O garoto de Dumstrang







“Gosto da noite. Sem o escuro, nunca veríamos as estrelas.”


 - Isabella Swan; Saga Crepúsculo -


 


Querido diário,


Daqui a alguns minutos eu estarei na estrada... Mais um ano em Wiztron. E, sabe, por alguma razão estúpida eu acho que esse ano vai ser diferente. Bem diferente dos outros. Não sei se a diferença vai afetar a mim ou a qualquer coisa em minha volta, mas sei que não vai ser um ano sossegado como os outros.


 


- Mikaella! - gritou a voz lá de baixo.


 


Há, essa é a Zorah me chamando. Ela é uma pessoa maravilhosa e cuida de mim desde os meus seis anos pelo que me lembro. E mesmo depois de todos esses anos eu nunca vi a Zorah como uma mãe e sim como uma irmã mais velha de aparentes vinte e poucos anos – porque na verdade ela tem 87 anos de existência, vida vampiresca – e que me deixa fazer tudo o que eu quiser – contando que nada que eu faça seja imprudente e abale minha segurança.


Nháa, e outra coisa (antes que eu me esqueça), o verão com os meus pais foram ótimos, eu só senti falta de Maryanne (ela ta na Irlanda cursando TCM)


 


- Mikaella, você vai se atrasar! – gritou Zorah mais uma vez.


- Já to indo! – respondeu Mikaella.


 


Então, essa é a minha deixa.


xo xo, Mika.


 


Ela fechou o diário de capa de veludo lilás junto com a caneta, o enfiou em sua mochila e desceu correndo as escadas da casa de vidro...


 


O carro de Zorah McFolly sacolejava com o desnivelamento da trilha da floresta que a levava para a estrada. Rebecca Baker, sua filha adotiva, estava no banco de trás. Zorah estava levando Mikaella à estação de trem de Washington. Mais um ano na escola de magia e bruxaria de Wiztron. Mikaella amadurecera bastante desde seu primeiro ano lá quando ela incendiou as cortinas azuis da Bolts. Evy, sua coruja, não parava de piar no banco de trás – Rebecca fazia de tudo para ela ficar quieta, mas ela não calava.


Ela estava ansiosa para reencontrar sua irmã, Michelly, e também seus amigos, Kyra Gambier, Isabelle Audsley, Benjamin Gordon, Thomas Guthrie, Nicholas e Nathanel Sculpper. Sua irmã mais velha, Maryanne, havia se formado e agora esta cursando Trato de Criaturas Mágicas na Irlanda.


Mikaella era francesa, mas mora em Brookings, cidade de Oregon, com Zorah McFolly desde os seus seis anos de idade. Filha biológica de Barbara Devonne e William Fox. Foi separada de sua família sem saber o por que.


 


39 d.v. Oito anos atrás... Granville, França.


Mikaella estava brincando sozinha nos grandes campos que envolvia a Mansão Fox. Era o início de um dia ensolarado e radiante. Mikaella conseguira enfeitiçar algumas borboletas, elas mudavam de cor constantemente e a seguiam onde quer que ela fosse. Ela ria, pulava e corria. Sua mãe, Barbara, não estava em casa, fora em Londres comprar os materiais mágicos de Maryanne que recebera a carta de Wiztron recentemente. Estavam todos tão orgulhosos e felizes que o assunto era só Maryanne.


Quem se deslocava muito era Michelly porque Mikaella sempre foi muito precoce. Aos três anos ela sabia fazer coisas de pequeno porte se mexer sem ao menos tocar nelas.


As borboletas que seguiam Mikaella de repente pararam. A menina ficou encarando aquela nuvem colorida pairando no ar e deu um passo a frente em direção elas. As borboletas não pareciam mais enfeitiçadas, pareciam ter vontade própria, então Mikaella as seguiu. As borboletas a guiaram para dentro da floresta que margeava os campos. Barbara sempre dissera que lá era perigoso, tinha animais selvagens e criaturas perigosas, mas Mikaella parecia tão fissurada pelas borboletas que não se importava com as tais criaturas que havia ali. E além do mais, estava de dia, a claridade e a temperatura cálida do sol formavam uma espécie de campo de força sobre Mikaella, ela não sentiria medo enquanto houvesse sol.


