Capítulo 8



Eu e Meu Melhor Amigo
Capítulo 8
 


Bem, cá estamos. Faltam apenas algumas horas para o tão esperado Baile de Natal. Já dá pra se ter uma idéia de como as coisas estão por aqui, não? Como estamos às vésperas do Baile, McGonagall está impossível. Aquela mulher precisa, urgentemente, ocupar o tempo dela com qualquer outra coisa que não seja com os alunos.


 


Não estou querendo ser bonzinho, ou ago parecido. Só quero que aquela bruxa - perdoem-me pela palavra. – velha largue do meu pé e dos outros. Nossa, ela é diretora da casa da Grifinoria, professora de Transfiguração e vice-diretora. Ela, com certeza, têm mais o que fazer do que ficar corrigindo nossas posturas.


 


Enfim, o motivo pelo qual estou tão revoltado? Simples, nosso último ensaio, foram às pioras horas da minha vida e, podem acreditar, eu já sofri muito nessa vida. Harry e Hermione são testemunhas. Mas antes que mais duvidas surjam, vou começar a relatar minha noite nem um pouco agradável. Acho que dá pra dizer que ficou um pouco pior por tê-la passado ao lado de Luna...


 


Faltavam apenas cinco minutos para que McGonagall começasse a arrancar nossas cabeças, ou seja, cinco minutos para o começo do nosso último ensaio – graças a Merlin. – Passei meu olhar pela multidão de pessoas atrás de Harry ou de Hermione, mas nenhum sinal deles. Pensando bem, já faz um tempo que não os vejo. O que será que aconteceu com eles?


 


Mas antes que qualquer conclusão fosse tirada eles apareceram risonhos e ofegantes. Aproximei-me com Luna e os cumprimentei; eles não tinham muito fôlego ainda, por isso não os enchi de perguntas, como queria ter feito. Além do fato de que as portas foram abertas antes que a nossa conversa pudesse tomar qualquer rumo.


 


Assim que as portas foram abertas um mar de alunos se encaminhou porta adentro. Nos quatro não tínhamos muita pressa, por isso fomos um dos últimos a entrar. O que a McGonagall reprovou com olhar. Nossa, aquela mulher precisa, desesperadamente, de um hobby.


 


Em poucos minutos cada um tomou seus lugares; meninas em lado e meninos do outro. Como Harry e eu tínhamos sido os últimos tivemos que nos sentar na primeira fileira. Claro que teríamos lugares à frente, quem seria louco de sentar bem a vista da professora McGonagall hoje?


 


Poucos instantes depois a sala se calou, ninguém queria testa a – minúscula. – paciência da professora. Assim o feito a mais velha começou com seu discurso que já era nosso velho conhecido; o mesmo discurso de três anos atrás. Aquele que sobre como deveríamos nos comportar como jovens civilizados e não como um bando de babuínos...


 


Então, depois de um discurso bem incentivador, começamos a dançar. Nunca pensei que ficar horas dançando fosse algo tão bom. Luna, Harry, Hermione e eu ficamos em um canto da sala para podermos conversa sem sermos criticados ou chamados a atenção.


 


- Então, quando vão falar do porque de terem chegado ofegantes de risonhos? – perguntei sem delongas.


 


- Bem... – Harry começou a falar, mas foi interrompido pela professora.


 


- Postura! Postura! – ela estava reclamando de alguém perto de nós. – Como querem dançar com elegância sem ter postura?


 


- Eu só quero sair vivo daqui. – comentei para Luna.


 


- Então, vão nos falar ou não? – Luna estava, realmente, interessada no assunto.


 


- Nós... Er... Nós estávamos...


 


- Se não quiserem falar, tudo bem. – quando falei isso percebi uma alivio imensos nas feições da Mione.


 


- Fale por você, Ronald. – não sei o que ´tava acontecendo com as mulheres hoje. – Mas eu que saber sim!


 


- Certo, certo. – concordei com ela.


