A Ascenção
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2050 – Uma Nova Esperança
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Capítulo Três – A Ascenção
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Uma forte luz acordou Thomas de seu sono. Assustado, logo abriu os olhos e procurou sua arma, mas a luz era muito intensa, e então ele teve de tatear às cegas até encontrar a sua adaga.
-Thomas, acorde! Você corre grande perigo. – Disse uma voz em sua mente.
E então a luz foi cessando, e ele viu que ela vinha de sua adaga.
-Isso é que é despertador. – Ironizou mentalmente.
Levantou-se e constatou que ainda estavam na igreja em que foram dormir na noite anterior, e Kate estava deitada ao seu lado.
Então algo piscou em sua mente, sentiu uma sensação de extremo perigo. Envergou-se em posição de combate (nem ele sabia como, pois sua primeira batalha fora no beco alguns dias atrás).
-Kate, acorde. – Sussurrou baixinho cutucando Katherine para que ela acordasse.
Silêncio.
-Vamos Kate... – Tentou novamente.
O salão aonde estavam hospedados era muito amplo, e acomodava vários catres meio improvisados para as pessoas que precisavam de algum lugar para passar a noite. A grande maioria dos catres estavam ocupados.
Kate não respondeu, e lentamente, com um rangir, a velha porta do grande salão se abriu, e Thomas viu a criatura mais estranha que poderia imaginar.
Um homem, vestido com uma roupa toda preta (que não aparecia no escuro, por isso ele logo supôs que fosse preta), feita de algum metal desconhecido por ele, muito tratado e ultra-leve, como se fosse uma armadura, usando um capacete preto (N/A: pena que Thomas não assistiu Star Wars, pois pode-se dizer que o capacete é muito similar ao de Darth Vader) que também não podia-se enxergar muito bem na penumbra do salão, apenas com os dois olhos (do capacete) de uma luz vermelha intensa (N/A: para quem conhece o jogo “Killzone”, eu praticamente descrevi um soldado “Hellgast”). Com as duas mãos, ele segurava uma arma do tamanho de um rifle antigo de tecnologia desconhecida.
Não demorou muito até ele ser notado pela estranha criatura. Imediatamente, o Caçador apontou sua arma na direção de Thomas e a disparou. Uma rajada de uma energia de cor amarela disparou em sua direção.
Mas desta vez, ele achava que sabia o que fazer.
-Vamos! – Disse ele na estranha linguagem que fizera a adaga se ascender da outra vez, quando tentara provar a Katherine que a adaga era especial.
No mesmo instante a luz azul intensa voltou à adaga, e Thomas apontou a arma para a energia que vinha em sua direção.
Neste mesmo instante, pela outra porta do grande salão (que ficava na lateral em relação à porta principal), Rudolph Slughorn e o Capitão William Stevens adentraram o dormitório improvisado e se estarreceram-se diante da cena: um Caçador (coisa que eles bem conheciam) disparando contra um garoto, e este gritando algo em uma linguagem que ninguém conhecia, apontando uma adaga que emanava uma luz azul para a energia.
Eles mal puderam constatar isso quando aconteceu o impacto. A energia amarela explodiu e eles não puderam ver o que aconteceu. Alguns segundo depois, quando não estavam mais ofuscados, repararam algo muito estranho no garoto, algo que eles ansiavam já há muito tempo: a magia emanava dele.
A luz da adaga se projetara em forma de escudo em volta do garoto, e em volta de uma garota que estava deitada ao lado dele. Seus cabelos negros estavam flutuando dentro do campo de energia criado pelo escudo, seus olhos emanavam levemente uma luz azul muito clara. Algumas runas podia ser vistas brilhando azuladas no gume da adaga que ele segurava.
Demorou para eles entenderem o que se passava. Mas mesmo assim, eles não puderam fazer nada, tal era o seu choque com o que acabaram de ver.
Thomas era guiado por seus instintos. Tudo agora parecia fazer sentido para ele. Ele viu que agora cinco inimigos adentraram o salão para o confrontar. Será que eles poderiam?
