Morte
Capítulo 11 – Morte
- O que será que aconteceu com o Sr. Furrel? – Alex perguntou, o grupo estava sentado no seu lugar preferido, a árvore, eles já estavam em fevereiro e se divertiam azarando os alunos do 5º e do 7º ano que andavam com as caras nos livros sem prestar atenção no mundo a volta – A prova vai ser dia 28 desse mês, não é?
- É, e no dia seguinte é...
- ALEX! – Seth a chamou, interrompendo a fala de James – Você tem que me ajudar em uma coisa.
- Claro – falou ela pulando do galho e se despedindo dos outros, ela agora passava a maior parte do tempo com os Marotos, mas ainda dava atenção a Seth, Maxxie e Rob – O que foi?
- A última prova, vai ser na floresta proibida denovo – ele falou – Mas sem os dementadores.
- Mas por quê? O Sr. Furrel teve não-sei-que-fim naquele lugar! – ela disse exasperada – É muito perigoso.
- É, ele está bem, mas só fisicamente. Os dementadores o beijaram – ele falou com pesar – mas eu não acho que vai ser muito perigoso. Aquele seu amigo gigante está criando várias criaturas para a prova, e eu fiquei sabendo que algumas árvores e arbustos vão ser plantados como se fossem labirintos.
- Você tem se preparado? – ela perguntou – E quando é a próxima lua cheia? Você não pode estar fraco.
- A próxima lua cheia é dia 1º de março, mas não se preocupe – ele falou ao ver a cara de espanto da menina – esse ano agente vai ter o dia 29 de fevereiro, ou seja, mais um dia. E eu vou tomar uma boa dose da poção, eu tenho certeza que eu vou ganhar, eu estou em segundo lugar, a Michiko está em primeiro e o Campbell em 3º.
- É, eu também acho bom você ganhar, você tá quase morrendo nessas provas, tem que valer alguma coisa esse risco de vida todo! – ela brincou.
O dia da prova finalmente chegou, Alex estava muito nervosa, ela sentia que alguma coisa estava errada. Ela estava sentada na arquibancada junto com os outros alunos de Salem.
- Relaxa fofa, ele sai de lá vivo, eu te garanto – Maxxie falou.
- Eu sei – ela falou sem muita convicção – mas eu to sentindo que alguma coisa ruim vai acontecer.
- Não vai acontecer nada Alex, relaxa e torce pro Seth! – Rob falou animado.
- Sim, eu sei, vou torcer.
A menina voltou a ficar quieta, a diretora já fazia seu discurso de boa sorte, falando que Michiko entraria primeiro, e logo depois Seth e por último Samuel, arbustos altos cobriam toda a orla da floresta. Eles se abririam em 3 lugares diferentes para deixar os campeões passarem. Eram nove horas e o céu estava cheio de nuvens cinzas. A diretora ressaltava pela décima vez que a taça foi olhada 3 vezes por todos os três diretores e pelos dois aurores.
- Hey! – Alex falou quando viu James, Joe e Steve se aproximando com caras preocupadas – Cadê o Nick?
- Alex, amanhã é lua cheia – Joe falou – Eu estou de cara na confiança de Seth, ele acha mesmo que vai conseguir pegar a taça até a meia-noite? Já são nove horas!
- Ué, a lua cheia é só dia primeiro – Alex falava alto para que eles ouvissem, Michiko acabava de entrar.
- Amanha é dia primeiro – James falou.
- Não é não, amanha é dia 29, esse ano fevereiro tem dia 29 – ela começava a ficar nervosa, o pressentimento de que alguma coisa ruim ia acontecer aumentando.
- Alex, não é não – Joe falou alto, por cima dos gritos dos alunos, Seth entrou.
- Damon – Alex gritou para um colega de Salem – Seu celular, rápido!
Ela pegou o aparelinho prata do amigo e rapidamente clicou em calendário no menu. Não haveria dia 29 naquele ano, como Seth não sabia? Alex não conseguia pensar muito bem, a diretora anunciou o nome de Samuel Campbell e os arbustos se abriram. A menina pulou da arquibancada e foi correndo até os arbustos, foi tão rápido que ninguém conseguiu impedi-la, ela entrou juntamente com Samuel.
- O que que deu em você? – Samuel perguntou assustado.
- Eu preciso achar o Seth, agora, é urgente – Alex falou para o menino.
- Ué não posso fazer nada, não sei onde ele está.
Ela bufou e saiu correndo pela floresta, a varinha agora estava na mão dela. Ela tinha medo de gritar, não sabia que animais tinham ali. Ela trombou com alguém e caiu.
- Ai, desculpa – ela olhou melhor e viu a pessoa – Michiko, você viu o Seth por ai?
A menina não respondeu, um jato de luz vermelha veio na direção dela.
- Quê isso menina? Tá ficando louca? Sou eu, Alex, amiga do Seth, não é pra me atacar não! – outro jato de luz – EI! Stupefy!
Michiko caiu e Alex pode levantar, mas Michiko levantou rapidamente, o feitiço não tinha sido certeiro.
- Alex? – ela ouviu a voz de Seth um pouco ao longe.
- Tira essa louca daqui, ela tá querendo me estuporar! – ela gritou, se desviando dos jatos vermelhos que continuavam vindo.
- Protego!
- O que está acontecendo? – Seth perguntou espantado.
- Não sei, eu esbarrei nela e ela começou a me atacar, da pra tirar ela daqui? – Alex falava tentando manter seu escudo.
- Michiko, o que você tá fazendo? – Seth perguntou chegando perto da menina – Você vai ser desclassificada.
Alex se concentrou nos pensamentos dela enquanto ela estava atacando Seth. "Mate eles, mate!" uma voz dizia na cabeça da menina, não eram os pensamentos dela.
- SETH! PARA! – Alex gritou – Não machuca ela, não é ela.
- Como assim? – falou ele desviando de um feitiço.
- Imperius, ela está sobre a maldição Imperius! – ela falou nervosa – Distrai ela e eu estuporo ela por trás.
- Ok – ele começou a tentar atacar ela e Alex foi para as costas dela.
- Stupefy! – Alex gritou e Michiko caiu desacordada – Eu não gosto de atacar ninguém pelas costas mas foi preciso.
