Fumacinha
Resumo da Ópera: Nergal, Alberto e Dan estão definitivamente presos aqui! Eu e Sophie podemos sair, mas sem magia e como o indesejável número 1 da Ilha, eu duvido que eu seja capaz de sobreviver e conseguir um modo de salvá-los!/
Charles: Isso começou a acontecer só agora. Temos que investigar.
Nergal: Não podemos investigar cansados como estamos. Precisamos dormir antes de mais nada.
Nergal tentou conjurar algo, mas não conseguiu e xingou depois. Eu apenas disse:
Charles: E nós vamos investigar. Felizmente para vocês...
Eu tirei uma pequena malinha que estava pendurada no meu ombro e deixei com Nergal, continuando.
Charles: ...eu sempre carrego algumas provisões. Isso deve sustentá-los por um dia. Se formos pegos, porém, estaremos todos perdidos.
Dan: Vão. Eu tentarei usar meu machado para abrir mais o buraco.
Eu, finalmente tendo alguma atitude de um herói clássico, resolvi passar primeiro para depois ajudar Sophie a passar. Assim que ela saiu, tentei mais uma vez, do lado de fora da caverna:
Charles: Bombarda!
Agora foi pior. O feitiço nem sequer saiu da minha varinha. Tudo o que saiu foi uma ridícula fumacinha cinzenta. Sophie não conseguiu também. Uma maravilha. Éramos só nós e nossos dons contra a Organização XXI, que com seus números, não precisaria de magia, no fim das contas. Teríamos que nos mover pela ilha com cuidado e descobrir porque a magia tinha sido selada e resolver isso, tudo em um dia!
Sophie: Acalme-se, Charles... Podemos fazer isso...
Mas eu podia notar que ela tinha tanta confiança em nosso sucesso quanto eu. Olhamos em volta e percebemos onde estávamos. Nós simplesmente tínhamos ido parar no meio do Monte que eu vi quando cheguei em Valor. Palkai devia estar para baixo!
Charles: Como nós subimos?
Sophie: Não importa, não é, irmão?
Charles: Não. O importante é que temos algum senso de direção.
Dan: Acho que a rocha não vai ceder, Charles!
Charles: Vamos!
Arranquei uma folha de árvore que era enorme e a coloquei no chão Eu e Sophie nos sentamos sobre ela e então, impulsionei nossa “prancha”. Descemos o Monte até chegarmos em Palkai. Aquilo foi bem divertido, tenho que admitir. Estávamos tão rápidos, sobre uma folha gigante que ao chegarmos na cidade, não tivemos tempo de nos esconder antes que os cidadãos nos vissem.
Sophie: Que estranho... Para indesejável número 1, você até que está passando despercebido...
Olhei em volta. As pessoas estavam, inesperadamente, em pânico. Me perguntei o que seria a causa de todo aquele pandemônio, mas percebi que eles seguravam varinhas. Cada um deles.
Charles: Não é uma mera casualidade.
Me foquei na experiência que eu tive durante meus anos naquela prisão branca que chamavam de Hospital. Lembrei-me dos vários livros que eu li lá. Em um deles, era contada uma experiência em que a magia fora bloqueada em uma área... Chamaram o culpado de “Selo”.
Charles: É um Selo. Está bloqueando toda a magia na Ilha. Acho que o deixarão assim até que nos matem...
Sophie: ...ou até o desativarmos.
Charles: Sei que seu dom de percepção é melhor que o meu, assim como meu dom de controle é melhor do que o seu. Sophie, preciso que você tente detectar a fonte de todo esse bloqueio...
Sophie: Preciso me concentrar, Charles.
Charles: Tudo bem...
Ela se sentou e focou-se no bloqueio... O que ele era e de onde ele vinha, em que forma... Mas é claro, naquele instante, uma dúzia de soldados virou uma esquina e nos viu.
Que ótimo timing deles, eu pensei.
O grupo inteiro veio nos atacar quase como uma falange romana. Não me controlei e sorri: perfeito. Eu me concentrei e tive um timing quase perfeito: quando fiz o chão afundar, onze deles ficaram presos no buraco. Apenas o que eu acreditava ser o líder daquele grupo escapou, gritou alguma coisa que eu entendi como “Vou te fechar!” e veio com uma enorme lança para cima de mim.
Charles: Uma batalha? Bem, por que não?
Ele jogou a lança e eu me desviei. Correção: quase me desviei. Saí do caminho um segundo mais tarde do que eu precisava e a lança cortou meu braço. Eu pelo menos, sorri e pensei: pelo menos agora ele está sem a lança... Mas o que era aquilo: uma corrente presa naquela arma fez com que ela voltasse para a mão dele!
Charles: Em que século que vocês estão? Não vi uma arma de fogo desde que eu cheguei nessa Ilha!
O guarda debochou de mim. Eles nem sequer precisavam de armas de fogo para derrotar um jovem fraco que pensava ser mais... Ele jogou a lança de novo e eu percebi que não era o alvo dele. Mal tive tempo de tirar Sophie da trajetória quando senti aquela coisa acertando minha perna esquerda. Ele puxou a arma de volta e caí com a dor que ela causou ao sair da minha perna.
Guarda: Não acredito que um garotinho tão idiota é o indesejável número 1 de Palkai!
Aí o cara cometeu um erro, o primeiro erro naquele dia. Ele resolveu tripudiar a vitória. Ele chegou bem perto de mim e disse, olhando nos meus olhos:
Guarda: Matá-lo aqui seria bondade demais... Vou levá-lo para Gale. Hahahahaha...
Sem pensar, coloquei a minha varinha no nariz dele. Ele tripudiou um pouco mais:
Guarda: O que vai fazer? Explodir meus miolos? É impossível, moleque! O Selo de Magia impede que qualquer tentativa sua tenha sucesso!
Charles: Estupefaça!
A cabeça dele não explodiu. Ele não saiu voando. Nem sequer caiu no chão. Mas aconteceu exatamente o que eu esperava. Lembram da fumacinha ridícula? Ela surgiu DENTRO do nariz do guarda e ele a inalou, Ele se engasgou e se afastou um pouco. Excelente. Juntei todas as minhas forças e me joguei encima do guarda, colocando a minha varinha bem perto da garganta dele, pensei no momento em que descobri que tinha uma irmã e bradei:
Charles: Expecto Patronum!
Claro, não veio a luz branca, por causa do Selo de Magia. Mas uma enorme quantidade da fumacinha surgiu e desceu direto pela traquéia dele! Ele caiu no chão, sem ar. Mas eu estava com a perna ferida e sangrando... E os outros guardas pareciam ter arranjado uma forma de sair daquele buraco. Eles vieram em minha direção rapidamente e mais uma vez, pensei que estava tudo perdido.
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