Imediatamente ele teve uma visão: uma visão de ele apontando sua mão direita (mão livre) na direção de seus inimigos e murmurando um tipo de palavra mágica, e seus inimigos sendo então destruídos. Logo ele entendeu que se tratava de sua adaga o ensinando um “superpoder”.
Fez exatamente o que ele vira, erguendo sua mão à altura dos ombros, abrindo a palma e murmurando seu feitiço:
-Flama! – Disse ele, e uma rajada de fogo em forma de cabeça de dragão saiu da palma de sua mão e foi em direção dos inimigos, rodeou-os e os engoliu numa espécie de furacão incandescente, os incinerando. Ou melhor, incinerando seus corpos, pois suas armaduras e armas continuavam intactas.
Alguns instantes se passaram, e ele então se virou para os dois homens que haviam adentrado o salão alguns minutos antes. Imediatamente ele voltou ao normal, a energia de sua arma se dissipando, como se ele estivesse saindo de um transe.
-Quem são vocês? – Indagou Thomas imperativo. Eles não seriam idiota de o confrontar depois do que viram.
Por vários instantes não se ouviu resposta. Os dois homens estavam paralizados.
-Nós somos... – Começou um deles com a voz embargada de sentimentos.
-Somos seus aliados. – Disse o outro firme, quase rudemente.
-São, é? Assim como estes que eu acabei de assar? – Retrucou Thomas ofensivo. – Digam seus nomes!
-Capitão William Stevens. – Disse o mais rude. E apontou o seu colega. – Este é Rudolph Slughorn... – Ia continuar mas foi interrompido por Thomas.
-Rudolph? – Retorquiu ele e seu corpo relaxou. – Estávamos esperando por você, Rudolph.
-Você, me conhece? – Indagou ele confuso.
-Não, mas me disseram para confiar em você. Me disseram que você seria meu aliado.
Com o barulho de vozes, Kate acordou (durante a batalha ela estava dentro do escudo, então não ouviu nenhum som).
-Tom? – Indagou ela confusa.
William olhou para os dois e entendeu aonde estava o plural.
-Então seu nome é Thomas? – Indagou.
-Sim. Thomas Weston. – Respondeu ele e abraçou Kate que agora estava em pé. – Esta é Katherine Russeau, minha amiga.
Os dois homens só ficaram olhando tentando entender o que aquilo significava.
-E o que são vocês? Me disseram que vocês iriam me proteger e acho que me ensinar algumas coisas... – Disse Thomas pensativo.
-Não temos tempo para conversar aqui. – Disse William firme. – Vamos levar você até a nossa base para conversarmos melhor.
-Base? Tipo, uma base militar? – Indagou Thomas apreensivo.
-Está mais para uma colônia do que para uma base, mas não deixa de ser uma. – Respondeu Rudolph tentando contornar o receio de Thomas.
-E como iremos? – Pronunciou-se Kate finalmente.
-Iremos aparatar. E antes que você pergunte, é um tipo de teletransporte mágico. – Respondeu William.
-Teletransporte mágico? – Indagou Thomas confuso.
Rudolph olhou para William com uma cara indagadora, e este disse.
-Rudolph, eles já detectaram emissão mágica aqui, vão vir igual. É melhor irmos com segurança embora, e de qualquer forma, a guerra irá começar. Nossa prioridade é levar estes dois ao Merlin. – Viu-se que Rudolph concordou. Então Stevens se virou para Tom e Kate. – Thomas Weston e Katherine Russeau, vocês irão ser levados ao nosso líder para que possam conversar. Ele lhes explicará tudo o que for necessário, mas agora temos que ir, antes que mais destes aí apareçam.
Thomas concordou com a cabeça. Ele deveria confiar neles, por mais estranho que fosse.
