O Arco
Capítulo 12 – O Arco
Alex estava nas férias de verão, desde que chegara se trancara no quarto e começara a ler, ela resolveu que se começasse a se concentrar em alguma coisa poderia esquecer de Seth, então ela enfiava a cara nos livros, pesquisando sobre coisas aleatórias.
Cliff entrou pela janela do quarto e a menina desviou os olhos de seu livro e colocou a pena em cima da bancada, ele deixou um pedaço amassado de pergaminho no colo dela e saiu voando apressado pela janela.
"Vem aqui, AGORA!" – a letra de James dizia, estava torta e rabiscada por ter sido escrita rapidamente, mas a menina reconheceu a letra dele.
Ela correu pelas escadas gritando um "Vou para os Potter" para a mãe e saiu correndo, com o fiel Black atrás. Ela bateu na porta da casa dos Potter e esperou arfando, - a última vez que James tinha escrito rápido assim, Alex chegou a casa dele e ficou sabendo que Lily tinha sofrido um acidente e foi para o hospital desmaiada, depois ela descobriu que ela estava jogando quadribol e caiu de cabeça no chão - logo Ginny abriu a porta, com uma cara não muito boa.
- Ah, Alex, eu já esperava que James te chamasse – ela falou "Acho que só ela pode melhor o humor dele" – Entre.
- O que aconteceu com o James? – ela perguntou preocupada com a cara e os pensamentos da madrinha.
- Com ele nada, mas Joseph está aqui, chegou a mais ou menos uma hora.
- Vou lá – ela subiu as escadas e bateu no quarto de James, a casa tinha 5 quartos, o de Harry e Ginny, o de James, o de Albus, o de Lily e um quarto para hóspedes, que era usado como escritório de Harry – Posso entrar?
Ela ouviu um barulho lá dentro e entendeu como um sim, ela abriu a porta e viu Joe e James sentados lado a lado, James parecia triste, ele olhava para Alex com uma expressão de desespero e tristeza, mas Joe estava muito pior, estava com olheiras fundas, uma expressão vazia. Os cabelos compridos, que eram bagunçados e brilhantes, pela primeira vez não combinavam com ele, estavam sujos e pareciam mais um ninho de rato. Ele encarava o chão sem realmente vê-lo. Ela esqueceu de tudo o que tinha acontecido nos últimos meses, ela só conseguia pensar no que tinha acontecido com seu melhor amigo.
- O que aconteceu? – ela pensou em voz alta.
- Ele fugiu de casa – James falou baixo, agora ele estava do lado da menina, olhando o amigo – Eu já esperava por isso, ele disse que não aguentava mais, mas eu acho que teve outra coisa, afinal, só se passou uma semana de férias não é?
Ela pensou por um tempo, se focou nos pensamentos confusos e desesperados de James, ele não ajudaria muito naquele estado. Ela olhou para ele como se pedisse para que ele saísse, ele entendeu e saiu. Ela andou até a cama e sentou do lado de Joe.
- Hey – ela falou baixinho, dando um susto no menino, ele não tinha percebido ela lá – Tudo bem?
- Uhum – ele desviou os olhos, com medo de que ela visse toda a dor estampada neles, mas ela não só viu como sentiu.
- Me fala o que aconteceu – ela pediu segurando a mão dele.
- Nada, eu só não aguentava mais aquela casa e eu resolvi fugir, eu sei que foi meio egoísta vir logo para os Potter achando que eles poderiam me receber, já que eles tem 3 filhos, mas eles sempre me trataram muito bem então eu achei que...
- Eles nunca te negariam a ficar aqui, você é um filho pra eles também, e se não tiver espaço aqui, você pode muito bem ficar lá em casa, somos só eu e minha mãe mesmo, tudo bem que agora tem a Alicia, mas a casa tem 4 quartos, o quarto de hóspedes está livre – ela falou com uma voz doce – agora me conta, por que você fugiu.
- Eu já disse, eu só não aguentava mais e... – ele parou ao ver a cara da menina de eu-não-vou-acreditar-nisso – Ela usou a Cruciatus em mim – ele falou baixo, depois de um tempo em silêncio, mas a menina ouviu e soltou da mão dele espantada.
- ELA O QUE? – ela gritou e se levantou, começou a andar de um lado para o outro na frente dele – Ela não poderia fazer isso! Que tipo de mãe ela é? Isso é uma maldição imperdoável! Ela não pode, é ilegal, vamos denunciá-la e... – ela parou quando sentiu a mão do menino segurar a dela, ele olhava para baixo e sua franja cobria os olhos, ele balançava a cabeça negativamente e um soluço seco saiu de sua garganta.
Ela se sentou ao lado dele e o abraçou, ele chorava no seu ombro enquanto ela afagava os cabelos dele. Eles ficaram assim por um bom tempo. Depois de uns minutos ele não chorava mais, mas ainda tinha a cabeça encostada no ombro dela.
- Alex, sua mãe está aqui e ela... – James entrou no quarto mas parou subitamente ao ver a cena – Tá tudo bem?
- Está tudo bem? – a menina repetiu a pergunta para o amigo.
- Uhum, agora sim – ele falou sorrindo. James ia perguntar alguma coisa, mas a menina fez um sinal de "depois eu te conto".
- O que que minha mãe tá fazendo lá embaixo? – ela perguntou.
- Bem, minha mãe disse que quando você entrou, o transtornado do seu cachorro saiu correndo, e eu acho que ele foi chamar ela, porque depois ele voltou com a sua mãe.
- O Black não é transtornado, idiota. – ela disse alto descendo as escadas e deixando os dois no quarto.
- E então? – Ginny perguntou quando Alex chegou na cozinha – está tudo bem? O que aconteceu?
- Tá sim, acho que agora está – ela ficou um tempo pensando de falava ou não, desde que eles não fizessem muito escândalo estaria tudo bem, não é uma coisa que poderia se guardar para sempre – A mãe dele usou a Cruciatus nele – falou ela fechando a porta da cozinha.
- Meu Merlim! – Ginny falou espantada – eu não vou deixar ele voltar para lá, de jeito nenhum! Harry vai entender, agente pode deixar ele no quarto do James. Teddy sempre quis morar aqui, mas ele vai entender bem a situação, se bem que agora ele passa mais tempo na casa de Gui do que na nossa.
- Ginny, calma – Liz se pronunciou pela primeira vez – Agente tem que reportar isso, eu como aurora vou pessoalmente fazer uma visitinha aquela mulher. E ele pode ficar na nossa casa se não tiver espaço.
- NÃO! – a menina gritou, mas logo tampou a boca – Não, ele não quer que ninguém saiba, na verdade não era nem para eu ter contado para vocês.
- Mas...
- Não, por favor mãe, tia Ginny, ele não iria querer isso, ele estava muito mal – ela falou com a carinha de cachorro dela.
- Tudo bem, mas pare com essa cara – Liz falou com a voz um pouco embargada e a menina logo ficou séria para que a mãe não chorasse denovo, ela com certeza estava parecendo com seu pai.
- Parei, parei – a menina revirou os olhos – mas é sério, não falem isso para ninguém e...
- Falar o que? – Harry perguntou entrando na cozinha, largando a pasta na cadeira e dando um beijo na mulher.
- Bem, vocês expliquem ai, eu vou voltar para o quarto. Ah! E será que eu poderia dormir aqui hoje? – Antes de Alex ir para os Estados Unidos, era um costume ela dormir na casa dos Potter de vez enquanto, claro que eles tomavam todo o cuidado para que a menina não descobrisse sobre magia, mesmo ela já sabendo que eles eram bruxos.
- Claro que pode querida – Ginny falou.
- Tá. Mãe, você poderia trazer minhas coisas de sempre? E meus livros? Mentira! Só o caderno em cima da cama, a pena, o tinteiro e aquele livro em cima da bancada, e traga um segundo livro lá, qualquer um que você achar – Ela falou pensando – E se o Black quiser dormir aqui, traga as coisas dele.
- Tá, eu trago, mas tem certeza que você quer esses livros? Você vai estar com seus amigos, você devia largar um pouco eles – Liz falou com um olhar preocupado, a filha que costumava ser animada e vivia pulando pela casa, agora se trancava no quarto com livros e cadernos, uma mãe normal não se preocuparia, mas Alex era tão parecida com o pai que era difícil que de uma hora pra outra passasse a gostar de ficar no quarto lendo a ter que sair e jogar um pouco de quadribol.
- Tenho certeza, livros me ajudam a esquecer – uma sombra passou pelo olhar da menina, mas logo ela balançou a cabeça de um lado para o outro e voltou com a cara de sempre – Agora eu vou subir, por favor, não contem para ele que vocês sabem, e nem fiquem olhando ele com pena, é a última coisa de que ele precisa no momento.
- Ok, pode deixar – Ginny falou.
Alex subiu as escadas novamente, ela parou na frente do quarto de Lily e não ouviu nada, talvez ela estivesse dormindo, afinal, era tarde já. Albus estava na casa do amigo, Scorpius, James odiava o menino pelo simples fato dele ser sonserino, mas Alex achava ele um amor, e parecia que Albus o considerava um grande amigo. Ela sabia que ele voltaria amanha, junto com Scorpius, que passaria 5 dias lá.
