A Canção
Alvo e Rosa corriam pelo vagão a procura do compartimento onde seus primos estavam.
Depois de muito correr, encontraram o vagão certo.
Tiago irritava Victoire, que por sua vez ameaçava azará-lo.
-VOCÊ E O TEDDY ESTAVAM SE AGARRANDO! – gritava Tiago
-Eu seu sei mais azarações do que você imagina seu... – ameaçava Victoire
Antes que ela pudesse terminar a frase, Rosa pigarreou.
-Não é necessário terminar a frase, prima. – disse Rosa formalmente
Depois Rosa e Alvo se sentaram.
-Mas vocês estavam se agarrando! – disse Tiago
Victoire pulou em cima dele e começou a estapeá-lo.
-VICTOIRE! – gritou uma pessoa na porta
-Ele começou! – exclamou Victoire, mas era difícil levá-la a sério já que seus cabelos ruivos antes perfeitamente penteados, agora estavam despenteados, embolados e grande parte em seu rosto
-Não enche, Junior! – resmungou Tiago
-Percy! – exclamou o monitor na porta – Percy Weasley Júnior!
-O que é isso! Você é Penélope! – debochou Tiago
-Nem um nem outro, vamos chamá-lo de primo! – encerou Rosa
-Melhor – respondeu Percy – Mas vou ter de contar isso para a Prof. McGonagall!
-Não vai não! – disseram Victoire e Tiago juntos
-Vou sim!
-Tenta para você ver, tenta! – ameaçou Victoire
-Você está me ameaçando? – disse Percy
-Não, imagina! – debochou a prima
Rosa e Alvo apenas observavam a discussão que claramente não ia levar em nada.
-Silencio! – exclamou Victoire apontando a varinha para Percy que estava abrindo a boca
Ele tentou gritar com ela, mas, por obra do feitiço, ele não disse nada.
-Tiago, qual é o contra-feitiço? Eu esqueci... – sussurrou Victoire para Tiago
-O que é isso? – disse uma jovem que observava as tentativas de grito de Percy
-A Victoire usou o “Silencio” e não sabe o contra-feitiço... – respondeu Tiago, fazendo Percy entrar em pânico
A jovem bufou, pegou a varinha e a brandiu em direção a Percy que imediatamente começou a gritar.
-COMO VOCÊ OUSA FAZER ISSO, VICTOIRE?! EU SOU SEU PRIMO, EU...
-Ai, ai, só vocês – disse a jovem
Ele se aproximou de Tiago e deu-lhe um rápido beijo na boca e depois se sentou a seu lado.
-... EU SOU MONITOR, VOCÊS VÃO SE VER COMIGO!...
-Mas por que ele está gritando? – perguntou a jovem
-Porque a minha priminha querida estava me atacando.
-...PRESTEM ATENÇÃO EM MIM! PAREM DE CONVERSAR E DEPOIS NÃO DIGAM QUE NÃO AVISEI!...
-Não foi bem assim, Tiago. Explique descentemente a Jasminy. – disse Victoire – Eu e o Teddy estávamos nos beijando e Tiago, como sempre, exagerou e disse que estávamos no agarrando. E ele ficou me irritando, como não teria realmente coragem de lançar uma azaração nele, eu bati, com cuidado, nele.
-Não tem coragem de me lançar uma azaração? Você já azarou metade de Hogwarts, você tem fama de lançar azaração em qualquer um que te irrite! E bateu cuidadosamente em mim? Eu devo estar cheio de hematomas!
-Você parou para olhar? – perguntou inocente Victoire
-Eu tenho medo de avaliar os estragos! – exclamou Tiago
-VOCÊS PENSAM QUE NADA VAI ACONTECER, É? ESPERA EU CONTAR PROS NOSSOS AVÓS! QUEM VOCÊS ACHAM QUE VÃO DEFENDER? EU TENHO FICHA LIMPA, VOCÊS ESC... Professora!