Houve uma hora em que ela se preocupou em olhar para trás e não viu mais a Mansão, só as árvores. A luz do sol era apenas pequenos feixes de luz que atravessavam entre as folhas. Até que o farfalhar de asas das borboletas param. Um silêncio brutal. Ouviam-se apenas passos suaves esmagando as folhas secas de outono.


- Quem está ai? – murmurou Mikaella, sua voz trêmula.


Os passos avançavam, cada vez mais perto dela. Ela olhava para os lados, mas tudo o que via eram árvores e mais árvores, e vultos.


Até que seus olhos se fixaram na sombra encapuzada que a encarava. As sombras escureciam seu rosto, ela via apenas o brilho cruel nos olhos dele.


- Quem é você? – perguntou Mikaella arfando, recuando um passo – O que você quer?


Ele sorriu.


- Você sempre faz perguntas demais, Mika – disse a voz cortês que veio da sombra.


Sua voz não era cruel tanto quanto o seu sorriso, era familiar até; e como ele sabia o seu nome? Mikaella parou de tentar recuar quando o seu corpo encontrou uma árvore. Ela engoliu em seco e continuou ali parada, por mais que quisesse correr seus pés não obedeciam.


A sombra avançou mais um passo e sorriu sacando alguma coisa que Mikaella distinguiu que fosse uma varinha e apontou para ela falando algo ilegível. Então ela sentiu uma sensação estranha. Uma sensação horrível como se estivessem deslizando a lâmina de uma faca em sua pele, mas ela não sentia a lâmina, apenas os cortes. Seu corpo escorregou flácido pelo tronco da árvore e ela caiu sentada no chão. Ela estava apavorada demais para gritar, todo o grito se acumulava em sua garganta formando um nó. Os cortes eram alteráveis, nos pulsos, nas pernas, na nuca... Ela ofegava com dificuldade.


A sombra avançou mais, agora estava bem perto dela. A última coisa que Mikaella viu foi uma luz verde muito forte que a apagou.


Depois disso Mikaella não se lembra de nada, a única coisa que ela se lembra foi de ter acordado numa estranha casa de vidro com a luz do sol ofuscando sua vista e uma mulher loura dos olhos dourados mel.


O tumulto na estação de trem era contínuo, comum. Os trouxas perambulando para lá e para cá com duas, três, cinco bagagens! Quanto mais tumulto era melhor, porque é claro que ninguém iria parar para ver se alguém deixou de atravessar a parede entre a plataforma 9 e 10. Foi a mesma cerimônia de sempre...


- Prometo sentir saudade, Mi – disse Becca dando um rápido e apertado abraço em Mikaella.


Mikaella sorriu.


- Eu vou sentir sua falta meu anjo – dizia Zorah enquanto abraçava Mikaella – Bons estudos.


- Sempre, Zorah, sempre – disse ela e depois se virou para o Expresso de Wiztron.


Antes de subir o degrau ela jogou um beijinho para Zorah e Rebecca, depois entrou. Sua mala e a gaiola de sua coruja foram no bagageiro do trem.


No corredor do trem havia bruxos e bruxas agitando suas varinhas e fazendo sair faíscas das mesmas, alguns faziam isso de implicância, outros por tentar fazer um feitiço que acabou falhando. Enquanto Mikaella tentava achar sua cabine – que era a trigésima quinta – ela dizia oi para os que já conheciam e bem-vindo para os novos alunos do primeiro ano.


Finalmente ela achou a cabine. Lá estava Michelly, Kyra e Isabelle. Ela deslizou a porta de vidro já sorrindo e elas levantaram para lhe abraçar. A saudade era tanta! Mesmo recebendo e respondendo cartas toda a semana.


- Então, como foram as férias de vocês? – perguntou Mikaella.


- Califórnia! – respondeu Kyra animada.


Por um instante Mikaella reparou no seu novo bronzeado.


- Perceptível – disse ela sorrindo.


- Londres – murmurou Michelly e Isabelle.


- E o Thomas Guthrie quer ficar com você – disse Belle para Mika.


- O quê? O Tommy? Eu nem sabia que ele beijava.