- O que você tá fazendo aqui? – Seth perguntou, mudando de assunto – eu vou soltar algumas fagulhas vermelhas, e quando vierem buscar Michiko você vai junto, ok?
- Não! – ela falou segurando a mão do menino para que ele não soltasse as fagulhas – Eu vim atrás de você, hoje vai ter lua cheia, esse ano não tem dia 29, quem te falou isso?
- Claro que tem Alex, o Gordon que me falou isso. Ele é burro mas não erraria uma coisa importante como essa.
- Não, não tem, o Nick estava na enfermaria e eu vi no calendário do celular do Damon, parece que só os nossos estavam com o calendário errado e os calendários do Maxxie e do Rob também. Mudaram as datas dos nossos celulares.
- Mas Alex, não tem como colocarem um dia a mais em um celular, é coisa de trouxa, esqueceu?
- Mas nós somos bruxos, em Salem todo mundo sabe como mudar essas coisas nos celulares com magia, com certeza alguém sabe botar um dia a mais no calendário!
- Mas eu não posso abandonar a prova assim! – Seth falou, finalmente acreditando na amiga – ainda não é meia noite, e você tem certeza que é hoje? Eu não estou me sentindo mal. São só 10 horas ainda.
- Você deve ter tomado uma dose muito forte da Poção Lua¹, mas você não tomou a poção Mata-Cão, não vai ser bom se você se transformar.
- Tudo bem, vamos fazer assim, eu deixo você ficar comigo, 11:30 se eu não tiver pegado a taça eu mando fagulhas vermelhas e ai agente volta, ok? Eu já acho que eu vou ser acusado de trapaça porque você já tá aqui.
- Acho que sim, mas eu não to com um pressentimento bom – ela falou sentindo um calafrio.
- Vai dar tudo certo, vamos.
Eles andaram por um bom tempo, várias criaturas apareceram e Seth as derrotou com facilidade. Alex as vezes ajudava, mas o sentimento ruim continuava a incomodar e ela não conseguia se concentrar.
- Arania Exumai! Se concentra Alex! Esse foi o primeiro feitiço que eu te ensinei, e ele precisa ser posto em prática agora! – Seth falou irritado, defendendo a menina de uma Acromantula pela 6ª vez.
- Sim senhor! – falou ela fazendo uma continência – Arania Exumai!
Eles atravessavam com dificuldade aquela parte da floresta, tinham muitas aranhas e elas pareciam com fome, Alex estava sendo um verdadeiro estorvo para Seth, ela estava tão distraída tentando se concentrar no pressentimento que ela estava tendo que parecia muito avoada.
- Olha lá! – Alex apontou para um centauro que estava mais a frente, eles finalmente tinham se livrado das aranhas – Firenze!
- Srta. Black – O centauro cumprimentou a menina – e você deve ser o Sr. Harris.
- Sim, sou eu.
- Você está participando da prova? – Alex perguntou.
- Sim, estou. Mas a Srta não deveria estar aqui, é perigoso, Marte irá se alinhar a Júpiter hoje a meia-noite.
- Sei, sei – Seth falou entediado, sabia muito bem como eram os centauros – Mas e a prova?
- Você deve responder a uma charada minha – Firenze falou emburrado – Venho do estomago de um bode, e mesmo nojento eu curo muitas coisas, se você estiver em perigo, me engula e eu posso lhe curar.
- Essa é difícil – Alex falou olhando para Seth que quebrava a cabeça.
- Uma cura para alguma doença – Seth falou pensando – Mas nada que vem de um estomago de um bode pode curar uma doença. Só... UM BEZOAR, isso um Bezoar.
- Muito bem, vocês podem passar – Firenze disse – Srta. Black, tenha muito cuidado, eu não posso interferir no futuro, só você pode determiná-lo.
Ela assentiu e seguiu em frente com Seth, Firenze voltou seus olhos para o céu e suspirou. Alex estava preocupada, ela levava a sério o que os centauros diziam e ainda tinha aquele pressentimento ruim a incomodando.
- Seth! – a menina gritou espantada, ela olhava fixamente para a tela de seu celular – São 11:50! Agente tem que ir embora, vamos.
- Calma Alex, agente já vai, olha lá – ele apontou para um brilho mais a frente – tá vendo? É o troféu, eu pego ele e agente vai embora, não serão nem 5 minutos, vamos correndo.
Antes que a menina pudesse falar alguma coisa ele saiu correndo, estava muito feliz. Ela deu de ombros e foi correndo atrás do amigo, rindo.
- Pronto, agora nós temos que pegar juntos o troféu, vou dividi-lo com você – ele falou sorridente.
- Comigo?
- Isso, você que me ajudou em muita coisa, o troféu vai ser nosso – ele colocou a mão pronta pra pegar no troféu e começou a contar – 3, 2, 1...
Ela segurou no troféu no mesmo instante que Seth. Eles giraram e giraram até caírem. Alex olhou em volta e começou a suar frio, aquilo não era a orla da floresta Proibida em Hogwarts, eles estavam atrás de uma grande casa senhorial, parecia abandonada, era em uma colina e mais embaixo era possível ver algumas luzes de um pequeno povoado.
- Onde nós estamos? – Seth perguntou.
- Seth, vamos embora, isso aqui não é bom, por favor – Ela tremia – Seth, vamos pegar o troféu denovo ele vai voltar para Hogwarts, vamos, rápido.
- Calma Alex, as vezes isso faz parte da prova – Ele falou olhando a casa.
- Não faz, Seth, vamos embora, lembre-se da lua, já vai dar meia-noite – ela se levantou e foi em direção ao troféu – vamos Seth, vem.
- Indo embora tão cedo? – uma voz feminina fria falou da porta da casa. – Irmãzinha?
- Seth – a menina falou agarrando a mão do rapaz – vamos logo, vem!
- Acho que seu amiguinho não vai ficar com você – a voz falou.
Alex olhou para Seth, ele estava se transformando. Ela correu e se escondeu atrás de uma árvore ali perto, alguma coisa dizia para ela que aquela pessoa não poderia saber que ela era uma animaga. Seth, agora completamente transformado foi atrás da mulher, que estava mais perto. Alex tentava ver os pensamentos dela, nada, nem as emoções ela conseguia sentir. O lobisomem avançou na mulher, ela deu uma risada aguda.