O Merlin era um homem relativamente velho, aparentando cerca de cinqüenta anos de idade. Inúmeras cicatrizes da guerra marcavam seu rosto cheio de rugas. Seus olhos eram prateados e seu cabelo era comprido e branco acinzentado, mas um dia ele fora louro. Tinha pouco mais de um metro e oitenta de altura e embora fosse velho, era muito vigoroso, ágil.
Claro, a tecnologia humana hoje em dia permitia os homens a viverem muito mais do que as gerações anteriores. Em pouco tempo, a medicina (para falar em um só campo) evoluiu de forma até assustadora, até mesmo para os “trouxas”. Claro, trouxas não existiam mais. Agora eles eram apenas humanos. Mas quando ele era criança, quando seu pai era vivo, e os bruxos ainda estavam escondidos, ele fora ensinado que quem não era bruxo, era trouxa.
Às vezes ele lembrava de seus tempos de infância, de como era a sociedade em que ele vivia. Naquela época, os bruxos brigavam entre si por causa de sangue puro ou sangue impuro. Isso sim era idiotice, pensava. Para ele, este era o motivo de os bruxos terem perdido a guerra. Eles não eram unidos, e quando um inimigos a altura apareceu, ninguém estava pronto para o enfrentar.
Hoje em dia, não existiam mais bruxos das trevas nem bruxos da luz. A guerra civil entre Tom Riddle e o resto da bruxidade (fato mais marcante da história bruxa pré Guerra dos Horrores) acabou no instante em que os trouxas apareceram como inimigos de fato. As teorias de Lord Voldemort, como Riddle gostava de ser chamado, se provaram verdadeiras, e todos os ditos bruxos da luz quebraram feio a cara, e no fim das contas todos tiveram de se unir para lutar contra os trouxas. Mas os bruxos nunca foram militares. Não ao estilo trouxa.
Os trouxas eram especialistas em fazer guerra, e os bruxos sentiram isso na pele. Quando começou a guerra, os bruxos venciam praticamente todas as batalhas. Mas não demorou muito tempo até que os trouxas achassem uma brecha no estilo bruxo de combate, e logo o quadro se virou e a guerra passou a ser um massacre contra os bruxos mal organizados.
Naturalmente, haviam bruxos que se destacaram na guerra, dentre eles Harry Potter (o mais poderoso de todos), Alvo Dumbledore, Draco Malfoy, Hermione Granger, e vários outros bruxos poderosos de inúmeros lugares do mundo.
Sempre quando ministrava as aulas para seus alunos, tentava explicar o porque de quando se fala em bruxidade pré guerra, só se fala em bruxos ingleses. Sempre, desde o início, a maior força da bruxaria era na Inglaterra. Pouco se sabe a respeito disso, mas muitos atribuem isto aos Celtas.
Nunca se entendeu o porque de a Magia ser mais poderosa na Inglaterra do que em qualquer outro lugar do planeta, e isto era um mistério até os dias atuais.
De qualquer forma, isso já nem importava mais. Não haviam mais bruxos na Inglaterra, e quase já não haviam mais bruxos no planeta, se fosse comparado aos trouxas. De forma prática, é possível se dizer que os únicos bruxos que resistiram à Caçada foram os que se juntaram (e esconderam) à Ordem.
Assim que os mais poderosos bruxos viram que não havia mais esperança em vencer a guerra, três coisas aconteceram (e poucos sabiam disso hoje em dia, provavelmente só ele e alguns generais da OPM):
A duas primeiras, foram feitas por Harry Potter. Ele teve uma visão, nunca se soube exatamente de quê, e então ele fez algo que jamais se esperaria e jamais se julgara possível: ele reuniu todos os conhecimentos mágicos da época, todos sem exceção, e usando rituais ocultos os trancou dentro de um objeto com grande parte de sua energia espiritual. E mais improvável ainda, ele usou de um poder desconhecido para selar a própria Magia dentro de outro objeto. Na verdade, ele não selou a Magia, mas sim a bloqueou, sendo a chave para seu desbloqueio o primeiro objeto que ele criara.