- Dizem que ele ainda é BV – disse Kyra.


- Ah, mas o Tommy nem é feio – disse Mika na defensiva.


- Mas ele também num é bonito – retrucou Michelly – E a Valen num dá muitas oportunidades para os garotos de lá.


- Só porque dizem que a Valen é para idiotas? – retrucou Mika – Eu não acho. Por exemplo... o Peter D’Gonel.


As meninas se entreolharam maliciosas. Peter D’Gonel era o capitão do time de quadribol da Valen, e por visto o mais bonito. Em Wiztron havia quatro casas e quatro times para o quadribol. As casas eram a Bolts, Valen, Astren e Forges. E cada casa tinha uma história, cada casa consagrou bruxos e bruxas honrosos.


De repente ouviu-se um sininho de longe. Devia ser a senhora simpática do carrinho de doces. E era ela mesma! Ela abriu a porta da cabine das meninas.


- Vão querer alguma coisa, queridas?


Mikaella foi a primeira a se levantar. Logo em seguida quem levantou foi Kyra.


- Eu quero uma tortinha de abóbora – pediu Mikaella.


- E eu quero uma varinha de alcaçuz – pediu Kyra.


Depois que pagaram que elas se preocuparam em oferecer as outras. Elas não recusaram. Belle e Michy se levantaram já com o dinheiro na mão. A mulher do carrinho ficou ali uns quinze minutos parada até elas decidirem tudo o que queriam. O total foi doze varinhas de alcaçuz, três tortinhas de abóbora e um bolo de caldeirão, dezesseis chicles de bola e oito sapos de chocolate.


Elas voltaram a se sentar na cabine, devorando os doces.


- Ta sabendo do aluno novo que vai entrar para o quarto ano! – cochichou Belle – Ele veio transferido de Dumstrang.


- Dumstrang? – ecoou Michy quase sem acreditar.


- Ah, ele é lindo! – exclamou Kyra.


- Como vocês sabem? – indagou Mika.


- Disseram – respondeu Belle.


- Mas como vocês sabem que ele é lindo? – insistiu Mika agora olhando para Kyra.


- Cabine trinta e dois, fofa, você não viu? – disse Kyra.


- Não, estava preocupada demais tentando me desviar das varinhas sabendo que uma delas poderia arrancar meu olho!


Michelly riu.


- Ah, esses alunos do primeiro ano!


Finalmente já estavam saindo de Washington. Wiztron ficava em uma ilha ao oeste do Mar de Beaufort. A viagem de trem demoraria umas sete horas, de barca seria cinco horas e depois uma longa estrada de terra que finalmente os levariam direto ao castelo. Belle sempre enjoava nas viagens de barca então ela aproveitava apenas o balanço pra poder dormir, se ela ficasse em pé por um minuto ela vomitaria.


As meninas ficaram em silêncio umas boas horas observando o tempo lá fora. O céu estava ficando acinzentado e as gotas de chuva começaram a cair farfalhando no vidro da janela. Estava ficando muito frio. Kyra – que estava no lado de Mika – pegou um cobertor de lã que estava bem dobrado e lavado em uma prateleira acima da porta da cabine, as duas se aninharam no cobertor. Michy e Belle fizeram o mesmo.


Mikaella tinha um baralho de bruxo, era uma boa distração. Elas mal perceberam a hora passar, mal perceberam quando chegaram. A única coisa que as alertou foi o constante movimento no corredor do trem. Elas se levantaram e se ajeitaram – elas estavam tão à-vontade que estavam com as roupas e os cabelos amassados.


Kyra e Michely foram as primeiras a sair já que estavam sentadas perto da porta, já Belle e Mika tiveram de esperar uma brecha no corredor. Kyra fez questão de parar um pouco antes da cabine trinta e dois. Michelly parecia ansiosa enquanto olhava. Um menino alto de cabelos castanhos saiu da cabine – só podia ser ele! –, seus olhos eram de um verde intenso como folhas de carvalho na primavera, as sobrancelhas eram grossas e escuras o que só destacava mais ainda seus olhos. Seus lábios se esticaram brevemente. Michelly podia jurar que aquilo era um sorriso.


Kyra a cutucou com o cotovelo.