- Crucio! – O lobisomem começou a se contorcer enquanto ela ria, quando ela parou ele saiu correndo em direção a uma pequena floresta ali perto – Criatura idiota. Agora vamos a você minha querida irmã. Apareça Alexandra Black, eu não quero matar você pelas costas.
Alex respirou fundo e saiu de trás da árvore com a varinha em punho. Não adiantaria nada se ela continuasse se escondendo. Ela se dirigiu ao centro da clareira onde ela tinha sido transportada.
- Quem é você? – Ela não expressava medo na voz.
- Aah, você não sabe? – a mulher falou e deu outra risada aguda e sombria que fez Alex se arrepiar – Sou conhecida como Persephone, mas meus seguidores me chamam de Lady das Trevas.
- Joanna – Alex murmurou, mas a outra ouviu.
- Me chame por Persephone ou por Lady das Trevas sua insolente! – a raiva na voz da mulher fez com que Alex tivesse vontade de correr, mas ela não conseguia se mexer.
Ela começou a andar em sua direção, um sorriso maléfico nos lábios. Ela era alta e magra, os cabelos pretos e lisos batiam em sua cintura, os olhos sombrios não tinham uma cor definida, mas eram muito escuros, eram meio ofídicos. A mulher lhe lembrava vagamente alguém, mas Alex não conseguia lembrar.
- O que foi irmãzinha? Perdeu a voz? Está com medo? – ela falou debochada.
- Eu não tenho porque ter medo de uma nojenta como você – Alex falou arrogante, Joanna crispou os lábios e se preparou para lançar um feitiço – E pare de me chamar de irmãzinha como se eu fosse alguma coisa sua!
- E não é? – a risada aguda agora pode ser ouvida mais alta – Idiota, sua mamãe não lhe contou porque ela vem fugindo de mim a tanto tempo?
Alex continuou quieta, por dentro ela tremia de medo, mas por fora continuava com a cara arrogante.
- Então acho que você vai ter que sentar e ouvir a história da tia aqui, ou devo dizer da sua irmã mais velha? – ela falou com um sorriso presunçoso na cara, Alex olhava para ela com uma cara de nojo – Sim, eu sou sua irmã mais velha querida, filha da mesma barriga que a sua, mas a diferença, é que meu pai era muito mais forte que o seu, que era um inútil, meu pai, era o grande Lorde Voldemort! De certo ele era muito ambicioso, e cometeu graves erros, mas são erros que eu não cometerei.
- Olha, eu sabia que você era uma louca já por essa idéia de ser dona do mundo, agora, ser minha irmã? Essa é óóótima, acho que você deveria fazer uma visitinha ao St. Mungus – Alex deu uma risada sarcástica, mas logo foi jogada ao chão, ela sentia como se mil facas a estivessem perfurando. Ela se segurou para não gritar, não iria mostrar fraqueza perante aquela louca.
- Quando você vai aprender que você não é nada? – Ela falou – Uma pirralha, passou quase 10 anos na barriga da mãe porque a otária tinha medo da outra filha, ridículo, eu te mataria de qualquer jeito, se você está viva até hoje é porque eu deixei, entendeu bem sua pirralha? – Ela chutou Alex que estava sentada na grama, ela arfava e cuspiu um pouco de sangue.
- Então é por isso que você quer me matar? – Alex disse, não iria perder a pose arrogante tão cedo – Por causa de um ciuminho? Como você é fraca.
- Você acha que eu teria ciúmes de você? Eu nunca quis o amor que aquela idiota fingia me dar, não, amor é para fracos, você é uma fraca! Meu pai, esse sim, ele me ensinou tudo o que eu precisava saber, ele me ensinou a duelar, me ensinou a usar uma Cruciatus, ele era importante para mim, não era amor, era admiração, mas a partir do momento que ele caiu morto por aquele Potter ele deixou de ser meu exemplo, eu deixei de admirá-lo, aqueles outros comensais também, todos idiotas. Eu sou mais forte, meus comensais são mais fortes! Meus futuros comensais também serão mais fortes! Tiraremos de vez os nascidos trouxas e os mestiços do mundo bruxo!
- Ótimo, mais um psicopata! – ela falou debochando, ela estava provocando, mas não desistiria sem duelar antes – E do que você tá falando? Se você é mesmo filha de quem diz, minha mãe pode ser puro sangue, mas o seu pai é meio-sangue, então, consequentemente, você não é puro-sangue, se você vai tirar os nascidos trouxas e mestiços do mundo, então porque não começa por você?
- CALA A BOCA SUA INSOLENTE! CRUCIO! – Alex agora sentia muito mais ira nesse ataque, ela tinha tocado em um assunto delicado – E agora? Você não parece tão valente assim pirralha! Vamos ver o que meus comensais acham disso!
Alex estava sentada na grama denovo, ela estava arfando e seu corpo não aguentava mais, mas ela tinha que aguentar, ela aguentaria. Joanna tocou com a ponta da varinha em seu braço, era a mesma tatuagem dos antigos comensais, Alex conhecia por figuras em livros e antigos jornais, mas a tatuagem dela era maior e colorida, a caveira tinha uma coroa. "Ela realmente acha que é o máximo" Alex pensou. Logo 10 comensais estavam em volta delas.
- Olhem, meus servos, a herdeira dos Black e dos Acatauassú! Espero que os seus herdeiros sejam melhores do que isso! Escutou Goyle?!
- Mi Lady, tenho certeza que meu herdeiro será muito melhor que a pirralha Black – Um cara encapuzado falou fazendo uma reverencia.
- Acho bom que nenhum de vocês falhem! Greengrass! O seu herdeiro é um dos mais fracassados, tem um ótimo sangue e seria ótimo para o nosso exército, você está perdendo suas chances! – Ela virou para a que parecia ser a única mulher no grupo.
- Mi Lady, me perdoe, o moleque é mais difícil do que eu poderia pensar que seria, mas ele será um ótimo espião no futuro, eu lhe garanto! – a mulher falou se curvando.
