Capítulo III



Eight Souls - Capítulo III:
Histórias que Começam


 


- Senhorita McKinnon e Senhor Potter – disse o professor olhando alista de chamada, olhei para o rapaz moreno ao meu lado, ele sorriu.


 


- Ora veja, eu finalmente terei a honra de trabalhar ao lado da senhorita McKinnon. –disse James Potter rindo. – A melhor aluna do curso.


 


- Não é para tanto. –sussurrei, corando.


 


O professor continuou a sortear as duplas do seminário, anotei todos os tópicos que estavam na lousa para que eu e Potter pudessemos fazer o trabalho.


 


- Começarei a chamar as duplas daqui a três semanas, portanto não percam tempo, não aceitarei trabalhos atrasados. – falou o Sr. Morrison. O sinal bateu avisando o fim das aulas.


 


O domingo havia sido como todos os outros, chato. Levantamos cedo, fomos para a lanchonete trabalhamos até as 18 horas, Josh considerava o domingo sagrado, pelo menos ás noites de domingo, que passava com sua esposa e filhos, depois Lily e eu fomos para casa, ela estava assistindo a 6ª temporada de Charmed –de novo- não que eu não gosto de Charmed, eu amo, mais já assisti todas as temporadas, então fiz o que sempre faço nas noites de domingo enquanto Lily assistia seus preciosos seriados, fui estudar.


 


- Então McKinnon, quando vamos começar nosso trabalho? – perguntou James enquanto saíamos da sala. James era um cara legal, ele é lindo, rico e popular, mas não é como os outros babacas de Dartmouth. – Você trabalha à tarde não é?


 


Suspirei.


 


- É, eu só posso à noite Potter, você se importa?


 


- Não, claro que não, onde?


 


- Pode ser em casa?


 


- Claro, só me passar o endereço. - ele disse.


 


- Ok, então. – falei anotando o endereço em um pedaço de papel. – Consegue chegar lá? –perguntei entregando o papel a ele.


 


- Sem problemas, a propósito, pode me chamar de James. – ele sorriu.


 


- Tá legal, James e pode me chamar de Marlene - sorri.


 


- E que horas eu posso aparecer? – ele perguntou.


 


-Depois das oito, a qualquer horário. –falei.


 


- Ok, até mais. – ele disse e se despediu.


 


- Até - respondi. Sai apressada para o ponto de ônibus, não que Josh fosse reclamar se eu chegasse um pouco tarde, mas mesmo assim, gosto de ser pontual.


 


Quarenta e cinco minutos depois eu desci no ponto em frente à lanchonete, entrei.


 


- Olá Josh. – falei guardando minhas coisas e entrando no banheiro para colocar o uniforme. – Lily!


 


- E ai Lene? – falou Josh – Quais são as novas?


 


- Nenhuma nada de interessante. – disse colocando o avental.


 


- Não foi o que Lily me disse, parece que seu sábado foi interessante. – falou ele rindo, sai do banheiro e o fitei, Lily estava com cara de culpada e segurava o riso.


 


- Não entendi. – falei, Lily revirou os olhos.


 


- Moreno, lindo, sexy. – ela disse, referindo-se à Sirius. Revirei os olhos e a ignorei enquanto ela e Josh riam da minha cara.


 






 


Acordei, incomodada com os raios de sol no meu rosto, olhei para o relógio 12 h 30 min. Meu Deus! Dormi muito mesmo, eu não devia ter ficado bebendo até tarde ontem, já havia saído no sábado, ontem Jenny passou aqui e fomos a um barzinho, não lembro a hora em que voltei, só me lembro da vodka e do cheiro da forte da maconha, me estiquei na cama, espreguiçando-me e – a muito custo - levantei.


 


Fui para o banheiro, me olhei no espelho, meu rosto estava péssimo, as manchas roxas das olheiras estavam profundas e meu rosto estava pálido, meus cabelos então, sem comentários, suspirei e liguei o chuveiro, a água fria me fez clarear as idéias, as minhas roupas que eram as mesmas de ontem à noite, estavam com um cheiro muito forte, joguei-as no cesto de roupas e relaxei na água fria.