-Professora? – disse Victoire
-Professora? – disseram Tiago e Jasminy se largando
-Sim, sou eu! – exclamou Prof. McGonagall – O que está acontecendo aqui? – ela se virou para Percy – Você é monitor! Não tem de gritar com os infratores, tem de resolver os problemas...!
-Mas... – começou Percy
-... muito menos ameaçar – continuou Prof. McGonagall como se não tivesse sido interrompida – e não é por que eles são seus primos que merecem um tratamento diferente! – e se virando para Tiago, Victoire e Jasminy – Por que ele estava gritando?
-Bem... – começou Victoire corando – Eu tenho um na-namorado e eu o beijei antes de embarcar, mas o Tiago... Ele...
-Eu impliquei com ela Professora, então ela ameaçou me azarar, mas em vez disso pulou em cima de mim e me bateu, pronto, foi só isso!
-Só isso?! Em Hogwarts, como vocês sabem muito bem não é admitido brigas! Vocês nem esperam as aulas começarem e já cometem infrações! Exatamente como os pais! – completou McGonagall mais para ela mesma.
Todos ficaram calados.
-Deve ser o nome... O seu avô, Tiago, competia acirradamente com você! Ele e os Marotos! – ela suspirou – Bem, Gui também não era nenhum santo... Vou deixar essa passar, mas da próxima, vocês já sabem!
Ela se virou e saiu, Percy a acompanhou com o olhar, boquiaberto.
-Vocês... – começou, mas depois saiu
Victoire olhou o corredor.
-O carrinho está chegando! – observou alegremente
-Nossa! Você come tanto e não engorda! – exclamou Jasminy
Victoire sorriu.
Assim que o carrinho chegou, Victoire e Tiago pularam nele. Pagaram e voltaram com os braços cheios de doces. Depois Alvo e Rosa depois pegaram alguns doces já que não tinham tanto dinheiro.
-Como vocês conseguem tanto dinheiro? A mesada de vocês são três galeões! – disse Alvo exasperado
-Temos nossos meios... – respondeu Tiago vagamente
Alvo e Rosa bufaram.
A conversa fluiu enquanto o sol se punha ao longe. Houve um pouco de chuva, mas como o sol batia forte, formou-se um enorme arco-íris por trás montanhas.
-Olha que lindo! – exclamou Jasminy notando o arco-íris – Eu vejo Hogsmeade daqui, vou para o meu compartimento me trocar – ela deu outro beijo em Tiago e saiu
Eles se trocaram, Rosa e Alvo ficaram com os rostos colados na janela, morrendo de ansiedade, enquanto Tiago e Victoire discutiam.
De repente o trem parou, Rosa e Alvo caíram e gritaram:
-CHEGAMOS!!!
-Não da para gritar mais alto? – disse Victoire sibilante
Mas os novatos nem escutaram, saíram correndo em direção ao meio-gigante que chamava os alunos do 1º ano.
Tiago e Victoire saíram calmamente já acostumados com o inicio do ano letivo.
Enquanto Tiago e Victoire entravam em suas carruagens puxadas pelos – testrálios ainda invisíveis para eles–, Rosa e Alvo procuravam um barco. Depois de muito procura, encontraram um barco no qual um menino ligeiramente bonito e de ar imponente esperava duas pessoas para encherem o barco, que só partiria com um trio dentro.
O garoto olhou enviesado para os primos.
-Joe Brites, prazer.
-Herm... Alvo Potter.
-Rosa Weasley.
Joe sorriu e balançou a cabeça.
-Já sabia.
Mas a conversa não continuou, primeiro pelo estranho jeito do garoto, segundo, pois Alvo e Rosa (mas não Joe) estavam maravilhados com o castelo que crescia enquanto se aproximavam.
Assim que chegaram, viram Victoire e Tiago sendo repreendidos no meio do Saguão de Entrada, e fingiram não conhecer os adolescentes.
Mas passaram direto por eles, entraram em uma sala ao lado do Salão Principal.
