O Seqüestro de Lúcio Malfoy
C A P Í T U L O U M
O SEQUESTRO DE LÚCIO MALFOY
O vento passava frio por aqueles lugares. Uma verdadeira selva, coberta por árvores bem verdes e bonitas, bastante florescidas, cheias de pássaros estranhos que por elas voavam e cantarolavam tranquilamente. De repente, uma caverna começou a tremer.
A caverna era grande e bem velha, quase desmorona. No interior dela, havia algo que chamava a atenção: Uma caixa de ouro. Era essa caixa de ouro que estava vibrando. Eis que a sua tampa se abriu, e a caixa caiu no chão. De dentro da caixa saiu uma pedra, brilhante e vermelha, que estava ofuscando bastante, e chamaria a atenção de qualquer um.
Era uma espécie de diamante, por ser dura, e um rubi, por ser vermelha. Essa pedra vibrava mais que tudo. Para os trouxas, deveria valer milhões que sustentaria uma família pro resto da vida. Pros bruxos, aquilo serviria apenas como uma relíquia pra coleção que tornaria o seu bruxo proprietário um homem de respeito e importante.
A pedra começou a ser rodeada por grandes sombras negras, que taparam completamente a sua visão e a vibração foi diminuindo a cada instante. Depois de alguns instantes, já não havia mais vibração nenhuma, e um buraco se abriu sobre a caverna. A pedra, ainda cercada por sombras, estava quieta como se tudo não tivesse passado de uma maldição Cruciatus nela, e que agora já tinha acabado.
Da pedra, saiu um enorme vulto preto que escapou pelo buraco na caverna e saiu voando selva afora. Os pássaros fugiam dele. De lá de cima, ouviam-se músicas estranhas. Os pássaros eram de uma raça rara e estranha, azuis com vermelho, alguns detalhes amarelos e asas bastante decoradas. Eram asas lindas de se ver. Nem pareciam pássaros, embora fossem.
A sombra passou pelas nuvens, escurecendo-as. Ela se afastava cada vez mais daquela selva, e se aproximava cada vez mais do mundo trouxa. Aquele mundo tinha sido deixado pra trás, e agora a sombra estava voando sobre a capital inglesa, Londres.
Ela passou por um prédio, que desabou instantaneamente. A sombra se dividiu em duas, essas duas agora sobrevoavam o centro de Londres, onde os prédios eram maiores e mais belos. Derrubaram outros prédios, enormes principalmente. As ondas estavam descontroladas, criando tsunamis que destruíam casas do litoral e matavam pessoas que tomavam banho de mar.
De repente, as sombras se aproximaram de uma casa de dois andares, praticamente fora da cidade, da capital. Era uma casa de aspecto velho, com um relógio na torre e um enorme jardim. As sombras adentraram a casa e subiram as escadas da sala de estar, que davam acesso ao primeiro andar, que tinha seis portas, onde somente uma encontrava-se aberta, e podia-se ver que lá dentro tinha gente.
Quando as sombras adentraram a sala, viram que nela agora tinham seis pessoas, entre elas Draco e Lúcio Malfoy, Pansy Parkinson e mais duas pessoas não identificadas: Um tinha cabelos longos presos em uma enorme trança que batiam em sua cintura e a outra tinha cabelos longos e crespos que vinham nos seus pulmões. Eles eram estranhos, e tinham rostos que lembravam alguém.
Draco Malfoy deu dois passos e tirou a sua varinha das vestes. Com ela, fez um feitiço que teria como resultado o aparecimento de dois corpos: Um masculino e o outro feminino, ambos corpos de pessoas bonitas. Ele deu mais outro passo em direção as sombras, que agora estavam em repouso, e disse:
— Fiz como pediu — disse ele, mostrando os corpos que estavam no chão — Eles estão vivos, somente desmaiados. Agora, peço que pare de perseguir a mim e a minha atual esposa, por que eu já abandonei seu grupo. Saiba que eu posso acabar com isso num piscar de olhos e fazer você voltar ao mundo dos mortos.
Lúcio Malfoy, que ouvia a tudo calado, se levantou e foi ao encontro do filho.
— Recado dado — disse Lúcio — Nem ouse ameaçar Draco e a sua esposa novamente, ou nós acabaremos com você, e nunca mais terá chances de voltar a esse mundo novamente! Nós não somos mais comensais.
