Capítulo IV
Capítulo IV
_Draco... – ouvi a voz de Astoria – Está tudo bem... Ele não se importa, não é, Scorpy? – ela encarou o garoto com um olhar que faria até um Dementador tremer, e ele se apressou em responder.
_É, mãe. – ele disse e Astoria sorriu abertamente – Não é como se eu tivesse outra opção. – completou em um murmúrio, rolando os olhos. Esse é o meu garoto...
_Mas nós podemos deixar a Adhara com os elfos, Astoria... – insisti, tentando ajudar o menino – Eles dão conta dela facilmente. – troquei com Scorpius um olhar cúmplice, e ele me agradeceu, movendo os lábios.
_Não... – ela insistiu – Adhara é muito pequena para ficar sozinha com os elfos. Scorpius fica com ela. Está decidido.
Percebi que não havia mais nada que eu pudesse dizer para mudar a cabeça da loira, então apesar encarei meu filho, que parecia se encaminhar para a forca.
_Oh, por favor... – Astoria riu sonoramente – É só um sábado à noite, Scorpy...
_É... Um sábado à noite das férias de um cara de 17 anos que vai ter que ficar em casa tomando conta da irmã de seis! – ele disse, emburrado.
_Oh, coitado dele, não é mesmo, Draco? – ela sorriu, irônica, mas quando eu estava prestes a responder que sim, seu sorriso se desfez e apenas rolei os olhos.
_Scorpy... – pedi baixo – Por favor, não crie problemas com a sua mãe hoje... é só um jantar de negócios. Prometo que estaremos em casa cedo.
_E você vai me deixar sair. – ele sorriu torto. Negociador sonserino, como pediam as regras do sangue.
_Sim, Scorpius... – revirei os olhos, rindo.
_Feito. – ele riu – Boa noite, mãe. Tchau, pai. – despediu-se, enquanto nós saíamos para nosso compromisso.
Quando era algo em torno de uma da manhã, finalmente pudemos ir para casa. Entramos sem fazer muito barulho – só eu sei o que é ter que fazer Adhara Malfoy dormir quando ela é forçadamente acordada – e, devido à ausência de ruídos na sala, andamos até o quarto de Scorpius. Vazio.
_Scorpy? – Astoria perguntou, andando pelo corredor do segundo andar, aonde ficavam nosso quarto, o de Scorpius e o de Adhara – Hey... – ela sorriu, parando na porta do quarto da caçula.
_Shhhh... – Scorpius, que se levantava, sonolento, da cama da irmã, sussurrou. Ele andou sem fazer ruídos e fechou a porta lentamente – Por favor, não acordem ela agora! – seu rosto tinha certo desespero que me deu uma descontrolada vontade de rir.
_Tudo bom com vocês? – Astoria perguntou, beijando a face de nosso filho que era, agora, no mínino um palmo maior que ela – Sobreviveram?
_Sim... – ele riu de canto – Eu, por pouco, mas ela sim.
_Desacostumado, hm? – ri de leve.
_Pai, eu passo dez meses fora... – ele sorriu – e quando chego aqui tenho que fazer dormir essa menina que mais parece um pufoso, que não para um segundo!
Dei uma sonora gargalhada enquanto descíamos para a sala.
_Não vai sair, Scorpius? – perguntei em tom baixo, reparando que ele tinha se esparramado no sofá, rindo.
_Sair? Eu tô morto, pai... – ele riu de canto.
_Adhara está me deixando com medo... O que ela tanto aprontou com você, Scorpius? – Astoria ria de leve, quando ele começou a contar.
O loiro esperou que os pais saíssem de casa, e andou até a cozinha, onde sua irmã mais nova era mimada por todos os elfos da casa.
_Scorpyyyyy! – ela cantarolou alegremente quando o viu – É você que vai tomar conta de mim hoje, não é? Não é? Não é? – sua voz era extremamente animada quando ela enlaçou o pescoço do menino, rindo.