- Acho bom! Crucio! – ela riu ao ver a outra mulher se contorcendo no chão – Eu não admito fracassos, quando eu tiver um número suficientemente bom de comensais eu começarei a guerra, espero que seu herdeiro esteja no meio, ou você pagará caro!
- Sim, Mi Lady – a mulher se curvou em outra reverência.
- Agora você – ela se virou para Alex – Vamos duelar, eu gostaria de matá-la em um bom duelo, sua tia era uma ótima duelista, demorei algum tempo até conseguir matá-la, já o outro não era lá essas coisas, nascido trouxa, obviamente. Sei que você sabe duelar, meu informante em Salem me disse que você é uma eximia duelista, vamos ver se isso é verdade. Levante-se e curve-se! - Ela forçou Alex a levantar e se curvar – Cru...
- Expelliarmus! – a menina gritou antes que ela pudesse fazer qualquer outra coisa, Joanna foi lançada longe, ela levantou rindo meio indignada – VOCÊ MATOU MEUS TIOS! QUEM VOCÊ PENSA QUE É SUA IDIOTA?
- Ah sim, matei, não me deram as informações que eu queria. Mas até que você não perde tempo, tudo bem, eu cansei de ser boazinha, não se preocupe, 'mamãe' irá saber como você suplicou pela vida. – ela falou rindo – Avada Kedavra!
- Stupefy!
A linha verde e a linha vermelha estavam conectadas, Alex segurava sua varinha com as duas mãos, Joanna tinha dificuldade, mas não tanta quanto a outra. Finalmente Joanna venceu e o feitiço bateu na varinha de Alex e a jogou um pouco longe. Ela se desesperou, Joanna riu. "Seth, por favor, me ajuda!" a menina pensou desesperadamente, sabendo que não ira funcionar.
- Avada Kedavra! – "Eu te amo", um clarão verde, Alex continuava de olhos fechados, ela viu a luz vindo, mas não sentira nada, Joanna começou a rir escandalosamente – Idiota! Criatura inferior, achou que poderia conseguir alguma comida aqui! Acabou morto!
Alex abriu os olhos e viu o Seth lobisomem na sua frente, os grandes olhos castanhos arregalados.
- SETH! – a menina se ajoelhou em cima do corpo do lobisomem, as lágrimas começaram a sair, ela conseguiu alcançar a varinha e apontou para o corpo inerte do lobisomem – Rennervate!Rennervate! Rennervate!
A menina continuava a tentar acordar o lobisomem. "Não, ele não pode, não pode!". Os comensais riam junto com Joanna.
- Você é uma boa legilimente pirralha, mas você não é muito boa oclumente em momentos de desespero! – Joanna falou rindo, mas de repente ela ficou séria – Isso mudou um pouco meus planos, mas vamos tentar uma coisinha, vão para dentro da casa e me assistam de lá, AGORA! – Ela gritou para os comensais que imediatamente aparataram para dentro da casa – Muito bem, vamos ver agora se seu amiguinho realmente te amava, Avada Kedavra!
Ela lançou o feitiço em Alex, ela estava de costas e ela sentiu a dor na nuca dela, o clarão verde ricocheteou e o brilho verde com certeza seria visto na aldeia de baixo. Alex ouviu o som de alguém aparatando. Ela virou e não viu ninguém, era a chance dela.
- NÃO! – Ela ouviu a voz de Joanna gritando de dentro da casa, ela não tinha morrido, ficado um pouco fraca talvez, ela percebeu pela voz falhada, mas não tinha morrido, Alex apontou a varinha para o troféu.
- Accio! - Ela segurou o troféu com força enquanto estava abraçada a Seth.
Ela conseguia ouvir palmas, mas ela só chorava, ela continuava abraçada ao corpo inerte do Seth lobisomem. Aos poucos as pessoas começaram a gritar, ela sentiu alguém tentando puxar ela para longe de Seth, mas ela não iria largá-lo. Alguém finalmente conseguiu puxá-la para longe de Seth, ela tentava se debater mas a pessoa era muito forte. A pessoa a arrastou para outro lugar, ela ainda se debatia e chamava pelo amigo, morto.
- O que aconteceu? – ela reconheceu a voz de Gordon quando ela chegou no lugar, a carruagem. Não sabia que o diretor era tão forte assim.
- Jo-Joanna, ela matou Seth, mas não conseguiu me matar, o feitiço, o feitiço voltou para ela – ela chorava e tremia.
- Mas ela morreu?! – Gordon pegou os braços dela e começou a sacudi-la – ELA MORREU?!
- N-não – ela falou impressionada com a atitude do diretor – Eu acho que ela ficou um pouco machucada, mas não morreu, ela aparatou para a casa a tempo.
- Deixe-me ver – ele falou mais calmo, parecia aliviado – deixe-me ver onde ela a atacou.
Ela virou e puxou o cabelo, ainda doía, na nuca da menina havia um raio vermelho.
- Ó! – ele exclamou – ela não poderá tocá-la agora não é? O lobisomem se matou por você? O Harris?
- Sim – Alex chorava, ela estava com medo, ela queria ir de encontro a Harry, ele a levaria até a mãe dela – Você poderia chamar o Harry? Ele pode me levar até minha mãe.
- Então ela não poderá matá-la, a mestra teria uma inimiga, seria que nem antes, não, não posso deixar - ele falava andando de um lado para o outro.
- Você falou mestra? – Alex de repente se tocou – Era você não é? Você me vigiou esses anos todos! Você era o informante dela em Salem! Você que lançou algum feitiço em mim e Seth para que agente achasse que haveria um dia 29 de fevereiro!
- Claro, claro, e eu tenho certeza que a Lady das Trevas irá me recompensar muito bem depois que eu matá-la. – Ele levantou a varinha e Alex ficou sem reação, era a segunda pessoa que tentava matá-la em menos de uma hora, ela não sabia se teria forças para resistir, não depois de ter perdido Seth.
- Se um feitiço dessa varinha tocar a minha filha você vai chegar em Azkaban já recebendo um beijo de boas vindas dos dementadores! – Elizabeth estava na porta da carruagem, atrás dela estavam Harry, Ron e Pomona Sprout, os 3 aurores tinham as caras furiosas.