As sombras pareciam concordar. Pansy estava quieta em seu canto, calada, assim como os outros. Nenhum movia a boca. Era uma sala escura, com cadeiras e uma enorme mesa. Ali velas iluminavam e com aquelas pessoas ali presentes, vestidas com enormes roupas pretas, deixavam o local ainda mais místico do que já era.
Foi quando as sombras se moveram gravemente e cercaram os corpos abandonados no chão. Assim como na pedra, as sombras cercaram os corpos e a visibilidade deles fora impedida completamente. Os corpos se balanceavam lá dentro, e de repente, ganharam vida.
Os corpos se ergueram com as sombras dentro deles. Ou melhor, nem eram sombras; Eram almas, almas negras. Eles tinham aqueles corpos como base. O homem tinha cabelos negros e lisos, aparência pálida, atraente. Era muito parecido com Tom Riddle, embora não fosse. A mulher era linda, os cabelos lisos chamavam atenção, assim como os olhos azuis que se destacavam na pouca luz do ambiente. Os dois olhavam pras pessoas na sala radiantes, movimentando os membros para se acostumarem. Aqueles gestos, a forma de se mover, eram bastante conhecidos.
Pansy Parkinson agora resolveu falar. Se levantou e disse palavras gaguejando.
— Lorde das Trevas, estás de volta a esse mundo, mas não com a mesma energia — disse ela, contemplando o corpo. — És mais bonito, e tem cara de bondoso. Eu juro aliar-me a ti, e servi-lo nessa nova missão, nesse novo objetivo de destruir a Harry Potter e a todo o mundo bruxo, já que pretende partir depois disso.
O homem, que agora tinha a identidade revelada, deu alguns passos até a moça e falou com ela olhando diretamente em seu olhos.
— Pansy, é muito bom tê-la comigo — disse ele, acariciando seu rosto — Continua bela. Iremos juntos dominar o mundo bruxo novamente e conseguiremos destruí-lo, já que parece que agora ele só serve a Harry Potter por ele ter tido sorte em eu ter morrido... Ele não me matou, jamais me mataria. — ele agora passava entre as pessoas que estavam habitando a sala. Suas vestes trouxas chamavam a atenção. Ele chegou até uma cômoda, abriu a gaveta e dela tirou a sua varinha, que era irmã da de Harry — Ele me derrotou quando era apenas um bebê inofensivo. Não ele, mas sim Lílian Evans. Ela fez um feitiço de proteção sobre aquele inútil! Mas minha vingança será em breve, ele que terá que se preparar.
O homem fez gestos com a varinha. Ele modificou a sua roupa pra vestes negras e longas, com tecido de seda e aparência de velho. Modificou a cor das paredes e dos pisos, e tatuou a marca negra em seu braço.
Vendo aquilo, a outra sombra que abrigava o corpo da mulher aproximou-se de Voldemort e estendeu seu braço, puxando a manga da camisa rosa.
— Milorde, podes fazer isso pra mim também? — perguntou ela, fazendo uma cara de piedosa. Aquela vozinha irritante era bastante conhecida.
Voldemort sorriu e apontou a varinha para o braço da moça, e tatuando a marca negra nele, foi dizendo algumas palavras com a voz grossa e grave que aquele corpo pertencia.
— Com todo prazer, Bela. — e revelou a identidade da moça, que agora tinha o braço tatuado.
Com a identidade revelada, Belatriz Lestrange deu mais passos e agora, olhando diretamente nos olhos de seu sobrinho Draco, disse-lhe algumas palavras:
— Está fugindo, Draco? — ela perguntou.
Draco fez cara feia para ela.
— Não, Tia Bela, eu não estou fugindo — ele disse, com um olhar de triste — Jamais fugiria. Acontece que eu não sou um assassino, eu não quero mais viver uma vida de crimes, eu quero viver uma vida normal.
— Isso é a verdadeira desculpa para um covarde — ela disse em seus ouvidos, com uma voz calma que arrepiava.
Draco estava profundamente irritado com a tia. Sem querer bater nela, ele se controlou e nem conseguiu mais responde-la. Lúcio estava sério e pálido, olhando pra cima com as mãos pra trás. Ele sabia que Voldemort iria falar alguma coisa para ele, e já esperava pelo pior.
O lorde das trevas deu alguns passos e ficou rodeando o Malfoy, com a varinha em mãos. Ainda rodeando, foi quando, com cautela, disse as suas palavras para o ex-comensal paralisado em sua frente.