- Eu vou dormir aquiiii! – Alex falou pulando na cama de James.
- Eu acho que não vai ter espaço então – Joe falou tímido – eu sabia que não devia ter vindo e...
- Larga de ser idiota, somos bruxos Joe! Se não tiver espaço agente cria mais – James falou em um tom óbvio – e além do mais, meu pai sabe fazer um feitiço que faz minha cama virar uma beliche, é só ele conjurar um colchão e a Alex dorme no chão.
- Por que que eu que tenho que dormir no chão? – Alex perguntou fingindo indignação.
- Porque você é a convidada – James falou dando língua.
- Convidada? Eu praticamente vivo aqui James! – ela virou a cara - Não era eu que era sua irmãzinha linda?
- Não, a Lily é minha irmãzinha linda, você é uma chata metida a linda - James falou sério.
- Então tá, se você acha isso eu posso ir embora então - ela falou fingindo estar brava.
- Bom, eu posso dormir no chão – Joe falou meio triste pela "briga" que estava causando entre os amigos, obviamente eles estavam fingindo, mas o menino estava tão avoado que nem percebeu.
- Tá bem – Alex falou pulando animada em cima do menino e lhe dando um beijo estalado na bochecha - E eu sei que sou sua irmãzinha linda Jimmy!
James ia falar como a menina era aproveitadora e chata, mas quando viu a reação do amigo ao beijo da menina ele ficou quieto, Joe estava muito vermelho e parecia tremer um pouco. Ele estranhou o amigo, mas resolveu perguntar depois, Alex era muito intrometida.
Eles conversaram por um bom tempo, comeram alguma coisa e se deitaram cedo, o dia tinha sido muito turbulento. Alex não tinha visto Lily porque ela estava em sua casa, a menina andava tão desligada que não lembrou que Lily tinha ido cumprimentá-la no seu quarto mais cedo.
- Merda, 3 horas – Alex falou olhando para o visor do seu celular, ela se esquecera de esvaziar a mente antes de dormir, quando ela não fazia isso tinha mais chances dela ter pesadelos com Seth, não que ela já não fosse uma ótima oclumente, ao contrário, mas esvaziar a mente antes de dormir acalmava ela, e ela não queria pedir para sua mãe mais poções que não deixam sonhar. Ela respirou fundo e passou a mão na testa limpando um pouco do suor – Não vou conseguir dormir agora.
Ela alcançou sua varinha e murmurou: "Lumus". Ela pegou seu caderno, pena e tinteiro, mas quando foi pegar o livro que estava lendo no momento: "Espelho de Ojesed, O Seu Desejo Mais Profundo" ela desviou a mão para o que sua mãe lhe trouxera: "Por traz da Porta do Ministério" lembrava de ter comprado o livro em sua primeira visita ao Beco Diagonal, ela tinha o deixado em casa para ler nas férias, mas ela não voltou para casa naquelas férias.
Ela lia com atenção e ia escrevendo no caderno, as letras flutuando em sua mente, ela estava lendo o capítulo intitulado "Sala da Morte", falava de uma sala onde eram realizados estudos sobre a morte, falava que havia um arco com um véu, mas sem muitos detalhes, o que Alex achou frustrante porque ela gostava de por bastantes detalhes em suas pesquisas. Havia a lenda do arco que dizia que o criador do arco era um arquiteto apaixonado pela morte, a Morte não podendo retribuir o amor do arquiteto lhe deu o véu, com ele o arquiteto construiu o arco, para que ele pudesse chegar a sua amada mais rápido, ele atravessou o véu e...
- O que você tá fazendo? – Ela ouviu uma voz baixa, ao seu lado, através dos roncos de James que estava na cama de cima.
- Estudando – ela falou depois de um sobressalto.
- Estudando? – Joe perguntou com a sobrancelha arqueada – São 4 da manha e você está estudando? No meio das nossas mízeras 4 semanas de férias?
- Uhum – ela falou voltando os olhos para o livro – Isso não é matéria da escola.
- Você acordou para estudar?
- Claro que não, besta, eu acordei por causa de um sonho não muito bom, e então eu não consegui mais dormir.
- Você sonhou com a prova não foi? – ele perguntou preocupado.
Ela assentiu, o bolo na garganta novamente. Ele sentou do lado dela e a abraçou, que nem ela tinha feito com ele. Mas ela não chorou, ela prometera a si que não iria chorar mais, ela nunca chorava, por que tinha que chorar agora? Eles só ficaram abraçados por um tempo, o caderno e o livro permaneciam abertos, a pena estava dentro do caderno e o tinteiro caído em cima da cama (ele não virava pois tinha um feitiço que impedia a tinta de escorrer para fora do frasco), a varinha continuava acessa. Mas os dois estavam alheios a isso, cada um com seus pensamentos, nem ruins nem bons, neutros, era como se eles impedissem um ao outro de se sentirem tristes. Alex só voltou a falar quando viu o sol nascendo por uma fresta da cortina.
- O sol já está nascendo – ela falou baixo.
- É, acho bom eu voltar para a minha cama e tentar dormir um pouco – Joe falou se levantando.
A menina não falou nada, mesmo sentindo falta do calor do corpo do amigo, juntou suas coisas, murmurou "Nox" para a varinha e se deitou novamente, logo ela já tinha adormecido.
- Vamos jogar água nela? – Alex ouviu James sussurrando com Joe, tinha acabado de acordar, mas não tinha aberto os olhos.
- Não James, deixa ela dormir – Alex segurou um sorriso ao ouvir o amigo a defendendo.
- Ela nunca deixa agente dormir – James falou, agora um pouco mais alto.
- Fala baixo seu idiota, e ela acorda agente por causa das aulas.
- E daí? Por que você defende tanto ela? – James perguntou desconfiado – E por que sua cara ficou da cor das chamas de uma fênix ontem quando ela te deu um beijo? No rosto?
- N-não fiquei cor de n-na-da – ele falou gaguejando e ficando vermelho, Alex estranhou, mas logo ele voltou ao normal – E larga de ser idiota, ela é que nem uma irmã pra mim, foi coisa da sua cabeça isso. Eu pego milhares de meninas e não fico envergonhado, por que eu ficaria envergonhado com um beijo no rosto? Coisa da sua cabeça, a Jenny está mexendo muito com ela.
- Tá, já que você não vai me falar nada mesmo - James falou dando de ombros - E eu não fico o tempo todo pensando nela, é só um desafio, um jogo. Enfim, eu ainda vou jogar água nela.
- Se você fizer isso eu te castro Potter – Alex falou ainda de olhos fechados, mas logo depois abrindo eles e olhando com cara de brava para James – E obrigada por me defender Joey, você é um anjo.
- Você é um anjo – James falou imitando a voz da menina – Aaaai, sai das minhas costas sua peste, você pesa mais do que um trasgo!
- Repete isso se você tem coragem – Alex gritou puxando as orelhas dele – Repete! REPETE!
- Ai, ai! Me enganei, você pesa mais do que o irmão do Hagrid – ele falou rindo mais logo depois gritando mais quando a menina começou a dar socos na cabeça dele – Tá doendo! PARA!
- Está tudo bem aqui crianças? – Ginny falou abrindo a porta – Alex! O que você tá fazendo nas costas do meu filho?
- Ele – um tapa – disse – um soco – que – um puxão de orelha – eu – outro tapa – peso – outro soco – mais – outro puxão de orelha – do – mais um tapa – que – mais um soco – o – mais um puxão de orelha - Grawp! – Alex continuou com a sua sequencia de socos, tapas e puxões de orelha, Joe já estava chorando de rir.
- James! – Ginny exclamou indignada – Não se fala isso para uma pessoa, inclusive para Alex que é tão magrinha! Você é tão igual ao Ron!
- Mãe! – James exclamou – Você devia estar me defendendo, não apoiando essa louca!
- Não, não, se vira, e vê se aprende a não chamar as mulheres de gordas de agora em diante – ela falou com um ar arteiro – Eu vim chamar vocês para o café, Albus já está ai.
- Sério? – Alex perguntou sorrindo, ainda nas costas do menino, mas parando de bater nele.
- Uhum, ele disse que está morrendo de saudades de você Alex.
- Albuuuus! – a menina pulou das costas de James e desceu as escadas correndo, quando viu o menino na cozinha pulou no pescoço dele – Seu idiota! Como você sai pra dormir na casa de alguém por CINCO DIAS sem nem falar comigo?
- Desculpa Alex, mas eu tive que ir correndo antes que meu pai mudasse de idéia – Albus falou fazendo uma careta, Alex riu.
- Oi Scorpius – Ela falou acenando para o loiro ao lado de Albus.
- Olá – ele respondeu simpático, eles ouviram um pigarro do outro lado da mesa, o Sr. Malfoy olhava para Alex com um olhar de reprovação – Er, Alex, esse é meu pai.
- Ah, olá Sr. Malfoy, prazer em conhecê-lo – Ela falou simpática, ela achava que pela cara dele ela iria escutar um: "Não posso dizer o mesmo", mas ele só fez um gesto com a cabeça. Uma mulher alta e com longos cabelos castanhos que batiam na sua cintura estava ao lado dele.
- Prazer em conhecê-la Alexandra, Scorpius já havia nos falado de você – Ela falou simpática. Alex deu um sorriso meio amarelo, ela lhe lembrava alguém, mas não sabia quem, só sabia que não era alguém bom.
