Melhor do que nunca

16^o capítulo: Melhor do que nunca

 

Todos estão, o tempo todo, aguardando um simples deslize. Uma chance de derrubar quem estiver no topo. Procurar rachaduras em muralhas não é fácil, mas quando você acha o menor dos buracos, e se empenha em fazê-lo crescer não é difícil receber um retorno. Não é difícil conseguir o que quer, o que todos nós tanto queremos.

 

- Dakota, agora não é o momento ideal – Draco disse sério, desvencilhando-se dos braços da garota – Eu não estou com vontade de conversar agora. Me perdoe.

 

- Draco – ela o olhou, indignada – Que porra está acontecendo com nós dois afinal? Você tem me evitado... Não me beija mais.

 

- Eu não gosto de drama – ele disse – E só estou cansado. Será que você consegue entender isso Dakota? Estou cansado.

 

- Você é um grosso! – ela gritou quando ele começou a andar para longe.

 

Draco segurou os livros com força e continuou andando em direção as escadas. Dakota tinha uma assustadora mania de barrá-lo no fim de cada refeição. Primeiro tinha sido no café da manhã, e agora no almoço. Não, ele não queria matar aulas para ficar com ela. Não, ele não queria dividir ela com Blaise. Não, muito obrigado... Mas a resposta continua sendo não.

 

- Você demorou – Scarlett observou enquanto ele sentava do lado de Terrence – Nós já estávamos achando que você estava se enroscando com a vadiazinha loira – ela sorriu maldosa para Draco.

 

- Então para de “achar” coisas – ele a encarou, uma sobrancelha erguida – Blaise, hoje à noite tem reunião. Por causa do jogo.

 

- Estou tão animada – Pansy cantarolou – Não vejo a hora de ver aqueles grifinórios patéticos chorando por causa da derrota.

 

- Você é tão maldosinha – Blaise observou, dando uma risada – A leitura da Pansy é perigosa.

 

- Não seja bobo – ela sorriu de novo.

 

Terrence e Scarlett se olharam assustados. Desde quando Pansy ficava dando sorrisinhos para todo mundo? Terren balançou a cabeça e riu, fazendo Scarlett entender também. Ela não estava feliz por causa do jogo, mas sim porque sabia a verdade inevitável. Draco tinha dispensado Dakota. Ele simplesmente não estava mais afim.

Até parece que ele vai escolhê-la agora. Não enquanto seus olhos estiverem tão focados em Gina Weasley pelo menos.

 

 ***

 

Dakota caminhou a esmo pela escola, completamente chocada com a dor que sentira quando Draco a dispensara tão friamente. Ela gostava dele mais do que imaginara, mais do que queria. E o que doía nela, muito, era saber que Draco não dava a mínima e que o interesse dele estava no fim. Esgotando tão rapidamente quanto a luz do sol no crepúsculo.

 

- Ah Blaise – ela ouviu uma risada baixinha, nada longe de onde estava.

 

Virou o pescoço tão rápido que ele poderia ter se partido. Ali, encostados na escadaria da porta principal, estavam Blaise e Wynter. Ele inclinado na direção dela, como se estivesse prestes a beijá-la.

 

- Você sabe que sim – ele disse perto do ouvido dela, e o jardim estava tão silencioso que Dakota pode ouvir até o suspiro dela – Você é incrível.

 

Ela cerrou os dentes quando viu as mãos dele na cintura dela, sentindo o sangue congelar em suas veias. Os pulsos doendo fortemente. Incrédula, piscou duas vezes, sentindo as quentes lágrimas correndo livres por seu rosto macio.

Apertando o passo, subiu as escadas correndo, chegando dentro do castelo tão rápido que nem Blaise nem Wynter perceberam que ela estivera ali. Então era isso, Dakota pensou com fúria, depois de brincar tanto com os dois eles tinham simplesmente enjoado dela. Os dois. Não, ela não ia aguentar.

 

 ***

 

Hermione apoiou a cabeça no ombro de Harry, sentindo o suave perfume dele enquanto Dominique tentava ensinar francês a Rony. Ele não estava indo muito bem, mas arrancava tantas risadas de Dominique que todos ali estavam prestando atenção neles.

 

- Está errado – Dominique suspirou, tocando gentilmente o ombro dele – Le plus vite é a forma correta de se dizer “mais rápido”, não le tu vite.

 

- Ok – ele sorriu, os dentes brancos brilhando na luz da biblioteca – Le plus vite – dessa vez estava correto e Dominique sorriu ao invés de rir.

