Londres, 1976



Próximo a mansão dos Louchard, uma família tradicional bruxa, há um pequeno córrego, que segue pelas pedras até formar um laguinho calmo, a água é tão tranqüila que apesar das sombras das árvores e da água escura, ainda se pode ver o reflexo do próprio rosto, como num espelho.


Atividade que se tornou um ritual para a jovem que se aproxima e se ajoelha na beira do lago. Ela segura seus longos cabelos negros e se inclina. Aos poucos sua imagem vai aparecendo na água. É Helen Louchard.


Helen é uma garota cheia de conflitos, depressiva, gosta de se isolar. Mesmo estudando na escola de magia e bruxaria de Hogwarts, há cinco anos, cativou apenas um amigo, John Blessing.


Sempre foi assim, desde a morte de sua mãe, quando ainda tinha dez anos, seu pai um bruxo totalmente severo e conservador, nunca estava presente na vida dela, foi criada praticamente pelo elfo da família. Mas a distância entre pai e filha, só aumentou no dia que ela foi escolhida para Lufa-Lufa, já que os membros da família sempre pertenceram a Sonserina.


Helen desde então nunca lidou bem com o desprezo do pai, e nunca esqueceu o olhar de puro ódio no dia que a recebeu em casa, nas férias, quando completara seu primeiro ano em Hogwarts, o que veio a seguir foi um discurso sobre como o chapéu seletor, estava caducando, ao colocar um Louchard na Lufa-lufa, casa dos imbecis e rejeitados, sem talentos algum.


Helen agüentou tudo em silêncio, e toda vez que teria que voltar para Hogwarts, era um tormento. E por achar que não se encaixava na vida que levava, tentou inúmeras vezes suicídio, nem mesmo esse fato brandou o coração do Sr Louchard.


Agora faltavam duas semanas, para o início do ano letivo em Hogwarts, e isso já estava lhe causando insônia. Nem mesmo as cartas de John, aliviavam a ansiedade. A única coisa que acalmava era o lago, e ali estava, fitando sua imagem, seus olhos azuis transmitiam toda a tristeza e frustração por tudo que estava vivendo, a angústia dentro do peito parecia querer explodir, começou a chorar, e como numa oração de desespero, pediu, queria sumir, não queria viver mais, foi quando percebeu uma luz que saiu do fundo do lago e lhe atingiu...


Sentia dor, muita dor, estava confusa, como poderia sentir algo se estava morta. Abriu os olhos, com um pouco de dificuldade e tentando se acostumar ao ambiente observou as estrelas, a lua, aquilo realmente estava estranho. Com cuidado apoiou suas mãos, sentiu a terra úmida entre seus dedos, misturados com folhas e areia, causando pequenos estalos. Conseguiu sentar com muito esforço, e isso lhe deu a visão do lago, lá estava ele, a paisagem não era a mesma, intrigada resolveu se levantar, mas estava tonta com o movimento brusco, devia ser pelo tiro, pensou. Aos poucos suas lembranças inundavam sua mente, até o momento que foi sugada...


Resolveu analisar melhor a situação, olhou para seus pés, suas mãos, suas roupas, estavam diferentes, quando iria se aproximar do lago para ver seu rosto, ouviu um barulho, como se fosse um estalo, parecendo bombinhas de festa de fim de ano. Olhou imediatamente para a direção que houve o estouro, e o que viu foi assustador, e a única coisa que Edrea conseguiu pronunciar antes de desmaiar, “um ET”.




N/A : Foi curtinho ...mas tanto faz,ninguém lê mesmo. Vlw  

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