_Sim, princesinha... – ele sorriu. Estava morrendo de saudades da pequena, mas conhecia muito bem todo aquele pique – Mas você não está com sono, Adhara? – perguntou, esperançoso.
_Sono? – ela riu angelicalmente – Não, Scorpy! Vamos brincar, venha! – ela desceu do colo dele, puxando-o pela mão.
_Sono, aquela ali? Só depois de matar todo mundo de cansaço! – Tory riu de canto.
_Hmm... brincar? As brincadeiras da Adhara não me trazem boas recordações... – murmurei, lembrando-me de tudo o que a pequena inventava, todas as noites.
_Sim, pai... – ele revirou os olhos em compreensão... – Juro que foi por pouco que não me tranquei no armário e engoli a chave! – nós dois rimos.
_Coitada, Scorpius! – Astoria segurava uma risada – Conte. O que ela fez?
_Brincar de que, Adhara? – ele disse temeroso. O pai sempre contava as histórias das brincadeiras da irmã.
_Mamãe e filhinha. – ela sorriu alegremente, sem perceber a expressão de terror que encobria o rosto do irmão.
_Adhie... – ele murmurou – Eu posso chamar os elfos pra brincarem com você? Aí vocês fazem uma grande festa, e...
Scorpius parou de falar quando a menina loira de olhos azuis cristalinos o encarou, beirando as lágrimas.
_Scorpy... – ela murmurou, sentida – Você nunca está aqui pra brincar comigo! Eu sempre brinco com os elfos, ou com papai e mamãe...
_Não, princesa... – ele sorriu, vencido – Eu vou brincar com você...
_Êbaaaa! – ele riu, entrando no quarto e abrindo o baú cor-de-rosa lotado de bonecas tagarelas, que falavam todas ao mesmo tempo.
_Hmm... – Scorpius tentou controlar o instinto de sair dali correndo, e forçou um sorriso – E eu vou ser o que, Adhara? O irmão mais velho? O pai? O primo?
_Não, Scorpy! – ela revirou os olhinhos numa atitude extremamente cômica, ironizando a falta de entendimento do irmão – Você vai ser mãe delas também, oras! – ela sorriu, entregando ao irmão três bonecas de cabelos coloridos.
_Então você foi mamãe por um dia, Scorpius? – Astoria deu uma gargalhada.
_Nem me diga, mãe... – ele revirou os olhos – Só não digo que foi a experiência mais traumática da minha vida porque a noite estava só começando... – ele revirou os olhos.
_Adhara, pelo amor de Merlin, vamos dormir agora? – o adolescente implorou – Nós já brincamos, demos jantar, levamos no jardim... Já fizemos tudo com essas bonecas! – ele pediu, desesperado.
_Shhhhiu! – ela tentou tampar os ouvidos das bonecas – Não as chame disso, Scorpy! Elas são nossas filhas!
_Ah, sim... – ele revirou os olhos – Mas então, podemos dormir? Elas também devem estar cansadas...
A loirinha considerou o pedido por um segundo, e depois sorriu, olhando para as bonecas enfileiradas em cima de um edredom, no chão do quarto.
_OK.
_Sério? – Scorpius quase pulou de felicidade – Então vem... vou te botar na cama, e...
_Não, Scorpy! – ela disse, batendo de leve no ombro dele com uma risadinha, enquanto o garoto já se preparava pra colocá-la na cama.
_Que foi agora? – ele suspirou.
_Você tem que contar uma história, igual ao papai. E depois cantar, igual à mamãe...
Astoria e eu mal podíamos segurar as gargalhadas frente ao relato dramático de Scorpius, sobre como ele tinha sofrido nas mãos da irmã 11 anos mais nova.
_Por favor, alguém me diz quem foi o gênio que inventou esse raio de ritual pra pôr a pestinha na cama? – ele ria, fingindo-se de bravo.