- Tia Astória? – ela ouviu Joe falando atrás dela, quando ela olhou para trás viu o menino pálido.
- Oh Joseph, que bom vê-lo aqui – ela falou abraçando o sobrinho – Você cresceu tanto! Faz muito tempo que eu não te vejo, como está a sua mãe?
"Bem, ela se parece com a mãe dele e ele a chamou de tia, obviamente é tia dele, acho que isso vai nos dar alguns problemas" Alex ouviu James pensar, eles realmente teriam alguns problemas.
- Ela está, hm, está ótima! – Joe falou com um sorriso amarelo – E como está a senhora tia? E o senhor tio Draco?
- Estou bem Joseph – Astória respondeu educada, mas estranhou o comportamento do sobrinho e afilhado.
- Estou bem também, o que há com você moleque? – Draco Malfoy perguntou, mas não em um tom rude, em um tom preocupado.
- N-nada, estou bem, mamãe também está – Ele agora começava a suar frio.
- Você tem certeza Joseph? Daphne não está te maltratando nem nada do tipo não é? – Astória perguntou colocando a mão no ombro do sobrinho, sabia o quanto sua irmã era desprezível com o filho – qualquer coisa você sabe que sempre pode ir lá pra casa, não é?
Ele assentiu e Alex pode ver que os olhos do menino se encheram de lágrimas.
- Er, é, agente vai jogar um pouco que quadribol, mas eu e Joe estamos sem vassouras, e eu tenho uma reserva lá em casa, então eu vou com o Joe pegar as vassouras lá em casa, James, você fica e pega a sua vassoura e vai lá pro campo – A menina falou rápido e saiu puxando o amigo pelo braço, não sem antes dar um olhar para Ginny que dizia que ela achava que ela deveria contar, afinal eles eram a família de Joe e pareciam se importar com ele.
- Você está bem?- A menina perguntou finalmente parando de correr, eles estavam no meio do caminho. Ela viu que Joe lutava para prender as lágrimas – Vai ficar tudo bem – ela falou abraçando ele.
- Eu não queria que a tia Astória soubesse, ela vai querer ir tirar satisfações com a minha mãe, ela pode matar ela Alex – ele falava entre soluços.
- Não vai acontecer nada com ela, não se preocupe - ela falou com a voz doce e calma, mas por dentro estava quebrada, doía ver alguém tão importante desse jeito – Vai dar tudo certo, eu vou sempre estar aqui.
O menino chorava mais do que na noite anterior, quando ele finalmente conseguiu se acalmar eles continuaram o caminho.
- MÃE? – ela gritou assim que abriu a porta – ALICIA? LILY? BLACK?
Apenas o cachorro preto veio, abanando o rabo, ele pulou na dona que lhe abraçou.
- Sua mãe saiu Little Miss – a pequena elfa falou fazendo uma reverência.
- Ela vai demorar Pinky?
- Não sei senhorita, ela levou Dinky com ela para ajudar nas compras.
- Oh sim, só vim pegar as vassouras, você gostaria de vir assistir o jogo Pinky?
- A não, a pequena dama é muito bondosa com Pinky, mas Pinky não pode, Pinky tem que terminar de limpar a casa senhorita.
- Tudo bem Pinky – ela falou passando a mão carinhosamente pela cabeça da elfa, Joe olhava perplexo, ele sempre tratara o elfo de sua casa com muito desprezo.
- A pequena dama deseja alguma coisa? – e quando Alex balançou a cabeça negativamente ela se virou para Joe – e o pequeno senhor?
- Não – ele respondeu e subiu atrás de Alex.
- Você devia agradecê-la – Alex falou.
- Agradecer a um Elfo? – Joe perguntou incrédulo.
- Claro! Joe, isso é ridículo, você tem que agradecer, é questão de respeito, os puro-sangue que são idiotas e tem essa mentalidade estúpida de que criaturas de outras raças são inferiores, se eles respiram e ocupam lugar no espaço, merecem respeito, é natural.
- Desculpe, eu não fui educado assim – O menino falou – Linim é muito rabugento e não gosta de mim, me acostumei a tratar mal os elfos.
- Tudo bem – a menina falou sorrindo e abrindo a porta do quarto.
Eles entraram no quarto da menina e o menino olhou melhor, da última vez que entrara no cômodo ele era rosa com várias borboletas na parede, tinha vários bichinhos de pelúcia e almofadas em cima da cama. Agora as paredes eram brancas com bolas coloridas de vários tamanhos, as estantes eram abarrotadas de livros e embaixo da cama estava o malão da menina, o falcão estava em seu poleiro limpando as penas e soltou um pequeno piado quando a dona entrou. A cama tinha uma colcha listrada em preto e branco e os travesseiros eram dois laranjas e um amarelo. Joe sorriu "bem Alex".
- O que? – ela perguntou.
- Hum? – ele olhou para ela, estava viajando – Não, não disse nada.
- Você tem se distraído na oclumencia, não faça isso – ela falou séria, mas logo abrindo um grande sorriso – E eu sei, o quarto não é tão eu?
Ele riu e se sentou na cama e deu um longo suspiro.
- Eu estou cansado – ele falou.
- Não se preocupe, logo passa – Alex falou sorrindo e abrindo o armário e pegando as duas vassouras – Pronto, vamos.
Eles saíram do quarto mas Alex se deteve na porta, ela podia ver um brilho azulado vindo do quarto de sua mãe, no fim do corredor, ela e Joe preparam as varinhas e entraram no quarto, com cautela. Joe olhou o que era e logo abaixou a varinha respirando aliviado.
- É só uma Penseira – ele falou.
- Pen o que? – ela perguntou confusa.
- Penseira, guarda os pensamentos que as pessoas colocam dentro.
Ela se aproximou e viu várias imagens lá dentro rodando. Joe se aproximou também.
- Vamos logo Alex, isso é da sua mãe, não acho que ela gostaria de nos ver bisbilhotando nas lembranças dela.
- Tá, só deixa eu ver um pouquinho, olha lá – ela apontou para uma imagem – É a minha mãe pequena...
Logo depois ela e Joe estavam caindo, a menina gritava, mas Joe só ria.
Eles estavam em um salão de uma grande mansão, tudo era bem chique, vários adultos bebendo vinhos caros e conversando sobre coisas importantes. Alex olhou em volta e pode ver uma mulher que ela se lembrava de ter visto em uma foto uma vez, sua avó. Ela andou para mais perto da mulher, não se assustando mais com as pessoas que passavam por dentro dela. A mulher parecia brigar com uma menininha de 9 anos.
- Eu te trouxe aqui para se comportar como uma dama Elizabeth! – a mulher falava séria – Não seja impertinente! Se comporte como tal e não cause nenhum problema.
- Charlise querida! – Uma mulher com longos cabelos ondulados e negros se aproximou e deu dois beijos na bochecha da outra, atrás dela tinha um menininho, também de 9 anos.
- Walburga, como está? E este deve ser o pequeno Sirius? – ela perguntou olhando para o menino.
- Estou bem – A mulher falou – Sim, esse é Sirius, apresente-se – ela falou empurrando o menino.
- Sou Sirius, muito prazer em conhecê-la, e se me permite dizer, a senhora está encantadora – ele falou pomposo, mas a mãe lhe deu um tapa na cabeça o repreendendo.
- Não seja mal-educado Sirius!
- Desculpe-me mamãe – o menino falou cabisbaixo, ele olhou para a menininha ao lado da outra mulher e se apresentou – Olá, sou Sirius.
- El-liz-zabeth – a menininha falou vermelha.
- Podemos ir brincar? – ele perguntou, um sorriso maroto surgindo em seus lábios.
- Não, eu não quero bagunça por aí – Walburga falou séria.
- Não se preocupe, Níe? – Charlise chamou, um elfo fêmea aparatou em sua frente fazendo uma grande reverência – Cuide de Elizabeth e de seu amigo.
- Sim senhora, Nie irá cuidar da pequena Elizabeth – a voz aguda respondeu indo atrás das crianças.
A cena mudou, Alex estava em choque, ainda tentando absorver a outra cena.
- Esse ano agente vai para Hogwarts! – O mesmo menino de antes falava animado, estava um pouco mais alto.
- Eu estou nervosa – a menina falou, os cabelos castanhos e lisos sendo bagunçados pelo vento. Estavam sentados em um banquinho do lado de fora do salão – Eu não quero ir para a Sonserina.
- Nem eu – o menino suspirou – mas é quase certeza que eu vou para lá, olha a minha família, todos são Sonserinos. Você pode cair em outra casa, sua mãe não era a única da família dela que foi para a Sonserina?
- É, meu primo James falou que vai para a Grifinória, você tem que conhecê-lo Sirius, ele é muito legal, você vai adorar ele.
- Se ele for para a Grifinória eu talvez não vá poder falar com ele – o menino falou triste – e se você for pra lá também eu acho que não vou mais poder falar com você.
- Que bobagem, eu não vou deixar de falar com você porque você é de outra casa, eu vou continuar sendo sua amiga – Ela falou sorrindo.
- Vai mesmo? – ele perguntou animado, com os olhos brilhando.
- Vou sim!
