Sonserinos também choram B/L

Sonserinos também choram B/L



Sonserinos também choram


Blaise/Luna e Draco/Hermione


Fic por Alexis Dellamare


 


Eu estava ali todos os dias, chorava pela morte de nossas mães, a minha e a de Draco. Sentávamos todos os dias naquela parte exclusa do jardim e fitávamos o vazio em busca de paz. Não era um choro escandaloso e cheio de grunhidos e sim um choro silencioso, onde as lágrimas caiam sem pedir permissão e se deixavam rolar por nossas faces cheias de dor e pesar, e se me permite dizer tipicamente sonserino.


Depois saíamos dali como se nada tivesse acontecido, e voltávamos ao que se chama de “rotina sonserina”, xingar os sangues-ruins e é claro perturbar aqueles que considerávamos idiotas. Na verdade eu e Draco não gostávamos muito não, mas era preciso se você quer ser respeitado na tão sonhada e imponente Sonserina. Fazer o que? Ser sonserino não é fácil.


Como sempre dávamos uma volta pelo castelo em busca de encrencas, agora mais por obrigação do que por prazer. Avistamos a Di-Lua e a Granger, Sangue-Ruim. É parece que não tínhamos opção, não enquanto tinham outros sonserinos na nossa cola.


   - Olha o que temos aqui, a Di-Lua e a Sangue-Ruim. – Como eu estava na frente do lado de Draco, me permiti revirar os olhos e escutei todas aquelas risadinhas dos nossos “amigos”.


   - O que quer Malfoy? – Porque a Granger não podia ficar calada e passar reto?


   - Nada, apenas a sua desgraça. – Ninguém percebeu, mas pude sentir a tristeza em dizer aquelas palavras na voz do meu amigo de infância.


Por um pequeno momento esqueci a briga daqueles dois cabeças- duras e fitei por um momento a Di-Lua, quase pulei de susto, seus olhos estavam cravados nos meus e eu não conseguia sair daquele transe e me deixei vagar pelo mar de calma que aqueles olhos me trouxeram, ao mesmo tempo que me senti despido, sem aquela capa que demorei tantos anos para endurecer, senti minha própria mascara sendo arrancada e minha alma exposta a aqueles olhos. E para a minha surpresa ela sorriu, um sorriso tímido como se acabasse de descobrir um segredo proibido mesmo tendo jurado não contar nada a ninguém, fiquei assustado é claro, afinal o segredo era eu.


Não consegui distinguir o resto da troca de ofensas entre Malfoy x Granger, estava absorto demais naqueles olhos, de repente ela foi arrancada de mim, me virei e vi-a sendo arrastada pela Granger. Sacudi um pouco a cabeça, afinal eu era um sonserino e mais que isso, eu era um Zabine.


Mesmo dias depois do ocorrido não consegui esquecer aqueles olhos, jamais alguém tinha me olhado daquele jeito. Como o costumeiro de sempre fui enfrentar a minha amarga tristeza desta vez fui sozinho, sentei em baixo de uma árvore, encostei a minha cabeça no tronco, fechei os olhos e deixei-me morrer em lágrimas aos poucos, mas sempre escondido. Onde eu achava que nunca seria encontrado. Senti um olhar em mim, sem nem mesmo pensar abri os olhos e vi mais uma vez a imensidão e a força que aqueles olhos me deram, e me fitavam agora, novamente. Não posso negar, fiquei com medo. E se ela dissesse a alguém que me viu chorando? Pior, que viu um ZABINE chorando, mas eu não tive forças para me levantar e fazê-la jurar que não iria contar a ninguém, fui incapaz ate disso. E para a minha maior surpresa ela andou até mim, se abaixou do meu lado, me abraçou e choramos juntos.  


Eu não entendi bem o que aconteceu naquele dia, mas eu sei que deixei um pedaço de mim com ela. Eu ainda consigo lembrar o sorriso que ela me deu depois de termos chorado juntos, eu também não agüentei e sorri também. Parece difícil, mas eu sorri, e foi o sorriso mais franco que dei em toda minha vida. Lembro também que conversamos por boas e longas horas. Quando chegaram a Granger e o Malfoy de mãos dadas na nossa frente, não pude deixar de rir da cara dela, acho que já sabem o porquê do Malfoy não ter ido comigo ali, no nosso lugar de desabafo.  Foi a tarde mais feliz em toda a minha vida, a tarde em que descobri o meu grande amor.


Anos depois nós nos casamos, apesar da surpresa de todos. Casamos-nos junto com Hermione e Draco, e que foi a maior surpresa que Hogwarts já teve. Foi uma cerimônia linda, toda a decoração em branco. Ela estava linda, o vestido era simples é verdade, mas estava linda. E eu o homem mais feliz de toda a face da Terra. Quando o nosso primeiro filho nasceu, foi à segunda vez que eu chorei na sua frente, mas desta vez foram lágrimas de felicidade, e ela como sempre linda e radiante segurando no pequeno filho de cabelos escuros, sua pele era branca e olhos claros como os delas. Peguei o nosso filho nos meus braços, e olhos nos olhos dele, e naquele momento finalmente aprendi que sonserinos são humanos, sonserinos choram e acima de tudo eles também amam.


 


N/A: Gente, eu comecei a fazer essas fic às três da manhã. Desculpe, se não está boa. “/

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