 

Hermione encarou a enorme janela que estava bem do seu lado, um último raio de sol apareceu por entre as árvores e um segundo depois havia desaparecido. Simas e Neville sentaram na mesa, conversando sobre quadribol com Harry. De frente para ela, Dominique continuava com a aula.

 

- Para Terrence! – Scarlett gritou deliciada, tentando se livrar da boca dele. Não, não era um beijo – Para de tentar morder meu pescoço.

 

Hermione sentiu um estranho aperto quando absorveu a conversa, seus olhos foram parar no lugar dos dois, escondidos pelos amigos sonserinos que rodeavam a mesa. Scarlett estava linda, irritantemente linda, enquanto olhava a marca roxa que tinha deixado no pescoço de Terren.

Ela odiou perceber a intimidade dos dois, a forma como ela colocava suas mãos nos ombros dele, jogando a cabeça levemente para trás enquanto ria. Ele a olhava atentamente, procurando uma brecha para poder se vingar, cravar os lábios no pescoço dela e deixar a mesma marca que ela deixara. Hermione percebeu que alguma coisa estava seriamente errada quando desejou que seu pescoço estivesse ali, não o de Scarlett.

Assustada com o pensamento, ela se levantou. Harry não deu muita atenção, como sempre acontecia quando o assunto era quadribol. Dominique ria com Rony, mas ao contrário dos quatro meninos da mesa, percebeu muito bem a expressão de confusão de Hermione enquanto ela deixava a biblioteca, tão rápida quanto um raio.

Não que ela fosse comentar algo. Como toda boa francesa, ela era excessivamente discreta a respeito de tudo.

 

 ***

 

- A piranha vai caçar – uma sonserina murmurou para outra enquanto Lexie descia as escadas do dormitório. Nos últimos dias a fama tinha grudado nela como uma poção, uma maldição. Ninguém tinha coragem de falar nada na frente de uma Parkinson, mas pelas costas...

 

- Acho que ela vai é dar para alguém – outra disse maldosamente, arrancando risinhos de um grupo de cinco garotas.

 

-Duvido que vocês levantam e falam isso na cara dela – Wynona provocou com seu jeito irritante de se enfiar na conversa dos outros – Vocês não teriam coragem nem em um milhão de anos.

 

As meninas reviraram os olhos e ignoraram a enxerida. Ela só estava se achando porque tinha passado uma noite com a realeza, com o príncipe Malfoy. Claro que todos já sabiam que ele já tinha dado um devido pé na bunda dela.

 

- Alexandra já partiu – outra disse, um risada tão maldosa quanto as outras que se seguiram.

 

 ***

 

Hayden suspirou e se sentou nas escadas do terceiro andar. Faith, a única dona de seu coração, estava na biblioteca com o estúpido sonserino Noah alguma coisa. Ele mal podia acreditar que ela tinha continuado com aquilo, as aulas, mesmo agora que os dois estavam namorando tão firme.

 

- Hayden... – uma graciosa voz soou atrás dele. Uma voz tão conhecida, e tão suave que ele sentiu um arrepio. Desde quando Lexie era tão delicada?

 

- Alexandra – ele sorriu, se virando para ela.

 

- Tão sozinho aqui? – ela murmurou, sentando-se do lado dele – Nossa Hayden, faz tanto tempo que não vejo você.

 

- É – ele disse, não conseguindo deixar de soar chateado.

 

- Que foi? – ela segurou levemente a mão dele, sentindo uma energia correndo de seu corpo para o dele.

 

- Ah... É que – ele a encarou, analisando se falar sobre Faith faria bem ou mal – Faith está dando aulas para aquele cara. Eu não gosto disso.

 

- Você está com ciúmes – ela balançou a cabeça – Não seja bobinho Hayden.

 

- Você está... – ele a analisou, das pernas até o rosto – Incrível hoje Lexie. Alguma ocasião especial?

 

- Claro que sim – ela se inclinou na direção dele – Eu estou procurando você faz mais de uma hora. Você é minha ocasião especial.

 

- Sério? – ele arqueou as sobrancelhas – Por quê?

 

- Porque sim – ela murmurou, beijando-o.

 

Nem por um segundo, um milésimo, Hayden hesitou. Ele tomou os lábios de Lexie com vontade, sentindo a maciez do rosto dela. Parecia tão perfeito que ele se esqueceu de Faith e seus olhos lindos. Ele se esqueceu de tudo... E começou a lembrar de outras coisas. Seus encontros com Lexie, os sorrisos dela... A casualidade de qualquer coisa com Lexie.

