Família Perfeita Não existe
Capítulo 1
Família Perfeita Não existe
Esses últimos anos tem sido os mais perfeitos. Agora sim posso dizer que a minha vida esta completa. Tenho pai, mãe, irmãos. Isso mesmo irmãos. Luan e Lílian. Luan meu irmão gêmeo e Lily com dois anos de idade. Tenho a Fernanda minha melhor amiga e filha dos melhores amigos dos meus pais. Luna e Rony. Nada poderia ser mais perfeito. Ta nem uma família é perfeita. Principalmente a minha. Acredite.
Muitas coisas mudaram desde o meu primeiro ano em Hogwarts.
Meu pai Harry James Potter se casou com minha mãe quando nós estávamos no segundo ano de Hogwarts. Perfeito. Não sei se foi porque eram meus pais se casando ou porque foi o único casamento que vi em minha vida. Ele deixou de ser professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e voltou a trabalhar no Ministério.
Minha mãe Hermione Jane Granger um ano após se casar teve Lílian. Deixou de ser professora de Aritmância em Hogwarts e voltou a trabalhar no Profeta Diário.
O tio Rony atualmente esta trabalhando com seu irmão na Gemialidades Weasley. Sim, ele largou Hogwarts depois que descobriu que Luna estava grávida. Acho que queria ficar mais perto dela, afinal, ela teve que se afastar de Hogwarts, mas acho que ela não voltará a dar aulas.
A tia Luna esta grávida de gêmeos. Ultimamente anda tendo desejos esquisitos, mas o tio Rony sempre da um jeitinho de realizá-los. Uma vez ela pediu pudim de abóbora. Eca! Nunca ouvi falar nisso. Vai ver é o que dizem... Desejos de grávida!
Fernanda minha melhor amiga. Nada seria tão perfeito se não a tivesse perto de mim. Minha confidente. Sabe tudo sobre mim. Acho até que sabe mais que minha própria família. Não sei o que seria de minha vida sem ela. Dramática não? Afastou-se um pouco de mim desde que começou a namorar. Mas nada tão sério. Devo entender suas necessidades também.
Não vou dizer que não gosto de ter uma irmã mais nova. Só não gosto quando ela fica no meu pé. Como o Luan também. Ter irmãos é bom. Mais é ruim também. Eles sempre conseguem uma maneira de me irritar. Mas apesar de tudo... Eu os amo!
Eu sou aquela menina que não gosta de quebrar as regras, mas também não gosta de cumpri-las. Hogwarts não é apenas uma escola de magia. É a escola que todos gostariam de estudar. Fantasmas andam pelos corredores. Criaturas que vocês só vêem em sonhos ou até mesmo em pesadelos.
Matérias que vocês nunca ouviram falar em suas vidas. Hogwarts com seus diversos corredores e diversas torres é mais conhecida como um castelo. Passagens nunca vistas e segredos nunca revelados.
Deixa eu me apresentar direito. Sou Melissa Potter. Tenho quinze anos, mas em poucos dias farei dezesseis. Entrarei para o sexto ano na maior escola de magia e bruxaria... Hogwarts.
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Ter uma irmã gêmea não é tão legal quanto parece. Chega uma hora que cansa. E eu já cansei. Tenho uma vida também e andar só com as meninas não estava dando muito certo. Até mesmo porque algumas “amigas” dela davam em cima de mim. Não quero ser convencido, afinal, eu só tenho olhos para a minha namorada. Ela é linda, meiga, eu poderia ficar aqui falando tudo sobre ela. Ela é PERFEITA.
Todos dizem que ninguém é perfeito. Bom, acho que se enganaram. Vocês devem estar pensando que ela poderia ter me enfeitiçado com a poção do amor. Não. Ela nunca faria isso.
Em poucos dias farei dezesseis anos e voltarei a Hogwarts. Fantástica aquela escola. Acredite. Sinto falta do quadribol.