 


Agora é uma parte da dança em que os cavalheiros e as damas – era assim que McGonagall nós chamava. – se separavam por alguns instantes. Ótimo para mim! Assim teria alguns segundos para poder falar com Harry. Ele teria que pelo menos se explicar.


 


- E então? – perguntei assim que vi a oportunidade?


 


- Te conto mais tarde; na torre. – assenti e segundos depois voltamos aos nossos pares.


 


O ensaio passou sem maiores complicações. McGonagall vez por outra chamava atenção de alguém casal, mas nada que fosse comparado a um metro de pergaminho do Prof.Snape. Nós quatro ficamos em nosso canto a grande maioria do tempo, só saímos quando era preciso ou quando tivemos que ensaiar a entrada.


 


- Ainda não acredito que somo os décimos sétimos.


 


- Você falou que não ligava para isso. – Luna me acusou.


 


- E não ligo. – soltou um muxoxo. – Só queria que pelo menos se lembrassem de mim.


 


- Rony, - ela colocou uma mão em meu rosto. – como podem esquecer-se de você? Você faz parte do trio de ouro de Hogwarts! Você salvou o mundo bruxo! – quando ela terminou um sorriso brotou em meu rosto.


 


- Tem razão. Não preciso ficar a vista da Profa.McGonagall para ser notado. Meu nome já esta eternizado. – beijei-a levemente nós lábios.


 


Quando pensávamos em aprofundar o beijo, a nossa querida professora solta um berro do outro lado da sala. Pelo visto alguém errou a contagem ou algo parecido... Pelas barbas de Merlin, isso era pra ser algo divertido! Algo que pelo qual gostássemos de fazer! Mas a McGonagall é uma carrasca. Pronto, falei! Ela é uma carrasca.


 


Por mais três horas tive que aturar aquela mulher... A única parte boa? Harry e Hermione receberam varias advertências. Não que estivessem dançando mal, pois, tenho que admitir, nem querendo muito eles vão conseguir. Mas como são um dos casais principais, tem que fazer tudo milimetricamente perfeito.


 


Já os casais de dez pra cima não precisavam dançar como penas, mas só apenas tentar não derrubar os outros. O que, sinceramente, alguns estavam realmente tendo problemas.


 


Enfim, passadas as três horas, fomos liberados. Com a minha barriga roncando, carreguei Luna junto comigo para o Salão Principal. Vocês não sabem o tamanho da minha raiva quando a professora nós prendeu por mais dez minutos para falar sobre nossas vestis.


 


- Como bem sabem, o Baile de Natal é um privilégio que a escola oferece aos alunos. – não sei por que, mas ela virou seu olhar para mim e Harry. – Então, nada de gracinhas.


 


- Como se eu fosse fazer algo que Fred e George fizessem. – sussurrei para Harry.


 


- Bem, acho que ela não sabe disso. – ele sorriu. – Não queremos ser a copia de alguém, certo? Então, vamos nos comportar normalmente.


 


- Acho que essa palavra não se encaixa com nossas vidas.


 


- Não mesmo, mas vamos tentar. – nossa conversa fora interrompida pela professora.


 


- Posso saber qual é o assunto, tão importante, que os senhores estão conversando que não pode esperar até serem liberados? – ela nos olhou muito feio.


 


Harry e eu apenas nos encolhemos na cadeira e calamos nossas bocas. Como se não bastasse a Minerva, tivemos que encarar a cara de indignação da Mione. Nossa, minha vida só tem mulher difíceis.


 


- Como estava falando. – retomou o raciocínio. – Não queremos que alunos sejam vistos com trajes inadequados. Então, por favor, não usem nada curto demais. – ela começou a andar pela sala. – Nem transparente demais e nada muito extravagante. – nessa hora ela parou bem na frente e lançou aquele olhar sobre mim.


 


- O que? – falei baixinho. – A culpa não foi minha. Foi a minha que comprou. – ela nem sequer me respondeu continuou a andar, até parar no centro.