 


Alguns minutos depois, sai do banho enrolada no meu roupão felpudo, enxugando os cabelos com a toalha, me troquei e desci, havia um bilhete na geladeira.


 


Querida,


Fui trabalhar, tem comida na geladeira.


Com amor.


Mamãe.


 


Sim, minha mãe era um amor de pessoa, e não, não merecia a filha que tem, sei disso, mas também sei que ela me ama do jeito que sou, e fico feliz por isso. Jason, meu irmão mais novo, estava na escola.


 


Abri a geladeira quando ouvi alguém buzinar, fui até a janela e abri a cortina, havia um  carro cinza parado em frente de casa. Fui até a porta e a abri, o motorista abaixou o vidro e pude vê-lo, Remus estava dentro do carro.


 


- Remus. – falei olhando pela janela. Ele sorriu.


 


- Boa tarde.


 


- Boa. O que faz aqui? – perguntei.


 


- Eu sei que já está tarde, mas vim na esperança de que você ainda não tenha almoçado. –ele falou.


 


- Por que?


 


- Por que, quero te convidar para almoçar. – ele disse. Sorri.


 


- Vou pegar minha bolsa, e trancar a casa. – falei sorrindo.


 


Subi para o meu quarto, corri para o banheiro e apliquei um pouco de blush no rosto, minha cara estava péssima, e não, eu não queria que Remus me visse assim, coloquei uma sapatilha estilo bailarina e peguei minha bolsa, sai e tranquei a porta, fui para o carro, Remus já estava abrindo a porta para mim.


 


- Obrigada. – falei.


 


- Não por isso, estou apenas sendo cavalheiro.


 


Remus deu a partida, percebi que assim como eu, ele também estava pálido, muito pálido e com olheiras, por incrivel que parece mais profundas do que as minhas.


 


- Então, tudo bem com você? – perguntei.


 


Ele sorriu e respondeu: - Tudo ótimo, melhor agora.


 


Senti meu rosto corar, ainda bem que eu havia passado blush, pelo menos ele não ia perceber que estava corada.


 


- E você como passou o fim de semana? – perguntou ele.


 


- Bem também, mas tem certeza, que está tudo certo, você está pálido. – falei, não quis ser rude, nem nada, mas ele parecia mal, mesmo.


 


- Foi só uma noite difícil. – ele disse e sorriu.


 


- Então aonde vamos?


 


- Você já vai ver. –ele disse.


 


- Me conta. –pedi.


 


- Surpresa. – ele falou e depois naõ disse mais nada. Que coisa.


 






 


- Estou falando Claire, roxo com certeza não é a sua cor. – disse Emmeline ao celular. – Não o lilás também não, e nenhuma variação de roxo, esqueça.


 


Emmeline andava pelo shopping, distraída, enquanto falava ao celular, faz duas horas que estamos aqui, ela entrando e saindo das lojas carregando sacolas e mais sacolas, na verdade ela apenas compra, quem carrega sou eu, para variar, eu ainda me perguntou por que aceitei esse emprego.


 


- Faz o seguinte Claire, passa em casa depois daí decidimos qual vestido você vai usar, estou ocupada agora, então bye bye amiga, beijinhos. – disse Emmeline.


 


Ocupada, ela? Ta, vou fingir que acredito, a única coisa que essa garota sabe fazer é gastar dinheiro, só.


 


Ela se virou para mim e disse:


 


- Quer saber, cansei, vamos para casa. - ela deu meia volta e foi para a porta.


 


Mimada.


 


Estávamos passando pelo estacionamento quando ela parou e ficou olhando para um ponto fixo, fui para o seu lado, pensando no que ela teria visto, será que havia alguém tentando roubá-la de novo, fiquei em alerta, foi então que percebi que ela olhava para uma criança, um menino que estava sentado no chão, todo sujo e com a roupa rasgada, ele estendia as pequeninas mãos para as pessoas, na esperança que alguém lhe desse algo, ele estava com fome, era visível.