A garota perfeita que não cobrava demais, só excessivamente.

 

 ***

 

- Gina! – Hux segurou o braço dela com força – Por onde você esteve?

 

- Huxley – ela sorriu exultante para ele – Eu só estava passeando com Lyss e Brooke – explicou rapidamente, se colocando na ponta dos pés e dando um leve beijo nos lábios dele – O que foi? – perguntou quando viu que ele a olhava gravemente.

 

- Você sumiu desde o fim das aulas – ele disse irritado – Foi isso que aconteceu.

 

- Não faça escândalos – ela murmurou contra o pescoço dele – Eu não estava fazendo nada demais.

 

- Eu não sei disso não – ele a afastou, segurando-a pelos ombros. Há três metros de distância os alunos saiam do salão comunal – Você chegou atrasada para jantar – ele observou.

 

- Eu já expliquei – ela cruzou os braços, irritada agora também – Não seja ridículo.

 

- Eu não sou ridículo – ele disse ríspido – Eu não quero você vagando por aí como se estivesse solteira. Entendeu? Você não está mais solteira e eu odeio imaginar o que esses caras fariam para ficar com você.

 

- Até parece – ela riu – Eles nem prestam atenção em mim, Hux.

 

- Você sabe que sim – ele cerrou os dentes – Você está deslumbrante esse ano... Todos sabem disso também. Eu sei a forma como os meninos te olham.

 

Gina suspirou impaciente. É claro que sabia de tudo isso. Será que ele não percebia como ela tinha lutado para que tudo isso acontecesse? Como ela demorou pra derrubar a soberania de Pansy e Scarlett? Como chegar ao topo foi difícil, desgastante e perigoso? Ele não a faria sentir-se culpada por isso nem em um milhão de anos.

 

- Eu quero ficar com você – ele suspirou, parecendo mais calmo agora – Eu quero que você me encontre na sala cinco do quinto andar.

 

- Tudo bem – ela disse, não pensando realmente em ir vê-lo naquela noite. Não depois daquela cena toda pelo menos – Dez e meia?

 

- Dez e meia – ele concordou, dando um beijo rápido nela e seguindo os amigos, Sven e Nash, para a Corvinal.

 

Gina olhou aborrecida para a parede, marchando em seguida para o jardim. Ela estava tão irritada que sentia que poderia terminar com ele em um segundo. Só que isso não seria inteligente, não quando seu pedestal parecia cercado de perigo. Ela precisava de mais cimento, concreto, o mais forte deles, e então abandonaria Huxley e sua tirania. Se dependesse dela isso aconteceria em duas semanas no máximo.

 

 ***

 

Scarlett observou Draco cuidadosamente enquanto os cinco saiam do salão principal. Todos ali tinham apreciado a briga de Gina Weasley e Huxley. Mas Draco, para sua surpresa, pareceu realmente tenso quando Hux à segurou pelos ombros. Os braços rígidos, quase como se ele estivesse preparado para ir lá se algo acontecesse.

 

- Draco – ela tocou a mão dele – Você está bem? – perguntou calmamente.

 

- Claro que sim. Porque não estaria? – ele disse baixo, a voz dura enquanto detinha seus olhos na momentaneamente desolada Ginevra Weasley.

 

Gina estava indo para o jardim, Draco registrou. Esperou Scarlett desviar seus olhos curiosos e saiu de perto deles sem que ninguém realmente percebesse. Scarlett entretida na conversa com Terrence sobre a vida sexual de Minerva McGonagall, Pansy e Blaise rindo depois de uma piada realmente sem graça contada por ele.

Ele andou rapidamente, querendo alcançá-la antes que ela tivesse a chance de se misturar nas sombras do jardim e ficar invisível. Uma rajada de vento o atingiu em cheio quando ele desceu a escadaria, os olhos varrendo todo o lugar. E então viu uma coisinha se mexendo graciosamente, andando em direção ao campo de quadribol. Ele sorriu satisfeito ao se dar conta disso.

Era como se ela soubesse que ele iria procurá-la. Como se ela estivesse esperando pacientemente por ele. Ignorando a vontade de quebrar a cara de Huxley pela forma ríspida com a qual ele a tratara, e ignorando que Gina não era tão sensível assim, provavelmente nada sensível, ele desacelerou o passo.

Sabia onde ela estaria. E caminhando há dez metros de distância, a seguiu pelo jardim escuro.

