Prazer. Por Draco Malfoy

Prazer. Por Draco Malfoy



Aviso: Cenas referentes a sexo.


 


Prazer.


 


 


Quanto vale o prazer? Não acredito que se possa pagar por isso. É inacreditável o que pessoas fazem por apenas um pouco de prazer. Não pense que falo do prazer das pequenas coisas, das simples coisas, não. Prazer da carne, do sexo selvagem, das respirações ofegantes emaranhadas entre os lençóis, ou simplesmente os gritos dos espasmos no roçar dos corpos sobre o tapete, ou em qualquer outro lugar.  Isso mesmo, sexo. É disso que eu to falando.


O prazer sempre foi algo que me impulsionou, em tudo, era o que me movia. Por mais que dizem ser mentira, é a mais pura verdade. Não fui criado para ter sentimentos, também nunca tive uma família estruturada, e poucos amigos de verdade. Só tive o prazer para me guiar, e não só o carnal, mas prazer em humilhar, em ganhar, em destruir, mas o sexo era minha paixão e o que verdadeiramente me fascinava e me fazia querer sempre mais. Poucas foram às mulheres que conseguiram me satisfazer na cama, e as que conseguiram foras após longas horas de muitos orgasmos. E posso afirmar que nenhuma conseguiu me satisfazer completamente, me fazer cair na cama cansado, mas nunca aliviado por completo.


Sexo. Sexo não é apenas só um homem e uma mulher juntos, não. São corpos exalando prazer um dentro do outro, suados, cansados e em êxtase, com correntes elétricas passeando livremente pelos corpos, e luxúria em demasiada quantidade. Sexo que é só sexo e tem o prazer normal não é sexo de verdade, é só mais uma transa qualquer e quando elas acontecem são também, no meu caso mulheres qualquer. Sexo tem que dar o maior prazer possível, te deixar cansado, relaxado e no maior êxtase. Quer uma dica? Só está realmente bom quando você sentir que suas forças se esvaíram e você está tão esgotado que não agüenta nem pensar. O sexo só vai ser inesquecível quando o sono o embalar como uma criança pequena após o ato. Isso sim, é sexo.


Deve estar achando que eu sou um ninfomaníaco, um viciado e que não sobrevive sem fazer sexo sem sentir prazer por qualquer período de tempo, o que não deixa de ser verdade. Mas teve apenas uma mulher, uma única que conseguiu me deixar sem forças, completamente acabado, desabado em cima de uma cama. Eu pude ver em seus olhos que ela também estava como eu, só que ela era ainda mais forte e me perguntou se eu queria mais. Naquele momento eu tive certeza, que tinha encontrado uma parceira tão dependente como eu, e não estava apenas dependente do ato, mas dependente do prazer que ela conseguiu me proporcionar.


Os encontros se prosseguiram e continuaram cada vez mais freqüentes, em compensação estávamos cada vez mais cansados e sonolentos nas atividades diárias, mas não era motivo para pararmos. Mesmo nos dias em que ela tinha compromissos inadiáveis, eu não conseguia ir à busca de sexo com outra pessoa, o sexo com ela era algo surreal para mim e inacreditável. Eu ficava na cama, preso entre meus devaneios, a minha obsessão era tanta que eu conseguia sentir o sabor da sua pele em meus lábios, o seu toque delicado sobre meu corpo, os arrepios de quando estávamos juntos, e principalmente eu conseguia ver seus olhos ficarem opacos no seu momento ápice, quando tinha um orgasmo.


Achei que podia ser coisa da minha cabeça, todo o borbulhão de sentimentos que pareciam nascer mais e mais a cada dia que se passava a cada encontro de prazer absoluto, e eu desejava cada vez mais.  Isso nunca foi um problema para nós, os encontros às escondidas, os singelos e às vezes quentes beijos, nós tínhamos extrema discrição. Com o tempo as caricias foram aumentando devido à paixão que emanávamos talvez apenas física, mas pela minha parte não. O suor do roçar de corpos, o suor que brotava numa fina camada grudenta sobre a pele, as línguas entrelaçadas pelos beijos cada vez mais molhados e os toques em lugares ínfimos totalmente entregues ao prazer e a luxúria. Eu me sentia inexperiente, como um virgem a cada vez que fazíamos sexo.