- Ele sorriu pra mim? – perguntou Michelly ainda meio fora de orbita.


Kyra soltou um risinho.


- Cadê Belle e Mika? – disse Kyra agora com a voz agudando preocupação.


Alguns segundos depois que ela disse isso elas apareceram entre a multidão do corredor. As meninas saíram do trem e pegaram suas bagagens. Mikaella sentiu seu corpo colidir bruscamente com o de alguém.


- Cuidado para onde anda! – trovejou a voz azeda.


Mikaella não se preocupou em olhar para trás para ver quem era. Celine Hampton, sua inimiga íntima. Na verdade, elas eram super melhores amigas até o meado do segundo ano; o professor de poções, Georg Goleman, passou um trabalho em dupla: quem conseguisse chegar mais perto da perfeição da poção da memória. Bom, na verdade quem fez e atingiu a perfeição foi Mikaella, sozinha, Celine sempre dava uma desculpa dizendo que não tinha tempo. E o professor conferiu tubo por tubo para saber se ambos fizeram o trabalho. Quando chegou ao tubo de Mikaella viu que Celine mal havia tocado, então todos os pontos e todos os quinze minutos de fama foram para Mikaella. É claro que Celine ficou arrasada e colocou toda a culpa em Mika. Ela poderia ter mentido, mas não na presença do feitiço Specialis Revelio, que revela o segredo por trás de determinado objeto: quem tocou nele, quem deixou de tocar, quem fez e como fez.


Mikaella nunca aparentou abalada com o término da amizade – se fossem amizade de verdade não terminaria desse jeito –, mas Celine sempre fazia questão de fazer de tudo para acabar com a vida de Mikaella – ela ainda continua tentando, e falhando.


Eram quatro barcas e cada uma suportava uma média de 500 alunos, mas elas nunca enchiam tanto assim. Depois do esbarrão, Mikaella não viu mais a cara de Celine. Ótimo! Ela sentou num canto perto da janela, Kyra sentou-se no seu lado, logo sentou-se Michelly e Isabelle na ponta.


- Num sei como você agüenta ficar olhando lá pra fora – resmungou Belle para Mikaella com uma voz sonolenta.


- Ah, é tão lindo! – disse Mika.


O mar refletindo o céu de modo oscilante. Kyra e Michelly ainda estavam tagarelando sobre as férias, Belle já havia dormido. Mika não tinha muita coisa para falar sobre suas férias, então ela ficou ali um bom tempo só de ouvinte. Era incrível como elas não conseguiam para de falar. Depois de já algumas horas Mikaella se levantou passando por cima das pernas de Kyra, Michy e Belle.


- Eu vou ficar na sacada pra respirar um pouco de ar fresco – disse Mikaella antes de sair.


Lá fora o vento era frio, Mika estremeceu um pouco depois afagou os braços com as mãos a fim de aquecê-los. Devia voltar e pegar um suéter, mas ela não se incomodava muito com frio. A lua cheia, reluzente e perolada pairando sobre os montes.


- É uma linda noite, não acha? – disse um timbre de voz envolvente.


Mikaella se virou para ver quem era. Não conhecia aquele garoto. Os cabelos pretinhos e os olhos de um verde sólido. Talvez, por importuno do destino, ela nunca teve a chance de esbarrar com ele em Wiztron.


- É sim – respondeu Mikaella, depois elevou os olhos às estrelas –, é linda.


O garoto suspirou e foi para o seu lado. Os dois ficaram um bom tempo contemplando o céu em silêncio.


- Olha lá! – exclamou Mikaella quebrando o silêncio. Ela apontava para o céu, para uma estrela que estava andando.


O garoto olhou para a estrela sem entender, para ele era apenas uma estrela comum que estava andando.


- É a Estrela de Mortimer – explicou Mikaella – Eu li sobre ela. Ela só passa uma vez a cada cem anos! Às vezes por discórdia da astronomia ela passa duas vezes – Mikaella sorriu. – Mas é uma coisa muito, muito, muito rara.


O garoto sorriu para Mikaella. Ela adorava astronomia, achava o céu um mundo fascinante e misterioso. Ela também era apaixonada por Defesa Contra as Artes das Trevas – mais conhecida como DCAT –, Feitiços e Transfigurações.