- Se não é Harry Potter? Parece que agora sua querida afilhada se parece mais com você! – ele riu – Mas não se preocupem, eu irei matá-la e minha mestra irá me pegar assim que eu chegar em Azkaban, ela vai matar todos aqueles aurores inúteis e libertará todo o nosso exército! Eu serei o melhor comensal dela!
Alex estava andando para trás, ela encostou na parede, atrás dela tinha um espelho.
- Agora, vamos lá – num movimento rápido, que surpreendeu a todos, ele virou para Alex e apontou a varinha para ela – AVADA KEDAVRA!
A menina deu um grito e se abaixou, por puro reflexo, o feitiço bateu no espelho e voltou para Gordon, ele caiu no chão com olhos surpresos, Liz pulou o corpo dele para ir abraçar a filha que chorava muito e estava quase desmaiando.
- Alex, eu preciso saber de uma única coisa – Harry falou baixinho para a menina que estava abraçada a mãe – A Persephone lançou o Avada Kedavra contra você?
A menina assentiu e a última coisa que ela viu antes de desmaiar foi o olhar preocupado entre sua mãe e Harry, enquanto ele passava a mão na testa.
Alex abriu os olhos e olhou em volta, sua mãe dormia com a cabeça apoiada no colchão dela, ela viu as camas por todos os lados, todas vazias. "Enfermaria de Hogwarts" ela pensou. Ela deu um suspiro triste ao lembrar de tudo, Seth estava morto, ele morrera por ela. Ele estava transformado, e não tinha tomado a poção, ele lembrava dela mesmo sem a poção, ele não se transformava em um monstro como ele sempre dizia, ele lembrara ela e morrera por ela. Ela se lembrou do "Eu te amo" que ela pensou ter ouvido, e depois a fala de Joanna "vamos ver agora se seu amiguinho realmente te amava" ela também era legilimente, ela devia ter percebido também. Lágrimas começaram a cair, ela queria esquecer, ela não queria sofrer. Ela viu um espelho perto da cama e lembrou de Gordon, talvez funcionasse. Ela pegou o espelho e a varinha que estava em cima da cômoda, a dela.
- Obli...
- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO MENINA? – A mãe dela gritou segurando o braço dela – VOCÊ FICOU LOUCA? LANÇAR UM FEITIÇO EM VOCÊ MESMA ATRAVÉS DE UM ESPELHO! VOCÊ PODE MORRER!
Ela olhou com os olhos vermelhos e inchados para a mãe, ela só queria esquecer.
- Desculpa – ela falou baixo.
- Vai ficar tudo bem. – a mãe dela a abraçou.
- Ela vai tentar me matar de qualquer jeito agora não é? Ela não vai parar até conseguir me matar, ela não pode me tocar, mas eu sei que ela vai arranjar outros meios.– Alex falou olhando triste para a mãe – Ela falou que é sua filha, insistiu que é minha irmã, falou que é filha do Voldemort.
A mãe dela de repente empalideceu, ela soltou a filha como se tivesse levado um choque. Ela respirou fundo e abriu a boca várias vezes antes de realmente conseguir falar.
- Isso não é uma coisa muito fácil de se falar - ela falou.
- Então tente - a menina falou séria.
- Sabe querida, a tribo da família Acatauassú é uma tribo mágica muito reservada do Brasil, eles seguem a risca esse negócio de puro-sangue, os abortos são mortos e os parceiros são escolhidos cuidadosamente pelo chefe da tribo. Meu pai era da tribo, ele conseguiu sair de lá e se casar com a minha mãe, Charlise Potter, ela tinha sido aprovada pelo conselho, ela, ao contrário do resto dos Potter, se importava muito com esse negócio de puro-sangue, assim como meu pai. Minha mãe era muito amiga de Dorea, minha tia, mulher do irmão dela, e por isso eu cresci junto do meu primo, James Potter, ele sempre foi meu melhor amigo. Através dele eu me aproximei mais do seu pai, Sirius. Ele sempre foi meu amigo, ele era um galinha na escola, mas nunca tentava abusar de mim como fazia com as outras meninas, nós sempre nos encontrávamos nos jantares de puro-sangue que as famílias mais importantes faziam todo final de Maio, no final do sétimo ano nós começamos a namorar, seu pai queria muito se tornar auror, ele tinha até N.I.E.M's o suficiente, mas ele acabou usando o tempo que tinha para cuidar do apartamento que ele estava alugando, e ele tinha que receber algum dinheiro para sustentá-lo e o curso de auror dura 3 anos, então ele acabou entrando para a Ordem da Fênix, eu me tornei uma aurora e estava tudo ótimo, até que Voldemort resolveu pesquisar sobre as famílias de bruxos poderosos, e ele descobriu a minha, descobriu que tinha uma descendente na Grã-Bretanha, bem pertinho dele. Ele me forçou a, a – ela começou a soluçar – bem, então eu fiquei grávida, essa era a intenção, um herdeiro, ninguém saberia, ele fez o Feitiço Fidelius em mim, ele quebrou o feitiço quando Joanna entrou para Hogwarts. Quando eu descobri que estava grávida eu não pude encarar o seu pai por dias. Quando eu contei para ele, ele obviamente não acreditou, ele realmente achava que eu tinha traído ele, eu não posso culpá-lo, eu faria o mesmo – Alex ouviu um ganido e notou que Black estivera ali o tempo todo com ela, ela deu um sorriso triste para o cachorro – Então, Joanna nasceu, ela era tão parecida com Voldemort, eu tinha tanto nojo de olhar para a minha própria filha, eu sei, é horrível isso, mas foi uma péssima experiência pra mim, com um ano ela matava os ratos que ela encontrava pela casa, ela estrangulava os bichos e quando eu levei ela no zoológico eu descobri que ela era ofidioglota, ela estava atiçando uma cobra a atacar outra criança. Eu nunca deixei ela chegar perto de Harry, com medo de que ela fizesse alguma coisa, Lily vivia insistindo que eles deveriam brincar, mas eu sabia que era perigoso, era para o Harry ter morado comigo, mas eu nunca deixaria o pequeno Harry dividir o mesmo espaço que Joanna. Eu fiz de tudo para que ela não se tornasse má, mas parece que é genético, eu falhei, olhe o que ela se tornou, pior do que o pai!
