Decepções



Cap6: Decepções

“Weasley! Por diabos, você está atrasada!”-disse um Draco Malfoy super estressado.Podia-se ver que Draco estava estressado pois os cabelos estavam estranhamente desalinhados e a roupa estava um tanto amassada.

E andando o mais depressa possível, vinha uma Gina Weasley também esbaforida. Usava, assim como Draco, as suas melhores vestes bruxas.

Chegando perto do loiro, Gina disse calmamente:

“Me desculpe, Malfoy, mas eu me atrasei um pouquinho...”.

“Tudo bem, Weasley. Mas lembre-se. Nós precisamos disso.”-disse Draco sério. E, pela milésima vez, mexendo nos cabelos, Gina já um tanto mais alterada disse:

“Por diabos, Malfoy! Quer parar de ficar mexendo no seu cabelo? Isso já ta me deixando tonta”

Mas Draco não teve tempo de responder, pois uma moça bem bonita aparece e diz:

“Senhor Malfoy e Senhorita Weasley, por favor, entrem, o senhor Carter está a espera de vocês.”

Quem sabe mais uma outra vitória não estava a caminho?


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“Então é isso que você quer, Doutor Malfoy?”-perguntou John Carter sério. Gina e Draco estavam no espaçoso consultório do Doutor Carter. Um dos mais famosos curandeiros que já existiam. Um pouco mais velho que Draco (35 anos) ele conseguira um status enorme em toda a população bruxa: era um dos grandes do St. Mungus. Draco propositalmente o escolhera, afinal ele namorava há um bom tempo Abby Lockart e era o mais flexível dos grandes do St. Mungus.-“Não creio que será possível. Você pode ter achado essa descoberta, mas poucos bruxos iriam querer se tratar.”

“Então eu sou a minoria, Doutor?”-disse Gina se pronunciando pela primeira vez. Ela estava com um péssimo humor. Estivera acordada por um bom tempo, estivera ansiosa para essa reunião e o que recebia era um “não” deslavado? E pior, em nenhuma das hipóteses, Draco lhe permitiu que abrisse a boca, quando estava prestes a falar, ele a interrompia.-“Por que se for isso, eu realmente preciso ser internada, pois não estou batendo bem com a cabeça”.

“O que a senhorita está falando?”-disse Carter franzindo levemente a testa.

“Não me lembro de ter sido apresentada ao senhor”-disse Gina olhando feio para Draco, então estendendo a mão continuou-“Ginevra Molly Weasley, jornalista do Profeta Diário. Há um mês descobri que tenho leucemia linfóide aguda.”

Aquilo fora um baque para Carter, ele olhava para a moça a sua frente penalizado. Era um misto de pena e incredulidade. Ele abaixou os olhos e disse:

“Sinto muito, é preferível que eu diga que não é possível, do que vocês serem humilhados pelos outros conselheiros.”.

“Nós não seremos, Doutor Carter.”-disse Gina e de supetão saiu do consultório.


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“Droga! Será que ele é tão idiota de não perceber que pessoas irão morrer se esse tratamento não continuar?”-disse uma Gina estressada assim que chegou no consultório de Draco.

“Você precisa se acalmar, Weasley”-falou Draco calmo. Ele sabia que aquele atitude de Carter era bastante previsível. “Nós precisamos esfriar a cabeça e pensar numa maneira de conseguirmos o que queremos”.

Mas Gina invés de se acalmar, fitou Draco com ódio. E começou a dizer com a voz aguda:

“E você? Não deixou eu falar nem um minuto! Eu tentava de todas as maneiras participar da conversa e você? Você me cortava sem nenhuma piedade, Draco Malfoy! Quer saber? Eu deveria voltar a trabalhar, pelo menos saberei que já fiz um bem. Deixei todos informados.”-disse Gina com rispidez. Esperava ansiosamente uma resposta ácida do curandeiro, mas ele estava incrivelmente mais feliz. Parecia que o seu cérebro estava pensamento cada vez mais... Gina ainda irritada disse de supetão-“E aí? Você não vai dizer nada, não? Ah, Malfoy não tem graça eu tentando...”

