Prólogo

 

Prólogo

 

Descíamos os últimos degraus do velho prédio, arrastando as malas de Hogwarts. Um vento gelado arranhando minhas bochechas enquanto apertava o cachecol em meu pescoço. Um tom de cinza na velha Londres, sem distinção do mundo dos trouxas para o dos bruxos. Harry tinha um olhar terrível, sombrio por trás das lentes. Normalmente te davam um aspecto seguro e corajoso, manifestador. Não hoje. Ele tinha medo de que não conseguíssemos voltar para o Natal. Tinha medo de não conseguir ver Sírius outra vez, esse era um pressentimento constante, Sírius ainda era o foragido.

Eu senti sua luva grande e grossa me puxar pelos ombros para um abraço caloroso. Eu estava chateada, mas seu abraço era irresistível, tão protetor, eu abraçara de volta.

– Por favor tome cuidado, Sírius. Não assuma forma humana fora de casa mais. – Eu pedira, suplicando pela milésima vez depois de todos os membros da Ordem. Ele sorria galanteador olhando de mim para Harry, que engolia em seco contrariado.

– Não gaste nenhuma hora preciosa em Hogwarts preocupada comigo, Hermione. – Tanto Harry quanto os Weasley e Lupin reviraram os olhos. Eu franzi achando um absurdo. – Remos nunca te contou que eu sempre fui o mais safo dos Marotos ? – Dissera ele finalizando com uma piscadela. – Tome conta dos garotos, ouviu? Não deixe Harry ficar deprimido, ele vai precisar muito de você Hermione. – Ele murmurara confidentemente.

– Há, acredite em mim, só Rony é capaz de distrair Harry.

– Não desista. Esse ano tudo está diferente. É tempo de uma nova perspectiva querida Hermione.

Desde que descobrira meus sentimentos por seu único afilhado, Sírius não parara mais de me iludir. E por mais impossível e terrível fosse aquela brincadeira, eu não conseguia fugir dela... era bom ter alguém para me incentivar ao meu sonho ridículo.

– Vou sentir sua falta Sírius. Por favor arrume um jeito de nos escrever sempre.

– Que bom que me lembrou! – Ele exclamara de repente, após se despedir,me segurando e nos atrasando mais um pouco e me estendendo um embrulho. – Isso é para você. Extraviou das Renas Cadentes do último Natal. – Ele dissera divertido. Eu estranhara aquele presente surpresa, forrado de um papel roxo marche.

– O que é?

– É um Diário. Precioso. Para você descarregar um poucos suas emoções e poder racionalizá-las.

– Como assim? ?

– A Mente e o Coração andam com muitos metros de distância entre si Hermione. Confie em mim, não existe melhor amigo que esse! Aprenda a ouvir seu coração. Escreva toda a sua dor! Te ajudará a esperar mais tranqüila. Escreva todos os dias e não se sentirá tão sozinha. – E dizendo isso me beijou na testa e me colocou dentro do carro junto de Harry e Ron despedindo-se uma última vez. – Tenham um ótimo ano letivo! Harry pare de olhar para própria cicatriz e olhe para frente do seu nariz. Vejo vocês em breve!

Desde que ele morreu, essa memória volta... e eu finalmente resolvi seguir seu conselho. Escrever...

 

Continua...

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