A pequena concorrência
Capítulo 1 - A Pequena Concorrência
Querido Diário.. É incrível eu tentar escrever aqui as memórias de uma grifinória de 16 anos.. quero dizer, quase. Eu já tentei escrever um diário várias vezes e sem sucesso, mas agora prometo me dedicar todos os dias! Hoje eu cheguei em Hogwarts, e sinceramente não sei se estou disposta a escrever pela primeira vez, pois meu primeiro dia no lugar que eu amo foi terrivelmente desconfortante.
Estava eu na estação 9 ¾ sozinha, pois minha mãe teve a brilhante idéia de ter o bebê logo hoje... mas como eu ia dizendo, estou eu lá na estação, esperando por Harry e Ron, que pareciam não chegar nunca... e não chegaram. Entrei sozinha no trem, e lá fiquei a passar a viagem sozinha. Que ódio! Mas podia piorar? Será que podia piorar? É claro que podia piorar! E piorou! Apareceu simplesmente o loiro mais insuportável e asqueroso de todo o mundo mágico: Draco Malfoy. Ou melhor... Malfoy! Surpresa: Ele estava sozinho. Surpresa maior: estava sorrindo! Surpresa maior ainda: Não começou com as palavras "Olha se não é a sangue-ruim". Pelo contrário, depois de me mostrar aquele meio sorriso canalha se sentou de frente pra mim e...
– Granger. Sozinha. É Sério?
– O que você quer Malfoy? Não me torra o saco hoje que eu não estou bem. – Eu respondia prontamente agressiva como de costume, tentando cortar seu entusiasmo. Merda ele sorriu de novo. Garoto irritante.
– E onde estão seus amiguinhos Granger? Perceberam que você não passa de uma desprezível sangue-ruim? - Eu sabia, estava demorando, é claro que aquele verme não me deixaria em paz sem uma provocação.
– Você veio aqui pra isso? Não consegue ficar um ano sem me azucrinar? Me esquece um pouco Malfoy! Ainda mais sem os seus guarda-costas por perto... Perdeu a noção do perigo, foi?- Mas o filho da mãe se deixou abater? É claro que não, me ridicularizou com sua gargalhada.
– E o que você vai fazer Granger? Me bater com um dos seus livros?
– Você acha mesmo que eu não o faria? - Disse dando meu sorriso mais maroto. Pra que? A doninha me puxou pelo pulso, me levantando junto dele, com uma cara bem ameaçadora.
– Então bate Granger, igual como você fez no terceiro ano, bate! Pois você não terá outra oportunidade melhor.
O imbecil estava mesmo me desafiando. E eu não sei qual foi o santo miserável que baixou em mim, porque eu não bati, ele tava me dando aquele rosto pra esfolar contra o asfalto e eu não o fiz... como eu sou burra! Burra não... totalmente retardada.
– Então Granger. Me bate. – A parte mais ridícula é que ele ficou me desafiando repetidamente e eu nada fiz.
– Me solta Malfoy, pois seu eu bater em você não vou medir esforços. - Eu disse com a voz mais segura que podia. E no caso, segurança não era bem o meu forte.
– To morrendo de Medo. – Ele disse quase encostando seu nariz no meu.
E meu nojo crescendo, a raiva subindo, era só um soco, um soco. Por que meu braço não me obedecia? Que diabos estava acontecendo? Ele riu mais uma vez, me soltou, com o ar mais vitorioso que já vi. Foi aí que comecei a raciocinar novamente.Parece que meu cérebro deixa o corpo quando mais preciso dele. Minha razão se desliga, e faço ou digo coisa que normalmente não diria. Eu não acredito que perdi essa chance! Babaca!
– Não te culpo Granger. As garotas realmente ficam nervosas perto de mim e se recusam a dar na minha cara com medo de acabar não resistindo. - disse ele todo cínico e eu senti minhas unhas furarem minha mão direita.
Eu não disse nada! Mas que diabos eu podia responder a ele? Ele tava certo, eu não bati nele porque fiquei nervosa, não com medo de não resistir, pois se resisto a alguma coisa direcionada a ele é a minha imensa vontade de mandar-lhe um "crucio". E só não faço isso, acredite, pra não ser expulsa de Hogwarts! Mas ultimamente tenho pensado o que vale mais a pena.
– Mas não é por isso que eu vim aqui Granger.
– Estou muito curiosa. – eu disse irônica, conseguido dizer alguma coisa depois do meu pequeno surto e burrice.
– Eu vim porque a professora Mcgonagall quer falar com a gente. Quando chegarmos em Hogwarts devemos ir direto para a sala dela.