- Mas, como você não é perseguida por isso? Ela não tem o seu sobrenome? Voldemort odiava o sobrenome Riddle.
- O sobrenome dela é Lamia, o Voldemort mesmo escolheu, disse que era demônio em latim, um ótimo sobrenome para uma filha, não? – ela perguntou sarcasticamente com uma amargura na voz - Ninguém poderia saber de onde ela veio, hoje em dia ninguém sabe que ela é minha filha, só sabem que o pai dela foi Voldemort.
- Então foi por causa dela que eu nunca pude ter um hamster e nunca pude ir na área dos répteis no zoológico? – ela falou com uma cara frustrada e a mãe dela assentiu – Sabe, isso me traumatizou muito!
Ela abraçou a mãe que ria tristemente, não era hora dela ficar triste, tinha outras pessoas precisando dela. Harry entrou na enfermaria e olhou mãe e filha abraçadas. Alex fez sinal para que ele chegasse mais perto.
- Desculpa – Harry disse – Mas eu preciso realmente dar uns avisos urgentes, você dormiu por 5 dias Alex, perdeu muita coisa.
- 5 DIAS? – ela falou boquiaberta.
- É, mas eu preciso dar algumas informações, bem, o Samuel ganhou, mas ele insistiu em dar o dinheiro para a mãe do Seth. – Alex assentiu – E quanto a sua cicatriz, bom, você deve saber que não tem como tirá-la, e você talvez tenha pego alguns dons de Joanna, como legilimencia ou ofidioglosia. Então nós queremos que você aprenda oclumencia.
- Eu só preciso melhorar um pouco – a menina falou reclamando – eu estou quase perfeita, só quando eu estou sobre fortes emoções que eu não consigo bloquear a mente, mas isso é só questão de treino.
- Vo-você sabe oclumencia? – Harry perguntou espantado – Isso é uma magia muito avançada!
- Eu sou uma legilimente, é mais fácil para mim aprender oclumencia – e ao ver a cara da mãe ela completou – não se preocupe, eu pesquisei e algumas pessoas da família Black eram oclumentes, eu tenho treinado isso desde o primeiro ano.
- Certo, mas mesmo assim o Profº Gunther vai te ajudar, ele te dará algumas aulas, é bom que você leve a sério Alex, eu não levei e acabei levando seu pai a morte – Harry falou com olhos marejados.
- Mais um – a menina murmurou para si mesma – Relaxa Harry, não foi sua culpa, eu tenho certeza que ele iria querer dar uma de herói uma hora, cala a boca Black, ou outra.
- É, tudo bem, não vamos querer mais ninguém chorando hoje não é mes... – Liz foi interrompida por Maxxie e Rob que entraram correndo na enfermaria quase derrubando Madame Pomfrey.
- FOFA! – Maxxie gritou pulando na amiga – agente ficou tão preocupado, sério, você não tem noção.
- Ai, tá tudo tão triste, o Gordon era um trapaceiro, Seth se foi, AI! – Rob parou de falar quando levou uma cotovelada do namorado – Desculpa.
- Tudo bem – a menina olhou para a mãe e o padrinho e eles entenderam que era para eles saírem, quando eles já estavam longe ela voltou a falar – Ele gostava de mim, não é?
- Er, bem, sabe o que é? Defina gostar, não, MENTIRA! Qual foi a pergunta? – Maxxie se atrapalhou todo.
- Gostava – Rob falou sério – Ele meio que nunca perdoou por aquela vez que vocês se beijaram ano passado.
Alex suspirou e sentiu mais lágrimas vindo enquanto lembrava.
Alex e Seth estavam no Salão Comunal de Sabrina, só restavam eles dois lá.
- Ô seu idiota! Olha o que você fez! Eu to toda suja de chocolate! – Alex falava rindo.
- Larga de ser fresca, é só uma sujeirinha – Seth pegou a mão suja de chocolate e passou no nariz da menina – Ih, agora tá grande.
- Idiota! – Ela passou a mão suja de chocolate na bochecha dele e saiu correndo do menino.
- Se rende? – Ele perguntou arfando, ele tinha jogado ela no sofá e prendido ela embaixo dele – Eu vou te fazer cócegas.
- Estou tremendo de medo – ela falou já rindo.
Ele fez cócegas nela até ela implorar para ele parar. Os dois ficaram se encarando rindo por um bom tempo, até só restar o silencio, eles se encaravam e Seth começou a chegar mais perto e fechou os olhos. Ela fechou os olhos e os dois ficaram se beijando por um tempo, um beijo calmo, Alex pode não reconhecer na época, mas mais tarde ela reconheceria que era um beijo apaixonado. Seth de repente pulou para longe dela, vermelho.
- Desculpa, é, foi erro meu, eu não vou fazer isso denovo Alex, eu juro, me perdoa! Somos só amigos, agente não devia fazer isso, só amigos, só amigos – ele repetia como se quisesse acreditar naqulio, Alex começou a rir, ignorando a dorzinha no peito.
- Tudo bem seu exagerado, erro nosso, acontece, não foi ruim mesmo – ela falou dando de ombros e subindo as escadas – Boa noite.
Eles nunca esqueceram daquele beijo nem do que sentiram, mas nenhum se atreveu a tocar no assunto denovo.
Alex chorava lembrando daquilo, ela não podia dizer que amava ele, mas com certeza sentia alguma coisa a mais por ele, mas ela achava que era só besteira, e ele também nunca iria aceitar nada alem de amizade entre os dois, já que ele fez tanta questão de ressaltar.
- Eu fui uma idiota não é? – Alex falou ainda chorando.
- Não, não foi fofa, ele não falava nada porque ele tinha aquela neura de eu-sou-um-monstro, ele achava que iria ser um perigo para você se vocês namorassem – Maxxie falou abraçando a amiga.
- Mas ele se matou por mim, ele entrou na frente da maldição! Por que ele não podia simplesmente ser um lobisomem normal e ir procurar uma árvore pra mijar, uma pessoa para morder? – ela perguntou frustrada.
- Se você tivesse morrido ele acabaria se matando Alex, você era tudo o que ele tinha, você sabe disso – Rob falou.