- Promete? – falou ele estendendo o dedo mindinho.
- Prometo – ela falou segurando o dedo mindinho dele com o dela.
- Esses são seus... – Joe começou a falar, a menina assentiu e eles viram a cena mudar novamente.
- James me mandou algumas bombas de bosta – Sirius falou com um sorriso malicioso nos lábios, eles estavam sentados na última cadeira de fileiras de um casamento. Estavam no salão da mansão.
- Ah não Sirius – Elizabeth falou – Eles vão nos bater, ou quem sabe pior, se agente aprontar.
- Mas só hoje Lizzie? Por favor? O vestido de Bellatrix está tão triste, o perfume dele não parece ser muito agradável – ele falou sorrindo marotamente.
- Sirius, é o casamento dela, e alem do mais, Rasbatan já está de olho na gente, ele com certeza vai nos dedurar.
- Não se agente pedir uma ajudinha para a Nie – ele falou sorrindo.
- Mas ela pode ter problemas – ela falou nervosa.
- Não vai não, ela pode ficar invisível – Sirius falou – Vamos, por favor Lizzie? Eles não vão ter como provar mesmo.
- O que ninguém vai ter como provar? – Um homem alto perguntou atrás de Sirius, os dois empalideceram.
- Nada tio Alphard, estamos só falando que ninguém vai ter como provar o bolo se Bella demorar tanto assim – Sirius falou, fingindo muito bem, assim como a filha.
- Hum.. Acho bom vocês dois não aprontarem nada pequenos, vocês sabem que se pegarem vocês, vocês vão sofrer as consequências - ele falava sério.
Os dois estremeceram e assentiram, uma mulher alta com longos cabelos cacheados entrou no salão, eles deduziram que era Bellatrix, já que ela estava com um vestido de noiva. O homem sorriu e sentou ao lado de Sirius.
A cena mudou novamente, mas eles continuavam na mesma mansão.
- Eu não aguento mais eles – Sirius reclamava – Me tratam como lixo, aqueles idiotas, só porque eu não me importo com o meu sangue não significa que eu tenho que ser desprezado.
- Não se preocupe, quando agente completar 17 anos agente vai poder usar magia fora da escola, e ai quem sabe agente não vai poder usar um feitiço silenciador neles?
- Mas faltam 4 anos ainda Lizzie, eu não sei se eu aguento – o menino falou.
- Não se preocupe, passa rapidinho, você vai ver, Lily disse que vários bruxos saem de Hogwarts já com um emprego, Dumbledore sempre ajuda, e se você der sorte e cair na turma de poções Slughorn, ele pode te dar um bom emprego também, ouvi dizer que ele é muito influente e puxa-saco.
- Essa Lily, por que você é amiga dela? Ela é uma chata metida a sabe-tudo.
- Ela não é chata, só gosta de estudar.
- Claro, claro, ela já nos dedurou milhares de vezes, James não suporta ela, ele vive xingando ela.
- É, eu sei, mas eu já falei pra ele que ódio e amor são sentimentos muito próximos, eu ainda acho que eles vão acabar namorando – a menina falou com os olhinhos brilhando.
- Claro – ele revirou os olhos -, por mim a Lily vai virar freira.
- Não fala assim dela – ela falou dando língua e os dois começaram a rir.
A cena mudou, mas estavam sempre na mansão, agora eles estavam novamente na varanda.
- EU NÃO CONSIGO – O menino gritava, ninguém na parte de dentro parecia notá-los.
- Sirius...
- EU PRECISO SAIR DAQUI LIZZIE, EU PRECISO!
- Calma, vai dar tudo certo, não se preocupe, são só 3 anos, agente só fica 4 semanas em casa, não é muito se agente lembrar que logo nós iremos voltar para Hogwarts.
- MESMO ASSIM, EU NÃO QUERO FICAR NEM MAIS UM DIA COM AQUELES LOUCOS!
- Por que isso agora Sirius? Eles te fizeram alguma coisa? – a menina perguntou pegando a mão dele.
- Não me fizeram nada – ele falou tentando puxar a mão.
- O que é isso? – A menina falou levantando a manga dele e vendo uma longa cicatriz o pulso do menino – Sirius, você tentou se matar?
- Claro que não sua idiota! – ele puxou a mão bruscamente fazendo a menina cambalear para traz e cair sentada no banco – Desculpa, desculpa, desculpa – ele falou sentando ao lado dela e passando o braço pelos ombros dela - É que, bom, eu redecorei meu quarto e eles não gostaram, só isso.
- Mas você não sabe que não pode provocar eles Sirius, e se acontecer alguma coisa grave com você? – a menina falava com a voz embargada, algumas lágrimas começaram a cair.
- Não se preocupe Lizzie, não vai acontecer nada comigo, eu te prometo – ele falou abraçando ela e limpando suas lágrimas – Vamos fazer uma promessa, quando agente completar 17 anos agente foge juntos, certo?
- Fugir juntos? – ela perguntou surpresa.
- É, promete? – ele levantou o dedinho.
- Prometo – ela abriu um lindo sorriso.
A cena mudou, agora aparecia uma Liz de 16 anos no salão.
- Com licença senhora Black – Liz falou se dirigindo a Walburga – O Sirius não veio? Ele está doente?
- O menino não faz mais parte dos Black, foi queimado – a mulher falou seca.
- Por que? – ela perguntou espantada.
- Ele fugiu de casa, é um traidor de sangue – a mulher se virou e saiu andando, ignorando a expressão chocada da menina.
Liz ficou parada, uma expressão de raiva tomou conta do rosto dela e ela parecia que ia chorar, ela saiu andando o mais rápido possível até o exterior da casa, quando ela chegou na grama ela tirou os sapatos e segurou a saia do vestido para que ela não tropeçasse e caísse, ela correu até uma casinha de ferramentas um pouco adiante, ela entrou lá e bateu a porta, ela foi escorregando pela parede até se sentar no chão sujo. Ela começou a pegar as coisas em volta e tacar na parede oposta, lágrimas de raiva caiam dos olhos dela. Ela ouviu um barulho lá fora de alguma coisa caindo na grama, mais de uma na verdade. Ela ficou quieta e levantou, puxando a varinha do decote do vestido.
- Ai, mas que merda Padfoot, você tem certeza que é aqui? – Ela abaixou a varinha, Joe e Alex reconheceram a voz e ficaram confusos, não era possível.
- Tenho sim, olha lá a mansão – eles ouviram a voz de Sirius – Me da a capa que eu vou lá.
- E eu vou ficar aqui? – o outro perguntou espantado.
- É rapidinho, só pra eu explicar pra ela, se Lizzie já souber ela deve estar muito brava comigo.
- É, eu estou – Liz falou alto de dentro da casinha, um rapaz alto com óculos redondos e cabelos rebeldes abriu a porta, Alex e Joe ficaram boquiabertos, ele era idêntico ao James, depois se lembraram da foto no álbum de Alex, era o avô dele.
- LIZZIE! – O rapaz gritou pulando em cima da menina – Que saudades!
- O que você está fazendo aqui palerma? – ela perguntou rindo.
- Padfoot ficou me enchendo a semana inteira pra vir aqui pra ele te pedir desculpas – ele falou rindo e a menina fechou a cara.
- Então pode voltar pra sua casa porque eu não vou perdoar ele – ela falou como se Sirius não estivesse lá.
- Ah Liz, não fala assim, por favor – Sirius falou e a menina sentou no chão e virou a cara, ele olhou para James com um olhar que pedia para ele sair, igual ao que Alex tinha dado ao James mais novo no dia anterior – Eu tive que ir embora Liz, eu não aguentava mais, eles me deixaram dois dias sem comida, quando eu finalmente consegui pegar minha varinha de volta e fui embora.
- Você disse que ia me esperar – a menina falou mais calma, não duvidava nada que Walburga e Orion deixariam o filho dois dias sem comida.
- Mas eu não pude, tenta entender Lizzie, você tem a Helen com você, ela realmente é sua irmã, ela te adora, nem o Regulus eu tinha, ele me odeia – ele pegou o rosto dela e virou pra ele – Por favor?
Ela assentiu e continuou olhando para os olhos dele, ele foi puxando ela mais para perto até os lábios se tocarem. Eles ficaram assim por alguns segundos até começar o beijo de verdade. Liz empurrou Sirius parando o beijo.
- Eu não sou nenhum dos seus brinquedinhos Black – ela falou séria, mas corada.
- Eu sei – ele falou chegando mais perto, mas Liz não deixou.
- Não vou deixar que você brinque comigo, sou sua amiga e sei muito bem como você é – ela continuou séria, agora menos corada.
- Sirius agente tem que ir – James falou entrando na casinha – A chave de portal já vai partir.
- Tá certo – ele falou e James saiu andando para a lateral da casinha – Eu não estou brincando com você.
Ele deu um rápido selinho nela e saiu correndo para junto de James. Eles puderam ouvir eles irem embora. Liz tocou os lábios com a ponta dos dedos e sorriu.
A cena mudava novamente, agora eles estavam no salão de Hogwarts, na formatura dos alunos do 7º ano.
- Acabamooos – uma loira, meio alegre, pulou em cima do pescoço de Liz.
- Acabamos McKinnon, agora me larga – ela falou rindo.