 

 ***

 

- Colin – Faith sorriu enquanto andava até ele – Oi.

 

- Oi Faith – ele sorriu de volta, dando espaço para que ela se sentasse no sofá do salão comunal com ele – Pensei que estivesse com o Hayden?

 

- Estava estudando com o Noah – ela explicou, soando mais casual do que a situação realmente era.

 

Colin ergueu uma sobrancelha, divertido com a coisa toda. Faith estava com Noah, mas aparentemente continuava namorando Hayden. Então será que era por isso que ele tinha visto Hayden e Lexie se agarrando perto das escadas do saguão? Colin balançou a cabeça, cada vez mais confuso com a mudança dos três. Ele tinha tido uma agradável tarde com Elisha no jardim.

E por mais que seu coração ainda batesse impiedosamente sempre que pensava em Lexie, ele sabia que não estava disposto a aguentar Alexandra Parkinson e sua obsessão por Hayden. Partiu o seu coração, naquele instante, se dar conta de que ela era tão intocável para ele.

 

- Tudo bem? – Faith perguntou, olhando atentamente para ele – Você parece cansado.

 

- Eu estou – ele suspirou – Muito cansado mesmo.

 

- Algum problema sério Col? – ela disse amigavelmente – Se quiser conversar com alguém, pode conversar comigo. Sério.

 

- Sei que sim – ele sorriu levemente, sabendo que de jeito nenhum poderia conversar com alguém. Especialmente com ela – Eu estou bem mesmo. Nenhum problema, nenhum drama.

 

- Isso é uma novidade – ela disse divertida – Todo mundo por aqui está sempre envolvido em tantos dramas.

 

Você também, ele pensou meio triste. Faith não merecia as cachorradas de Hayden. Hayden não merecia a delicada Faith. Certo, ela não era tão delicada assim, principalmente agora que parecia prestes a combater o mal com seu cabelo curtinho e seu novo e treinado sorriso maldoso.

 

- Você ficou realmente linda com esse cabelo – ele observou.

 

- Eu sei – ela suspirou satisfeita – Eu adorei tanto.

 

- Combina com você – ele olhou a entrada do salão comunal. A mente vagando até parar na imagem de Hayden e Lexie se comendo no corredor – Faz com que você pareça determinada.

 

- Eu não era isso – ela analisou, deitando a cabeça no ombro dele – Mas posso te dizer que sou muito determinada. Sabe Colin... – ela fez uma pausa.

 

- O que é? – ele a encarou.

 

- Eu não sei se deveria te falar isso... Mas que seja – ela abriu um sorriso repentino, os olhos brilhando enquanto formava seu plano para ele – Eu sei que foi a maldita da Parkinson mirim que jogou aquilo em mim.

 

- E o que você vai fazer? – ele perguntou curioso.

 

- Me vingar, é claro.

 

Agora eu me pergunto o que ela faria se soubesse que o namorado continuava com Lexie. Provavelmente algo bem pior do que ela já pretendia fazer.

 

 ***

 

Draco caminhou silenciosamente e Gina quase morreu de susto quando percebeu que ele já estava do seu lado. Com um leve sorriso ela o encarou, satisfeita por ver que não estava sozinha naquela escuridão toda.

 

- Eu vi toda a cena – ele comentou, sentando mais confortável no banco da arquibancada onde a Corvinal ficaria no dia do jogo – Huxley não parecia muito feliz com você.

 

- Ele é ciumento – ela suspirou, erguendo os ombros e os largando – Mas não importa mais.

 

- Ele machucou você? – Draco perguntou, segurando as ondas de raiva que irradiavam seu corpo – Responda.

 

- Você está preocupado? – ela zombou, e ele percebeu que sua voz estava tremendo um pouco – Não importa Malfoy. Nós não vamos ficar juntos muito tempo mesmo.

 

- Porque você continua achando que namorar a pessoa certa vai resolver sua vida? – ele olhou para ela, os olhos brilhando tanto que Gina teve que desviar – As coisas não funcionam assim.

 

- Ele não me machucou – ela disse num fio de voz – Sabe Malfoy... Eu sei me cuidar muito bem.

 

- Eu imagino – ele riu – Eu precisava falar com você mesmo.

 

- E o que é? – ela cruzou os braços, um sorriso escapando de seus lábios enquanto focava os olhos nele mais uma vez.

 

- Você não faz se não quiser – ele murmurou – E provavelmente não vai fazer... Mas eu queria saber se você pode me ajudar com umas coisas para o jogo de quadribol Sonserina contra Grifinória.

