foi tudo que ele disse.


- Eu e Rony nos conhecemos, praticamente, desde que nascemos – o moreno explicou – Aprontamos muito quando eramos pequenos.


- Que legal! - sorriu - Eu não tenho nenhum amigo de infância. Deve ser legal.


Passaram o resto da viagem conversando. Quase nem perceberam o tempo passando e que já estavam chegando ao castelo de Hogwarts.


*Fim do Flash Back*


 


A morena suspirou pesadamente. Ela e Harry ficaram amigos logo de cara, foi algo incrível. Rony não gostava muito dela no começo, mas logo ficaram amigos também. Eram o trio inseparável de Hogwarts.


Ainda se lembrava do natal em que foram para a casa dos Potter em Paris. Foi lá que tudo mudou.


 


*Flash Back*


Hermione estava no quarto lendo um livro. Era a sua atividade favorita durante as férias, mas como estava com os amigos, passava a maior parte do tempo fora de casa, mas ainda usava o tempo de manhã e um pouco antes de dormir.


Ouviu batidas de leve na porta.


- Pode entrar! - avisou, logo o seu melhor amigo apareceu.


- Também acordou cedo hoje? - rui divertido sentando na ponta da cama – Acordei para beber água as quatro horas da manhã e não consegui dormir de novo.


- Eu estou acordando cedo todos os dias desde que chegamos – avisou – É única maneira de colocar a minha leitura em dia.


- Só você mesma Mione! - balançou a cabeça negativamente, então levou um travesseiro na cara e parou – Acho que só nós dois estamos acordados nessa casa. O que quer fazer?


- Pretendia ler, mas vai ser meio difícil agora – revirou os olhos – O que acha de conversamos?


- Tudo bem! - concordou por fim – Ainda não acredito que estamos no quarto ano de Hogwarts. Quando menos esperarmos vamos estar nos formando.


- E ano que vem teremos que começar a decidir qual a profissão que queremos seguir! - lembrou – Por causa dos N.O.M's. Já sabe o que pretende fazer?


- Não tenho a mínima idéia! - deu de ombros – Meu pai quer que eu siga a profissão dele de Auror, mas ainda não tenho muita certeza.


- Já pensei em tantas coisas para fazer – foi a vez de ela dizer – Mas ainda não consegui me decidir.


- Ainda temos bastante tempo para decidir – comentou – Mas eu tenho certeza de uma coisa Mione. Não importa o que você escolha, vai ter bastante sucesso.


- Obrigada! – o rosto da garota estava totalmente vermelha – Sabe que eu não gosto quando me elogiam.


- Ainda não acredito que você ainda fica vermelha quando eu falo bem de você – não pode deixar de rir – Isso tudo é verdade Mione. Você é a pessoa mais incrível que eu conheço.


Harry se aproximou mais da amiga. Com uma das mãos, segurou a mão dela e com a outra acariciou o seu rosto.


Nenhum dos dois sabe como foi que aconteceu, mas eles foram se aproximando um do outro e seus lábios se tocaram. Foi um beijo bem rápido, mas o suficiente para passar uma corrente elétrica entre eles.


- O que acha de irmos até a cozinha? - Hermione sugeriu depois que se afastaram, não conseguia encarar o amigo – Tenho certeza de que os seus pais vão adorar acordar e já ter o café pronto.


- É uma boa idéia! - concordou – Vamos então.


Eles saíram em direção a cozinha. Resolveram não comentar mais sobre o que aconteceu minutos antes.


*Fim do Flash Back*


 


Foi depois daquele beijo que começou a olhar o seu melhor amigo com outros olhos. Mas ela nunca teve coragem de contar a verdade para ele.


Hoje em dia se arrepende de não ter feito isso. Quem sabe as coisas não teriam acontecido de outra maneira?


 


*Flash Back*


Umas das coisas que Hermione mais gostava de fazer durante o inverno era de ficar perto da lareira tomando chocolate quente. Quando tem a companhia do seu melhor amigo era mais perfeito ainda.


No inicio do semestre letivo, o trio estava combinando de passar as férias de natal no colégio. Rony não pode ficar, pois a família sempre se reunia nessa data, então somente os dois morenos ficaram.


Harry estava olhando para o nada mexendo nos cachos da menina. Ela sabia muito bem que tinha alguma coisa errada com ele.


- O que houve Harry? - ela quis saber imediatamente – E não me adianta dizer que não é nada, sei que é.


- Tudo bem Mione! - suspirou pesadamente – Eu vou contar o que é. Estou precisando de um conselho seu mesmo.


- Um conselho? - o olhou estranho – Agora que eu estou curiosa mesmo.


- É sobre uma garota! - o coração de Hermione falhou em uma batida – Eu tenho pensado nela de um modo diferente tem algum tempo, mas não sei como contar isso para ela.