 


- Bem, dado os avisos. Acho que vocês podem seguir seus caminhos. – e quando todos já estavam à porta, solta. – Lembrem-se, todos precisam estar enfrente ao salão as 20hrs! Nem um minuto a mais.


 


Todos concordamos com ela e saímos, melhor, corrermos para nos livrar dela. Já bastou as varias semanas que passamos com ela. Acho que não pode haver despedida melhor do que um Baile.


 


- Então, vamos comer? – perguntei me virando para os três.


 


- Por favor, acho que meu estomago sumiu. – Hermione falou colocando a mão sobre a barriga.


 


- Vamos logo, então! Não queremos que ninguém fique sem estomago. – Luna falou sorridente virando-se para irmos ao Salão.


 


- Luna, você sabe que isso é uma brincadeira, né? – Harry perguntou preocupado.


 


- Como assim? É claro que é verdade. Existem pessoas que perderam o estomago.


 


- Mas, nesse caso, a Mione ´tava só brincando, amor. – falei calma e carinhosamente.


 


- Tudo bem, mas depois não digam que não avisei. – Harry ia tentar falar algo, mas não deixei. Era melhor deixar tudo como estava, não queríamos ter um monologo de como perder o estomago.


 


Ainda bem que quando chegamos ao Salão Principal à grande maioria dos alunos já havia comido, ou seja, mais espaço e mais calmo. Nós quatro seguimos para a mesa da Grifinoria, já que Luna não era muito enturmada com o sétimo ano da Corvinal. Ela sentou ao meu lado e Harry em frente à Hermione.


 


Começamos a comer em silencio, o que foi um pouco estranho. Mas acho que a Mione entendeu que ninguém tinha um assunto pra falar, então ela resolveu começar uma conversa.


 


- Ansiosos para amanhã? – perguntou ainda olhando para o prato.


 


- Um pouco. – respondi.


 


- Estou com você, Ron.


 


- Sério? Não estou nem um pouco preocupada.


 


- Porque, amor?


 


- Bem, eu vi como os finguis estão se comportando e, se depender deles, tudo vai ficar bem. – ela falou com aquele ar sonhador.


 


- Vamos torcer para que eles continuem assim. – Hermione falou em um tom meio indiferente e quando notou meu olhar; lançou. – O que foi? Quero tanto quanto vocês que dê tudo certo. – tomou mais uma garfada. Bem, acho que podemos dar o assunto por encerrado.


 


- Sabe de uma coisa que a Minerva se esqueceu de comentar? – olhamos para Harry. – Sobre o jogo de domingo.


 


- Será que nem nas refeições me vejo livre disso? – a morena reclamou.


 


- Com o tempo você se acostuma. – a minha namorada é realmente única.


 


- Já era pra você ter se acostumado. Afinal, você é uma bruxa!


 


- Isso não quer dizer nada, Ronald!


 


- Se você diz, Hermione. – ela me lançou uma olhar mortal e assim; calei-me.


 


- Não sei como vocês conseguem brigar tanto. – o outro soltou. – Somos amigas há mais de sete anos e sempre estão brigando. – você até acha que ele ´tá falando sério, mas precisavam ver o sorriso que ele abriu ao falar disso.


 


- Harry, imagine se fossemos todos queridos e carinhosos, se nunca brigássemos. – Hermione falou. – Isso séria muito chato! Brigamos para sair da rotina. – finalizou sorrindo.


 


- Mas quando as brigas se tornam rotineiras... – fui interrompido.


 


- Vocês dois, quietos! – Luna quase nunca se irrita, mas quando o faz... – Ou terei que tomar medidas drásticas.


 


- O que você quer dizer... – a voz de Harry foi morrendo quando Luna lançou um olhar nem um pouco amistoso para o moreno. – Deixa pra lá. – voltou a seu prato.


 


Então voltamos a nossos pratos. Tentávamos começar uma conversa, mas anda que durasse muito. Mais alguns instantes e todos haviam terminado de comer e ficamos um encarando o outro, até que não aquentei mais.


 


- Vamos falar sobre algo ou não?