 


Emmeline respirou fundo e caminhou até a criança, se abaixou e passou a mão pelo rosto do pequeno.


 


- Qual seu nome querido? – perguntou ela.


 


- Cole – respondeu o menino tímido.


 


- E quanto anos você tem?


 


- Seis.


 


- Onde estão seus pais? – perguntei colocando as sacolas no chão e me abaixando também.


 


- Eu não tenho pais, senhor. – ele respondeu , Emmeline olhou para mim.


 


- Leve essas coisas para o carro. – disse ela. – E você venha comigo, você parece faminto vamos comer algo. – ela falou pegando-o no colo.


 


Levei as sacolas para o carro, enquanto Emmeline seguia com Cole para dentro do shopping, segui-os rapidamente, fomos para a praça de alimentação onde ela fez o pedido.


 


- Por que você estava lá fora sozinho querido? – ela perguntou.


 


- Não tenho casa, moça, fico sempre pelas ruas. – ele disse mais uma vez tímido. Vi os olhos de Emmeline ficar marejados, um garçom trouxe o pedido colocando-o na mesa, havia de tudo, lanches, sucos, doces, Cole olhava para a bandeja com os olhos vidrados.


 


- Pode comer Cole. – eu disse a ele. – É tudo para você.


 


- Para mim? – perguntou ele boquiaberto.


 


- Sim.


 


- Obrigada. – ele sorriu e começou a comer. Algum tempo depois, saimos do shopping novamente.


 


- Satisfeito? – perguntou Emmeline.


 


- Muito moça, obrigado. –ele disse. Emmeline riu.


 


- Pode me chamar de Emmeline.


 


- Cole onde você mora? – perguntei. O sorriso de covinhas de Cole desapareceu.


 


- Como eu disse, não tenho casa moço, fico por ai, aliás, já vou indo. – ele disse olhando para o céu. – Parece que vai chover, vou ver se arrumo algum abrigo, obrigado de novo, vocês são uns anjos. - ele falou, Cole abraçou Emmeline e depositou um beijo em seu rosto, me abraçou e saiu correndo, Emmeline caiu no choro.


 


- Calma shiiu, calma. – falei abraçando-a.


 


- Eu gostaria tanto de poder levá-lo para casa, mas papai me mataria. – ela falou chorando.


 


- Eu sei. – falei, na verdade eu estava muito impressionado com sua atitude, nunca imaginei que uma garota como ela pudesse ter uma atitude tão bonita assim, o que ela fez por Cole hoje não tem preço.


 


- Vamos, está na hora de voltar para casa. – falei levando-a para o carro. Levei-a de volta para a mansão.


 


- Obrigada. – ela respondeu pegando as sacolas de compras. – Pode deixar, eu assumo daqui.


 


- Então até amanhã. – falei entrando no carro.


 


- Até. – ela sorriu.


 


Dei a partida, mas ao invés de pegar o caminho de casa, fui para o shopping, a chuva embaçava minha visão, mas não tive dúvidas, quando vi o pequeno encolhido contra uma parede, tentando em vão se proteger da chuva. Parei o carro e corri até ele.


 


- Cole. – chamei.


 


- Moço? O que faz aqui? – ele perguntou.


 


-Venha comigo, vou te levar para casa. – gritei tentando fazer com que ele me ouvisse, o céu parecia que ia desabar.


 


- Mas, eu não tenho casa.


 


- Para a minha, não vou deixá-lo aqui na chuva, venha. – Cole hesitou um pouco, mas correu para o carro. Dei a partida e fui para casa.


 


- Obrigada, de novo. – ele disse entrando.


 


- Não precisa agradecer, tem um banheiro lá em cima, tome um banho quente.


 


- Mas eu não tenho outra roupa moço.


 


- Deixa isso comigo, eu arrumo, e pode me chamar de Edgar.


 


- Ok, Edgar. – ele sorriu e foi para o banheiro.