-Bem-vindos a Hogwarts – disse a Prof.ª Minerva – O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de sentarem às mesas, vocês serão selecionados por Casas. A Seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui, sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão as aulas com o restante dos alunos de suas Casas, dormirão no dormitório da Casa e passarão o tempo livre na Sala Comunal. As quatro Casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada Casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxos e bruxas extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para suas Casas, enquanto seus erros a farão perder. No fim do ano, a casa com maior número de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a Casa á qual virão a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam.
Ela olhou os alunos.
-Voltarei quando estivermos prontos para receber vocês. Por favor, aguardem em silencio.
Todos se arrumaram, uns prendiam o cabelo, enquanto outros soltavam, uns abotoavam mais as blusa e outros abriam alguns botões, Rosa pegou uma mecha do cabelo e a usou de elástico para fazer um rabo-de-cavalo e Alvo tentou abaixar os cabelos rebeldes que havia herdado do pai.
-Ai, eu vou morrer de ansiedade! – resmungou Rosa
-Você não é a única... – respondeu Alvo
-Nhá, pra que tanto? – disse Joe que estava atrás deles e não tinha feito nada para se arrumar – Eu vou para a Sonserina, obviamente, e vocês para a Grifinória.
-Mas como você sabe? É decidido pela personalidade da pessoa, e você mal nos conhece! – disse Rosa
-Isso é o que vocês pensam... – murmurou o garoto em resposta
Alvo e Rosa deram de ombros quando a Prof. McGonagall apareceu novamente.
-Agora façam fila e me sigam.
Todos apontavam para o incrível céu enfeitiçado, especialmente os nascidos trouxas.
Na frente de todos havia uma banqueta com um chapéu velho e remendado em cima, e de repente, como fazia todos os anos, o chapéu começou a cantar.
Prazer, apresento-me
Sou o Chapéu Pensador, mas não tenho sobrenome
Se um chapéu mais inteligente encontrar, que me tome
Mas se sua vida depender disso, lamento, vai morrer de fome
Meu dever é decidir a Casa em que vão ficar
Casa qual deverão amar
E depois, não há como mudar
Mas tenho certeza que não vou errar
Há a Grifinória
Onde pela coragem, pode conquistar a glória
Também há Lufa-lufa
Onde não há lugar para arrufa
Há também a Corvinal
Onde as incríveis mentes não pensam para o mal
Ou a Sonserina
Onde os bruxos têm dons que você nem imagina
E meu último recado, e aquele que criou um mundo de trevas há um tempo atrás
E há dezenove anos nos terrenos da escola jaz
Pois ele vai voltar, e acabou-se o tempo de paz
O fim da canção foi acompanhado de murmúrios, por um motivo óbvio, todos notaram que o chapéu disse que Voldemort ia voltar.
Atrás de Alvo, Joe gargalhava.
-Até parece que isso é verdade! É impossível fazer com que ele volte à vida! Nem fantasma é! Vai virar Inferi, é? – disse o garoto às gargalhadas
Todas as pessoas, de todas as mesas, olhavam pasmas para ele.
-Como você pode achar graça? Ele matou dezenas de pessoas! Meu tio morreu por causa dele! – disse Rosa escandalizada
-Meu pai foi morto por ele! Mas de alguma forma voltou à vida...! Você é louco?! – exclamou Alvo
O garoto parou de rir na hora. Ele voltou o rosto para Alvo com uma expressão de dar arrepios e disse baixo e sibilantemente:
-Não me chame de louco.
Alvo, assustado e concordou, e se virou para a Prof. McGonagall.
-Quando eu chamar seus nomes, você porão o chapéu e sentaram no banquinho para a seleção.
Ela pegou uma lista e foi chamando os nomes até que chegou a:
-Potter, Alvo!
Alvo foi aos tropeços ao banquinho e colocou nervoso o chapéu que lhe cobriu os olhos. Alvo era pequeno para a idade, e com o chapéu tapando seus olhos, parecia ter cinco anos. Tremia da cabeça aos pés, e acabou não se lembrando de pensar que não queria ir para a Sonserina. Depois de alguns minutos, o chapéu gritou:
-Sonserina!