Era sempre assim depois das batalhas verbais onde a encenação reinava nossas mentes e corpos, nos entregávamos um ao outro nos lugares mais improváveis que se possa imaginar. A cada palavra dita, a cada grito abafado, ou gemido rouco era mais um incentivo para que eu me empenhasse mais, naquela lição de sexo que ela estava me dando.


E tudo foi se confundindo, me confundindo. Eu precisava cada vez mais do corpo dela, dela por perto, a toda hora a todo o momento. Mas virou loucura, eu a queria não apenas na cama, mas sua presença em qualquer hora, em qualquer lugar. Eu precisava ver seu corpo sexy sempre, colado ou não ao meu. Suas unhas marcando meu corpo, deixando sua marca em mim, mas eu queria mais, não que apenas os seus arranhões mostrassem que eu era dela, literalmente.


A idéia de outros poderem encostarem nela a hora que quiserem, por mais simples e puro que era o gesto, me deixava louco e com raiva, ela era minha propriedade, ninguém poderia tocá-la. E não me reconfortava nem um pouco o fato de que eu só poderia demonstrar que ela era só minha, na cama. Porem guardei esse sentimento, ou desejo, estúpido para mim mesmo, no sexo me esforcei cada vez mais para mostrar a ela que eu era o melhor, que só comigo ela teria aquele sexo, o melhor sexo de sua vida.


Ela não ficava para traz, quando eu aumentava o ritmo ela me acompanhava, o sexo com ela era alucinante, às vezes nem acreditava que era com ela que eu tinha os momentos mais prazerosos de minha vida, logo ela que sempre xinguei e humilhei, mas eu que me senti humilhado, pois só ela me fazia chegar ao extremo prazer. As mãos dela quando percorriam meu corpo, me arrepiavam, me persuadiam, no mais simples toque dela eu já ficava excitado, só ela me causava isso, só a sabe-tudo, irritante e sexy da Granger.


Ao seu lado eu me sentia completo, arrisco até feliz. Sabia que a completava, e eu tinha medo de que a completasse apenas na cama, eu não queria apenas sexo, queria muito mais. Com o passar dos encontros eu fui procurando ser delicado, gentil, tentava até uma conversa ou outra, mas ela era inflexível. E usava de todos os métodos para me persuadir, e conseguia. Havia algo que emanava dela, uma fragrância própria e única, uma sedução irresistível. Eu não gostava, mas estava completamente entregue a seus desejos e vontades. Era mais forte do que eu.


No dia da nossa primeira briga, que na verdade foi mais minha do que dela, ela apenas sorria. Eu não acreditava, eu Draco Malfoy, estava me humilhando perante a alguém, a ela, pedindo e implorando para que nós nos comprometêssemos um ao outro, e ela ria abertamente, e na minha cara. O resultado de tudo aquilo foi um mês em abstinência e se eu pisasse fora da linha uma única vez ela disse, era abstinência para sempre. Eu sabia que ela sabia que eu não faria isso, ela estava me torturando, ela sabia que eu sofreria, mas ela tinha o controle.


Foi o pior mês em toda a minha vida, eu não ousaria tocar em outra pessoa, eu sabia que ninguém teria o seu sabor, o seu toque, os seus beijos, ela era única e ao fim desse mês eu havia prometido a mim mesmo, eu a teria, somente para mim. Eu não contava que os dias passassem devagar, o relógio parecia contra mim, e a cada dia, hora ou minuto que passava eu me sentia mais exasperado, e ansiava por seus braços, seu beijo, seu gosto. Chegou um momento em que eu não agüentei, em um momento de loucura eu a agarrei em meio a toda Hogwarts, a beijei com toda a fúria e desejo, meu corpo ansiava por aquilo, e desejava estar dentro dela o mais rápido possível. Eu a arrastei ainda a beijando até a sala precisa, nossas roupas foram ficando pelo caminho, enquanto todos olhavam sem entender e completamente chocados.


Não me arrependo dos meus anos de loucura junto a Hermione, mas aquela tarde foi em que eu a pedi em casamento. Entre gemidos e orgasmos, eu lhe entreguei o anel da família Malfoy, bem no momento em que eu via seus olhos ficarem opacos eu lhe fiz o pedido, e tomei o sussurro saído de seus lábios como um sim, ela gemeu meu nome e aquela era a maior prova que eu precisava.  Nunca pensei que sentiria o que eu sinto até hoje, e pensar que foi no sexo, que nos conhecemos, por motivos impensados fomos para a cama, e como ela mesmo me diz, foi amor a primeira transa.


 


Irmãs Malfoy. 

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