 


Depois de alguns minutos Cole desceu para a sala, ele vestia as roupas do meu irmão mais novo. Preparei alguns sanduíches e levei para ele.


 


- Ele é muito bonito. – falou Cole brincando com Zeus.


 


- É um ótimo amigo. Hey Cole, gosta de futebol?


 


- Amo, os Yankes são os melhores. – sorri, tomei um gole da minha cerveja, enquanto Cole tomava seu refrigerante e comia o sanduíche.


 


- Então, acho que vamos nos dar bem. – falei e ele sorriu, um sorriso de covinhas.


 






 


 Olhei-me no espelho mais uma vez, a camisa preta estava perfeita, e meus cabelos penteados. Sorri, peguei as chaves do carro e tranquei a porta, tirei meu carro da garagem e sai, o dia em Nova York está ensolarado, o que é de estranhar já que a previsão era de chuva, dirigi tranquilamente, sem me importar com os loucos que passavam rasgando por mim, acordei de bom humor e estou disposto a ficar com ele.


 


Quase meia hora depois, cheguei ao meu destino, lanchonete Mr. Johnson. Estacionei o carro na vaga reservada para os clientes e entrei logo a vi no balcão atendendo sorridente um dos clientes. Seu sorriso ficou ainda maior quando ela me viu.


 


- Olá. – falei sorrindo.


 


- Oi. – ela respondeu


 


- Tudo bem?


 


- Tudo. – ela sorriu de novo. – Em que posso ajudar?


 


- Hum, um café preto, bem forte. – falei sentando-me no banquinho.


 


- É pra já. – ela falou e começou a fazer o café.


 


- Então, quais são seus planos para hoje à noite. – perguntei fingindo não estar interessado.


 


- Estudar, tenho um trabalho da faculdade para fazer. – falou ela.


 


- Faculdade? Interessante, o que você faz? – perguntei curioso.


 


- Direito.


 


- Uau, isso é interessante.


 


- Sou apaixonada por isso.


 


- Qual área pretende seguir?


 


- Familiar, quero ser juíza.


 


- Nossa! Boa sorte. – desejei.


 


- Obrigada. – disse ela sorrindo.


 


 Tomei meu café enquanto ela atendia outros clientes, ela era tão linda, os cabelos negros presos em um rabo de cavalo alto como da outra vez que a vi, a blusa branca estava impecavel junto com uma calça preta, justa.


 


- Olha só quem apareceu de novo. – falou a ruiva parando ao meu lado.


 


- Lily, não é? – perguntei.


 


- Aham, Sirius, certo?


 


- É.


 


- Mas então, saboreando mais um dos cafés de Marlene? – perguntou ela sorrindo.


 


- Sou viciado em café, e que culpa eu tenho que sua amiga faz o melhor café preto da cidade? – perguntei rindo.


 


- Nenhuma. Marlene realmente conquista corações com esse café. – ela disse rindo. – Agora se me der licença Senhor Black, o dever me chama. – falou ela piscando. – Até mais.


 


- Até.


 


Depois de terminar meu café, esperei um pouco, até Marlene se desocupar.


 


- Então, eu acho que já vou.- falei. – Foi um prazer revê-la.


 


- O prazer foi meu Sirius. – ela sorriu.


 


- O que vai fazer no sábado a noite?


 


- Trabalhar. – ela disse num suspiro. – A outra garçonete está de licença, Lily e eu não teremos folga por enquanto.


 


- É uma pena. – falei.


 


Me despedi e fui embora, mas eu voltaria, no dia seguinte com certeza.


 






 


- É sério, verdade. – falei, enquanto ela ria.


 


- Coitado do gato. – falou ela. – Não acredito que você quis colocá-lo no microondas.


 


- Estou te falando, sorte minha mãe ter aparecido antes que eu o fizesse. – falei.


 


- Você é mesmo doido Remus. – ela riu de novo.


 


- Eu sei.


 


 Estavamos num pequeno restaurante italiano, Dorcas e eu conversavamos tranquilamente, enquanto comíamos.


 


- Mas, então como acordou no domingo? – perguntei tomando um gole de água.