Para ser exato falta exatamente duas semanas para voltarmos a Hogwarts. Nosso aniversario será na quinta. Não estou afim de festa nem uma e não estou nem ligando se minha irmã quer ou não. Afinal, também é meu aniversário. O que vocês querem? Minha namorada viaja e eu vou fazer festa sem ela?
Como eu disse irmãs só servem para atrapalhar sua vida. E a minha faz isso a cada dia que passa.
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Quando abri os olhos meu quarto já estava coberto pelo sol. Me espreguicei e sentei na cama fechando um pouco meus olhos que ardiam com a luz forte que entrava pela janela. Olhei para o relógio ao lado da minha cama e marcava dez horas. Passei as mãos em meus cabelos bagunçados e cocei meus olhos.
Em um pulo sai da cama. Corri para o banheiro e tomei um banho. Enrolada na toalha sai do banheiro com os cabelos molhados. Abri o guarda-roupa e peguei um short azul bem clarinho e uma regatinha branca. Rapidamente penteei meu cabelo.
Abri a porta do meu quarto e olhei pelo corredor. Ninguém acordou ainda. Sorri e liguei meu radio em uma estação qualquer. Começava a tocar uma música de um tal Roberto Carlos. Acho que era isso mesmo. Caminhei até a porta a frente do meu quarto e a abri vagarosamente. Estava descalça e assim não acordaria meu irmão.
Abri totalmente a porta e fui até meu quarto e aumentei o volume do rádio. Por incrível que parece ele não acordou. Acreditam? Peguei uma escova de cabelo voltando ao quarto de Luan e no refrão tentei cantar junto com esse Roberto Carlos.
- Além do horizonte... – cantei tão alto que me assustei. Mas Luan não acordou. Alguém deu alguma poção para ele? Eu gritando que nem uma louca e ele não mexe nem um fio de cabelo. Fui até a janela e abri a cortina deixando a luz do sol entrar o que não adiantou muito porque o sol àquela hora do dia não batia forte no quarto dele. Mas foi o suficiente para ele se mexer.
- Lá larálarálarálará... – Comecei a cantar fingindo que o pente era meu microfone.
- É melhor eu estar sonhando. – Luan sentou na cama e me lançou um olhar assassino.
- Isso é a mais pura realidade. – Sorri e voltei a cantar. – Lá nalá nilá... Ops! Errei. – Gargalhei e comecei a dançar com a música alta.
- Da para sair do meu quarto? – Ele deitou e cobriu o rosto com o cobertor. – Agora! – Ele gritou.
- E se eu não sair? – desafiei.
- Não responderei pelos meus atos. – respondeu sério e com a cabeça ainda debaixo do cobertor.
A música do Roberto já tinha acabado e começava outra. Não pensei duas vezes e sentei na cama de Luan e comecei a mexer com ele. O irritando mais.
- Vamos Luan já são dez horas. – continuei e ele descobriu a cabeça cuspindo fogo.
- Sai agora... Você me ouviu? Agora da minha cama. Ou melhor, do meu quarto se não quiser que eu pegue minha varinha e lance um AVADA em você.
- Se você fizer um feitiço fora de Hogwarts sabe muito bem que será expulso e... Terá que dar satisfações para nossa mãe.
- Melissa, eu estou falando tranquilamente com você. NÃO me faça cometer uma loucura. – ele levantou e me pegou pela cintura. – Já perdi o sono se era isso que você queria agora saia do meu quarto. – Me colocou no chão e apontou para o corredor.
- Se estão satisfeitos acabam de acordar a Lily. – Mamãe apareceu na porta com a Lily no colo. – Melissa desligue esse rádio... Agora. – Ficamos ali apenas esperando que ela fosse embora para voltarmos a discutir.
- Você acordou a todos nessa casa... Satisfeita? – ele foi até o guarda roupa e pegou sua toalha.
- Na verdade eu só queria acordar você. – sorri e deitei na cama colocando os braços cruzados atrás da minha cabeça e me deitando sobre eles.