Desta forma, ele garantiu duas coisas: a primeira, foi que a Magia foi extinta do planeta, com a excessão de quem já a possuía em seus genes. Assim somente bruxos continuariam suas gerações tendo a Magia. A outra, relacionada com a primeira, foi que os trouxas nunca conseguiriam aprender a usar a Magia, permitindo assim, de acordo com a sua visão, que a Magia só ressurgisse quando fosse realmente a hora, e que assim seus inimigos (N/A: irônico o Harry pensando em trouxas como inimigos a serem eliminados, não?) fossem definitivamente derrotados.
O segundo objeto estava secretamente guardado em posse dele mesmo (o Merlin), esperando a hora de ser ativado. Mas o primeiro objeto se perdera de uma forma que eles nunca mais conseguiram encontrar, e até hoje os bruxos remanescentes discretamente tentavam recuperar.
A terceira coisa feita pelos bruxos poderosos foi a criação da OPM, por Draco Malfoy. Ele acreditou nos planos de Harry Potter (que compartilhara sua visão com ele) e criou uma Ordem para defender e guardar a Magia, na forma dos bruxos e do objeto que ele (o Merlin) guardava.
A Ordem dos Protetores da Magia ficara escondida até hoje, tendo algumas modestas bases ao redor do mundo, sendo a principal delas localizada ao sul da Cordilheira dos Andes, antigo país conhecido por Chile, aonde o Merlin se localizava agora. Este local fora escolhido por que era o lugar que menos poderia causar interesse nos trouxas e ficava o mais longe possível dos mesmos.
Agora ele recebia uma mensagem telepática de William Stevens, dizendo que eles haviam encontrado e escoltado em segurança a emissão mágica detectada por seus radares alguns dias atrás.
Morria de apreensão enquanto esperava que Stevens chegasse com o que quer que fosse que estivesse trazendo.
Thomas não tivera muito tempo para pensar. Assim que “aparatou” na tal base que William lhe falara, foi botado para caminhar imediatamente. Eles estavam indo ver um tal de Merlin. Nome bem estranho para uma pessoa.
Ao adentrarem na porta (eles caminharam tão rápido que ele nem pôde reparar em nada na base) da sala do tal Merlin, Thomas se surpreendeu.
Era uma sala média, muito bem decorada num estilo muito clássico, coisa que ele nunca vira antes na vida. Haviam várias estantes com livros, embora ninguém mais os usasse hoje em dia, e um tapete vermelho em baixo de duas cadeiras, em frente a uma mesa com alguns pergaminhos e penas em cima, um tinteiro e um homem velho de cabelos acinzentados e olhos prateados sentado numa cadeira que qualquer um antigamente classificaria de rei atrás da mesa, com as duas mãos nas laterais dos rostos olhando para ele e Kate com um olhar muito apreensivo.
Sem falar nada, o homem se levantou e indicou as duas cadeiras a ele e Kate, enquanto William Stevens e Rudolph ficaram parados em pé na frente da porta, sem falar uma palavra.
-Sejam bem-vindos ao meu gabinete. – Disse o homem, que deveria ser o tal Merlin, com uma voz muito tensa.
-Er... Muito obrigado. – Disse Thomas.
-Como vocês já devem saber, eu sou o Merlin, e vocês não devem ter a mínima idéia do que está acontecendo. – Prosseguiu ele, meio enrolado, sem saber o que dizer.
Mas neste instante a adaga de Thomas brilhou em sua bainha na cintura de Thomas, e a já familiar voz falou em sua mente.
-Thomas. Você deve pedir a este homem alguns instantes sozinho para que você possa meditar, para mim poder lhe explicar tudo o que você precisa saber e ainda mais. Apenas diga a ele que a Adaga de Potter está em sua posse. Ele vai entender.
