capítulo três
Capítulo Três
Malditos golpistas!
- OMG, não posso acreditar no quanto esse lugar é totalmente fantástico - exclamei, caminhando pela rua junto com Lily - e não há nenhum paparazzi.
-Blaker Lake, não sei como não havia descoberto esse paraíso antes.
Uma pequena cidade, poucos moradores e algumas paisagens perfeitas. Fazia menos de três horas que estávamos na cidade, mas já tínhamos comprado em metade das lojas que existia por ali. O sol já estava se pondo e tínhamos um encontro com Gabe e Scott mais tarde num restaurante daqui e ainda nem sabíamos o que vestir.
Ok, estou parecendo uma principiante em encontros, mas é que esse diferente. Talvez Scott iria me pedir em casamento, eu vi o anel de noivado na bolsa dele.
Não sei exatamente, mas eu tinha que estar pronta pra isso!
- Nem me fale, a última parte é a melhor – Lily concordou sorrindo – Parece que eles realmente nos deixaram em paz.
- Será que eles não sabem onde estamos?
- Impossível, Adam ligou e disse que o Gossip sabia onde estávamos e fez um daqueles comentários idiotas que ele não quis nem comentar novamente – rimos – Mas tudo bem, se sairmos em alguma revista, eu digo. Pelo menos vou me sentir descansada.
- Acho que isso deve se parecer com férias de verdade.
- Totalmente – ela gritou enquanto entrávamos na pequena lojinha ao lado do nosso hotel – OMG! Eu preciso desse colar de pérolas.
- Mesmo que isso seja falso? – murmurei tocando o colar – Isso não seria pérola de verdade nem aqui e muito menos na China. Ok, talvez na China até pudesse ser, já que acho que pra eles falsificação e verdadeiro são a mesma coisa.
- Meldels, pare de zoar com os chineses. Por que os odeia tanto?
- Eu não odeio os chineses, odeio apenas o ‘Made In China’ – passei a mão pelos cabelos e fingi pensar – Espera, eles também foram feitos na China. Acho que isso faz um pouco de sentindo.
- Calada menina – ela gargalhou, pegando o colar – Eu vou levar de qualquer jeito.
- Ok, só não venha reclamar que elas são falsas quando quebrarem. Eu avisei.
Ela revirou os olhos enquanto ia pro caixa sacando o cartão de crédito da bolsa. Aproveitei pra sair da loja e assistir ao por do sol. Como assim o primeiro dia aqui já estava acabando? Íamos passar apenas dois dias e um deles já tinha ido embora. Como um dia pode passar tão rápido quando o que mais queremos é que ele não passe nunca?
Suspirei.
Porém eu gostaria que a noite chegasse mais rápido, eu queria logo aquele anel com um enorme diamante no meio. Queria poder esfregá-lo na cara de todas as pessoas e dizer que agora eu tinha um noivo e que meu anel era enorme e lindo.
Porém minha fantasia perfeita foi embora quando Lily gritou.
- COMO ASSIM? – ela gritava com a moça do caixa, furiosa – Eu tenho certeza de que esse cartão não está com o limite estourado.
- Me desculpe senhorita Evans, mas aqui diz que realmente o seu limite está estourado. Possivelmente eles até cancelaram o cartão da senhorita – a moça do caixa disse, deixando a Lily mais furiosa ainda. Corajosa ela por ter falado isso.
Me aproximei, tentando acalmar a situação.
- O que houve, Lil’? – perguntei baixinho, olhando pra ela.
- O que houve? O QUE HOUVE, MARLENE? Essa vadia está dizendo que meu limite no cartão foi estourado, mas eu paguei essa merda ontem – ela respondeu, irritada, pegando o cartão e o jogando dentro da bolsa.
- Talvez eles ainda não tenham... visto o seu pagamento.
- Eu sei que eles viram, eu usei esse cartão ontem pra comprar uns cartões de aniversário pra algumas amigas e tinha limite até demais.
- Não pode ter sido um engano? – perguntei olhando pra moça do caixa, que estava a ponto de chorar, mas se controlava.
- Não senhorita, eu tentei umas cinco vezes seguidas e deu o mesmo problema – ela respondeu, educamente enquanto eu assentia – Talvez possa ser um problema na conexão, eu não sei o que dizer. Perdoem-me pelo inconveniente.