 


- Claro! Sugira algo sobre o que conversar. – pude sentir um leve tom de ironia na voz da Mione.


 


- Alguma sugestão? – olhei para Harry e Luna esperançoso; nenhum se manifestou. – Bem, o que acham de irmos para nossos salões comunais?


 


- Ótima idéia! – Harry falou com um tom de alivio. (depois terei uma conversa muito seria com ele.)


 


Claro que quero ter a mesma conversa com a Hermione, mas vou deixar para um dia que ela esteja bem calma e alegre. Assim ninguém ira precisar ir para a ala hospitalar.


 


Levantamo-nos e saímos do Salão Principal. Harry e Hermione se despediram de nos e seguiram para a torre da Grifinória. Eu fui com Luna até a da Corvinal. Claro que iria ganhar algo em tronca.


 


Normalmente nossos assuntos são bem irrelevantes, mas neta noite, nosso conversa se focou em um certo casal de morenos que ultimamente despertou a curiosidade de muitas pessoas.


 


- Acha mesmo que estão escondendo algo?


 


- Não posso afirmar, mas que eles estão estranhos; estão!


 


- Mas, pelo que me lembro, eles sempre foram bem unidos. Sempre um cuidando do outro. – Luna deu de ombros.


 


- E eu sou a pessoa mais indicada para poder falar isso. Mas nesses últimos dias, não sei. Eles estão agindo de uma maneira diferente.


 


- Eles podem estar apenas entrando no clima.


 


- Que clima? – para de andar e encarei Luna.


 


- Ah, você sabe. – ela estava gaguejando. – O clima natalino e essas coisas.


 


- Não, não sei. – aproximei-me mais da loira. – Natal nunca foi um motivo para começar a agir diferente com seus amigos. Mas não é só ela que está agindo assim.


 


- Como? – olhou-me intrigada.


 


- A Mione sempre foi meio estranho, tenho que admitir. Ginny também nunca foi muito normal. Mas as duas estão mais estranhas do que o normal. – voltamos a andar.


 


- Vai ver é toda essa história de último ano, casal de destaque. No caso da Mione.


 


- Pode ser, mas não explica a maneira como ela vem agindo quando se trata de Harry.  – dobramos mais um corredor.


 


- A Mione já esta sensível ao assunto Potter desde o começo do namoro dele com a Cho.


 


- Sempre achei que aquelas caras de desgosto fossem nada mais do que desaprovação... Mas, de uns tempos pra cá, penso que, talvez, fosse ciúmes.


 


- Ciúmes? – Luna parou de chofre. – De quem?


 


- Ora, do Harry.


 


- Não, não. A Mione nunca me falou sobre isso. – a loira sorriu amarelo.


 


- Luna, está tudo bem? – tentei me aproximar, mas ela se esquivou.


 


- ´Tá tudo ótimo. Vamos logo, estou morrendo de sono. – falou e começou a andar em passos largos até sua torre.


 


Em poucos minutos chegamos. Luna ainda estava um pouco nervosa pela conversa de antes, mesmo que tínhamos tentando começar outra. Eu não perguntei mais nada, fiquei apenas tentando puxar assunto mais não conseguir. Pelo menos agora não precisaríamos de palavras.


 


- Bem, está entregue moca. – sorri.


 


- Muita obrigada, doce homem. – ela também entrou no jogo.


 


- Sei que posso parecer um tanto grosseiro, mas tenho que lhe falar. – ela sinalizou para continuar. – Seu cadarço está desamarrado.


 


Luna me olhou com olhos incrédulos e baixou sua vista, mas antes que pudesse se abaixar para amarrar os sapatos novamente, puxei sua cintura contra a minha e colei meus lábios aos seus. O beijo começou calmo, mas quando pedi permissão para aprofundá-lo, uma avalanche de sensações me invadiram.


 


Puxei-a para mais perto de mim; seu corpo se encaixava perfeitamente no meu. Nossas línguas estavam em perfeita sincronia. Minhas mãos passeavam livremente pelas costas da loira e suas mãos arranhavam as minhas. Com o tempo o ar nos faltou e fomos obrigados a nos separar.


