Malfoy



Rosa foi uma das primeiras pessoas da Grifinória a acordar.


 


Ela pegou um robe, vestiu-o e desceu para a sala comunal.


 


Quando chegou ao pé da escada em espiral, notou um garoto loiro do 1º ano cercado por veteranos.


 


Malfoy, pensou.


 


-E ai garoto, vai dizer o que? O papai e o vovô vão matar quem pra ressuscitar Você-sabe-quem? – dizia um garoto


 


-N-nin-guem-guem – gaguejou Malfoy


 


-Então vão fazer o que, pirralho?


 


-Talvez eles façam outro ritual doido, né, Finnigan...


 


-Boa, Smith – respondeu Finnigan


 


-Hi, que carinha é essa? Vai chorar? Vai usar a marca negra, é? – disse outro adolescente


 


-Ui, que medinho que eu to, vão aparatar é? Há, esqueci, não se aparata em Hogwarts! – zombou Smith


 


-CHEGA! – gritou Rosa escandalizada com a cena


 


Todos se viraram para ela.


 


-Ora, ora, ora, – disse Finnigan se aproximando dela – se não é uma Weasley – ele se abaixou deixando a cabeça um pouco acima da dela – Acha que pode com a gente, pirralha?


 


-Sai de perto de mim! – exclamou Rosa


 


-Tá com medinho?


 


-NÃO! – gritou Rosa em resposta


 


O garoto se levantou e olhou ela de cima, com um olhar de desprezo.


 


-Meu pai me diz que seu tio era exatamente igual... Harry Potter – terminou ele com repulsa – Vamos, temos coisas melhores pra fazer do que discutir com criancinhas bobas...


 


-EU NÃO SOU UMA CRIANCINHA BOBA! – gritou Rosa em pânico


 


O garoto se virou para ela.


 


-Não, é? Vamos ver – ele levou a mão ao bolso


 


Mas Escórpio foi mais rápido, antes que ele mal pudesse levantar a varinha, Malfoy já a segurava na altura do rosto.


 


-EXPELLIARMUS! – gritou Escórpio fazendo com que um raio vermelho saísse de sua varinha


 


A varinha de Finnigan voou pela sala, bateu na parede, ricochetou e caiu no chão com um baque surdo, partida ao meio.


 


Finnigan se virou espumando de raiva para um Malfoy em pânico.


 


-Vo-cê-me-pa-ga – disse ele andando na direção de Malfoy


 


Quando ele estava a apenas dois metros dele, Malfoy saiu correndo pelo buraco do retrato.


 


-VOLTA AQUI SUA PESTE! – gritou Finnigan – CORRAM ATRÁS DELE, IDIOTAS! – terminou ele para os outros


 


O buraco do retrato se abriu, Malfoy pulou sem olhar, bateu em alguém e Finnigan foi junto.


 


-ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE FOI ISSO? – berrou uma voz que vez o sangue de Malfoy e Finnigan congelar nas veias e o coração de Rosa se apertar


 


Malfoy se levantou num pulo e arrumou as vestes.


 


-De-desculpa Pro-Professora – gaguejou Malfoy


 


Finnigan levantou logo em seguida e deu a mão para ajudar a Professora Minerva a se levantar.


 


Minerva a negou com um tapa na mão de Finnigan e com um rosto púrpura no tom de suas vestes, passando para o castor.


 


-Os dois para na minha sala agora!


 


-Não, Diretora! – exclamou Rosa fazendo com que todos parassem para observá-la


 


-Como disse, Srta. Weasley? – perguntou Minerva, surpresa


 


-Eu disse para não levá-los para a sua sala, não é o que a Senhora esta pensando! – respondeu Rosa


 


Rosa e Malfoy se encaravam com um brilho nos olhos.


 


-Por quê? – perguntou Minerva impressionada com a coragem da aluna


 


-Porque – Finnigan fuzilou-a com os olhos fazendo com que ela engolisse em seco – quando acordei Finnigan e uns amigos deles estavam provocan... ameaçando Malfoy. Eu disse para eles pararem e a discussão passou pra mim, Finnigan quase me azarou, mas Malfoy me defendeu lançando um Expelliarmus na varinha dele que fez com que ela voasse e quebrasse – Minerva levantou as sobrancelhas ainda mais – e ai Finnigan ficou irritado com Malfoy, e ele, Malfoy, correu até o buraco do retrato...


 


-E Finnigan o perseguiu gritando, eu escutei os gritos... – ela pigarreou – Malfoy, Finnigan, lamento dizer que ainda assim terão de ir a minha sala. Obrigada por esclarecer a situação Srta. Weasley. – e com um aceno de cabeça foi embora


 


No início da confusão algumas pessoas acordaram com os gritos de Rosa e desceram para ver o que estava acontecendo, mas agora toda Grifinória olhava para a garota que suava frio no centro da Sala Comunal.


 


Assim que o buraco do retrato se fechou, os primos de Rosa correram para ela.