- Já que acordou saia do meu quarto. Cansei e o dia ainda nem começou. – ele realmente estava irritado. Mas sem eu perceber, ele me lançou uma almofada que tinha em uma poltrona próximo onde ele estava. Ele lançou tão forte que bateu na minha barriga. Se ele não fosse um jogador de quadribol diria não tinha doido, mas como ele era realmente havia me machucado.
- Seu...
- A mãe de vocês já disse para pararem, não? – papai apareceu na porta com um olhar sério. – Melissa vá ajudar sua mãe. Lily acordou agitada essa manhã. – ele lançou um olhar significativo para mim e Luan.
Logo ouvimos os barulhos de seus passos serem abafados pelo corredor.
- Ótimo! Era só o que faltava. – falei para mim mesma, mais Luan ouviu. Caminhei até a porta. E olhei o corredor.
- Era só o que faltava o que? – olhei para ele e sem pensar lancei a almofada que ele havia me jogado há poucos minutos e respondi.
- Cuidar da Lily no meu aniversário. – respirei fundo e fui até a porta, mas voltei rapidamente antes que Luan entrasse no banheiro. – Estava me esquecendo. – ele estava fechando a porta quando ouviu minha voz e olhou para mim. – Feliz Aniversário. – pisquei ao ver o rosto dele ficar sério.
Fechei a porta rapidamente. Ele havia lançado novamente a almofada em minha direção. Pude ouvir o barulho da almofada batendo na porta. Sorri por não ser a porta. Afinal, minha barriga ainda estava doendo com a almofadada que ele havia me dado há poucos minutos.
Fui até meu quarto e desliguei o rádio. Respirei fundo e segui até o fim do corredor ajudar mamãe com a Lily.
**
Sai do banho com a toalha enrolada na minha cintura. Fui até o guarda roupa e peguei uma bermuda. Com esse sol quente não colocaria uma calça nem que Merlin me obrigasse.
Coloquei a bermuda e fui até a janela. Observei o céu e por uns minutos pensei que estivesse em Hogwarts, mas esses pensamentos logo sumiram quando ouvi o choro de Lily.
- Mamãe esta nos chamando para o café. – Melissa segurava Lily impacientemente tentando faze-la parar de chorar. Estiquei meus braços e peguei Lily no colo. – Ótimo. Comigo ela não para de chorar e com você ela sorri. – Melissa revirou os olhos e juntos descemos as escadas em direção a cozinha.
Eu brincava com Lily enquanto me sentava em uma das cadeiras. Melissa pareceu não gostar. Tenho que concordar que Lily não se da muito bem com Melissa.
- Acho que isso é para vocês. – Papai apareceu na cozinha com duas cartas. Poderia dizer que não sabia o que era, mas estaria mentindo.
Papai pegou a Lily e me entregou a carta. Melissa que estava ajudando mamãe correu e pegou a carta a abrindo.
- Mamãe se quiser evitar o tumulto no beco diagonal não devemos demorar em comprar o material.
- Resolvemos isso depois filha. – Disse enquanto todos se sentavam à mesa. Mamãe fez aparecer umas almofadas fazendo com que Lily ficasse na altura da mesa.
Meus olhos se arregalaram quando li a carta, não estava acreditando, reli novamente para ter certeza.
- Eu sou o novo capitão do time. – fez-se silêncio por alguns segundos até que todos sorrissem.
- Olha só o meu irmão capitão do time de quadribol. – Melissa sorriu e me jogou uma bolinha feita de panqueca.
Após meu pai dar alguns conselhos de como devo ser capitão do time de quadribol. Terminei o café e subi para meu quarto. Fechei a porta e deitei na cama olhando para o teto.
Meus pensamentos sobre o quadribol logo foram embora. Agora o que mais importava era saber quando minha namorada voltará de viajem.
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Comentários (1)
Muito engraçado esse capítulo... rindo horrores aqui, rsrsrs
2011-08-13