_E você contou a história, Scorpy? – Tory riu e ele revirou os olhos.
_Tentar eu tentei, mãe...
_Scorpius! Mas você fica misturando “Babbity, a Coelha e o Toco Cacarejante” com “O caldeirão saltitante”! - ela disse exasperada.
_Adhara, você já viu que eu não sei contar histórias! – ele disse desesperado, depois da vigésima oitava tentativa – Então porque não dorme, e amanhã o papai te conta até como foi a Fundação de Hogwarts? – ele revirou os olhos.
_Tá bom... – ela suspirou, cansada – Mas agora você pode cantar. – a loirinha remexeu entre os cobertores, arrumando-se na melhor posição para escutá-lo.
_Cantar? – ele disse com um fio de voz – Eu não sei cantar, Adhara...
_A mamãe também não! – ela riu de canto, e o irmão gargalhou – Mas ela fica aqui comigo até eu dormir...
_Adahara Malfoy vai se ver comigo amanhã! – Tory disse com falsa irritação.
_Dizer a verdade não é pecado, mamãe, querida! - Scorpius riu, levndo uma almofadada no rosto.
_Ai! – ele riu – deixa eu contar a minha tortura, vai, mãe... Depois a gente discute seus dotes sonoros.
Aquela carinha de anjo fazia qualquer um ceder, então Scorpius procurou em todo o seu repertório mental, alguma música que a mãe cantasse pra ele quando criança, sem sucesso.
_Ok, então... – ele sorriu, cantaria a única música que lembrava no momento – “Runnin' like a hairy troll. Learnin' to rock and roll. Spinnin' 'round like a crazy elf. Dancin' by himself. Boogie down like a unicorn. And no stoppin' till the break of dawn. Put your hands up in the air. Like an ogre, just don't care
Scorpius cantou, gargalhando, e Adhara, antes surpresa, morreu de rir do irmão, quando ele a puxou para dançar no seu colo.
_Can you dance like a hippogriff? Na na na na na na na na na. Flyin' off from a Cliff. Na na na na na na na na na. Swoopin' down, to the ground. Na na na na na na na na na. Wheel around and around and around. Na na na na na na na na na. – os dois cantaram, girando e rindo pelo quarto, até que Scorpius finalizou, com uma sonora gargalhada, deitando Adhara na cama.
_Você é doido, Scorpy... – ela riu, coçando os olhinhos azuis e se acomodando entre os travesseiros – Mas eu sinto sua falta... Eu te amo muito... – ela disse, segurando a manga da camisa do garoto, que a olhou com um sorriso bobo nos lábios.
Scorpius deitou-se ao lado da menina, e em poucos minutos, estavam ambos dormindo, mortos de sono e cansaço.
_Essa praguinha... Quase matou o irmão hoje. – Scorpius riu, finalizando a história com um bocejo, enaqunto eu e Astória ríamos, imaginando as cenas de seu relato – Boa noite, gente... Vou dormir antes que vocês decidam fazer algo amanhã e me deixar de babá de novo. – ele riu, subindo as escadas de um salto.
_Vamos? – Tory sorriu de canto, me dando uma das mãos. Subimos a escada e passamos pela porta do quarto de Adhara. Scorpius estava sentado na beirada da cama, mexendo na franja dela. Ele aproximou o rosto, e deu um beijo leve na testa da menina.
_Sinto sua falta... – ele sussurrou – Eu também te amo, mimadinha...
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N.A.: ÊÊÊ! Depois de muuuuuuuuito tempo! hahahaha
Aí está gente, o capítulo que eu mais quis escrever, desde que comecei a fic. :D
*AMOMUITOOSCORPIUS!*
Gostaram da Adhie? Uma fofa, nee? rsrs.
Please, leave me COMMENTS! huahauhuahhua
Beeijos s2
Comentários (13)
Amei!!!!!
2014-07-29Amei!!!!!
2014-07-29Amei!!!!!
2014-07-29