 


- Acho que isso é uma despedida. – falei ainda ofegante. Luna apenas sorriu.


 


- Então, boa noite! – beijou-me docemente nos lábios e entrou pela passagem.


 


Durante o caminho de volta a Torre da Grifinoria não pude deixar de pensar em como Luna agiu estranho quando comentei sobre Harry e Hermione. Eu sei que ela não é a pessoa mais normal do mundo, mas mesmo pra ela, agiu diferente. Como se estivesse escondendo algo.


 


Não sei se me reprimia por pensar isso de Luna ou se corria atrás dela par haver se conseguia arrancar qualquer coisa. Mas todo e qualquer idéia que tive foram deixadas de lado pela imagem da minha irmã carregando um sacolão preto enorme.


 


Como irmão mais velho e grande curioso que sou, não podia deixá-la passar por essa ilesa. Precisava, necessitava conferir o conteúdo do pacote. Era algo grande mais, algo que não pude controlar.


 


- Ei, Ginny! – quando soltei o grito ela tremeu. Acho que não esperava ver ninguém por aqui.


 


- Ah, oi Ron. – sorriu amarelo. Estava escondendo algo.


 


- O que ´tá fazendo andando por aqui? Há essa hora? – não comecei perguntando sobre o saco, séria óbvio demais.


 


- Desde quando você voltou a ser Monitor? – essa menina tem acido na saliva. – Lembra-se que desistiu nesse ano?


 


- Isso não foi o que perguntei. E mesmo não mais sendo monitor, sou sei irmão mais velho.


 


- Muito bem, então. – exibiu aquele sorriso falso característico. – Vou ser bem sincera agora. – respirou fundo. – Eu, realmente, não posso te falar.


 


- Certo, e eu acredito. – cruzei os braços com ar de indiferença. – Vamos, conte-me logo.


 


- Rony, é sério. – acho que ela estava contando a verdade, mas tinha que conferir. – Não posso te contar. Se o fizer, a Mione me mata. – se já estava curioso pra saber sobre o que tinha dentro do saco, com o nome de Hermione no meio, ai que me instigou ainda mais.


 


- Se tem algo haver com minha amiga, preciso saber. – tentei roubar o saco.


 


- Rony, como seu irmã mais nova e amiga da Hermione, eu ti peço, não faça isso. – ela me olhou com olhos suplicantes. – Você vai saber o que tem aqui dentro, mas só no Baile.


 


- Se vou ver amanhã, o que tem se souber antes? – ela soltou o ar cansada.


 


- Tudo bem, não vou lhe mostrar. – olhei-a intrigado. – Isso aqui é o vestido da Mi.


 


- Só isso? Pensei que fosse algo de muito maior valor. – falei tomando meu caminho para a torre.


 


Ouvi uma risada seca de Gina, ela, com certeza, pensava o oposto que eu. Nossa, eu sei que homens e mulheres têm interesses diferentes, mas tornar um vestido algo tão importante...


 


- Homens são tão tolos. – ela soltou atrás de mim.


 


- Sinceramente? Não sei mais o que pensar. – falei. – Se somos tolos, não sei o que falar das mulheres. Como pessoas podem dar tanto valor a uma peça de roupa?


 


- Não é apenas uma pesa de roupa.- ficou ao meu lado. – tomou ar. – Não sei por que estou tendo essa discussão com você.


 


- Você foi quem começou. – dei de ombros. Dobramos mais um corredor, agora teríamos que subir um lance de escada e chegaria ao Salão Comunal.


 


- Eu? – falou indignada. – Você foi quem começou tudo isso! Querendo saber o que tenho dentro deste saco.


 


- Certo, certo. – falei cansado. – Você tem razão Ginny. Não estou a fim de brigar, então lhe dou a razão.


 


- Nossa, o que aconteceu com você? – ela riu. – Só pode ter sido algo bem ruim, porque você nunca me da a vitoria.