- E o que agente faz agora? – Um rapaz alto de aparência meio doentia perguntou.
- Eu vou pro curso de aurores – James falou, ele abraçava uma mulher de cabelos acaju.
- Eu também – a mulher falou – Frank e Alice vão entrar para o curso também. Você não vai tentar virar auror também Remus?
- Não Lil, eu estou pensando em me especializar melhor em Defesa Contra as Artes das Trevas, quem sabe eu não ajudo mais naquela Ordem que Dumbledore falou? – o rapaz de aparência doentia falou.
- Eu ainda não sei o que vou fazer – um rapaz pequeno e gordinho falou – Eu não tenho NIEMs o suficiente para virar auror.
- Você poderia ajudar na Ordem Peter – uma outra mulher falou – Todos nós vamos.
- Não sei se consigo Dorcas – ele falou.
- Claro que consegue Wormtail, todos nós vamos ajudar a acabar com Voldemort – Sirius falou, depois e se dirigiu a um casal de gêmeos que estava no grupo, eles não tinham feições muito parecidas, mas tinham cabelos loiros e olhos verdes, Alex reconheceu eles do álbum, não sabia muito sobre eles – E vocês? Cassie e Mark, vão fazer o que?
- Hum, não sei – A menina falou, interrompendo o irmão que ia responder, ele fez uma careta – Acho que eu vou vagabundear por mais alguns anos e depois eu vejo, quem sabe eu não volto para a América?
- Acho que todos nós vamos voltar para os Estados Unidos – um menino do outro lado dela falou, ele era alto e tinha cabelos castanhos e encaracolados, os olhos eram azuis. Alex também reconheceu o menino de uma das fotos do álbum.
- Por que Luke? Vocês não gostaram do Reino Unido? – Lily perguntou.
- Adoramos – um outro rapaz respondeu, era moreno e tinha cabelos pretos e olhos igualmente pretos, outro que também estava no álbum – Mas nossa vida é lá.
- Drake tem razão, estamos mais acostumados a morar lá – outra menina falou, tinha longos cabelos pretos e lisos, com olhos violetas, Alex reconhecia ela do álbum também.
- Mas vocês têm que nos prometer que vão nos chamar para o casamento de vocês – James falou rindo – Ouviu Lucy?
- Pode deixar – a menina respondeu vermelha, o menino loiro de olhos verdes, chamado Mark a abraçou pela cintura.
- Temos todos que ter cuidado com a guerra – o moreno falou olhando para o teto do castelo que imitava o céu estrelado do lado de fora – Espero que tudo acabe bem.
- Claro que vai Jake – Sirius falou – Mas mudando bem de assunto, eu vou ter que roubar a Lizze por um momento agora gente.
Ele puxou ela para um canto do salão, os outros riram. Ele prensou-a contra a parede e deu um beijo nela, calmo e apaixonado.
- O que foi isso? – ela perguntou atordoada, as bochechas começando a ficar vermelhas.
- Você me evitou o ano inteiro, mas agora que acabamos Hogwarts podemos ficar juntos – Ele falou sorrindo.
- Do que você está falando? – ela perguntou confusa, mas ainda sorrindo.
- Esqueceu da nossa promessa? – ele falou pegando uma chave do bolso e balançando na frente dela – Vamos fugir juntos.
- I-isso é sé-ério? – Ela perguntou.
- A coisa mais séria que eu já disse na minha vida – ele falou sorrindo – Tio Alphard me emprestou um dinheirinho, ele foi queimado da tapeçaria, mas ele disse que não ligou muito, disse que eu estava fazendo o certo. Talvez James vá morar com agente, mas você não se importa não é?
Ela negou e pulou no pescoço dele, lhe dando um enorme beijo.
A cena mudava novamente, Alex sorria por ver seus pais tão felizes.
- AOS NOIVOS! – Sirius gritou, brindando James e Lily com um copo de champagne na mão, ou outro braço segurava a cintura de Liz.
- AOS NOIVOS! – todos em volta gritaram.
- EI! EU QUERO DIZER MAIS UMA COISA – Sirius gritou por cima das conversas dos outros convidados, James e Lily riram do amigo que parecia meio bêbado. Quando viu que todo mundo olhava, ele se agachou e pegou a mão de Elizabeth – Elizabeth Maria Acatauassú, você quer casar comigo e ficar me aturando por toda uma vida?
- Sirius, você está bêbado – a mulher falou séria.
- Nunca estive mais sóbrio – ele falou abrindo uma caixinha de veludo que ele tinha pegado do bolso. Dentro tinha um anel com uma pequenina pedra de rubi, Alex sorriu ao reconhecer o anel que sua mãe sempre usava, junto com a aliança. Liz abriu e fechou várias fezes a boca antes de se agachar e beijar Sirius.
- Jóias sempre conquistam as mulheres – Sirius falou rindo com a boca vermelha depois que Liz o soltou.
A cena mudou denovo, agora Alex e Joe estavam sentados no "chão".
Sirius estava sentado na cama e Liz estava em pé olhando para o chão.
- O que foi Liz, me conta, você está a quase dois meses assim comigo, o que houve? – Sirius perguntou pegando a mão da mulher.
- Eu estou grávida Sirius – ela falou depois de um minuto de silêncio, ela continuava com a cabeça abaixada.
- Mas isso é ótimo – O homem se levantou sorrindo – Nós temos que mandar uma carta para James e Lily, eles serão os padrinhos! E nós temos que escolher um bom nome.
Ele falava e falava animado sobre coisas de bebês, nomes, os padrinhos, berços, fraldas, tudo.
- Por que você está assim? – ele perguntou, finalmente olhando que a mulher continuava com o rosto abaixado – Eu sei que esses tempos de guerra estão difíceis, agente ainda nem casou, mas agente vai conseguir e...
- O filho não é seu – ela falou baixo, mas ele ouviu e soltou a mão dela, surpreso.
- O que? – ele repetiu não acreditando no que tinha ouvido.
- O filho não é seu – ela falou denovo, ainda com a cabeça baixa.
- Como assim não é meu? – ele perguntou perplexo.
- Não sendo Sirius, sendo de outra pessoa – ela falou seca.
Ele ficou um tempo quieto, assimilando o que tinha acabado de escutar. Alex segurava as lágrimas e Joe segurava firme a sua mão.
- Então por isso você tem estado distante todo esse tempo? – ele perguntou, a raiva explicita em sua voz – POR ISSO VOCÊ TEM ME EVITADO? ME IGNORANDO? VOCÊ ESTAVA INDECISA SE FICAVA COM ELE OU CONTINUAVA COM OS DOIS?
- Não tem nenhum outro Sirius – a mulher falou, agora olhando nos olhos do noivo – Eu nunca te traí.
- A É? ENTÃO COMO QUE VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA DE OUTRO? ME EXPLICA? OU ISSO É SÓ UMA BRINCADEIRA DE MUITO MAL GOSTO? – Ele respirou fundo e falou mais calmo – Me diz que isso é uma brincadeira Elizabeth.
- Não é uma brincadeira Sirius. Eu fui ... - ela engoliu a seco e uma lágrima escorreu pelo seu rosto, o homem pareceu não notar - estuprada.
- E você quer que eu acredite nisso? Você quer que eu acredite que você está grávida porque foi estuprada, você, UMA AURORA, NÃO SOUBE SE DEFENDER DE UM ESTUPRADOR! VOCÊ PRENDE COMENSAIS MAS NÃO É CAPAZ DE SE DEFENDER DE UM MÍZERO ESTUPRADOR? – Ele tremia, a lâmpada acima dele estourou e a janela rachou – VOCÊ QUER MESMO QUE EU ACREDITE NISSO?
- Quero – ela falou, os olhos marejados. Alex já chorava – Porque é a verdade.
- A verdade. Eu não posso acreditar nessa verdade – ele falou com um olhar machucado – Essa é sua última chance de me dizer que isso é só uma brincadeira de mal gosto Elizabeth.
- Não é uma brincadeira.
Ele saiu pela porta com passos duros. Liz sentou na cama, as lágrimas finalmente caindo.
A cena mudou, Alex secava as lágrimas sem sucesso já que sempre caíam mais e mais.
- Por que você não trás a pequena Joanna para brincar com o Harry Liz? – Lily perguntava, elas estavam e uma cozinha.
- Acho melhor não Lil, Joanna é um pouco temperamental, as vezes é meio agressiva – ela falou triste – Harry é tão alegre e cheio de vida, eu não acho que seria bom que ele ficasse junto dela.
- Ela é sua filha Liz – a mulher falou com um olhar reprovador.
- Eu sei – ela falou suspirando – Mas eu, eu não consigo amá-la Lil, ela me lembra tanto o – a voz dela se sufocou, a língua dela pareceu enrolar, e ela começou a chorar.
- Você tem que tentar Liz, ela é sua filha, seu sangue, por mais horrível que seja o pai dela, ela não é igual.
- Ela é sim Lil, outro dia desses eu vi ela estrangulando um rato no berço dela – Ela falou soluçando – Que tipo de criança estrangula um rato e fica rindo ao ver o pobre se contorcer?
- Ela não devia saber que estava matando ele – ela falou calma.
- Ela sabia Lil, ela é muito esperta, essa menina me da medo as vezes, o olhar dela – Liz estremeceu – Vamos mudar de assunto, por favor.