“Você acabou de dizer uma verdade, Weasley.”-falou Draco lentamente.

“Ainda bem que você percebeu. Pois eu acabei de dizer que você é um idiota!”

“Não foi isso que você disse, Weasley”-falou Draco uma ponta de irritação aparecendo. “Você disse que a sua função é deixar todos informados não é?”

Gina apenas afirmou com a cabeça. Estava entendendo o que Malfoy estava tentando traduzir...

“Como é essa a sua missão. Você bem que podia voltar a escrever não é?”-disse Draco esperançoso, mas Gina não estava tão atenta como ele esperava.

“Eu estou de licença, Malfoy. Vou ficar um bom tempo sem entrevistar alguém. Mas eu conheço uma pessoa que adoraria ter uma entrevista comigo.”-disse Gina com um sorriso maroto. Sem nem pensar, saiu às pressas do consultório do loiro.


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“O que você disse, Armelina?”-disse Draco incrédulo. Armelina com toda a paciência do mundo tornou a dizer:

“Ele falou, Draco. Ele falou o seguinte”-falou a enfermeira enquanto procurava a ficha de Lucio Malfoy, quando enfim a achou leu em voz alta-“Lucio Malfoy falou: Por que não me entende! Por que não é paciente comigo? O que eu fiz...”

“Eu... quando ele disse isso, Armelina?”-falou Draco, ele parecia mais triste do que o normal.

“Há uma semana atrás”-disse Armelina e ao ver a expressão de Draco, como se ele dissesse: por que você não me falou? Armelina logo emendou-“Eu não te encontrei em lugar algum, Draco.”

“Não tem problema. Eu quero falar com ele. Acho que nesse horário ele não está dormindo não é?”

“Não. Você conhece o lugar né? Pode ir.”-disse Armelina com pesar.

Pesar, algumas pessoas sentiam isso ao saber do fim que teve Lucio Malfoy. Outras pessoas achavam que isso era pouco. Afinal, ele matou tantas pessoas não é?

Mas muitas pessoas não sabiam que ele estava lá. No St. Mungus poucas pessoas sabiam que existiam dois Malfoy’s. Um estava internado, já o outro trabalhava lá...

Draco andava com calma. Sentia que o seu pai voltava a falar de novo.

Lucio assim que foi internado no St. Mungus ainda falava. Falava pouco, não dizia respostas atravessadas, mas pelo menos respondia monossilabicamente. Apenas com Draco ele dava respostas curtas e diretas. Mas depois de algum tempo, ele simplesmente se calou. Nunca mais ninguém escutou a voz dele...

Aproximou-se calmamente do leito onde seu pai vivia. Aquilo agora era o mundo de Lucio. Abriu calmamente as cortinas e se assustou com o que viu.

Lucio tampouco estava deitado como das ultimas vezes que visitava o pai. Estava sentado. Os cabelos agora brancos estavam completamente despenteados. Estava com uma expressão cadavérica. Olhava para Draco e novamente balbuciou as mesmas palavras...

“Por que não me entende! Por que não é paciente comigo? O que eu fiz...”

Mas diferente da primeira vez, Lucio dissera com lágrimas nos olhos, aqueles mesmos olhos cinzentos que foram algum dia frios, estavam tristes... cada vez mais tristes.

Draco assustado não respondeu. Apenas segurou a mão de seu pai e disse calmamente:

“Está tudo bem agora. Você não tem o que se preocupar.”

E Lucio novamente voltou a dizer as mesmas palavras... sempre voltava na mesma frase...

Vendo que não conseguiria conversar com seu pai, Draco soltou-lhe a mão, lhe beijou a testa e simplesmente saiu.

Não pode ver que aquele homem que era o seu pai chorou.


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“Gina? Por que você quer que eu a entreviste?”-disse Rory Gilmore.

“Por que o que eu tenho que te contar é uma coisa importantíssima! E se você quer realmente subir na vida, Gilmore, essa é a melhor hora”-disse Gina com astúcia. Vendo que a mulher a sua frente estava pensativa logo concluiu que ela aceitara entrevista-la. Então continuou-“Pegue a sua pena e vamos para a cozinha”.

CONTINUA

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