- Acho que você precisa contar para ela o que sente – sugeriu – Ou nunca vai saber se ela sente o mesmo por você.


- Tem razão! - concordou – O que você acha da Gina?


- Gina Weasley? - ficou totalmente desanimada, por um minuto pensou que Harry pudesse estar apaixonado por ela – Nunca parei para conversar com ela, mas parece ser legal. E é a irmã caçula do Rony.


Esse é o meu medo. E se o Rony não aceitar? - parecia apavorado – E ela também tem outros cinco irmãos mais velhos.


- Tenho certeza de que o Rony vai aprovar você com a Gina – ela garantiu – Afinal, ninguém melhor do que o melhor amigo dele para namorar a irmã. Assim ele pode ficar de olho em vocês dois.


- Acho que tem razão – riu levemente e deu um beijo no topo da cabeça da morena – Obrigado por tudo Mione, você é uma grande amiga.


Ela apenas sorriu fraco. Agora ela tinha certeza de que nunca vai ser nada para ele ainda de amiga.


*Fim do Flash Back*


 


Não demorou muito para Harry e Gina começarem a namorar. Para Hermione era muito difícil ver os dois juntos, mas tinha que sofrer em silêncio. Na realidade, faz isso até hoje.


Suspirou pesadamente e resolveu dormir um pouco. Ainda faltava muito para chegar em casa.


Harry acordou bem cedo naquele dia, estava ansioso para ir até o aeroporto buscar Hermione, ainda não conseguia acreditar que ela estava voltando a morar em Londres.


Resolveu tomar um banho rápido. Quando voltou para o quarto sua esposa não estava mais lá, certamente já estava tomando café. Trocou e roupa e foi diretamente para a cozinha, onde encontrou Gina comendo um pedaço de maça.


- Bom dia Harry! - sorriu quando ele deu um selinho em seus lábios – Onde você tão cedo? Não me diga que o meu pai esta de obrigando a trabalhar em um sábado?


- Não é isso! - explicou quando sentava em uma cadeira e passava geléia na torrada – Estou indo buscar a Mione e a Emi no aeroporto. Ela estão voltando hoje para Londres.


- Já tinha me esquecido disso – fez um careta – Foram cinco maravilhosos anos em que ela estava do outro lado do planeta. Não acredito que o pai a chamou para trabalhar novamente no ministério.


- Ela é ótimo no trabalho, por isso ele a contratou – respondeu bastante seco – E é bom você nem começar com aquele seu ciúme bobo. Não vou agüentar isso de novo.


- Está bem! - levantou os braços em sinal de rendição – Não vou falar nada a respeito da Hermione. Até vou aceitar que a pirralha venha aqui em casa de vez em quando.


- Vamos conversar sobre o jeito que você se refere a Emi depois – suspirou pesadamente, não estava com vontade de começar outra briga – Todos esses problemas estariam resolvidos se você aceitasse ter um bebê.


- Já te disse que isso está fora dos meus planos – respondeu – Não estou afim de engordar horrores durante a gravidez. E ainda tem que acordar no meio da madruga com choro de criança. Eu não nasci para isso.


Ele suspirou pesadamente antes de terminar de beber o seu café.


- Eu já estou indo! - se levantou – Não quero deixar a Mione e a Emi esperando.


Saiu de casa e pegou o seu carro. Demorou vinte minutos para chegar ao aeroporto, o vôo da Austrália tinha acabado de chegar, não demoraria muito para as pessoas começarem a sair.


Harry ficou bem atento. Até que viu sua melhor amiga empurrado um carrinho de malas e segurando a filha pela mão.


- Mione! Emi! - acenou para que elas o vissem.


- Papai! - a menina soltou a mão da morena e saiu correndo em direção a ele – Que saudades.


- Eu também estava com saudades suas minha pequena – a levantou e começou a rodá-la – Como você cresceu desde a última vez que te vi. Sua mãe andou te dando fermento.


- Não pai! - ela começou a rir – É que já faz seis meses desde que você foi nos ver.


- Já faz tanto tempo assim! - se fingiu de espantado – Agora teremos muito tempo para recuperar.


- Oi Harry! - Hermione finalmente conseguiu passar pelo mar de pessoas que tinha no local – Como você está?


- Muito bem! - deu um beijo no topo da cabeça dela – Vamos embora, tenho certeza de que vocês duas estão cansadas.


- Eu estou com fome! - Emi avisou – Não gostei daquela comida do avião.


- Podemos passar em uma lanchonete que eu costumo ir para tomar café da manhã – sugeriu – Espero que não tenha problema Mione.


- É claro não! - respondeu – Para falar a verdade, eu também estou com fome.


- Então vamos! - completou.