- Me perdoem é o melhor que pode fazer? – Lily gritou, jogando os cabelos pra trás – Eu vou ligar pro meu advogado e dizer que você sente muito. Estúpida!
- LILÍAN! – gritei, a fazendo me encarar – Paremos com esse escândalo, é a última coisa da qual precisamos agora. Vou sacar meu dinheiro da bolsa, vou pagar seu colar falsificado e voltaremos pro nosso quarto de hotel, ok? – perguntei entregando o dinheiro pra moça do caixa – Perdoe, TPM aguda.
- Sem problemas – ela sorriu me entregando o troco e saímos.
Evitei falar com ela, Lily era muito irritada quando contrariavam algo que ela dizia. Subimos pelo elevador até o meu quarto e entramos, o que me fez me jogar imediatamente na cama macia e fechar os olhos.
Como posso estar tão exausta?
- Marlene – chamou Lily.
- Sim? – murmurei, cansada demais para abrir os olhos e encarar minha melhor amiga.
- Pode abrir os olhos e me falar o que há de errado nessa cena? – ela perguntou, me fazendo sentar na cama e abrir os olhos.
Demorei um pouco pra sacar o que tinha acontecido ali. Esfreguei os olhos, como se acreditasse que era uma simples miragem, mas realmente não era. Era mais real do que tudo que havia acontecido hoje, eu sabia disso, só não queria acreditar.
- OH MY GOD! – gritei, me levantando.
Todas as nossas roupas estavam espalhadas pelo quarto e a maioria delas rasgadas. Nossas bolsas estavam jogadas pra um canto qualquer, meus biquínis e lingeries estavam em qualquer lugar, todas igualmente rasgadas.
Mas foi então que eu vi a gaveta.
Aberta! Como estava aberta? Eu estava com a chave dessa gaveta na minha bolsa, ninguém poderia ter aberto ela. Mas foi então que eu vi, tinham arrombado a gaveta e levado todas as notas de cem que eu havia colocado ali. Todo o meu dinheiro e o da Lily junto. Levaram tudo e deixaram no lugar um pequeno bilhete com as seguintes palavras:
Estariam as divas falidas? Nunca vão nos encontrar, somos apenas uma sombra que passou na vida de vocês e que nunca mais vai voltar. Espero que aproveitem Blaker Lake, vocês não poderão sair daí por um longo tempo. Com carinho, Gabe e Scott.
PS: cancelamos os cartões de vocês e sim, roubamos os passaportes. Se divirtam na miséria.
- Fomos roubadas – murmurei, ainda chocada.
- Como é?
- Aqueles filhos da puta nos roubaram! Estamos falidas – gritei, amassando o bilhete.
- OMG – Lily gritou, começando a chorar e sentando de qualquer jeito no chão gelado – Como isso foi acontecer? Oh, Lily.
– Tudo bem amor, vai ficar tudo bem – a abracei pelos ombros, tentando parecer reconfortante, mas não estava sendo – Pode acreditar querida, quando eu os encontrar novamente, o que vai acontecer, eu vou arrancar as bolas deles fora! Eu realmente vou.
Como se nossa situação não pudesse piorar, enquanto eu procurava cigarros pelas bolsas – tinha que ter alguma coisa ali, droga! – o serviço de quarto bateu na porta.
As batidas ficaram rápidas e impacientes depois de alguns segundos, o que obrigou Lene a revirar os olhos e encaminhar-se para a porta.
- Já vai! – gritou Lene, chutando e atravessando camadas e camadas de roupas cortadas (malditos!) e indo abrir a porta. – Pois não?
- A reserva de vocês foi cancelada – a recepcionista disse, curta e grossa. Eu parei de procurar os meus cigarros e a encarei incrédula, lutando contra a vontade de bater nela.
Oi? O que você disse? Repete que eu não ouvi direito.
Era basicamente isso o que o meu rosto passava e pude perceber ao olhar para Marlene que ela estava tão passada quando eu.
- Como disse? – perguntou Marlene, com raiva. Eu me levantei e me coloquei ao lado dela, encarando a mulher metida de um terninho falsificado que nos encarava com desdém.