Alvo ficou branco como papel, o resto de sua família estava chocado. Hagrid que observava o garoto, cravou o garfo na mesa, onde há segundos atrás estava a mão da Prof. Sibila.
-Não, não, não – murmurou o chapéu, e depois disse mais alto – Não, Grifinória!
Todos os Potter e Weasley soltaram suspiros de alivio, a mesa da Sonserina estava dividida entre vaias e aplausos.
Alvo tirou o chapéu e quase o jogou no chão. Tremia mais do que nunca e nem teve coragem de correr até a mesa da Grifinória, pois tinha medo de cair. Tiago chegou para o lado e bateu no lugar ao seu lado gesticulando para que ele sentasse lá. Alvo se sentou e nem conseguia falar.
-Nossa, maninho! – disse Tiago batendo nas costas do irmão – Me deu um susto do caramba!
Alvo fez que sim com a cabeça.
Alguns minutos depois:
-Malfoy, Escórpio!
O mais novo Malfoy sentou-se no banco com uma bruta delicadeza.
O Chapéu pensou um pouco.
-Grifinória!
Escórpio fez uma cara que mesclava pânico e alegria e saiu correndo para a mesa e sentou-se perto de Nick.
Mais alguns nomes e chamaram:
-Weasley, Rosa!
Rosa foi correndo animada para o banco. Pegou o chapéu, mal tocou sua cabeça e o chapéu disse:
-Os Weasley não acabam nunca? – e mais alto disse – Grifinória!
A mesa aplaudiu fortemente a ruivinha.
Ela se sentou ao lado de Victoire e de frente para Alvo.
-Há, que nervoso! Ele disse pra mim “Os Weasley não acabam nunca?”, eu ri e ai me mandou pra cá! Eu estou tão feliz!
-Mas, vamos falar de uma coisa mais séria. – disse Percy – Vocês ouviram o que o Chapéu Seletor disse. Ele falava de Você-sabe-quem, mas, como nós sabemos é impossível fazer com que pessoas vivam novamente. Ele não é fantasma, nem vai virar agora. Mas, o que nos garante que algum ex-Comensal da Morte não vai fazer algum ritual doido como o que fizeram com o tio Harry? E em consequência, ele não vai viver novamente ou algo do gênero?
Todos os primos olharam chocados para Percy, ele, infelizmente tinha razão. Como a Seleção tinha acabado enquanto Percy falava, eles jantaram em silencio, absortos em seus pensamentos, sem nem escutar o discurso da diretora.
Mas ao fim do jantar, como sempre, houve outro discurso, e esse eles escutaram.
-Esse, é mais um ano em Hogwarts. Porém, mesmo com tantos anos aqui, devo dizer que ainda me surpreendo com coisas que acontecem aqui. Não tenho muito a falar, pois felizmente há dezenove anos não houve nada que ameaçasse os alunos. Apenas peço que evitem problemas, para que ano que vem eu não precise fazer um longo discurso pedindo que tomem cuidado. Então, qualquer coisa, falem comigo, para termos mais dezenove anos de paz. Podem ir para os seus dormitórios, os monitores de suas casas vão lhe guiar.
Todos se levantaram e andaram em direção aos monitores de suas casas. Percy correu para ficar a frente dos alunos.
-A Minerva nunca pediu para avisá-la qualquer coisa... Ela também deve ter ficado preocupada com a música do Chapéu... – disse Victoire
-Verdade, muito estranho – disse Tiago
-Ai, estou tãããão preocupada, Ti-ti! – Alvo, Rosa e Victoire riram baixinho – Estou com muito medo, me protege? – disse Jasminy pra Tiago
-Claro! – disse Tiago sorrindo
-Há! – exclamou Jasminy
E continuou essa coisa até chegarem a Sala Comunal, e todos exaustos foram direto para seus dormitórios.
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