Sentimentos Emaranhados.
N/As: Essa shortfic, foi baseada em fatos reais. Porque nem toda historia de amor tem um final feliz.
Sentimentos emaranhados.
Andando pelas ruas e percorrendo a grande estrada da vida, eu parei. Estanquei me deparei com um muro de ilusões sem sentido, uma confusão de sentimentos e pensamentos. Parecia tão macio tão fácil de entender aquela rede de reações químicas que se desenrolavam a cada segundo, a cada minuto em que o via. Estranho pensar na formula do amor.
Pulei o muro de azar e continuei, caminhando e prestando atenção na paisagem a minha volta. Tudo tão estranho e fora de ordem, minha vida estava de cabeça para baixo. Ilusões cobriam minhas certezas cada vez mais mentirosas, eu estava enlouquecendo aos poucos. A cada vez que ele passava roubava um pedaço de mim. Um pedaço do que eu jamais tive, um pedaço de amor.
Passei a escrever minhas historia aqui e ali, pedaços de memórias que jamais tive. Flashs que eu queria desesperadamente que acontecessem. No tempo livre que tinha, eu deixava minha imaginação criar meu mundo de ilusões. A cada vez que eu fechava os olhos, inesperadamente seu rosto tocava minhas lembranças, uma cena após a outra sem intervalos como o filme de uma vida, e desejei morrer por não ser aquela a minha.
Todos os dias eu o via, obrigação, mesma escola nos obriga a esse tipo de coisa, se esbarrando em corredores, sem nunca se tocar. Apenas os olhos que se procuravam no meio da multidão e abaixavam suas cabeças para o nada. A simples vergonha de meras crianças grandes.
À noite, deitava na cama. Pensando em pensamentos cruzados, floreios, livros e imaginação se misturam, e eu acabo pensando no que eu não queria, naquele pensamente que eu tento ignorar durante o meu dia. Quando minha vista se embaça e eu tenho uma daquelas visões, dele vindo para mim. E eu rezo, olhando para a lua, que a deusa que nos reina me ajude, a superar ou a ter forças de ir ate ele. E rio da minha própria desesperança deito e dormo, noites sem sonhos.
Recomeçando a rotina de todos os dias, estudando o mesmo de sempre e vagando, me perdendo no meu caminho, aquele que eu tracei desde pequena. Pequenas partes de mim mudam, querendo vê-lo sempre e querendo me aproximar, uma verdadeira guerra interna. Eu fico cada vez mais confusa. E todas as minhas teorias e respostas para perguntas não adiantam. Não da matéria do coração na escola, eu queria livros sobre, mas todos eles metem, eu não estou apaixonada eu não amo, eu não sei, mas eu sinto alguma coisa que eu ainda não sei o nome.
Eu olho quando ele está olhando, ele ri e fala algo com os amigos. A vergonha explode no meu rosto, e eu arrumo mil mentiras para falar com ele e justificar. Do que adianta, se eu não consigo me aproximar? É tudo tão difícil, procuro em livros e mais livros. Não existe nada concreto e isso me aflige. Será que eu que tenho uma doença que ainda não foi descoberta?
Sonho agora, todas as noites. Pesadelos com o rosto dele, sempre dele. Sinto meu coração voltar a bater aos poucos, a humanidade está voltando para mim, logo agora que eu não lembrava mais como era ser, simplesmente humana.
Agora eu choro todas as noites. Encharcando todos os livros que consigo pegar ou até mesmo salgando o pelo do meu querido gato. Não posso acreditar, tudo parece tão errante a vida de repente se desfaz, a minha estrada que eu já havia construindo está apagada e eu não vejo futuro para mim, nada além do fim. E porque será que dói tanto?
Não gosto disso, não gosto desses sentimentos. É tudo tão novo, e ao mesmo tempo tão bonito e fácil, mas também sem fundamento, é tudo abstrato. Nunca fui muito de artes, e agradeço por não ter esse tipo de matéria, são incompreensível todas aquelas cores e bizarrices se transformar em minha vida. Não posso me entregar, não posso chorar, eu não quero me entregar.
As horas, os dias e as noites insones se arrastam, sem fim nem começo, vida em preto e branco e terrivelmente cinza. Crenças e teorias na qual aposto minha vida são mentirosas e verdadeiras descrenças, livros não tem mais historia todos parecem iguais e sem rumo, se perdendo no fim do infinito. A vida me levou ao trágico fim, entre o querer e o não poder.
Nem todos são corajosos, nem todos são extrovertidos, nem todos lutam por suas crenças. E eu sou assim, apenas eu mesma comigo mesma. Eu não sei quebrar barreiras. Eu..não sei. Eu simplesmente não consigo. Eu sou controversa, eu sou aquilo que eu jamais quis ser, apenas eu.
É terrível não saber o fim da historia, eu também me sinto assim, perdida quando os livros não têm fim, mas essa historia não tem fim porque não há começo, não há nada além de palavras emaranhadas na minha agonia, e para o meu desespero eu fecho aqui, o meu livro de amor.
Hermione Granger.
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