- Deslumbrante! – disse o garoto – Mas não tanto quanto a Estrela Lasope.


Mikaella parou para encará-lo.


- Lasope?


- É – confirmou o garoto – Ela não é o tipo de estrela que qualquer um pode ver. Digamos que é um tipo de “estrela precisa” – Ele fez aspas no ar.


Mikaella tombou a cabeça pro lado e semicerrou os olhos, meio que sem entender.


- E como eu precisaria de uma estrela? – perguntou ela.


O menino projetou o lábio inferior para frente num beicinho. Era realmente uma pergunta interessante. Seus olhos vagaram, sua mente flutuou, mas ele não conseguiu nenhuma resposta convincente. Ele deu de ombros.


- Alguns a chamam de Estrela Esperança – Ele voltou a olhar nos olhos de Mikaella. – Se isso lhe diz alguma coisa...


- Isso já diz muita coisa – sussurrou ela.


O silêncio se prolongou pairando entre os dois até que a buzina ensurdecedora da barca tocou. Eles estavam na sacada de trás da barca então não viram quando chegaram.


Mikaella suspirou.


- É a minha deixa – disse ela e logo saiu para a multidão dentro da barca.


- Espere ai! – gritou o menino – Me diz o seu nome... – Mas Mikaella já havia sido engolida pela multidão.


A essa altura os guardiões já deviam ter transportado as malas para os seus devidos lugares – para suas devidas casas, nos seus devidos dormitórios, no lado de suas devidas camas.


As carroças que eram puxadas por ninguém só suportavam quatro pessoas.


- Que feitiço eles usam para as carroças andarem sozinhas? – murmurou Belle quase que para si mesma.


Michelly e Mikaella se entreolharam confusas.


- Feitiço? Eles não usam feitiço algum – disse Michelly.


- Não mesmo – confirmou Mikaella –, as carroças são puxadas pelos testrálios.


- Testrálios? O que é isso? – indagou Kyra.


Michelly pigarreou para Mikaella.


- Os testrálios só podem ser vistos por quem já presenciou a morte – explicou Mikaella.


- Ou por quem quase morreu – completou Michelly.


Mikaella assentiu devagar e sentiu que Michelly levou isso muito ao lado pessoal. Michelly a culpava por ter sido uma grande idiota e ter ido ao bosque naquele dia, simplesmente a culpava por quase ter morrido.


Já eram 21h00min quando eles chegaram ao castelo. O mesmo tumulto de sempre, os alunos do primeiro ano ansiosos para entrarem logo no castelo. Eles foram conduzidos pela entrada da frente e os antigos alunos pela entrada lateral. Mikaella esbarrou com o Benjamin no caminho para a torre de sua casa. Na sala comunal ela encontrou Nicholas e Nathanel e eles foram juntos para o Salão Principal.


Todos estavam em suas mesas, vestindo seus uniformes e já tontos com aquele banquete delicioso sem poder desfrutá-lo, só depois da cerimônia de seleção. Os uniformes de Wiztron não eram tão anormais; camisa social de botões, saia pregada xadrez para as meninas e calça comprida preta para os meninos, suéter de lã para o frio e o que desigualava as casas eram a cor das gravatas listradas, azul para a Bolts, vermelho para a Forges, verde para a Astren e laranja para a Valen.


- Será que o garoto de Dumstrang vai passar pela cerimônia de seleção? – perguntou Michelly ansiosa.


Mikaella franziu o cenho.


- Desde quando você se importa tanto com garotos?


- Ah, nada a ver, é só curiosidade.


Kyra se inclinou da sua mesa para cochichar entre Michelly e Mikaella.


- Tomara que ele vá para a Forges – disse ela.


Michy e Mika olharam para ela e viram Belle sorrindo ao lado dela.


- Bolts – retrucou Mikaella.


 


O garoto de Dumstrang não participou da cerimônia de seleção. Ele passaria por um teste, digamos assim. Os professores e, é claro, o diretor Adam Mackenzie os observariam por três dias, dependendo do seu comportamento e de suas habilidades ele seria apontado a uma casa.


 

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