É, ela sabia, até a mãe de Seth tinha medo dele perto da lua cheia, ele era tudo o que ela tinha. Mas ele era importante para ela também.
- Vocês dois, podem sair, ela tem que descansar – Madame Pomfrey falou chegando com uma poção – Tome querida, você não terá sonhos.
- Durma bem fofa – Maxxie falou beijando a testa da amiga.
- Vai dar tudo certo – Rob falou segurando a mão dela.
Eles foram embora e ela bebeu a poção e logo estava dormindo.
Alex estava sentada no parapeito da torre de Astronomia, ela olhava para baixo sem medo de cair, na verdade ela queria pular, mas ela não era uma pessoa tão fraca a ponto de tentar se matar.
- Está pensando em se jogar? – Alex levou um susto ao ouvir a voz de Joe.
- Não, não sou uma pessoa fraca, eu não vou me matar, pode ficar tranquilo – ela falou dando um sorriso cansado – Estou só aproveitando a brisa.
- Vem, vamos pra Hogsmeade, como hoje é o último dia e eles arranjaram um último passeio – James falou estendendo a mão para a amiga – Você está horrível.
- Obrigada amorzinho – ela falou sarcasticamente, ela realmente não estava muito boa, os cabelos normalmente ondulados e charmosamente volumosos agora estavam feios e mal cuidados, ela tinha olheiras e sua cara estava mais pálida que o normal, seus olhos castanhos que ao sol ficavam claros, agora estavam tão escuros que nem o mais forte sol os clarearia. Ela estava horrível – E por que que eu tenho que ir pra Hogsmeade com vocês mesmo?
- Porque agente deixou de ir com outras meninas só para ir com você – Joe falou – E você vai ter que pagar uma rodada de cerveja amanteigada para agente.
- Uau, vocês deixaram de ir com outras meninas só para ir comigo, ótimo argumento – ela falou sarcástica, ignorando a mão do amigo.
- Ei! Elas eram muito bonitas! – James falou – e que tal o fato de que você e essa sua cara estão começando a assustar Hogwarts inteira?
- E eu indo tomar uma cerveja amanteigada vai me deixar melhor?
- Claro – James falou sorrindo, mas ao ver a menina voltar a olhar para a paisagem ele se irritou – tá, se você não vai por bem, vai por mal!
- ME SOLTA – ela falava batendo nas costas de James que carregava ela escada abaixo – SEU IDIOTA, EU VOU ENCHER SUA CARA DE FURUNCULOS QUANDO VOCÊ ME DESCER!
Eles foram andando e rindo da Alex que continuava a bater nas costas de James que parecia não sentir nada, eles chegaram nas carruagens e James botou Alex no chão. Ela olhou emburrada para o menino e depois voltou sua atenção para as carruagens, ela perdeu o ar com o que viu, suas pernas fraquejaram e ela sentiu Joe e James a segurando, um de cada lado.
- O que foi? – Joe perguntou preocupado – você tá sem comer, não é?
- Tes-testrálios – a menina falou num sussurro apontando para a frente da carruagem, ela era a única que via os animais.
- Testra-que? – James perguntou.
- Testrálios James, eles puxam as carruagens de Hogwarts, só as pessoas que viram a morte podem vê-los. - Nick falou olhando com preocupação para a amiga, Steve soltou um barulhinho estranho, como um chiado.
Os olhos de Alex se encheram de lágrimas, mas ela não deixou nenhuma cair, ela se recompôs e entrou na carruagem de nariz empinado, ela não ia mais chorar, ela tinha que aceitar, Seth morrera, ela não podia parar a vida dela por isso. Ela até podia escutar ele dando uma bronca nela "Idiota, não é você que vive se gabando em ser forte?".
- Você tá bem? – Steve perguntou baixinho para Alex.
- To, to sim – Alex sorriu amigavelmente para ele – Acho que eu tenho que dar uma melhorada na minha aparência não é? Afinal eu não quero passar o verão inteiro mofando naquela casa, eu preciso arranjar alguém para sair comigo.
Ela conjurou um elástico de cabelo e prendeu seu cabelo numa trança de lado, logo depois conjurou um corretivo, um pó e um gloss, a cara dela ganhou um brilho novamente, mas James e Joe viam que nos olhos dela a tristeza ainda estava lá.
...
- FOFA, FOFA! – Um Maxxie escandaloso pulou em Alex.
- Que foi bichinha? – a menina sorriu a lembrar de como Seth chamava os amigos, depois de uma tarde em Hogsmeade com os amigos ela não se sentia mais tão triste, tinha uma aparência muito melhor e estava feliz por saber que voltaria no ano seguinte.
- Agente já vai – Maxxie falou com lágrimas nos olhos – Não esquece dagente ouviu sua mocréia? Sempre mande cartas se não agente volta para tingir seu cabelo com uma daquelas poções baratas!
- Isso mesmo, e continue sempre nos amando – Rob falou também com olhos marejados – Se o Bob aqui não sentir o seu amor lá em Salem, eu venho te buscar! Prometa que vá visitar agente!
- Pode deixar que eu vou escrever sempre, pra Ash também, vou amar vocês para sempre e eu vou visitá-los assim que puder – Ela falou rindo da cara dos amigos – Agora não chorem seus idiotas, vocês vão perder a carruagem. Tomem muito cuidado lá viu? Se Gordon era um traidor, qualquer um pode ser.
- Isso, vamos indo – Maxxie deu um abraço de urso em Alex, e logo Rob se juntou ao abraço, eles foram andando em direção a carruagem quando Rob se lembrou de uma coisa e voltou correndo.
- Toma linda, o Seth ia te mandar depois que agente fosse embora – ele deu para ela uma carta, não tinha nome nem nada, só o envelope, ela assentiu com o bolo na garganta e pegou o envelope, guardou no bolso de dentro do casaco.
Rob foi embora e ela ficou olhando a carruagem até ela desaparecer no horizonte. Ela subiu para a torre de Astronomia junto com Black e abriu a carta de Seth.