– E por que ela mandaria você me avisar? Tem outros meios de...
– Não começa a ser paranóica, tá bom? – Ele dissera para me constranger.
Sim, é de conhecimento comum que eu sou paranóica e a visão de Draco Malfoy me convidando para uma reunião secreta antes da cerimônia de abertura na noite que Harry e Ron estão desaparecidos não me tranqüilizou nem um pouco.
– Você NÃO é Monitor-Chefe da Grifinória,logo não tem menor sentido logo você vir...
– Eu e meu pai encontramos com a professora no Ministério, ta bom? Ela me pediu pra falar com você. Quer falar com nós dois.
Macgonagal querendo falar comigo? E com o Malfoy? Não. Não cabia. Eu não cabia em nenhum assunto do qual Malfoy era protagonista, e vice-versa. O filho da mãe adivinhou meus pensamentos.
– Você deve estar pensando o que ela iria querer falar com nós dois, eu também não faço a menor idéia de que assunto envolveria um belo e charmoso Sonserino como eu e uma bizarra sangue-sujo como você.
Acho que hoje ele acordou com certas fisgadas suicidas. Acha que eu fiquei na minha? Fala sério posso ser burra, mas não idiota, taquei-lhe na parede e apontei minha varinha para seu pescoço. Ele não demonstrou medo nenhuma vez, pelo contrário havia conseguido o que queria, me irritar.
– uuuu.
– Não me provoque Malfoy. Não sabe quantas vezes poderá fazer isso.
Ele ficou me encarando por longo tempo, com aquele sorriso cínico no rosto e vitorioso. Por Merlin o pai dele era o novo diretor de Hogwarts? Por que diabos ele não parava de sorrir? Fiquei esperando sua resposta. Ele devia estar pensando em uma, porque ela não apareceu. Tudo bem sou paciente, eu esperaria, tanto porque eu lhe daria um soco e isso valeria a pena ouvir uma ofensa.
Mas a resposta não veio. Ele estava sorrindo como uma miss simpatia Trouxa. Não agüentei tive que perguntar.
– Mas do que diabos você está rindo?
– Você me ama Granger. Você realmente me ama. E ainda nem sequer percebeu isso.
– O que? Você está tomando alguma medicação?
Mas eu ia arrebentar ele. Desgraçado, abusado, verme, asqueroso, nojento, podre, filho de uma égua, estúpido, babaca, imbecil, canalha, convencido, jegue, Skeeter, Grosseiro, cínico... Já disse que ele é convencido? Acho que de alguma forma ele conseguiu ler tudo o que me veio a cabeça PORQUE O BABACA NÃO PARAVA DE RIR!
– Sabe Granger, você é estressada demais. Eu sei que deve ser torturante amar um cara lindo com eu e não ser correspondida. Não te culpo, mas desencana... Sinto muito!
– Eu vou matar você Malfoy! Sua Doninha Convencida! Eu Nunca amaria um imbecil e nojento como você! Volta para o bueiro de onde você veio!
Pronto! Soltei a franga! Lógico que eu poderia ter reagido de forma indiferente, me veio a cabeça meio segundo depois, mas não é assim como EU funciono. Sem acreditar é claro que meu braço ainda não tinha levantado até o rosto dele.Eu estava com algum tipo de paralisia?
– Eu vou te dizer uma coisa Granger.
Mas ele não disse. O trem parou e ele soltou um pequeno "deixa pra lá... sangue-ruim" e foi embora da cabine.
Você tem noção do que aconteceu? Eu passei a minha viagem com o filho da puta do Malfoy! Tudo isso por causa dos babacas do Harry e do Ron! Me pagam!
Não assisti a nomeação do chapéu seletor. Fui direto para a sala da Professora Mcgonagall. Estava com fome, zangada, preocupada com os garotos que ainda não tinham dado as caras, novamente cansada e com aquela dor de cabeça que só o inconveniente do Malfoy consegue me causar. Bati na porta e me mandaram entrar. Quem estavam lá? Harry e Ron, imbecis. Como me segurei pra não voar no pescoço deles.
– Só um minuto mis. Granger. - Disse Mcgonagall.
E os dois traidores me olharam com os sorrisinhos de todos os anos, estavam bem sujos. Tomara que tenham caído num lago de sanguessugas dentro da floresta negra, eu pensava.
–Vocês dois sabem que o que fizeram foi muito grave! - Disse Minerva Mcgonagall com seu tom "Calem a boca e escutem". Os dois apenas concordavam com tudo.