E assim a voz se ausentou, e a adaga parou de brilhar. Thomas então disse, fitando o estarrecido velho à sua frente:
-Seu Merlin, peço um tempo sozinho para que eu possa meditar, e descobrir tudo que preciso por mim mesmo. A Adaga de Potter está comigo. – Suas palavras foram como um tapa no rosto do velho homem. Seu semblante ficou sombrio por um tempo, e então subitamente ele sorriu um sorriso que provavelmente ele não sorria há muitos anos, e apenas disse:
-Que assim seja. – E depois completou olhando, já sério, para William e Rudolph. – Devemos dar a este rapaz o que ele pede. Vamos dar licença a ele e vamos para outra sala, para que eu possa conversar com vocês e esta moça – e vendo o olhar preocupado dela, completou sorrindo – se ela quiser nos acompanhar.
Katherine olhou para Thomas receosa, e ele apenas disse.
-Por favor, Kate, é muito necessário, e este homem não irá lhe fazer mal, ele é nosso amigo. Confie em mim.
Então, ainda receosa, ela concordou, levantou-se e saiu acompanhada dos três homens.
Quando todos foram embora, a adaga voltou a brilhar.
-Muito bem Thomas. Agora eu vou lhe dar uma descarga de informações que será difícil de você assimilar sozinho, por isso, vou lhe colocar em um estado letárgico, fundindo as nossas consciências, num plano espiritual, para que você possa aprender tudo o que eu tenho para ensinar. Já aviso, você nunca será mais a mesma pessoa. Suas responsabilidades serão imensas, e você terá de amadurecer muito cedo para alguém da sua idade, mas é extremamente necessário. Você concorda com tudo isso?
Thomas apenas assentiu mentalmente.
Um clarão branco tomou conta da sala e ele caiu inconsciente.
Quando acordou, viu que estava em uma antiga estação de trem. A estação estava vazia, aparentemente. Não havia som algum ali, e isso o deixou apreensivo.
Passos se ouviram então, e enquanto ele se levantava, viu que um homem veio em sua direção. Ele aparentava ter trinta anos de idade, tinha o cabelo preto e os olhos verdes. Usava óculos e tinha uma cicatriz em fora de raio em sua testa. Vestia um sobretudo marrom estranho e calçava sapatos sociais que atualmente só os mais ricos usavam.
-Olá, Thomas Weston. Meu nome é Harry Potter, e a sua adaga, é a minha adaga. Fui eu quem a criou e quem criou a voz que você escutava, e a mulher que você conheceu algum tempo atrás. Você está cheio de perguntas, e agora é a hora de ter suas respostas.
Então Harry Potter disse tudo a Thomas. Começou explicando o que eram bruxos, o que era a Magia e como ela funcionava. Explicou tudo sobre a sociedade bruxa antiga. Explicou sobre a História da Magia e a História Bruxa, até os tempos da Guerra dos Horrores, e foi seguindo. Explicou o que era a Ordem dos Protetores da Magia e como ela funcionava (de forma bem básica, pois nem ele mesmo sabia de tudo). Explicou sobre a criação dos dois objetos, e quais suas funcionalidades. No fim da explicação, tudo fazia sentido para ele, menos a sua relação com tudo aquilo.
-E finalmente, você foi escolhido para ser a pessoa que irá reviver a Magia do mundo. Você foi escolhido para ajudar os bruxos remanescentes a restabelecerem a sua antiga sociedade e a magia, com ou sem os não bruxos, da forma como achares melhor. Você só deverá responder ao Merlin, e sempre deverá ouvir o que ele tem a dizer. Ele é muito sábio e é o líder que você será quando ficar mais experiente. Quando ele se for, você será o novo Merlin, e caberá a você decidir o que é melhor para os bruxos. Mas até lá, quem decide é ele.
-Você quer dizer, que devemos exterminar os não bruxos? – Indagou Thomas.
-Não necessariamente. Tudo o que a OPM quer é isso, mas você não tem este objetivo. É uma escolha sua. Eu acredito num mundo onde haja bruxos e não bruxos vivendo talvez não em harmonia, mas pelo menos em tolerância. Acreditar nisso ou não é uma escolha que você deverá tomar com o tempo. Ninguém nunca poderá lhe dizer no que acreditar, lembre disso.