 


- Além de termos passados horas com a adorável companhia de Minerva. – ela riu. – Temo que minha namorada e meus melhores amigos estejam escondendo algo de mim.


 


- Sempre escondemos algo de você, Ron. – ela me deu um empurrão de lado. – Mas tem uma idéia do que seja?


 


- Acho que Harry e Hermione estejam escondendo um relacionamento de mim. – meus ombros murcharam. – E acho que Luna é sua cúmplice.


 


- Mais que imaginação! – ela soltou um riso fraco. – Mas só pra te contar algo. Nem sempre contamos tudo pra você com medo de como ira reagir.


 


- Quando foi que reagi mal a uma noticia?


 


- Bem, sempre que Harry falava sobre Voldmort você estremecia e pirava. Quando Harry começou a namorar a Cho.


 


- A Mione reagiu pior!


 


- Ela é a melhor amiga dele! É estranho ter que compartilhá-lo com outra pessoa que você não tem o mínimo de afinidade.


 


- Os fins não justificam os meios.


 


- Justificam sim. – paramos em frente ao quadro da mulher gorda. – É o pensamento de um trouxa famoso. Maquiavel.


 


- Quem?


 


- Hermione me falou sobre ele.


 


- Vão entrar ou não? – a mulher gorda perguntou.


 


- Sim. – Ginny respondeu e falou a senha. Antes que conseguisse falar algo ela entrou pelo buraco; e a segui.


 


Chegando ao salão comunal avisto Harry sentado, olhando para o nada. Acho que ele estava tão absorto em seus pensamentos que nem sequer deu ouvidos aos berros de Ginny. Não sei o que ele estava pensando, mas que deveria ser algo interessante deveria.


 


- Harry. Harry. – ela falava e nada. – Harry! – ai sim ele respondeu. Depois de um berro desses.


 


- Hãn? Ah, oi Ginny. – falou acordando.


 


- Você sabe onde a Mione ´tá? – ele apenas apontou para as escadas do dormitório feminino. Gina balbuciou um “obrigada” e saiu correndo para as escadas. Só me aproximei do meu amigo quando a minha irmã tinha sumido.


 


- Algo errado? – ele negou com a cabeça. – O que você tem? Normalmente iria querer saber o que tinha dentro daquele saco preto.


 


- Que saco preto? – perguntou intrigado.


 


- O saco que Ginny estava carregando. – ele continuou me olhando e sem saber sobre que falava, deixei de lado. – O que você tem, Harry?


 


- Estou tentando colocar os pensamentos em ordem. – dei de ombros.


 


- Posso saber quais são os assuntos que lhe afligem, Sr.Potter? – o outro sorriu com a minha imitação do Prof.Snape.


 


- Sinceramente? Estou pensando no Baile.


 


- Só isso? Pensei que fosse algo de maior importância.


 


- Eu sei, mas estou preocupado.


 


- Sobre o que? – um sorriso maroto brotou em meus lábios. – Ou deve dizer “quem”?


 


- Deixe de besteiras, Ron.


 


- Vamos, sei que está escondendo algo. Quer falar sobre isso?


 


- Não agora, mas logo ira saber.


 


Começamos a conversar sobre quadribol. Afinal, tínhamos um jogo no domingo, contra a Corvinal. Não estava preocupada; nosso time não podia estar melhor. Tínhamos os melhores jogadores.


 


A Mione podia até disfarçar bem, mas que ela ficaria imensamente feliz se a Chang perdesse, ela ficaria. Nunca vi duas garotas para terem uma inimizade tão grande. E fiquem sabendo que já tivemos o prazer de conviver com a Pansy Parkison, mas com a Chang... A Hermione tem uma atenção bem especial.


 


Falando sobre quadribol, não pode deixar de imaginar a Mione montada em uma vassoura. Em qualquer posição que fosse, a imagem não deixava de ser cômica. E com a imagem em mente não pude deixar de rir.


 


- O que foi?


 


- Estou imaginando como seria ver a Mione montada em uma vassoura. – limpei uma lagrima.


