Capitulo 7



***Capitulo 7 ***


 


A água incessante caia, sem cerimônia, sobre o pára – brisa.


O carro era escuro, os vidros envoltos por uma película.


O automóvel se tornava invisível na noite negra.


 


Ele saiu do banco confortável, e dois segundos ali fora, exposto a precipitação, foi o suficiente para que ele tornasse encharcado para dentro do carro.


 


A noite estava gélida daquele lado da cidade...


 


Deixou-se contemplar o azul do mar agitado, nenhum barulho podia ser ouvido, o que dava ao lugar um aspecto deprimente...


 


Afastou tais pensamentos, colocou as luvas pretas, da mesma cor de seu sobre tudo.


 


E sem mais delongas saiu do carro. Apertou os olhos para enxergar melhor, avistou a casa branca rodeada por flores e não conteve um sorriso, trancou o carro e foi em direção à mesma.


 


Arfou de cansaço, e pode ver o vapor saindo da boca, caminhou a passos largos e vagarosos até a soleira da porta, e avistou um pequeno vaso repleto de uma planta que ele sempre ‘esquecia’ o nome... Sorriu nostálgico.


 


Flash Back on


 


- Vai levar essas mesmo? São meio... Estranhas... – Ele disse, apontando para um vasinho amarelo cheio de pequenas flores, fazendo uma careta engraçada ao terminar a frase.


 


A morena Riu.


 


- Sim, por isso eu gosto tanto delas, são diferentes... Narcisos... Soa bem, não acha?


 


Ele perguntou com mesma careta -  que sempre a fazia rir.


- Narfiços?


 


- Narcisos! – Ela corrigiu...


 


- Nasdizos?


 


- Por Merlin, nem é tão difícil assim, repete comigo: N-A-R-C-I-S-O-S!


Ele se pôs a rir, já tinha entendido, obviamente, mas vê-la nervosa era impagável...


 


Ela, por sua vez, quando percebeu o objetivo dele errando propositalmente, enfureceu-se!


 


- Você é tolo mesmo né, Sr.... – Ela não pode concluir: Os lábios dele vieram ao seu encontro antes que pudesse terminar a frase.


Flash back off.


 


Esquecer não era bem a palavra... Concluiu com um sorriso.


 


A casa estava estranhamente silenciosa: Nenhum artefato trouxa ligado, ninguém ralhando com bichento, tudo na mais perfeita calmaria. E foi justamente essa falta de bagunça que o intrigou.


 


Foi então, que pela primeira vez aquela noite, uma idéia o ocorreu: E se ela não estivesse em casa?


 


O mais inteligente seria ter ido embora, ou algo do tipo...


 


Porém, ele nunca foi conhecido por sua capacidade de pensar... – A não ser no xadrez de bruxo, ah, nessa hora ele raciocinava como ninguém. Voldemort que o diga.... – E foi justamente por essa falta de lógica que ele preferiu Dar mais uma chance ao destino... Foi até as janelas, mas foi impedido de ver qualquer movimentação ali dentro: Malditas cortinas vermelhas.


 


“Humpf... Vermelhas. Eu teria escolhido uma cortina preta... Bege talvez.”


 


Já se preparava, angustiado, para ir embora quando sentiu o cheiro de café recém moído que exalava fracamente, mas ainda assim era perceptível ... Riu tolamente, e sem pensar duas vezes apertou a campainha...


 


Até que ouviu a última coisa que esperava na casa da morena...


 


E o vestígio de graça sumiu tão rapidamente quanto apareceu.


 


Ele esperava tudo: Brigas, tapas, beijos... Menos, Bem, Menos isso.


 


A voz arrastada daquele... Daquele... FILHO DE COMENSAL!


 


“- Você já pediu a pizza?”


 


Na casa dela... Na casa da SUA Hermione... Como?


 


- Cobra imunda, já se sente a vontade na casa da... Futura esposa... – Disse o ruivo, com nojo, cuspindo as próprias palavras..


 


 E pela primeira vez desde que soube do casamento ele veio a cogitar se Hermione não queria realmente se casar com o sonserino... Casar-se com o INIMIGO!


 


Até que o girar da maçaneta dourada o fez acordar do transe que se encontrava, os olhos ainda focados no chão avistaram os pés pequenos da castanha...


 


E foram subindo, vagarosamente. Até encontrar dois olhos amendoados, castanhos, o olhando de forma intrigada e abismada ao mesmo tempo...


 


Mil sentimentos difusos nos olhos da morena: ora ele percebia saudade na parte cor de mel da íris, e ora raiva na pupila negra...


 


A Castanha deu um meio sorriso fraco e incrédulo para ele...


 


- Ron? O que faz aqui?


 


Assim que Hermione fez a pergunta é que Rony percebeu a presença – muitíssimo indesejada – de um certo noivo: Um loiro, muito mais alto do que ele esperava, apareceu por trás da SUA Mione... Com um sorriso de deboche, inconfundível, era Malfoy. Podia mudar de altura, de peso, ou a quantidade de músculos... Mas a capacidade de sorrir daquele jeito ‘arrogante’, nunca, mas nunquinha mesmo, mudaria.


 


 


 *** 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.