Capitulo 4



 *** Capitulo 4 ***


 


 


- Casar?? É isso que eu ouvi? – Disse Gina Weasley aos berros.


 


- Gina...


 


- Isso é um absurdo.. Logo com quem...


 


- Gina...


 


- Você só pode estar ficando doente.. É isso – O rosto da ruiva se iluminou com essa possibilidade – Vamos me deixe ver sua temperatura...


 


- Gina...


 


- Não, não...


 


- GINEVRA WEASLEY! – Falou a castanha já irritada com todas as interrupções... – Eu e Draco vamos sim nos casar; Tudo isso porque ... – E a voz dela morreu... Ecoando ainda na própria mente “É apenas trabalho. Só trabalho... sem amor...”


 


A castanha foi tirada bruscamente dos seus pensamentos pela voz aguda e um tanto irritada de sua melhor amiga.


 


- Por que o que?


 


- Bem – Hermione fechou com força os olhos e suspirou. Teria que mentir novamente. – Fomos pegos em uma situação comprometedora e ele disse que não quer mais esconder nada. Que está na hora da gente casar e ser feliz.


 


- Assim? Tipo... assim do nada. E há quanto tempo vocês estão juntos e escondidos né?


 


- Bem..., há um tempo. Olha Gina estou cansada, há muita coisa a ser feita e não estou a fim de levar bronca por causa... por que.... aff ... Por Merlim... Estou tão confusa.


 


- Por que você o ama?  - Hermione assentiu mordendo os lábios – Por Merlim, estamos apenas há três semanas sem nos falar e você vem me dizer que esta apaixonada e vai se casar. Podia ter me contado antes... Odeio ser a última saber... Luna já sabe?


 


- Não, ainda não...


 


- Menos mal... – Olhou atentamente o rosto de sua melhor amiga, uma mulher... Com a expressão cansada, lembrou da menina que chorava por tudo antes... Ela cresceu, mas ao mesmo tempo era a mesma Hermione que inspirava cuidados alheios...  – Vem aqui Mione...


 


E puxando a amiga para um abraço disse:


 


- Vai ficar tudo bem... E convenhamos que casar com o Draco não é lá “O Sacrifício”...


 


Hermione riu como há tempos não fazia...


 


- É, ele não é tão ruim assim... A gente se gosta. Ainda está zangada comigo?


 


- Não, você sabe o que faz. Desculpa ter agido como uma inútil. Geralmente eu tento esconder meu lado idiota, mas na maioria das vezes ele é mais forte do que eu...


 


Gargalharam:


 


- A velha Gina está de volta...


 


- Velha não meu amor, por favor...


 


- Preciso contar para o Harry e para o Rony... – Estremeceu só em pensar na atitude dos melhores amigos, se Gina que sempre fora calma ficou nervosa com a notícia, imagina só Harry, ou pior ainda, Rony sempre impulsivo. Gina percebeu a preocupação no rosto da amiga.


 


- Eu falo com eles, vá descansar. Você precisa... – Disse olhando de forma acusadora as olheiras e a expressão cansada da amiga. – Eu ligo mais tarde e digo qual foi à reação deles. – Sorriu gentilmente, abraçou a amiga forte e em seguida sentiu a torrente de lágrimas que Hermione fazia de tudo para esconder, se era de alívio, tristeza ou desespero ela não soube dizer. Mas ela estava ali, presente, como sempre.


 


                                                           ***


 


- O que?? – Gritaram em uníssono Harry e Rony, demasiadamente perto do ouvido da ruiva.


 


- Falar baixo pra que, né? – Disse Gina ironicamente.


 


- Ela não pode se casar com um Malfoy –  Disse Rony mais vermelho que os próprios cabelos. Um momento depois, que mais pareceu uma eternidade, Harry se manifestou.


 


- Ela faz o que quiser Rony... - Disse esfregando freneticamente a cicatriz, hábito cultivado há anos, mesmo que não doesse mais, ela continuava ali...


 


- Ah, não acredito. Vai ficar do lado da Mione nessa loucura? Eu pensei que você estivesse tão zangado quanto eu... – Balbuciou o Ruivo.


 


- Zangado não, surpreso. Bastante surpreso! – Abraçou Gina e disse sorridente. – Poderíamos ser os padrinhos!


 


Ambos riram menos Rony, que a cada palavra ficava cada vez mais irritado.


 


- Ele não é bom pra ela. Ele nunca será bom pra ela...


 


- Ah, e quem seria bom Rony? Você? – Disse Gina de forma energética...


 


- Amor, vai devagar...


 


- Não é pra ir devagar não Harry, o Rony tem que ver que a Mione não está com ele hoje porque ele não quis. Você ficou com a Luna. Não pode exigir nada da parte dela!


 


Ele ouviu tudo pensativo. Parecia cansado.


 


- Eu e Luna terminamos, não falo o motivo por ele já ser óbvio...


 


E saiu. Deixando uma Gina e um Harry muito intrigados. Sem mais explicações.


 


                                                                       ***


- Casar com uma sangue-ruim? Você?


 


- Sim, mãe... meu pai não vai ficar orgulhoso?


 


Disse um belo loiro rindo, e se divertindo com a cara de surpresa que a mãe fazia. Um barulho de porta seguido de passos anuncia a chegada de Lucius Malfoy.


 


- É tem razão, talvez eu não fique assim tão feliz...


 


- Pai? – Disse sorrindo. Se virando para encarar o velho que parecia com pior humor e ranzinza do que o normal. – Pois é pai eu vou me casar, com Hermione Jane Granger... E nem pense em ofendê-la.


 


Franziu o cenho e apertou os punhos, de repente, com a possível ofensa que seu pai pudesse fazer. Não parecia certo ouvir mal dizeres sobre sua futura esposa. Mesmo que fosse um casamento de mentira.


 


“É estranho defender a Troux... A Grang... A Hermione! Uh, isso vai ser difícil...” Pensou ele.


 


                                                ***


 


O relógio avisava que já eram oito da noite, em um dia como outro qualquer Draco sairia do trabalho... Veria a mãe e o pai como de costume, e iria para casa... No sossego do seu lar...


 


Mas não hoje... Algo o mandava para a casa de Hermione.


 


Algo que ele não queria sentir, mas era forte.


 


Só de pensar que ficaria o fim de semana inteiro sem vê-la... Doía.


 


Sentimento mais do que novo, para ele, era inoportuno.


 


Bateu a porta do carro com força demais e ligou o som.


 


- Droga – Disse em forma de desabafo.


 


Enquanto dava a ré, para sair da garagem dos pais, ele avistou uma pasta no banco de trás do carro com grandes letras pretas que diziam “Granger, Ministério da Magia.”.


 


- Essa pasta é dela. Mas, o que está fazendo aqui afinal? Bom, não importa, o que importa é que eu tenho que devolver.


 


Sorriu. E se foi. Tinha um motivo plausível para vê-la.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.