 


- O desafia a falar na minha cara, Ronald. – o tom de voz que ela sou fez com que minha espinha congelasse.


 


- Mione, leve na esportiva. – tentei me livrar.


 


- Estou levando. – ela não mudou o tom de voz.


 


- Harry, uma ajudinha? – pedi quando vi que a morena se aproximava cada vez mais.


 


- Você se meteu nessa sozinho. – deu de ombros.


 


- Olha Mi, sinto muito. – falei quando ela ficou na minha frente. – Só estava brincando.


 


Depois de uns estantes ponderando sobre o assunto, ela falou:


 


- Desculpas aceitas. – ela sorriu. – E pra sua informação, aprendi a voar, recentemente. – nesse instante Harry engasgou com a própria saliva.


 


- Sério? Quem lhe ensinou? – perguntei ignorando meu amigo.


 


- Isso não vem ao caso. – sentou-se ao meu lado no sofá e soltou o ar cansada.


 


- Que foi? – Harry falou quando conseguiu se recuperar do acesso de engasgo.


 


- Estou fugindo da sua irmã, Ron. Ela ´tá me enlouquecendo!


 


- É sobre o que tem naquele saco?


 


- Você sabe o que tem dentro daquilo? – perguntou surpresa.


 


- Sim, mas antes que mate Ginny; eu a obriguei. – a Mione se acalmou mais um pouco quando falei isso.


 


- Mas você viu o que tinha dentro dele?


 


- Não, só sei que tem. – dei de ombros.


 


- Ainda bem, porque assim iria achar que Ginny tinha mostrado a todos e eu seria a última. – relaxou mais um pouco.


 


- O que tem dentro daquele saco? – Harry perguntou finalmente.


 


- Nada. – Hermione soltou.


 


- Depois te falo. – mexi meus lábios e Harry acento.


 


Ficamos conversando até ouvirmos os berros de Ginny. Hermione choramingou, mas atendeu ao chamado da amiga e se despediu de nós.


 


- Boa sorte. – falei.


 


- Obrigada. – falou e subiu as escadas.


 


- Então, fala o que tem dentro daquele saco?


 


- É o vestido da Mione pro Baile. – falei simplesmente.


 


- E você o viu? – neguei. – Nenhuma idéia de como é?


 


- Calma, homem! Amanhã você o vera! – sorri. – Agora que lhe falei algo que queria saber, fale-me algo que eu queria saber.


 


- O que quer?


 


- Sobre o que estava pensando quando cheguei ao Salão? – levantei uma das sobrancelhas.


 


- Boa Noite, Rony. – falou e levantou-se em direção as escadas.


 


- Sabe que não pode fugir de mim.


 


- Boa Noite. – falou e sumiu pelas escadas.


 


- Mais dia ou menos dia esses segredos que vocês escondem de mim vão ser revelados.


 


Fiquei alguns minutos sentado sozinho no sofá, esperando o sono chegar. Fiquei juntando alguns pensamentos e conversas de Harry e Hermione. Eles evoluíram muito ao longo de desses anos e nesse, me especial, estavam muito mais próximos que o usual. E foi juntando tudo isso que cheguei a uma conclusão.


 


- Será que...? – ponderei por mais alguns instantes. – Impossível, como pensei em algo como isso? – debochei de mim mesmo e subi para meu dormitório ainda incrédulo comigo mesmo. Como pensei em uma besteira como aquela?


 _ _ _ * _ _ _ * _ _ _

N/A: Oie!
Anos depois eu posto, não?
Primeiro de tudo: DESCULPEM-ME! Não queria ter demorado tanto, mas tudo é culpa deste maldito projeto ( ¬¬")
E segundo porque vocês não comentavam... Então, esse foi meu castigo para vocês ;D

Espero que vocês gostem desse capítulo ;D E continuem comentando! Adoro saber que estou agradando a tantos pessoa
S2 

Bjus e até o próximo! Que, por sinal, é do BAILE ;D 

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