- Certo, tem tanta coisa ruim acontecendo ultimamente que é melhor agente evitar assuntos tristes – ela falou abraçando a amiga – pronto, já passou Liz.
- Eu sinto tanta saudade de Sirius – ela falou ainda chorando – Ele nunca vai me perdoar, e com razão.
- Mas você não traiu ele Liz. Ele não tem razão – Lily falou abraçando a amiga com mais força – E ele também sente sua falta, ele está cada vez mais triste, mais distante.
- Mas é o óbvio, se essa droga de Feitiço Fidelius me deixasse falar, ou pelo menos mostrar a memória em uma penseira, ai ele ia poder acreditar em mim – ela falava soluçando.
- Lily, cheguei! – Elas ouviram James gritando da porta da sala – Sirius está aqui.
Liz olhou apavorada para Lily. Ela pegou sua bolsa em cima da mesa e deu um beijo rápido na testa do afilhado que brincava em sua cadeirinha. Ela saiu correndo pela porta da cozinha que dava para os fundos, Lily pode ver ela aparatando depois do limite do feitiço.
A cena mudou novamente.
Eles estavam na frente da mesma casa da cena anterior, mas ela estava destruída, Liz abriu o portão e pode ver uma moto no quintal.
- Sirius – murmurou ela com lágrimas nos olhos.
Ela entrou na casa e viu o que menos queria ver, o corpo de James Potter no chão, morto. Sirius chorava sobre o corpo do amigo, lágrimas caiam na face sem vida do outro, Liz se agachou ao lado de Sirius segurando a mão fria de James e começando a chorar, ela passou a mão no rosto duro e frio dele, ela fechou os olhos e ajeitou os óculos no rosto do primo.
- Você pode esperar? – ela ouviu Sirius murmurando.
- Esperar pra que? – ela perguntou confusa.
- Antes de me prender, eu tenho uma coisa a fazer – ele falou sério.
- Te prender por que? – ela perguntou espantada.
- Você não acha que eu que delatei James e Lily para Voldemort? – ele perguntou surpreso.
- Claro que não! – ela exclamou surpresa – Sirius você amava os dois, amava Harry, você nunca faria isso com eles, quem quer que tenha sido o fiel do segredo, não era você.
O homem assentiu e novas lágrimas começaram cair, ele abraçou a mulher com força. Depois ele a soltou e abraçou o amigo. Liz levantou chorando e olhou pelo andar de baixo, havia comida em cima da mesa, como se eles estivessem se preparando para jantar, ela soluçou e subiu para o segundo andar da casa, ela entrou no quarto de casal e observou as fotos. Ela saiu do quarto e se dirigiu para outro, ela viu a amiga deitada no chão, vestígios de lágrimas em seu rosto frio e duro, que nem o do marido. Grande parte do quarto havia explodido, só o chão restava, as paredes já não existiam mais.
- Ó Lily, minha melhor amiga – ela se agachou segurando a mão da mulher – Pessoas tão boas, por que? Por que isso tinha que acontecer?
- Mama – pode-se ouvir uma voz de bebe vinda do berço. Liz soltou a mão da mulher – Mama...
Liz se levantou e viu um neném de cabelos rebeldes e olhos verdes sorrindo para ela.
- Harry – ela falou perplexa, ela olhou para a cicatriz na testa do menino – Harry! SIRIUS, VENHA ATÉ AQUI, O HARRY SIRIUS, VENHA ATÉ AQUI.
O homem subiu as escadas correndo e parou na porta ao ver o corpo de Lily Potter no chão, mas ao olhar para Liz ele viu o bebê nos braços dela, ela encostava a cabeça dele em seu peito.
- Harry, o pequeno Harry – ele falou chorando passando a mão pelos cabelos do menino, ele estava desolado.
- Não Sirius, ele não está morto – ela falou sorrindo levando o menino para fora do quarto, obviamente não queria que ele visse a mãe morta – Olhe, ele está vivo, Harry está vivo!
- Meu Merlim! – ele exclamou sorrindo – Você conseguiu garotão, você conseguiu – ele falou brincando com o menino que ria, depois suas feições ficaram duras e ele se dirigiu a mulher – Você promete cuidar dele? Não deixar que nada de mal aconteça a ele?
- Mas é claro, prometi isso a Lily e James, mas por que você está perguntando isso? – Ela o olhou preocupada, ele já estava descendo as escadas quando ela entendeu – SIRIUS, NÃO FAÇA ISSO SIRIUS, POR FAVOR!
- Eu acredito em você Liz – ele falou se virando para ela, ele já estava na porta.
- Sirius, não Sirius, não faça isso, vai ficar tudo bem, não faça nada insensato – ela falou chorando, o pequeno Harry não entendia nada, Alex e Joe também não.
- Eu te amo – ele falou sorrindo, um sorriso triste. Ele se aproximou e beijou a mulher apaixonadamente. Ele se soltou dela e eles ouviram um som parecido com um uivo vindo da porta.
- James – Hagrid chorava – Ó meu Merlim, por que? Um homem tão bom! Tão jovem!
- Hagrid – Liz murmurou.
- Ah jovem Lizzie, jovem Sirius, eu infelizmente tenho ordens de levar o pequeno Harry até Dumbledore – ele falou soluçando.
- Pegue minha moto Hagrid – Sirius falou sério, depois ele se dirigiu a Liz – Dumbledore saberá o que fazer com ele, eu sei que você não vai querer que ele viva junto com Joanna.
- Sirius, não... – ela falava nervosa, o bebê em seus braços começou a chorar sentindo o clima tenso, Sirius correu até o limite do feitiço anti-aparatação – SIRIUS, VOLTE, SIRIUS!
A mulher ficou gritou mais um pouco e se ajoelhou no tapete da porta, chorando e abraçando o bebê.
A cena mudou novamente, Alex e Joe não entendiam o que Sirius tinha ido fazer.
As cenas agora não tinham falas, eram sempre passadas rapidamente, era sempre Liz olhando um menino que ia crescendo, as vezes ela encontrava ele na rua, no metrô, na saída da escola, no zoológico. O menino parecia ser Harry bem mais magro e mais triste. As cenas se repetiram até que uma chegou onde eles estavam na sala do diretor, a diretora Sprout não era a diretora na época, já que os objetos por toda a sala eram muito estranhos para serem dela, e tinha uma belíssima Fênix em um puleiro. Haviam três pessoas na sala, um homem de aparência doente e meio velha, que Alex e Joe reconheceram como sendo Remus, o amigo lobisomem de sua mãe, Liz estava na sala também, e o último era um senhor com óclinhos de meia-lua, tinha uma longa barba prateada e parecia preocupado.
- Isso é ridículo, dementadores são muito perigosos Dumbledore – Liz falava com raiva – Até parece que Sirius iria vir até Hogwarts para matar Harry, ele nunca faria nenhum mal ao afilhado!
- Você ainda continua com essa história Liz – Remus falou – Sabe minha velha amiga, o amor ainda te cega, mesmo depois de 12 anos.
- Não é o amor seu idiota – ela falou brava para ele – É a confiança, a confiança que você deveria ter em seu amigo, Sirius foi seu melhor amigo por tanto tempo, você está sendo um traidor!
- Eu? Eu sou o traidor Elizabeth? Eu entreguei James e Lily para Voldemort? EU MATEI O POBRE PETER?
- NÃO, SIRIUS NÃO ENTREGOU JAMES E LILY E ELE NÃO MATOU O IDIOTA DO PETTIGREW!
- ENTÃO QUEM FOI? FUI EU ELIZABETH? É ISSO QUE VOCÊ QUER DIZER? O LOBISMEM SEMPRE É O MALVADO DA HISTÓRIA NÃO É? – Ele gritava, mas havia mágoa em seus olhos.
- Claro que não Remus, você nunca mataria James e Lily, Sirius também não, pense, é óbvio, Sirius jamais faria isso – ela falou mais calma - Pare de resmungar como um cachorro sendo levado pela carrocinha.
- Uma fala típica de Cassie - ele falou rindo pelo nariz mas voltou a ficar sério e olhou para a amiga com pena - Mas ele era o fiel do segredo Liz.
- Não era, não era, Sirius não era o fiel do segredo.
- Era sim Elizabeth – o senhor se pronunciava pela primeira vez – James e Lily me afirmaram que ele era o fiel do segredo, já lhe expliquei isso várias vezes.
- Mas você não viu o feitiço sendo realizado – ela falou rude – Já lhe expliquei isso várias vezes.
- Não vamos continuar a discutir isso, não há nada que eu possa fazer, são ordens do ministério, culpado ou não, Sirius Black é um fugitivo – Dumbledore falou.
- Humpf – ela bufou e cruzou os braços – Que seja, mas eu insisto que alguém fique de olho no Harry, já que eu não posso ficar aqui. Eles não confiam em mim para ficar aqui, dizem que eu posso ajudar Sirius a entrar no castelo - ela falou rolando os olhos.
- Eu ficarei Lizzie – Remus falou – Cuidarei dele muito bem, não se preocupe.