- O próximo hóspede chegará em cerca de um hora para ocupar o quarto, - ela nos disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo! Estavam dando o nosso quarto? – vocês têm meia hora para deixá-lo.
Ela olhou o chão do quarto por um momento, e depois voltou para nos encarar e acrescentou:
- E sem isso.
Eu já ia começar a xingá-la de todos os nomes feios em inglês e em francês que faziam parte do meu vocabulário, mas Lene entendeu rápido o que eu ia fazer e falou antes:
- Estávamos com o quarto reservado para uma semana.
- A reserva foram canceladas. – ela disse num resmungo. – Estavam em nome de dois homens, e eles cancelaram hoje pela tarde.
- Mas, mas, fomos roubadas!
- O hotel não se responsabiliza por objetos perdidos quando o serviço de quarto não entrou em contato com o quarto – ela disse, seca. – Poderemos mostrar as filmagens do corredor provando que...
- FOMOS ROUBADAS SUA IDIOTA. ROU-BA-DAS! – Marlene começou a berrar para a mulher, que pulou de susto. – NÃO TEMOS DINHEIRO EM MÃOS, NÃO TEMOS DINHEIRO NO BANCO E NEM AO MENOS TEMOS AS NOSSAS ROUPAS!
Eu tive vontade de fumar. Chorar, matar Gabe e Scott, fumar de novo e chorar mais.
O.quê.diabos.estava.acontecendo?
- Eu sugiro que... – a mulher começou. Deve ter ficado tocada com o desespero da Marlene ou com minha cara de choque, porque eu realmente não estava muito apta a me mover.
- PORQUE NINGUÉM CHAMOU A DROGA DA POLÍCIA? HEIN? HEIN?
- Fique calma senhora, o hotel estará entrando em contato com a polícia local e...
- Idiota. – eu resmunguei, batendo a porta na cara da recepcionista brega. Encarei as roupas no chão, encarei meus sapatos com saltos quebrados e levei a mão à testa.
- Estamos perdidas. – Marlene disse, saindo do choque momentâneo.
- Minha ficha ainda não caiu, - eu disse, sentando à cama – Eles não podem ter feito isso. Deve ser só uma brincadeira de mau gosto ou coisa assim, aquelas das câmeras. Podemos procurar as câmeras aqui, aposto que vamos achá-las e vamos rir depois disso, todos juntos. O Gabe irá...
- Não Lily, - Marlene disse, se jogando na cama – acho que isso não foi só uma pegadinha daqueles programas toscos. Foi real.
- Então vamos ver o que sobrou inteiro e colocar nas malas – eu disse num suspiro – Em meia hora seremos chutadas daqui.
- Tudo bem – disse Lene no mesmo desânimo que eu.
Esse definitivamente era o pior dia da minha vida. Pior do que quando aquela maldita da Chelsea Reese roubou meu namorado no segundo grau. Pior que o dia que eu perdi a vaga na fashion week de Paris. Pior do que o dia que minha mãe falou que eu era uma total vagabunda por procurar essas coisas de modelo ao invés de fazer advocacia.
Esse vencia todos os dias juntos. Porque neles eu tinha um teto e comida na mesa. Agora eu e Marlene estamos totalmente na rua da amargura.
E Lene tem exatamente trezentos dólares e eu tenho cento e setenta. Lene tinha quinhentos e oitenta, mas duzentos e oitenta foram investidos no meu colar de pérolas falsas.
Merda.
Eu estava totalmente desgovernada.
Estamos na recepção do hotel esperando os policiais que a recepcionista chamou. Nossas roupas estão em sacolas de plástico e junto com as últimas compras.
Também as cortadas e os saltos quebrados.
Não tivemos coragem o suficiente para jogar tudo fora porque estavam cortados, deveria ter algum concerto. Além de quê não podemos nos dar o luxo de ficar gastando dinheiro com mais roupas.
Ou cigarros.
Cigarros. Quase sufoquei ao pensar isso. Mas eu não podia comprar cigarros a menos que eu estivesse sob um teto e empregada.
Emprego.
Eu não podia estar passando por isso! É totalmente inaceitável! E onde estão aqueles inúteis? EU FUI ROUBADA. DEVERIAM CORRER PARA CÁ.