Foi quando eu pude ouvir ainda uma risadinha frouxa a cada frase dela, vinda do canto da sala atrás de mim, que meu estomago revirou novamente. Não era possível, Malfoy não! Eu já tinha me esquecido que ela queria falar com nós dois. Me recusei a virar, suspeitei seriamente do meu bom senso e não podia correr o risco de mandar o bom, maravilhoso e útil "crucio" logo ali na frente da vice-diretora.
–Vocês vieram em suas próprias vassouras, mesmo não tendo permissão para voarem sozinhos! Muito menos com essa guerra aí fora! Por melhores que tenham sido seus motivos...- O blá blá da professora durou mais 15 minutos, 15 minutos! E a velha tinha dito que era apenas 1! Eu estou desrespeitando uma professora? É incrível o efeito que o asqueroso do Malfoy tem sobre mim.
Falando no asqueroso. Esse não parava de rir e eu podia jurar que algumas risadas eram direcionadas para mim. Ô Merlin, alguém tire ele de perto de mim! Eu imploro! Sou muito nova pra ir para Azkaban! Os dois traidores saíram da sala, me dando mais risinhos. Me abandonado no ninho com a serpente. Eles vão ver o que eu vou fazer com aqueles sorrisinhos no salão comunal.
– Ah sim... Srta. Granger e Sr. Malfoy. Por favor sentem-se
Ela nos mandou sentar. Significava que não era nada grave, afinal Harry e Ron não foram convidados a sentar. Pelo menos quando cheguei estavam em pé. Acho que foi por medo da professora soltar fogo pela boca. Bem era o que ela parecia que ia fazer quando estava nervosa. Sinceramente, sempre desconfiei de que ela tivesse ligações parentescos com o Dragão que Harry enfrentou no quarto ano.
– Bem, eu os – chamei aqui porque vocês já devem saber que por causa dessa guerra rondando nosso mundo, foi proibido o uso do correio coruja. Pela própria segurança das corujas. E por isso não foi possível avisar-lhes sobre seus novos cargos. - Ela pausara. – Vocês foram nomeados monitores de suas casas. E não é só isso, vocês dois alcançaram nos últimos anos as maiores notas já vistas nos últimos 20 anos de Hogwarts, e por isso um de vocês dois poderá se tornar monitor chefe.Mas como é meio impossível decidir qual dos dois, resolvemos deixar isso por sua conta.
– Professora...Está dizendo...
– No baile de Hallowen teremos a apresentação de uma peça da qual os dois vão participar. Aquele que for melhor sucedido na peça fica com o cargo. - Minerva simplesmente estava muito séria, como se estivesse nos escalando para uma missão da Ordem da Fênix.
Eu estava ouvindo bem? Eu era monitora? Eu tinha a oportunidade de superar o Malfoy? E dar ordens a ele, castigá-lo e tudo com o apoio da diretoria do colégio? Uma felicidade me percorria pelo corpo, uma felicidade que logo foi cortada. Eu vou ter que participar de uma peça? Eu odeio aparecer. Embora ninguém acredite nisso, eu sou muito tímida! Eu não sei atuar. Eu não vou conseguir fazer isso.
Malfoy também parecia pensar nisso, mas para ele seria muito fácil. O garoto mais escandaloso e mais metido de Hogwarts, seria a coisa mais fácil do mundo pra ele. E ele percebera porque me olhou com aquele maldito sorriso vitorioso! A mas não... eu não ia deixar ele vencer assim tão fácil. Eu daria trabalho! Pois era tudo isso por uma causa nobre. Castigar e humilhar Draco Malfoy! A maior Serpente dessa escola! Vírus que deve ser aniquilado! É impressão minha ou todas as folhas desse diário estão direcionadas a ele? O babaca roubou a atenção até do meu diário!
– E tem mais uma coisa. Metade da média de vocês em História da Magia vai depender do desempenho de vocês na Peça. Ou seja: se não atuarem, repetem.
Naquele momento ela realmente tinha pegado pesado. Que absurdo! Vou repetir por não saber atuar. E eu ainda estava com a imensa vontade de atacar Malfoy com o útil "crucio". Mas eu não deixaria Mcgonagall assistindo não. Ela pegou pesado, ameaçou minha nota!
– Mas professora... - Ousei né, coitadinha, muito ingênua...
– Nada de "Mas" mis Granger. Agora voltem para o banquete, e parabéns aos dois.
Banquete? Voltem para o banquete? Que ilusão é essa de que a gente estava no banquete? A gente não, eu. Nunca me direcionarei a Malfoy quando eu estiver junto de alguma forma na mesma situação, nunca existirá "a gente". Putaquepariu que fome! Podia comer uma zebra inteira... Saí da sala. Malfoy ao meu lado!