-Mas como eu vou restabelecer a Magia?
-Você sabe sobre o outro objeto que eu criei, o que está sob posse do Merlin. Quando ativado, ele irá liberar o fluxo da Magia, por assim dizer. Desta forma, qualquer criança que nascer poderá, ou não, carregar a aptidão mágica com ela. Mas não é só isso. Para efetivamente restabelecer a Magia, será necessário recriar as espécies extintas, como por exemplo, os unicórnios que você já conhece. Para tal, você precisará da tecnologia não bruxa. A forma que você vai obter ela, seja com diálogo ou com força e destruição, fica a seu cargo. Eu não posso lhe dar todas as informações, pois nem mesmo eu as tenho. Eu apenas tive várias visões, e estou cumprindo a minha parte. Quando chegar a hora, você com certeza saberá a forma exata de restabelecer a Magia. Mas primeiramente, eu vou lhe dar um conselho: como você é o único que poderá ativar o segundo objeto, eu lhe peço que só o faça quando você realmente tiver certeza de que isso não será um problema, pois se os não bruxos, no estado em que estão as coisas agora, descobrirem a forma de usarem a Magia, estará tudo perdido.
-Entendo. Então acho que agora é a hora de eu ir falar com o Merlin. – Concluiu Thomas.
-Ainda não, caro Thomas. Eu recolhi todos os conhecimentos mágicos do mundo neste artefato, e eu só vou poder lhe passar uma vez, então, agora chegou a hora de seu “treino”. O que vai acontecer, é que eu vou unir permanentemente minha consciência à sua, ou melhor, meus conhecimentos. É muito mais rápido para se aprender. Com isso, pode-se dizer que vão acontecer duas coisas: a primeira, é que você instantaneamente aprenderá a usar Magia, e também todas as suas variações e usos possíveis, e você será encarregado de passar este conhecimento de geração a geração. E também de os escrever em livros. A outra coisa, é que como a energia espiritual do artefato será passada para você, nós nunca mais nos encontraremos, nunca mais nos falaremos, e você só poderá contar com a ajuda das pessoas físicas. A adaga será só uma adaga, e você a terá de dar ao Merlin, devido ao mérito histórico dela, digamos assim. Você entende?
-Acho que sim...
E antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, já estava feito.
N/A: Talvez você se incomode com o modo que as coisas aconteceram. Mas vou explicar: o Harry explicou “pessoalmente” todas as coisas relacionadas a História e o resto para que Thomas pudesse refletir enquanto ele falava e depois houvesse o diálogo. Fica mais fácil de entender. Já os feitiços, rituais, encantamentos, poções e tudo o resto, ele não precisa pensar a respeito, apenas saber como fazer e para que serve, e isso tendo o conhecimento consigo já basta.
Comentários (2)
Olá meu amigo Dibs. Para ser sincero com você, eu não tenho a menor idéia. De verdade. As coisas só se tornam certeza na hora em que elas estão escritas e postadas. Impossível eu te dizer isso agora. Não falo isso para querer desviar ou evitar fazer spoilers, pois na verdade não há spoilers: você pode considerar as duas possibilidades, e acredite, até mesmo o autor as considera. A verdade só virá com o decorrer da história. Obrigado por ler a fic. Aviso: esta fic só será continuada ao término de minha outra fic, então, pode demorar um pouco. ^^
2011-05-08Espero receber resposta desse comentario...Estou adorando a fic... é realmente original... mas uma duvida... os personagens originais... com excessao do malfoy que é O MERLIM... vao aparecer, ser revividos sei lah... HARRY, RONY, HERMIONI, GINA, irão aparecer? O novato ali poderia reviver eles né...? Será que terei essa resposta? Deixe um comentario respondendo?...Muito boa a fic.... parabens.
2011-04-14