Harry pegou o carrinho e começou a empurrá-lo e ainda estava com a filha no colo. Logo chegaram ao estacionamento e ele começou a colocar as malas dentro do carro.


- Pai! - a menina disse quando ele parou e a olhou – Você vai morar com a gente na casa do vovô e da vovó?


- Emília Lilian Potter! - a mulher a reprimiu – Já te disse que ele não moraria com a gente.


- Sua mãe tem razão Emi! - se ajoelhou para ficar na altura dela e colocou a mão no seu ombro – Eu tenho a minha própria casa e logo vocês vão construir a suas vidas aqui em Londres. É claro que você sempre pode me visitar em casa.


- Está bem! - concordou parecendo um pouco triste – Vou querer logo ir conhecer a sua casa.


- E você vai! - a pegou no colo e a colocou sentada no banco de trás do carro – É só combinarmos isso com a sua mãe.


- Tem certeza de que a Gina vai recebê-la bem em casa? - a morena perguntou um pouco preocupada – Você sabe que ela não gosta de mim e tenho medo que desconte na minha filha.


- Não se preocupe com isso! - garantiu – Nunca vou deixá-la fazer mal para a Emi.


Não demorou muito chegarem à lanchonete. Harry apenas ficou observado as duas comerem, pois já tinha tomado café antes de sair de casa.


Cerca de meia hora depois estavam saindo em direção a casa dos Granger. Logo estavam estacionados em frente a casa.


- A Emi dormiu – Hermione comentou olhando para trás e vendo a filha – Ela ainda vai demorar um pouco para se acostumar com o fuso-horário.


- Quer ajuda para levar as malas lá para dentro? - quis saber.


- Quero sim! - concordou com a cabeça – Meus pais não estão em casa.


Ela pegou a chave que estava em baixo do tapete da entrada. Tudo estava exatamente do jeito que quando foi embora há cinco anos, era muito bom estar em casa.


- Vou levar a Emi para a cama! - moreno avisou.


- Deixa que eu levo – avisou tirando a filha dos braços dele – Você fica esperando aqui. Eu não demoro.


Ele começou a ver várias fotos que tinham no local. A maioria de Hermione quando era pequena, em algumas ele e Rony também estavam presentes, mas, as últimas fotos eram todas de Emília.


- Ela nem se mexeu quando a coloquei na cama – comentou enquanto descia as escadas – Está mesmo cansada.


- Uma viagem internacional é muito cansativa para uma criança pequena – comentou – Mas logo ela vai estar aqui correndo.


- Tem razão! - revirou os olhos.


Harry foi se aproximando dela e colocou a mão no seu ombro e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha dela.


- Eu estou muito feliz por você estar de volta a Londres – comentou com um enorme sorriso no rosto – Agora eu posso vir ver vocês sempre que eu tiver saudades.


- Eu imagino o quanto deve ser importante para você ver a Emi crescer – respondeu – Esse também foi um fator importante para eu aceitar o emprego. Fora eu estar morrendo saudades de tudo.


- Mas eu não estou falando só da Emi! - explicou – Também estou falando de você. Não sabe o quanto eu senti sua falta.


Foi se aproximando dela e a beijou. No começou Hermione se assustou, mas logo correspondeu. Abriu a boca para poder aprofundar o contato, quando ouviu barulho de chave e se afastou.


- Oi minha filha! - a senhora Granger disse – Harry! Como você está?


- Muito bem! - respondeu simplesmente – Eu já estou indo. Depois ligo para combinar de buscar a Emi.


- Claro! - a morena concordou antes de abrir a porta para o amigo – O que você está fazendo aqui mãe? Pensei que você fosse trabalhar o dia inteiro hoje.


- Tinha um horário livre de decidi vir aqui ver vocês – explicou – E foi bom. Você já estava prestes a fazer mais uma besteira.


- Eu não ia fazer nenhuma besteira! - tentou explicar – Estava apenas conversando com o meu melhor amigo.


- Você sabe que ele é casado! - lembrou – As pessoas comentam. E vocês dois ficam sendo irresponsáveis por ai.


- Ele é meu melhor amigo e pai da minha filha - respondeu – Não se preocupe que eu sou muito responsável em relação a isso.


- Se você tivesse um pingo de responsabilidade não teria tido um bebê – falou – Só espero que isso não aconteça de novo. Pois parece que vocês dois nunca pensam nas conseqüências dos atos.


- Não precisa se preocupar com isso – disse antes de subir a escada – E agradeceria se não falasse mal do Harry na frente da Emi. Sabe como ela ama o pai.


- Pode ficar tranqüila quanto a isso – respondeu – Não vou fazer nada para magoar a minha neta.


Hermione foi para o seu quarto e deitou na sua cama. Estava totalmente cansada daquelas brigas e, pelo visto, começariam novamente.

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