Capitulo 2
Eu mandei uma carta pra minha mãe, pedindo pra ela providencia uma fantasia pra mim. Sim, minha mãe tinha esse talento, quando eu era pequena, por exemplo, no Halloween ela sempre fazia uma fantasia pra mim e pra minha irmã. Mas acho que dessa vez, por estar meio em cima da hora ela vai comprar em vez fazer ela mesma.
Lene e Alice também escreveram, mas já tinha ate a fantasia em mente. Lene ia de gatinha, combinava com ela, ela é linda. Eu imagino como Sirius vai ficar ao vê-la com a fantasia, ele não admitia, assim como Lene, mas ele tinha um quedinha por ela e ela, claro que também tinha por ele. Mas ela pedira segredo e que nunca, nunca mesmo disséssemos nada, pra ninguém, e claro que nunca mesmo íamos falar. Agora Alice, ficara horas pensando em uma fantasia, e eu acabei dando uma ideia, que admito, era ate meio infantil, mas mesmo assim, ela pareceu gostar: Ela iria de Alice, a do País das Maravilhas. Vai dizer que não combina?
Estávamos discutindo as fantasias na sala comunal, na verdade a maioria das pessoas só falavam dessa tal festa. Bandas famosas, pelo menos no mundo bruxo, viriam tocar aqui, eu não conhecia nenhuma delas, mas Alice me garantiu que eram realmente boas e que eu ia amar. Foi então que chegou o Potter. Ele sempre aparecia exatamente quando eu estava de bom humor, e vinha estraga-lo.
- Oi Lírio. – disse se sentando ao meu lado, perto demais.
- Oi Potter. – disse como se estivesse com qualquer outra pessoa que não tinha contato e chegando pro lado.
- Eu não tenho nenhuma doença, sabe. – comentou, parecendo ofendido. E os amigos dele começaram a rir, assim como minhas amigas. Afinal, de que lado elas estavam?
- Não sabia. – disse com a maior ironia que consegui reunir. E eles riram ainda mais.
- Não faz isso Lily, me magoa. – ao ouvi-lo dizer isso, olhei-o, seu tom não foi de brincadeira.
- Tudo bem, me desculpe. Mas você nos interrompeu. – isso era verdade.
- Desculpe. Podem continuar... Do que estavam falando? – vi os outros garotos se sentando também.
- Não inter... – comecei, mas Marlene me cortou.
- Das fantasias. Vocês já escolheram as suas? – perguntou ela
- Ah, claro. Vou de Zorro. – disse Sirius se empertigando. Deu vontade de rir, e foi isso que eu a as meninas fizemos, assim como Remo. – Que é? Melhor que você Aluado, querendo ir...
- Eu estava brincando. – disse Remo, cortando-o.
- De que estava querendo ir, Remo? – eu tinha uma leve ideia, mas preferi perguntar.
- De lobisomen, ou algo como uma Fera. – disse ele rindo sem graça. Eu sabia do segredo dele, mas as meninas não.
Sirius riu, assim como os outros meninos, incluindo Potter.
- Ah, por que não de Fera? Acho que não deve ter ouvido falar, é um conto trouxa, eu ouvia quando era pequena, A Bela e a Fera. – eu sorri. – Pode ser a Fera, no final ele volta a ser um príncipe. Ele sempre foi um príncipe sabe – comentei ao ver a cara de confuso dele – mas foi amaldiçoado e virou uma fera, ate encontrar o verdadeiro amor.
- Parece uma história bonita. – comentou Remo, sorrindo.
- Ah, é sim. Mas pena que não é verdade... – comentei com um suspiro. – Príncipes encantados não existem.
- Qual é Lírio, Os príncipes existem, só que as princesas que não o enxergam mais. – comentou Potter. No que eu lancei um olhar fulminante a ele.
- Gostei de sua ideia, Lily, obrigado. Sabe onde posso achar uma fantasia dessa? – perguntou Remo, ignorando os olhares e as risadas dos amigos.
- Posso pedir minha mãe pra mandar. Ela comprará a minha.
- Não, eu compro.
- Depois me paga então. – sorri para ele. Dos marotos, Remo era o que eu me dava melhor, afinal ele não era metido nem bajulador, como os outros.
