Caçadora..
Bella entrou em casa, pendurou o sobretudo vermelho no qual o cheiro de tabaco e menta de Sirius estava impregnado. Ela o cheirou, simplesmente adorava o cheiro do namorado. Subiu até o último patamar e entrou no antigo quarto de Sirius. Grandes flâmulas da Grfinória, pôsteres de mulheres trouxas com pouca roupa e fotos de motos tapavam o fundo prateado. Dentre eles, uma foto bruxa se destacava, era de Sirius e os amigos dele, rindo de mãos dadas para o fotógrafo, num clima de pura amizade.
Sim, aquele era seu homem, seu maroto, seu amante, sua paixão proibida.
Deitou-se na cama, pensando com amargura em Rodolphus Lestrange, a quem fora prometida em casamento. Aquele brutamontes devia ser bem mais velho do que ela, não sabia sorrir e nem faze-la sorrir. Era seco por dentro e horrível por fora, parecia um dementador dotado de feições. E o cheiro então? Nem de longe se assemelhava ao de Sirius; era uma mistura de trasgo e chulé, um cheiro insuportável, num cara insuportável de aparência medonha. Fez uma careta de repugnância e seus pensamentos se convergiram a Sirius, o homem que a fazia sorrir, rir e delirar com o exótico cheiro. Eles tinham a mesma idade e estudavam no mesmo ano, embora ele fosse grifinório e ela sonserina, mas isso não a impedia de amá-lo sem medidas, de suspirar por ele, de querê-lo sempre por perto, de ser feliz ao seu lado. Sirius estava apenas a algumas quadras de distancia, provavelmente dormindo e sonhando com ela, assim como ela fazia. Ele era a única pessoa que a fazia sentir amada e feliz. Deu mais uma espiada na foto e sorriu pro seu maroto risonho. Saindo do quarto dele, foi pro próprio, onde se trocou, tirou a maquiagem e deitou-se na cama. Fechou os olhos, pensando em seu amado. Logo adormeceu, feliz.
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