Meu karma não podia ser assim tão ruim. Quer dizer, eu mal acredito em karma. Nem sei por que eu estou pensando nisso, deve ser o cansaço.
- Já tentou ligar de novo para a Mary? – perguntei à Lene, que estava totalmente esparramada no sofá do hotel, com a cara entre as almofadas.
- Já, ainda está com a mensagem ‘o seu celular está bloqueado para receber ou fazer chamadas. Favor entrar em contato...’ – ouvi a voz dela abafada pelas almofadas. Nem ia perguntar o que vinha depois do ‘contato’ porque eu tenho absoluta certeza que ela não se deu o trabalho de ouvir.
- Nem aqui – reclamei. Meu telefone está sem internet, sem fazer ligações e sem receber mensagens. Eu estava completamente isolada da tecnologia e isso é totalmente horrível.
E os tablóides não sabiam onde nós estávamos!
MERDA.
Olhei para porta, em busca de uma pilha de dinheiro ou um pote de ouro para resolver o problema e reconheci pelo distintivo que eu estava olhando para o policial da cidade.
Distintivos brilhantes sempre apontam um policial.
Atrás deles vinham vários caras, uns cinco e um outro de terno e chapéu que estava calmo demais, enquanto os outros estavam com feições um pouco preocupadas.
Eles sabem com quem estão lidando? Eu sou Lílian Evans e eles deveriam entrar se arrastando pela demora e pela incompetência de não lidar com o meu roubo rápido e conseguir tudo de volta.
- Lene – sussurrei, cutucando-a. – Levanta, as autoridades chegaram.
A recepcionista logo apontou-nos para eles, que vieram logo falar conosco. O policial chefe pegou a frente para falar comigo. Ele era baixo e gordo, usava óculos estranhos e seu sapato não combinava com os cintos.
Nem um pouquinho.
- Vocês foram as roubadas? – confirmei com a cabeça.
- Há quanto tempo isso aconteceu? – ele perguntou, enquanto a recepcionista entregava as chaves do quarto a outros policiais.
Prosseguiu-se um interrogatório totalmente exaustivo para mim e para Lene. Por alguma razão esse cara nunca tinha ouvido falar de Lílian Evans e Marlene McKinnon, modelos internacionais e ele não queria acreditar que éramos realmente famosas.
Fiquei surpresa. Ele não tinha ouvido falar de mim! Ou de Marlene!
Estávamos sem celular e sem um teto, então tivemos que falar que iríamos visitar a delegacia local para ver se eles acharam alguma coisa.
Eles não aceitaram como álibi o recado que Gabe e Scott deixaram, porque fizeram tudo dentro da lei. Nossa conta (Minha e de Gabe) assim como de Lene e Scott era conjunta, então os dois poderiam tirar dinheiro quando quisessem. Assim como a maioria das coisas (cheques, telefone e etc) que estavam no nome de Gabe porque eu não tinha disposição o suficiente para ir fazer alguma coisa, então eu só entregava o dinheiro e mandava-o fazer.
Ai droga! Em quê fomos nos meter?
N/Vanessa: Pois é, ta sem notinha da beta e da outra autora por que elas somem, então, eu resolvi postar isso daqui logo e parar de frescura no rabo. Espero realmente que alguém leia, adoro quando as pessoas lêem –qqq E não postei os 'autografados por..' por que não achei :x UAHSUAHSUAHSUAS
Beijos :*
N/Chel: HÁ, eu vim aqui, sacou sacou? Mesmo depois de muito tempo, claro. GALERE, a fic está tão linda, tão foda. Foram tantos dias de trabalho! Tudo bem, eu sumi mesmo porque minha escola simplesmente TOMA o meu tempo de mim, mas, vamos combinar ): Tá tãooo lindinha, os próximos capítulos são tão maras (sim, já temos mais alguns prontos), então comentem para o quarto vir logo, ok? *-* A idéia da fic é realmente muito boa - creio - eeeeee, sei lá. Não é o meu dia para notas.
Anyway, a vanessa linda já postou. e perdeu os autografados por... USHAHSUHAUSHAUSHA. Depois eu acho e ponho ai (eu também perdi).
Kisses and hugs,
Chel Prongs
PS: olha as imagens aê minha gente *-* - chel prongs
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!