- Tudo bem. Obrigado ruivinha. – ele se levantou e me deu um beijo na testa. Eu sorri sem graça e vi Potter lançar um olhar fuzilante ao amigo. – Ah, relaxa Pontas, eu não to dando em cima dela, é apenas minha amiga. – e saiu da sala.
Eu suspirei, me recostando no sofá, esquecendo completamente que Potter estava ali. As aulas daquele dia estavam puxadas. Há muito eu não estava tão cansada. Assim que encostei, senti o braço de Potter em volta de meus braços.
- Potter! – disse, mas sem me desencostar.
- Sim, Lírio?
- O que pensa que esta fazendo?
- Nada... só queria te dar um pouco mais de conforto. – as meninas agora conversavam com Sirius sobre a festa, onde ele insistia em levar Lene.
- Conforto? Ah, por favor, Potter, eu estou cansada.
- Então descanse Lírio, será que pode esquecer um pouco que você tem nojo de mim, ou algo parecido? – as meninas e os meninos tentaram disfarçar, mas percebi que eles estavam prestando atenção na nossa pequena discussão.
- Não, pois sei que vai abusar. E não sinto nojo de você. – ta, falei, mas era verdade.
- Não irei abusar. Não? – e então vi um sorriso brotando de seus lábios. – Pensei que sentia...
- Se abusar... – eu não terminei. Me aconcheguei mais e fechei os olhos. Sabia que os outros estavam olhando, mas no momento não me importei. Estava descansando, e admito, ate que estava confortável.
- Com que fantasia meu Lírio vai? – ouvi a voz de James, mas não consegui falar, nem mesmo pra dizer pra ele parar de me chamar de Lírio.
- Ela ainda não tem uma. – era a voz de Alice.
- Como assim?
- Ela pediu ajuda a mãe.
- Ei, Pontas, não vai dizer pra ela ir de Lírio ne? – perguntou Sirius rindo. Senti uma súbita vontade de bater nele, mas não consegui me mexer, nem falar.
- Não. Ela já é um Lírio, não precisa de fantasia. Mas de qualquer coisa ela ficará linda. – admito que isso foi realmente fofo da parte dele.
- Já pensou que ela pode estar ouvindo? – Era Pettegrew, ele quase não falava na minha frente. E o que ele quis dizer com isso? Claro que eu estava ouvindo, que loucura.
- Não me importo. Eu digo isso a ela sempre, só que ela não ouve, não quer ouvir, seria bom se ouvisse pelo menos uma vez. – a voz dele estava perto de meu rosto. É bom que ele não abuse. – Ela é linda... – será que todos ouviram ou só eu?
Alguns minutos se passaram, todos estavam em silencio. Que isso gente, que houve? E a animação? Então ouvi uma coisa, mas estava tão longe, será que ouvi mesmo?
- Eu te amo, Lily. – era a voz de James.
E minutos depois:
- Lirio? Lírio? – abri os olhos e la estava James, mas cadê o resto do pessoal. – Desculpe te acordar, Lírio, mas achei que não ia querer dormir aqui. Eu ate te levaria, mas não da pra subirmos no dormitório de vocês.
- Eu dormi? – claro que sim, olha a voz de quando eu acordo.
- Sim, desde a hora que encostou no sofá e fechou os olhos. Achamos que você esta bem cansada. Ainda bem que teremos um folguinha. Mas acho melhor você ir dormir. – ele me ajudou a levantar.
- Obrigada. – eu estava meio perdida. – E desculpe, por te fazer ficar aqui comigo...
- Não foi nenhum problema, Lily. – ele sorriu. – Eu vou correr o risco. – eu não entendi, mas logo veio o motivo da fala. Ele me deu um beijo na bochecha e esperou pelo tapa, que eu não dei.
- Boa Noite. – disse subindo para o dormitório. Troquei de roupa, colocando o pijama e afundei na cama.
Nem eu mesma sabia porque não havia dado um tapa nele, talvez porque ele ficara comigo e me acordou pra ir dormir na minha cama, uma forma de agradecimento. Ou talvez porque... eu gostei. Não, era porque eu estava com sono. Sim era isso. Não demorou muito e eu dormi novamente, mas dessa vez sem sonhos.
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