inimaginaveis revelações



-Como está se sentindo, querida?
-Ah... bem, eu acho...
Molly Weasley conduziu-a para fora da cozinha, em direção a um banheiro, onde a garota tomou um longo banho, vestiu o pijama, e saiu em direção ao quarto, onde Molly terminava de colocar uma grande xícara e uma bandeja com alguns bolinhos de aparência muito boa.
Ela entrou na cama, e cobriu-se. Molly sentou-se na beirada da cama, e as duas começaram uma conversa, que foi interrompida pela chegada de Dumbledore.
Ele sentou-se onde Molly estava, e pediu que ela fechasse a porta ao sair.
Sem mais rodeios, encarou a garota e falou:
-Eu preciso explicar o que aconteceu, ou você já entendeu a sua importância?
-Hum... Eu acho que é porque eu sou sua neta... E o senhor é o grande mago... –Laura estava meio sem graça, e sentiu que precisava explica - Eu ganhei livros dos meus pais... Com o nome Harry Potter... Mas pelo visto, o nome é fantasia.. Não há nenhum Harry Potter, certo?
-Errado. –respondeu Dumbledore –existe sim um Harry Potter, você é que não o conhece ainda, e vai conhecê-lo só daqui a muito tempo.
Ela ficou surpresa, mas apenas sorriu.
-eu mandei os livros para você, queria que você soubesse alguma coisa da sua verdadeira identidade.. E pelo o que vejo, sabe muito.... Seus falsos pais me disseram que você lia muito essas historias... E ainda formulava teorias... Sei também que você achava estranho ninguém mais conhecer uma historia tão fascinante...
Laura descobriu que mais nada no mundo seria capaz de surpreendê-la naquela noite.
-bem, tem algo que você não sabe, e que eu vou tentar explica-la...
Ele suspirou longamente, e pensou um instante.
-vejamos... Você conhece a historia de uma deusa que era adorada a mais de 2000 anos, e que acabou virando o verdadeiro demônio, por causa da vontade de alguns trouxas medievais?
-ã... Acho que sim... O sagrado feminino? Algo sobre o santo graal?
-é... Essa mesma, mas esqueça esse santo graal, ele não nos interessa, apenas o culto à deusa nos interessa essa noite.
“Veja bem, os bruxos, existem a mais de 5000 anos, muito mais, mas a historia começa a ser contada a partir daí. Nossos antecedentes eram bruxos muito parecidos com nós, mas eles estavam apenas descobrindo a magia, seus feitiços, seus poderes, poções, etecetera. Mas, eles tinham algo que nós não temos muito na atualidade, fé em algum tipo de santo, na verdade, eles acreditavam no sagrado feminino, as bruxas da seita, que ainda era pequena, eram realmente consideradas deusas, e seus descendentes, por incrível que pareça, foram mulheres, durante 206 gerações, até que nasceu o primeiro bebê menino. Leonard tinha uma gêmea, Sophie. A seita, imediatamente, achou que devia tomar providencias com aquele ser que difamava a santa, mas foi impedida pela mãe das crianças, Regina. Regina, como era muito normal, teve as crianças com mais ou menos 65 anos, isso ocorreu no mesmo ano em que sua mãe morreu, e ela subiu ao posto da encarnação da Santa. Agora, você precisa entender o contexto, nessa época, os bruxos estavam na pior guerra já vista por povos mágicos, antes, havia cerca de 100mil bruxos, e agora, na guerra, no máximo 20 mil. A criança que vinha de Regina, foi esperada com angustia, pois se acreditava que a próxima geração, salvaria nossa raça. Mas não foi Sophie quem salvou aos bruxos, ela fora morta aos 5 anos, após ser capturada e torturada, para provar pelos inimigos da santa, que na verdade, a santa era mortal, e não passava de ilusão.”
Ele suspirou e sorriu, como se aquela historia lhe desse um imenso prazer.
-O que eles não esperavam, era a sabedoria do destino, a santa não havia sido encarnada na menina, mas no menino, que era menosprezado. Quando o garoto fez 17 anos, acabou sozinho com a guerra, e proclamou, ‘nossa raça corre perigo. São aqueles que vós menosprezai que serão nossa salvação, e esses, são os despojados de magia, portando, vais, e fazei o bem para aqueles que maltratais, e conheça-os, vejas que são como nós, e que merecem seu amor, com eles, metade de vós deverá casais, e a metade que sobra, Com os nossos procriais, e com isso, está em suas mãos, a perpetuação de nossa raça’. Quando terminou o discurso, Leonard caiu morto. E foi então, que se acreditou que a santa família havia se acabado. Porém, Leonard havia mantido sua missão, e tivera uma menina, com uma mulher trouxa, cujo nome é desconhecido. E assim fora por mais 200 anos, em que novamente, nascera um menino, e observou-se, que na verdade, o nascimento de meninos, estava ficando menos espaçado, até, que de uma só mulher da sagrada família, nasceram dois meninos, eu, e seu tio-avô, que você não conhece. Quando nascemos, acreditou-se que algo realmente ruim ia acontecer, afinal: DOIS meninos de uma só vez. Mas não aconteceu. Foi só quando meu filho, que eu julgava morto, reapareceu, com uma menina nos braços, dizendo-me, que era minha neta, que entendi, era nessa geração que o horror ia recomeçar. E na sua geração, querida, deveria acabar. Você é a resposta. Ao lado que você decidir ser o certo, será o lado que irá ter o maior poder. Você é quem irá decidir isso tudo. Hum... Na verdade, não seria certo afirmar que você é a força que determinaria o fim a essa guerra, e sim o seu apoio a um certo rapaz seria o que faria a guerra terminar”.
Então, Dumbledore observou-a atentamente.
-hum... Como assim? Está dizendo que eu vou ter que ajudar esse cara aí... O Harry Potter? Mas como?
-ah... Isso eu não sei... Você terá que descobrir sozinha.
-porque o senhor disse que o lado que eu apoiar irá ser o mais poderoso?
Ele sorriu bondosamente, e falou com uma pontada de dor.
-porque você carrega o fardo de ser o ser mago vivo mais poderoso, não só em poderes mágicos, como em poderes mentais, você faz coisas que não entende coisas que são pouquíssimas pessoas que fazem... Você é especial demais. E Harry vai perceber isso, e acredite-me, vocês serão grandes amigos.
-mas... Guerra? Estamos em guerra?
-sim. –respondeu ele simplesmente.
-mas se estamos em guerra, eu poderia morrer! Todos poderíamos! Eu só tenho 15 anos! Não posso lutar em uma guerra!
-não é uma guerra como você conhece, e muito mais astuta e perigosa. Você poderia sim morrer, como poderia ter morrido essa noite. Mas não aconteceu, e tenho certeza, quando o momento certo chegar, você vai poder cuidar de todos aqueles comensais e muito mais, completamente sozinha.
Ele não achou palavras, por isso se calou.
-bem, você deveria dormir logo... Já vai amanhecer, e você vai ter uma longa viajem a fazer. –ao ver a expressão no rosto dela, ele falou –sim, você ainda vai viajar. E o mais rápido possível. Agora durma.
Ele levantou-se, e deixou-a com a cabeça pesada, cheia perguntas, sem um pingo de sono, e sem saber nada sobre o passado, o presente, e muito menos, do futuro.

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