 


-Vem Ross, senta aqui – disse Victoire puxando-a para uma poltrona


 


-Você está machucada? – perguntou Tiago preocupado


 


-Você está bem? – perguntou Alvo novamente preocupado pela falta de resposta


 


-Rosa? – perguntou Percy


 


-Eu... – murmurou Rosa


 


-Você está bem? – perguntou Alvo ansiosamente


 


-Posso falar? – perguntou Rosa já sem o choque de ter contrariado a Diretora no seu primeiro dia de Hogwarts, ter sido ameaçada e todo o resto e sim irritada pelo jeito ansioso dos primos – Posso? Já que ninguém respondeu, eu estou ótima, só estava meio em choque, ok? Agora vou me arrumar por que estou com fome. – terminou ela encerrando o assunto


 


Ela se levantou e foi até o dormitório.


 


-Nossa! – exclamaram os primos


 *** 


Escórpio andava colado em Minerva para o caso de Finnigan tentar alguma coisa.


 


-Fênix Flamejante – disse Minerva para uma águia que se abriu e revelou uma escada – Entrem.


 


Escórpio pisou no 1º degrau da escada, Minerva ficou ao seu lado e Finnigan estava do outro lado de Minerva.


 


A escada começou a subir e parou em frente a uma porta, Minerva a abriu e segurou para que os estudantes entrassem.


 


-Sentem-se.


 


Os alunos se sentaram.


 


A Diretora trancou a porta e se dirigiu para a cadeira do lado oposto da mesa.


 


-Sr. Finnigan – Finnigan olhou para ela – você sabe que duelos são apenas tolerados nos clubes ou reuniões especificas para isso. Portanto uma semana de detenção ajudando a Madame Pince na biblioteca – ele concordou com a cabeça –, mais outra semana cuidando dos animais com o Professor Hagrid pelos xingamentos e mais outra – Finnigan olhou exasperado para ela – semana  por ameaçar um aluno por puro preconceito... fazendo o que... – ela pegou uns papeis – Bem... polindo vassouras para as aulas de vôo.


 


Ele se levantou.


 


-Não, fique aí.


 


Ele se sentou novamente com suspiro.


 


-Sr. Malfoy, você terá de pagar por uma nova varinha para o Sr. Finnigan.


 


-Certo, Diretora. – disse Escórpio obedientemente


 


-Pode se retirar Sr. Finnigan, Sr. Malfoy fique.


 


Finnigan saiu e fechou a porta e a Professora a trancou com um feitiço .


 


Quando já não se ouvia seus passos, McGonagall se virou para Escórpio.


 


-Eu sei que sua família preza muito pelo sangue-puro e tem orgulho tem ter gerações na Sonserina. – ele concordou com a cabeça – Mas eu temo que seu pai fique indignado por você ter para a Grifinória, e por saber da historia de sua falecida irmã acho que deveria ir para a Sonse...


 


-NÃO! – berrou Malfoy – Quer dizer, eu não quero ir para disse para a Sonserina – terminou ele com os olhos cheios de lagrimas e exasperado da idéia de sair da Grifinória, conseqüentemente ficar longe...


 


-Tem certeza Sr. Malfoy? – perguntou McGonagall preocupada


 


-Tenho, Diretora. E também sei que vou ter arcar com as conseqüências. Eu sei que não adianta perguntar se eu posso passar o verão aqui. Mas eu torço para que os Potter ou Weasley aceitem que eu passe verão na casa deles. As historias que meu pai me conta... Ele fala muito mal deles, mas o fundo noto que ele os acha pessoas incríveis. O problema é a minha mãe... Quando ela está em casa papai é frio, grosso... Mas quando ela sai, ele é muito legal, não poderia ter pai melhor... – terminou o mais novo Malfoy, com lagrima pesadas rolando em seu rosto


 


McGonagall se levantou e se sentou ao lado do garoto e pôs a mão em seu ombro.


 


-Eu dei aula para varias gerações Potter e Weasley e posso dizer que eles iriam te aceitar de braços abertos. Vou enviar uma coruja para Molly pedindo que você passe as festas lá, para começar se acostumar. – os olhos de Escórpio brilharam de esperança e alegria


 


McGonagall conjurou um lenço e deu para Malfoy.


 


-Agora Sr. Malfoy, vá tomar café antes que tirem as mesas.


 


-Sim Senhora.


 


McGonagall foi até a porta e a abriu, Malfoy se aproximou dela, já chorando menos.


 


-Obrigado Professora, vou ser eternamente grato a você! – disse Escórpio e depois a abraçou


 


A Diretora hesitou um momento e retribuiu o gesto.


 


Eles se soltaram.


 


-Agora vá, vá logo! – exclamou a diretora sorrindo e dando tapinhas carinhosos nas costas de Escórpio.


 


Ela observou o garoto descer a escada de dois em dois degraus com um humor já renovado, ela abriu um sorriso ainda maior.


 


-Ele merecia uma família melhor... – murmurou a Diretora alguns minutos depois enquanto ia até o Salão Principal

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