Alex,
Você deve estar lendo essa carta depois da minha ida de volta para os Estados Unidos, eu realmente não sei o que vou fazer agora que eu finalmente me formei, mas eu acho que vou viajar um pouco, estudar mais um pouco. Eu só to mandando essa carta porque eu quero que você saiba que eu te amo, isso mesmo, não como amigo, como homem, é, eu nunca falei, e acho que você nunca percebeu, mas é melhor assim, você não pode viver as custas de um monstro como eu e eu sei que você não corresponde o mesmo sentimento por mim. É uma carta bem curtinha, eu só to escrevendo para que você tenha um pedacinho de mim com você para sempre, guarde essa foto com muito carinho. Eu vou voltar, você não vai se livrar de mim tão cedo. Não se preocupe com o negócio do Eu te amo, eu só queria que você soubesse, não precisa se sentir obrigada a retribuir nada, desculpe por aquele beijo ano passado, eu poderia dizer que eu sinto muito, mas eu realmente não sinto, hahaha.
Beijos do seu Seth.
Alex ficou chorando durante umas 3 horas, olhando para a foto onde ela pulava em cima de Seth e derrubava ele e os dois ficavam rindo, Alex sentada em cima da barriga dele e ele tentando fazer cócegas nela. Black tinha a cabeça deitada na coxa da menina, ele choramingava.
- Alex? – Jenny entrou na torre – Ah Alex, não fica assim - ela falou ao ver a foto na mão da amiga.
- Ele, ia ter um futuro Jen, ele queria sair e viajar pelo mundo, e eu tirei isso dele – ela falava soluçando.
- Claro que não amiga, nenhum de vocês sabia o que ia acontecer, e alem do mais, mesmo que você não estivesse lá, ele teria pegado a taça e teria o mesmo fim, você sabe disso, pare de se culpar – Jenny falava acariciando os cabelos da amiga.
Ela ficou chorando por um bom tempo, até os soluços pararem e as lágrimas cessarem.
- Vamos agora? Agente vai perder o trem se continuar aqui, eu vim pra te chamar, suas coisas provavelmente já foram – Jenny falou baixinho.
- Obrigada Jenny, você é meu anjo – ela falou abraçando a amiga.
- Você também é meu anjo de cabelo de vassoura e cara inchada – ela falou rindo.
- Nossa, agora tá pegando as tiradas do James? Daqui a pouco você pega ele mesmo – a menina riu mais parou quando viu a cara da amiga – Ok, vamos, eu preciso lavar a cara e prender esse cabelo.
Elas se dirigiram ao quarto, agora novamente delas, e Alex pode lavar a cara e prender o cabelo em um rabo de cavalo, ela sentiu a cicatriz em sua nuca e suspirou, Black que continuava ao seu lado lambeu os dedos dos pés dela como se fosse um consolo, ela deu um sorriso triste e saiu do banheiro. Ela ainda estava com as vestes listradas de Salem, a última vez que ela usaria aquelas listras com aquele símbolo, ela suspirou novamente e foi junto com Jenny e Lucy para as carruagens que as levaram para o trem.
- Aqui tá bom ó – Alex falou entrando em uma cabine vazia – Ai que saudade desse trem, só andei uma vez nele, mas foi memorável!
- Claro, você ganhou uma detenção nos primeiros 5 minutos – Louis falou rindo – E cadê a Jenny? Ela não tava atrás dagente?
- Eu acho que el... – Lucy foi interrompida por gritos.
- CALA A SUA BOCA POTTER! E ME CHAME DE LAROUSSE, EU NÃO TENHO NENHUMA INTIMIDADE COM VOCÊ PARA QUE VOCÊ ME CHAME DE JEN! – Uma Jennifer vermelha entrou pela porta do vagão e se jogou ao lado de Alex – Esse idiota vai me dar um aneurisma.
- Jen, volta aqui, não precisa ficar mais um ano inteiro me ignorando denovo, eu sei que você me quer também! – James falou entrando na cabine e se sentando no colo de Jenny, ele sorriu sedutoramente e Alex prendeu o riso. PAFT!
- ISSO É PRA VOCÊ APRENDER A NÃO SE ATREVER A SENTAR NO MEU COLO NOVAMENTE! – A menina gritou olhando para James que tateava atrás do óculos no chão da cabine.
- Nossa, eu achava que a sua cegueira iria diminuir – Alex falou tirando o óculos do menino da cara dela e entregando a ele – Ano que vem agente inventa um feitiço pra diminuir o seu grau.
- Alex? – James falou surpreso, ele engatinhou até a porta e gritou para o corredor – EI GALERA! VEM VER QUEM ESTÁ AQUI! O que você tá fazendo aqui sua pateta? – ele perguntou pulando no pescoço dela.
- Eu vou pra casa ué, em Godric's Hollow? Com a minha mãe? Com o meu cachorro – ela apontou para o animal preto sentado no banco do seu lado – E com o meu vizinho - Ela deu um grande sorriso.
- Sério?! – ele exclamou surpreso.
- É Potter, sério, agora sai da nossa cabine, sua presença nos incomoda – Jenny falou emburrada.
- ALEX?! – Joe gritou da porta, fazendo Jenny rolar os olhos e fazendo James rir e desviar de outro tapa que a menina tentou lhe dar – Você tá aqui!
- Ela vai voltar cara! – James falou empolgado.
- Ano que vem vai ser um looongo ano – Eles ouviram Nick falar atrás de Joe e ouviram Steve rindo.
- Você pode ter certeza disso Moony – Alex falou piscando um olho marotamente.
N/A: Esse capítulo foi o mais cumprido e o mais dramático até agora, eu acho que ficou uma merda, eu não tive muito tempo para revisar, então qualquer errinho ou sugestão eu agradeceria. O próximo capítulo eu já comecei a fazer e ele vai ser meio lombrado (sim, mais do que esse) então tentem prestar bem atenção nesse aqui pra não boiar no próximo. Gente, to postando minhas fic no Fanfiction.net também ( http://www.fanfiction.net/~girlinthegreenscarfpage ) pra quem preferir ler lá :D
¹Gente, minha falta de imaginação é maravilhosa, a Poção Lua é uma poção que criaram a menos de 10 anos e que deixa os lobisomens menos apáticos, o Seth no caso tomou uma boa dose, ignorando os efeitos colaterais, e não percebeu que era lua cheia.
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