 

- Não seria ético – ela disse séria – E porque eu te ajudaria Malfoy? Eu vendi todos os jogos da Sonserina. Fiz você ficar paranóico com Blaise. Eu só não entendo – ela riu baixinho – Não mesmo.

 

- Eu sei que não seria ético – ele suspirou – Só que você mais do que ninguém sabe tudo sobre a Sonserina e eu não sei mais o que fazer.

 

- Porque você está me mostrando uma fraqueza? – ela perguntou surpresa.

 

- Você vai achar ridículo, mas eu confio em você Weasley – ele deu de ombros – Você era a melhor jogadora da Grifinória, eu não entendo porque desistiu.

 

- Eu fui... – ela segurou a voz, surpresa com a violenta memória daqueles dias insuportáveis. Ela odiara cada segundo de fim de seu namoro com Harry – Quando eu e Harry terminamos... Foi horrível – sua voz falhou – Todos no time pararam de falar comigo e Harry estava cuidadoso demais.

 

- Você foi expulsa?

 

- Pode-se dizer que sim – ela disse infeliz, gostava tanto do maldito quadribol que aquilo quase a matara – Eu já superei isso. Nunca mais vou jogar.

 

- Porque você não brigou por isso? – ele colocou gentilmente uma mão no ombro dela. Surpreso com o que ela estava dizendo – Eles não deviam ter afastado você do quadribol.

 

- Ninguém falava comigo, todos escolheram o lado de Harry. E sabe o que é mais triste? – ela o encarou – Eles não precisavam escolher nada. Eu fiquei jogada de lado até o dia em que Rony murmurou para mim que talvez fosse melhor eu desistir do quadribol. Eu nem fiquei surpresa, já sabia que isso ia acontecer.

 

- Eu sinto muito – ele disse sincero.

 

- Porque você sente muito? – ela perguntou baixinho, o coração pulsando rápido.

 

- Eu não sei – ele sorriu. Um sorriso verdadeiro. O primeiro. Draco se inclinou, pronto para beijá-la naquele segundo.

 

- Hei – ela o chamou – Você tem papel?

 

- Por quê? – ele perguntou confuso, afastando-se dela.

 

- Eu vou te ajudar – ela sorriu, mais feliz do que tinha ficado nas últimas semanas – Vamos lá Malfoy. Eu posso não treinar mais, ou jogar... Mas pelo menos posso me divertir um pouco.

 

- No vestiário tem uma mochila minha – ele falou, levantando-se – Vamos lá.

 

- Vamos Malfoy – ela levantou.

 

 Os dois riram baixinho enquanto atravessavam o campo e iam em direção a um dos vestiários. Dessa vez ninguém estava espiando quando os dois inimigos naturais sentaram-se no banco do vestiário e abriram um enorme caderno. Fazendo desenhos do jogo e discutindo estratégias. Seria uma prematura amizade duradoura ou só o começo do fio que os enrolaria até que caíssem enforcados no chão?

Ainda era cedo demais para saber.

 

 ***

 

Huxley cruzou os braços e olhou o relógio. Quase meia noite e meia. Ele bateu o pé insistentemente na madeira, controlando sua vontade de ir até a Grifinória e gritar insistentemente por Gina. Ele ia ter que gritar muito mesmo se quisesse que ela o ouvisse.

A noite caia silenciosa do lado de fora do castelo. Ele foi até a janela e observou o deserto jardim. Podia ver o começo do campo de quadribol. Onde Gina estaria caramba?

 

- Cadê você? – ele murmurou infeliz.

 

 Boa pergunta.

 

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N/A - Hei gente, to de férias. Sim, faculdade mata a gente no final do semestre. Bem, esse mês ainda vou postar bastante, essa temporada vai só ate o cap 22 então nao falta tanto assim. Muitas reviravoltas ainda...

Ansiosas pra apresentar o Tad Nott pra vcs.

Desculpa a demora, mas esse mês tem mais.

 

ps - a gentee adorei as leitoras novas das minhas outras fics, é bom saber q tem sempre gente lendo o q eu escrevi com muito carinho.

 

COmentemmmmm e espero q gostem do cap

 

bjoooooooooooooooooooooooo

Nota da Beta: É fato meu povo, Draco&Gina é, simplesmente, o melhor shipper õ/.

 

Hoho³ O Hux é o novo meeeeeeega chifrudo ;~.

 

 

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