 


- Hum? – ela perguntou sem entender.


 


- Quando te deixei em casa no sábado, você estava péssima. – falei rindo.


 


- Ah, acordei um pouco zonza. – ela falou – Mas fiquei bem.


 


- Encontrou sua amiga?


 


- Sim, Jenny apareceu em casa, depois sai com uns amigos.


 


- Outra balada?


 


- Sim, tenho o direito de me divertir. – ela disse.


 


- Bom, se beber e fumar é seu conceito de diversão. – falei.


 


- Ah, por favor, Remus. – ela pediu. – Você é legal demais, não me faça te detestar.


 


- Não quero que me deteste Dorcas, só quero que entenda, a vida é preciosa demais. – falei.


 


- Mesmo? Por que ninguém, nunca, me sentir que ela o fosse. – falou ela um pouco irritada.


 


- É irônico não, você ai jogando a sua vida fora, enquanto eu luto para manter a minha. -disse olhando dentro de seus olhos. Sim eu estava irritado, e decidi contar a verdade para ela.


 


- Como? – ela perguntou confusa.


 


- Você tem uma vida saudável, e muitas oportunidades, mas ao invés de aproveitá-las, não. – falei – Você simplesmente a joga fora dessa forma, Dorcas.


 


- Isso eu entendi, ok, mas por que luta por sua vida? – ela perguntou.


 


- Por que eu estou morrendo. – falei calmo. – Tenho leucemia.


 


 Ela abriu e fechou a boca algumas vezes antes de finalmente falar.


 


- Eu sinto muito. – ela sussurrou.


 


- Não sinta. – falei


 


- Quanto tempo faz? – perguntou ela.


 


- Descobri faz dois anos. – respondi. – Desde então tenho feito os tratamentos, não que eu ache que mudara alguma coisa, mas minha mãe insiste.


 


Terminamos de almoçar e eu a levei para casa me despedi e fui dar uma volta no parque, precisava de ar fresco.






 


 Era oito e cinco quando cheguei ao apartamento de Marlene, toquei a campainha e esperei. Uma garota ruiva e de olhos extremamente verdes atendeu.


 


- Pois não? – perguntou ela, com voz doce.


 


- Ah, Marlene está?


 


- Sim, você dever ser o colega de classe dela não é? – ela perguntou e eu assenti. – Por favor, entre, ela está no quarto.


 


 Entrei no apartamento, era médio e muito em arrumado, havia uma gata siamesa grande e gorda esparramada no sofá.


 


- Sou Lílian Evans, muito prazer. – a garota disse.


 


- James Potter, e o prazer é meu. – sorri.


 


- Lily, quem era... – ouvi Marlene falar. – James!


 


- Oi.


 


- Olá, tudo bom? – ela perguntou me cumprimentando.


 


- Tudo ótimo. – falei.


 


- Ah, vejo que já conheceu a Lily. – ela disse sorrindo.


 


- Acabei de conhecer.


 


- Bom, eu vou deixar vocês estudando, estarei no meu quarto se precisarem de algo. – falou a ruiva sorrindo e se retirando.


 


- Então, mãos a obra. – falou Marlene.


 


 Passou cerca de uma hora que estávamos estudando quando ouvi a ruiva falar do quarto.


 


- Acredite Leo, o Chris é o seu filho.


 


 Olhei para Marlene que começou a rir.


 


- Lily, é apaixonada pela série Charmed, é a terceira vez que ela assiste a sexta temporada. – ela explicou.


 


- Ah. – falei e voltei minha atenção ao trabalho.


 


 Vi Lílian passar para a cozinha, ela é uma garota muito bonita, os cabelos vermelhos caiam pelas costas soltos e leves.


 


- Meninos, eu estou morrendo de fome, vão ficar ai, ou se juntaram a mim? – perguntou ela aparecendo na sala.


 


- Janta com a gente James? – perguntou Marlene.


 


- Claro. – respondi.


 


- Você vai gostar, Lily cozinha como ninguém. – ela falou.