A cena mudou denovo, agora eles estavam em uma floresta, várias casinhas estavam formando um círculo, haviam várias pessoas que andavam de um lado para o outro, Alex reconheceu como sendo um clã mágico, eles só aceitavam membros mágicos e matavam abortos, viviam bem reservados em suas tribos, e os casamentos eram arranjados, estudara isso ano passado em História da Magia.
- Você pode ficar aqui – Liz falava na frente de uma casinha – Se chamam ocas, não se preocupe, todos eles irão te tratar muito bem, eles sabem falar inglês. Só tente fingir que odeia nascidos trouxas e meio-sangue ok?
- O que é isso aqui? – Sirius perguntou curioso olhando o ambiente – quer dizer, onde estamos?
- Brasil, Amazonia, esse é o clã Acatauassú, todos aqui são da família, todos puros-sangue, você só entra se for parte da família ou se for companheiro de alguém. Eu tive que falar que você era meu companheiro para que você pudesse ficar aqui, espero que você não se importe – ela falou vermelha.
- Ué, mas você nunca deixou de ser minha companheira, você não tirou esse anel até hoje – ele segurou a mão dela fazendo com que ela ficasse mais vermelha – então você ainda é minha noiva.
- S-sou? – ela perguntou sorrindo, lágrimas de felicidade invadiam os olhos dela.
- Claro que é – ele falou rindo, pegando ela no colo e levando para dentro da oca.
A cena mudou, agora eles estavam em uma casa antiga, parecia meio suja, só haviam 3 pessoas, Liz, Sirius e o velho Dumbledore.
- Então eu os declaro marido e mulher – o velho Dumbledore falava, ele segurava as mãos dos dois – O noivo pode agora beijar a noiva.
Sirius beijou Liz e a cena pareceu andar mais rápido, eles estavam na mesma sala da casa velha, mas agora tinha uma mesa no centro, com várias plantas do que parecia ser uma casa, no meio, Sirius tinha um largo sorriso bobo no rosto.
- E no segundo andar vão ser os quartos, 4, porque agente vai ter 3 filhos, Alexandra, James e Lily – ele falava animado – e eles vão correr pela casa, e eu vou brigar com o pequeno James e com a Alexandra por estarem implicando com a pequena Lily – ele riu imaginando a cena – E agente pode ter um cachorro também, mas vamos ter cuidado para não deixar James queimar o rabo do coitado. E nós vamos criar uma nova família Black, não importando o sangue, até com duendes e gigantes nossos filhos vão poder se casar, se bem que com gigantes não porque eu não iria querer um Hagrid correndo pela casa quebrando portas, mas com duendes tudo bem. E o Harry pode ser padrinho deles, quem sabe os amigos dele também?
- Isso é lindo querido - Liz falou doce, ela tinha um sorriso bobo no rosto também - mas qual dos nossos filhos vai nascer primeiro? – ela perguntou rindo.
- Bem, eu esperava que fosse a Alexandra, ela vai ser a mais parecida comigo, vou até ensinar ela a virar uma animaga, e ela e James vão aprontar muito em Hogwarts, acho que vou até dar o Mapa do Maroto para ela, tenho certeza que ela fará bom uso dele – ele falou rindo.
- Que ótimo, então nós já podemos ir pensando nas cores do quarto dela não é mesmo? – Liz falou rindo pondo a mão na barriga.
Sirius parou e ficou olhando para a mão da esposa que repousava sobre o ventre dela, ela sorria abertamente. Ele começou a abrir um grande sorriso.
- Você está grávida?
- Uhum, acho que de um mês – ela falou sorrindo – O Harry vai amar saber isso, quem sabe ele não pode ser o padrinho?
- E... é meu né? – ele perguntou meio inseguro
- Idiota, claro que é! – ela falou rindo.
Sirius começou a rir e pegou ela e rodou ela no ar.
- Nossa Alex vai ser bem travessa não vai? – ele falava com voz de neném acariciando a barriga da mulher – Ela vai deixar o papai muito orgulhoso.
Alex chorava de felicidade vendo a cena mudar, agora ela tinha a certeza de que o seu pai tinha amado ela.
Eles estavam em um quarto, uma ave bicava a janela, Liz levantou sonolenta, não parecia ter se passado muito tempo desde a última cena.
- Será que ninguém pode deixar uma mulher grávida descansar? – Ela resmungava enquanto abria a janela e uma enorme fênix entrava – Fawkes? O que é isso?
Eles não puderam ler o que estava escrito na carta, ela aparatou e eles foram parar na porta de uma sala, estavam havendo vários duelos ao mesmo tempo lá dentro, Alex reconheceu Harry, Professor Neville, seu pai, a tal de Bellatrix que estava no casamento da grande mansão, Remus e o atual ministro da magia Kingsley Shacklebolt. Liz entrou na batalha e sempre ficava perto de Harry, o protegendo de feitiços que ele não conseguia bloquear. Alex e Joe assistiam a batalha tensos, eles sabiam que já tinha acontecido e era só uma memória, mas ela era muito tensa. Alex prestou mais atenção no lugar, ela desceu as escadas e olhou melhor, era uma sala vazia, exceto por um arco. A menina paralisou, ela olhou bem para o arco, sim, era o arco dos seus sonhos e os feitiços eram as luzes. O velho Dumbledore apareceu no topo da escada, ele capturou os comensais, mas Bellatrix e Sirius ainda duelavam. Um jato vermelho saiu da varinha dela e Alex viu seu pai caindo no véu. Ela não viu mais nada, não viu seu padrinho gritando e sua mãe desmaiando, não viu quando a cena mudou e Dumbledore e Madame Pomfrey estavam fazendo o feitiço na sua mãe. Ela ficou em choque.
Quando o feitiço estava sendo finalizado na cena os dois se sentiram puxados para fora, eles tombaram no chão do quarto da mãe de Alex, Pinky tinha puxado os dois, ela tremia e estava alcançando o abajur, Jenny estava na porta olhando para os dois, surpresa.
- Pinky má, Pinky má! – a elfa dizia se batendo com o abajur – a pequena dama não podia, não podia.
- Alex, faça ela parar – Jenny gritou tentando tirar o abajur da mão dela.
Ela parecia em transe, ela balançou a cabeça e olhou severamente para Pinky.
- Pinky, pare, AGORA! – ela parou imediatamente, mas ainda tremia e lágrimas caiam pelo seu rostinho murcho – Por que você estava se batendo?
- Pinky não podia, a senhora falou que Pinky não podia deixar a pequena dama entrar no quarto dela e ver a penseria, a pequena dama não podia, Pinky falhou, o que a senhora irá dizer dela agora? – Ela chorava e já ia pegando o abajur de volta.
- Ela não vai dizer nada Pinky – ela falou séria e a elfa voltou sua atenção para ela – Porque você não vai contar.
- Mas pequena dama...
- É uma ordem, minha mãe não vai saber que nós estivemos aqui, certo? – ela falou séria, a elfa assentiu e Alex sorriu – agora vamos ficar todos felizes certo? Não queremos que ela perceba.
- A pequena dama não deveria ter visto as lembranças, pequena dama deve ter sofrido muito – Ela falou olhando para a mestra.
- Não se preocupe, eu estou bem, agora vamos sair daqui – ela falou pegando a sua varinha do chão e levantando – O que você está fazendo aqui Jenny?
- Você esqueceu que eu vou ficar aqui as férias inteiras não foi? – ela falou com uma cara séria, mas estava rindo por dentro, e Alex percebeu.
- Claro que não! – ela riu – Mas por que mesmo?
- Meus pais estão se mudando denovo, dessa vez para a Nova Zelândia – ela falou com uma cara entediada.
- Por que? – Joe perguntou, se metendo na conversa.
- Meus pais são diplomatas da Alemanha, eles se mudam a cada 2 anos, e como eles estão se mudando agora eles não queriam que eu ficasse atrapalhando eles com esse negócio de "escola maluca", como eles dizem. Então eu perguntei se eu podia vir pra cá, e a Alex falou que sim, mas obviamente ela esqueceu.
- Não esqueci nada Jenny, eu só ando um pouco distraída, só isso, e...
- CHEGAMOS, ALEX, O JAMES ESTÁ QUERENDO SABER SE VOCÊ VAI OU NÃO JOGAR QUADRIBOL – eles ouviram Liz gritar lá de baixo, seguida por outras vozes que eles identificaram como sendo de Lily e Alicia.
- VAMOS SIM! – Alex falou nervosa empurrando todos para o quarto dela – Nenhuma palavra Pinky! Nem para o Dinky!Agora vá! – a elfa assentiu e aparatou – ESTAMOS AQUI EM CIMA!
- Alex, agente quer jogar também – Lily falou entrando no quarto.
- A Lily quer, eu não – Alicia falou fazendo careta – eu não monto em uma vassoura nem que me paguem.
- Mesmo assim você tem duas vassouras – Alex falou rolando os olhos – Vamos pegar elas e ir para o campo, Lily, você tem que pegar a sua na sua casa, agente passa lá antes.
- Por que pegar a da Lily na casa dela? Já tem 4 vassouras aqui – Jenny falou.
- É porque você vai jogar também – Alex começou a rir ao ver a cara da menina – Ué, 4 em cada time, o Scorpius está lá, então agente precisa de você.
- Mas a Alicia disse que não quer jogar, ai ficam 3 em cada time.
- Ela sempre acaba jogando, então vamos precisar de você – ela falou sorrindo.