– Então Granger...- Que mania ele tinha de começa com "Então Granger" . - Pronta para pagar o maior vexame da sua vida na frente de Hogwarts? Repetir em História da Magia e claro... Seguir todas as minhas ordens?
Eu realmente me preparava para tal em mente, mas não sei se foi impressão minha, mas acho que vi um pouco de malícia no rosto dele ao dizer as ultimas palavras. É claro que deixei escorregar minha risadinha debochada, que por sinal roubei dele. Isso não é bom!
– Malfoy... Eu não pagarei um vexame. Meus dons artísticos são bem melhores que os seus, garanto - Que mentira! Nunca consegui conter uma mentira por mais de 10 minutos que dirá 1 hora e meia de peça. Ri de novo. - Muito menos repetir em História da Magia. Malfoy... Por favor, não se iluda com a possibilidade de ser Monitor Chefe de Hogwarts, pois esse cargo já é meu.
– Está me desafiando Granger?
– Ah não. Minha vitória já é garantida, não tem graça.
– Eu não teria tanta certeza disso sangue-ruim. – Brilhei. Parei na frente dele, com o olhar mais desafiador que encontrei.
– Proponho uma aposta! Aquele que perder fará qualquer coisa que o outro mande.
– Granger! Eu sendo Monitor Chefe você já fará tudo que eu mande. - Caraca ele tinha razão, que idiota!
– Eu serei monitora chefe Malfoy!
– Bem amanhã veremos que boa atriz você NÃO é, não é mesmo? - Disse debochado.
– Mas acho que você não poderá participar da peça. Não creio que precisem de uma personagem nomeada "doninha".
– Bem pelo menos, você contribuirá para a peça, mesmo não atuando. Acho que não precisarão de uma personagem "sabe-tudo", mas com certeza usarão seu cabelo como vassoura de palco. - "Vassoura de Palco?", caraca ele realmente perdeu a noção do perigo.
– Você me paga Malfoy. - Murmurei. Que idiota, agora ele sabe que me atingira. O serpente riu.
– Nos vemos no teatro Granger!
Conclusão: Perdi a fome, vim direto para o dormitório. Esqueci de matar o Harry e o Ron, eles tem mesmo muita sorte. Além de ter que aturar o Malfoy todos os dias nas aulas, agora terei que aturá-lo todas as noites de plantão como monitor e no teatro! E ganhar o cargo de Monitora-Chefe se tornou tão importante quanto passar nos NIEM´S..
Ah, mas eu vou humilhá-lo tanto. Hahahahaha eu mereço isso! Eu mereço essa felicidade.. hahahahahahahaha Ele acha que eu amo ele! Por Merlin! Agora eu sei o bem que o gel fazia a cabeça dele, agora que não usa mais (tudo bem que ficou mais bonitinho), mas acho que assim como seus cabelos, seus neurônios também ficaram completamente soltos.. Eu apaixonada? E eu lá curto serpentes? Aquele leite azedo asqueroso e metido.. hahahahaha coitadinho, ta perdido! Ele deve ser muito mal amado mesmo, para achar que a pessoa que aparentemente mais o odeia no mundo mágico, ou seja, EU, possa querer algo com ele.
Quanto a Harry e Ron.. Ah esses vão me pagar amanhã. Agora que eu sou monitora podia lhes passar uma detenção, como lustrar os troféus de Hogwarts, para aprenderem a nunca mais me deixarem sozinha no trem de Hogwarts, arriscando passar a viagem com o asqueroso do Malfoy! As garotas entraram, vou dizer as novidades para elas e dormir. Porque parece que não fiz isso nos últimos 16 anos. É incrível o terrível efeito que Malfoy tem sobre mim.
Tive pensamentos assassinos com 4 pessoas hoje, acho que estou na TPM (Tensão Pré- Malfoy)
Continua...
Notas finais do capítulo
Aos poucos vou postando os novos trechos da fic, completando a nova versão da primeira parte da série, que eu tanto imaginava. Porque carrega a sensação que a primeira parte era meio incompleta, com muita pressa, pulando minuciosos detalhes. Esperem que gostem. x)
Comentários (3)
ja li varias vezes e não canso
2018-04-13kkkkkkkkkkkkkk amei TPM tensão pré-Malfoy, eu acho que podia ser pós-Malfoy né?Amei mesmo!!!!
2012-04-29Incrrivel sua fic, eu comecei a lê-la por indicação de uma amiaga. E não me arrependo! To amando sua fic! Bjs pra ti
2012-01-24