 


- Isso mesmo, eu cozinho, e vocês me ajudam, não vou fazer tudo sozinha. – ela falou e eu ri, fomos para a cozinha.


 


- Em que posso ajudar? – perguntei.


 


- Sabe cozinhar? – perguntou a ruiva.


 


- Na verdade não, mas posso aprender.


 


- Não precisa James, apenas sente-se e observe. – falou Marlene.


 


- É isso ai, não quero nenhum desastre aqui. – falou a ruiva rindo.


 


Revirei os olhos.


 


- Sério, me deixem ajudar, posso cortar os legumes. – falei.


 


- Mesmo?


 


- Mesmo.


 


- Ok, então. – disse a ruiva me passando os legumes e uma faca.


 


 Depois de mais ou menos uma hora, nós estávamos sentados na mesa da cozinha saboreando um delicioso jantar preparado pela ruiva.


 


- É sério, isso aqui está uma delicia. – falei comendo mais um pouco.


 


- Nós percebemos James. – falou Marlene rindo.


 


- Sério, se você comer mais um pouco você vai explodir. – Lílian falou cutucando minha barriga com a ponta do dedo.


 


- Acho melhor não fazer isso. – falei depois de engolir, ela começou a rir, um riso perfeito.


 


 Depois do jantar Marlene lavou a louça, enquanto eu enxugava e Lílian guardava, eu e Marlene terminamos nosso trabalho e eu fui embora, ainda pensando em como Lílian ficava linda descalça de shorts jeans e cozinhando.


 






 


 Eu estava deitada na minha cama, a chuva cai pesadamente lá fora, eu não estava conseguindo dormir, olhei para o relógio 23:30, ainda estava cedo para dormir, mas eu não queria fazer mais nada. Meu celular tocou, peguei-o no criado mudo e olhei para o visor.


 


Edgar Bones chamando...


 


- Alô – atendi.


 


- Oi. – ele falou.


 


- Oi.


 


- Você esta melhor? – perguntou ele.


 


- Sim, embora ainda esteja pensando em Cole. – falei baixo. – Fico imaginando onde ele está agora, se está bem.


 


- Ele está bem. – falou ele com convicção.


 


- Como você sabe? - perguntei.


 


- Por que ele está comigo. – ele falou. Respirei fundo.


 


- Como?


 


- Eu não poderia deixá-lo lá sozinho, então o trouxe para minha casa. – falou ele, suspirei aliviada.


 


- Isso é tão bom. – falei sorrindo de leve.


 


- Fiquei surpreso com seu gesto hoje Emmeline. – ele confessou.


 


- Mesmo?


 


- Uhum, nunca pensei que a veria fazer uma coisa assim. – ele disse


 


- Não é por que o meu pai é rico, e eu tenho tudo o que eu quero que eu veja o mundo através de lentes cor de rosa. – falei brava. – Eu sei como é o mundo em que vivo.


 


 Ele riu, e percebi como o seu riso era bom de ouvir.


 


- Eu sei, agora eu sei. – ele falou. – Bom, eu só liguei para saber como você estava, tenha uma boa noite senhorita Vance. – ele falou, reprimi uma careta.


 


- Boa noite. – falei desligando o telefone, deitei a cabeça no travesseiro, respirando aliviada.






 


n/a: Finalmente o capítulo três, me perdoem a demora galera, é que sabe como é  a faculdade consome, e eu não estava muito criativa para escrever, então...


Enfim, espero que gostem e comentem.


 


Beijos, Talita.


 


n/b: Desculpa, desculpa vezes mil. Eu estava totalmente isolada do mundo ao meu redor sem internet. Então nem vi que a tu tinhas mandado o capítulo. Bom, e me deixe dizer que ele está incrível. Eu sei que sou suspeita, mas ele está. E está enorme também. A Emme e o Edgar não são fofos? Dorcas continua jogando a vida fora. Sirius safado. Lily e James Best couple ever.


 


That’s all girls, xoxo.


 


Michelle (aka: Gossip Girl)

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