Jenny se deu por vencida e eles seguiram para a casa dos Potter, Alex havia mandado Joel, seu falcão, para James com um pergaminho dizendo que já estavam chegando. Eles pegaram a vassoura no quarto de Lily e foram direto para o campo, ele ficava depois do final da rua.
-...Foi, e ai depois eu disse que... – Alex parou no final da rua ao olhar uma casa praticamente em ruínas – O que é isso?
- Você não sabe? – Jenny perguntou surpresa – Essa é a casa onde James e Lily Potter morreram, eles preservaram a casa como uma homenagem aos Potter, assim como a estátua no meio da praça.
- Estátua no meio da praça? – ela perguntou confusa – tá falando daquele memorial de guerra?
- Alex nunca viu de perto essas coisas Jenny – Alicia falou – Tia Liz escondeu dela para que ela não perguntasse e não descobrisse sobre o mundo mágico.
- Ah, tanto faz – ela falou dando de ombros – vamos entrar.
- Na casa? Não Alex, é melhor não – Jenny falou com medo.
- Não vão ter fantasmas, eu te garanto. É uma casa bem bonita – ela falou se lembrando do interior dela quando vira a lembrança – Vai ser rapidinho.
Alex tocou o portão e uma placa começou a se formar.
Neste local, na noite de 31 de outubro de 1981,
Lilian e James Potter perderam a vida.
Seu filho, Harry, é o único bruxo
A ter sobrevivido a Maldição da Morte.
Esta casa, invisível aos trouxas, foi mantida
Em ruínas como um monumento aos Potter
E uma lembrança da violência
Que destruiu a sua família.
- Está todo rabiscado – Jenny falou – que desrespeito com os Potter!
- Papai gosta, ele diz que essas frases reconfortaram ele na segunda Guerra – Lily disse.
Alex abriu o portão e entrou pela casa, apenas o caminho de pedra que levava a porta não estava coberto pelo capim, que estava quase tão alto quanto eles. Eles entraram na casa e Alex viu ela exatamente como antes, mas muito mais empoeirada, mas os móveis estavam no mesmo lugar, a comida em cima da mesa parecia ter sido petrificada por um feitiço para que não apodrecesse.
- Parece que eles estavam se preparando para jantar – Alicia falou – Mas é estranho, acho que iam receber alguém, olhe a quantidade de comida.
Realmente havia muita comida, como se eles estivessem para receber umas 10 pessoas na casa.
- Mas como poderia ser? – Joe perguntou – Eles não estavam sendo guardados pelo feitiço Fidelius? Eles no máximo receberiam 3 pessoas, como tanta gente assim poderia saber?
- Isso é estranho, talvez eles só preparassem muita comida para se sentirem menos sozinhos, sei lá – Alex falou dando de ombros – Vamos lá em cima.
Eles subiram e entraram no quarto do casal, Alex limpou a poeira dos porta-retrato, ela viu a foto deles e dos amigos na formatura, viu foto de James e seu pai, Lily e sua mãe, todos juntos, viu algumas fotos de Harry, todas se mexiam. Alex sorriu apesar do clima tenso, os outros avaliavam o quarto, Lily e Alicia olhavam o guarda roupa, com as roupas perfeitamente arrumadas, só empoeiradas. Joe olhava as gavetas, e Jenny estava atrás de Alex observando as fotos que a menina ia pegando.
- Pelo menos eles foram felizes – Alex falou ainda sorrindo.
Jenny sorriu em concordância e as duas se dirigiram ao quarto ao lado, as paredes haviam explodido, mas o resto estava intacto. Elas sorriram ao ver a pequena vassoura jogada no chão, os brinquedos estavam dentro de um baú de brinquedo cuja a tampa havia explodido, a parte de cima do armário havia sido destruída, mas ainda tinham alguns sapatinhos e roupinhas nas gavetas.
- Vamos? – Joe estava na porta com Lily e Alicia atrás – Podemos sair voando daqui, mas só se voarmos bem baixinho, não acho que os trouxas vão ver agente.
- Claro – Alex sorriu e montou em sua vassoura.
Alicia montou com alguma dificuldade e Lily e Joe montaram com facilidade, surpreendentemente Jenny também montou na sua vassoura com facilidade, mas não sem antes fazer uma careta.
- Sua anta, vocês demoraram – James falou quando viu os 5 pousando na grama.
- Cala a boca idiota – Alex falou batendo com o cabo da vassoura na cabeça dele – Vamos jogar, já sabem os times? James?
- Você está linda Jen – James falou chegando perto da menina e ignorando Alex, que fez uma careta.
- Dê mais um passou e eu te bato com essa vassoura – ela falou trincando os dentes. Ele riu e deu mais um passo, Jenny bateu com o cabo da vassoura nas costas do menino ele caiu ee se levantou resmungando.
- Eu sei que tudo isso é amor – James falou.
- Eu vou te ignorar Potter – Jenny falou e os outros riram – Eu vou ficar no time de Albus e Scorpius, Alex, eu sei que esse idiota não vai pra lá mesmo.
- Então eu vou com você, não to afim de perder hoje – Alex falou rindo.
- Perder? – James falou rindo – Vocês é que vão perder, você pode ser boa Alex, mas todo mundo sabe que o negócio da Jen são os livros e Albus e Scorpius são sonserinos.
As duas se entreolharam e riram, Jenny foi para o meio das árvores que eram usadas como gols, a do centro era mais alta e tinha um furo no meio, as outras duas menores também. James riu ao ver a menina se posicionando como goleira "O jogo já está ganho" Alex riu com o pensamento do menino e viu sua prima ir para a frente da maior árvore no outro campo. O jogo começou e Scorpius lançou a goles para o alto, não haviam balaços nem pomos para ninguém ter que voar muito alto, James pegou a goles rapidamente, empurrando Albus, Alex conseguiu roubar a goles dele e desviar de Lily e Joe, ela fez o primeiro gol, Alicia não era nem um pouco boa em quadribol. James pegou a bola de volta e passou para Lily que conseguiu passar por Albus, mas não por Scorpius, ela jogou a goles para Joe que tentou fazer um gol mas Jenny fez uma defesa perfeita, deixando todos, exceto Alex e a própria Jenny, de boca aberta.
- Você é uma ótima goleira Jen – James falava empolgado, depois de uma hora de jogo eles estavam voltando para almoçar – Nem o Wood é tão bom assim, você tem que entrar pro time!
- Eu não quero Potter – ela falou seca, mas Alex percebeu, pelos pensamentos dela, que ela havia gostado do elogio.
- Por que não? Você é ótima!
- Ao contrário de você eu não quero perder meu tempo voando por aí, eu nem gosto de jogar quadribol. Eu tenho mais o que fazer, esse ano nós temos N.O.M's e nós temos que estudar muito.
- Pra que? Eles são fáceis – James falou – Vamos Jen, você já é inteligente, não precisa estudar.
"Então ele me acha inteligente? Não, ele só está falando isso para eu entrar no estúpido time dele e pra depois acabar saindo com ele, estúpido! Sou só mais um desafio"
- Cala a boca Potter, eu não vou entrar no seu estúpido time de quadribol, e me chame de LaRousse! – ela falou nervosa.
- Ei, eu to no time de quadribol, e ele não é estúpido, é até que interessante, o McLaggen é bem gatinho – Alex falou rindo, e riu mais ainda com as caras de reprovação de Albus, James e Joe – Que foi? Querem dar uma de ciumentos agora é?
- O McLaggen é um idiota Alex, não se mete com esse cara – Joe falou emburrado.
- Melhor, não se mete com ninguém – James falou.
- Eu tenho que concordar, não se meta com ninguém – Albus falou irritado.
- Não se preocupem, o McLaggen está fora da jogada, figurinha repitida não completa o álbum – ela falou rindo.
- Corre antes que eles entendam – Lily falou rindo também.
Alex saiu correndo e depois de 5 segundos os 3 entenderam e saíram gritando atrás da menina.
- COMO ASSIM VOCÊ JÁ PEGOU ELE? ELE É MUITO MAIS VELHO! – James gritava.
- E É UM IDIOTA, ELE COM CERTEZA NÃO QUERIA SÓ UNS BEIJOS! – Albus corria ao lado de James.
- QUANDO AS AULAS COMEÇAREM VOCÊ NÃO VAI SAIR DO NOSSO LADO, NINGUEM VAI CHEGAR PERTO DE VOCÊ! – Joe corria um pouco mais atrás.
- Eles vão ficar assim o ano inteiro não é? – Scorpius perguntou.
- Vão – Lily e Alicia responderam em uníssono, começando a rir logo depois.
- Eu ainda acho o Potter um idiota, não sei porque a Alex não azara ele logo – Jenny falou séria, olhando para a cena, fazendo os outros rirem.
N/A: Esse capítulo demorou minha vida pra ser feito, eu tenho estado muito ocupada, então eu peço desculpas pra quem lê :) Talvez eu demore pra postar o próximo capítulo, já que minha imaginação tá um cocô esses dias, e eu ainda tenho que fazer o capítulo da outra fic que eu postei um pedacinho e tive pelo menos dois reviews *-* (postei a fic no www.fanfiction.net/~girlinthegreenscarf) Obrigada por lerem e comentem :D
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