— És também outro covarde, Lúcio — disse ele, rodeando o seu ex-fiel. Era mais alto que ele, porém Lúcio possuía uma estrutura física mais musculosa.
Lúcio engoliu em seco, mas conseguiu criar a coragem suficiente que o fez responder sem medo.
— Eu não sou um covarde — disse ele, olhando pra frente como se estivesse falando com ninguém. — Só que simplesmente eu cansei de você, das suas ordens e das suas exigências. — ele não tinha nenhum medo agora. Não sabia o que o encorajava. — Eu nunca mais serei um Comensal da Morte, Voldemort.
Ele ter dito o nome não mais temido irritou profundamente o Lorde das Trevas, que apontou sua varinha pra Lúcio e exclamou:
— Avada Kedavra!
A maldição foi desviada por Lúcio, que deu risada da cara de Voldemort.
— Você não tem mais o mesmo poder de antes, Riddle — disse Lúcio — Será fácil desviar de suas maldições. — disse ele, zombando do Lorde das Trevas.
— Não me desafie, Lúcio — ele disse — Eu mato você, mas seria um verdadeiro desperdício. Se você não quiser me servir por bem, servirá por mal — Belatriz, nesse momento, sorriu maleficamente — A maldição Império poderá facilmente cuidar disso, você sabe.
Nesse momento, o instinto protetor de Draco foi ativado, e ele corajosamente se jogou a frente do pai, com as vestes tapando toda a vista traseira. Desafiava Voldemort, encarando-o olho no olho.
Belatriz se juntou ao seu mestre e sacou uma varinha de uma gaveta que ficava ao seu lado.
— Draco, não deveria brincar com fogo — disse ela, agora mais seriamente — Não quero machucar você, meu sobrinho querido, filho da minha irmã Ciça que eu tanto amo. Não iremos te matar, basta você ser pacífico. Saia da frente e POUPE a sua vida.
Draco fez cara de mal e encarou a tia agora. Ainda tapava a vista de seu pai, que queria sair de lá de trás, embora ele não permitisse.
— Tenta, tia Bela — disse Draco — encoste um dedo no meu pai e eu mato você.
— Você é um covarde, não mata nem mosca. — disse Bela — Jamais teria coragem de matar a própria tia, querido. Por favor...
— SAIA DA FRENTE! — exclamou Voldemort.
Draco continuou imóvel em frente ao seu pai. Ele estava pronto pra dar a própria vida no lugar da de seu grande amigo e figura paterna. Estava pronto pra criar um escudo protetor diante deles, mas estava esperando o primeiro ataque.
— Não — disse corajosamente.
Voldemort deu um giro com Belatriz e jogaram duas maldiçoes do Avada Kedavra diante dos Malfoy, mas Draco se ajoelhou e criou uma enorme proteção que não permitiu que morresem.
— Inútil, vai perder tudo.
— Eu não vou entregar meu pai assim — disse Draco — Terá que quebrar esse escudo e me matar pra conseguir pegá-lo.
— Eu mato, mas primeiro é melhor me entregar seu pai, Draco — disse Voldemort, ajoelhando-se em frente a Draco e olhando-o olho no olho — Ele tem muito mais qualidades e habilidades com feitiços do que você, que não teve coragem nem de matar Alvo Dumbledore e provar sua competência.
Draco fez cara feia, porém decidiu que aquilo não o emocionaria nunca mais.
— Cala a boca — disse ele — Você não tem nem nunca terá moral pra falar de mim, seu idiota!
— Eu não quero lhe matar Draco, mas vejo que será necessário — disse ele, tão próximo do rosto de Draco que quase o beijava.
Voldemort então, lentamente, movimentou as mãos pra que fosse feita uma magia forte o suficiente pra destruir a proteção de Draco, mas essa era persistente e não fora perfurada nem seria por praticamente nada.
— Draco, eu vou te matar lentamente até você pedir pra morrer — disse ele, virando-se pro casal desconhecido — Josh e Camilla, favor destruírem esse escudo.
Os dois, que aparentavam serem gêmeos, deram alguns passos até o Lorde das Trevas e sacaram as varinhas, apontando-as para Draco.
— Faremos de tudo, mas isso é magia antiga e pura, muito difícil de ser vencida — disse a moça.
— Irão conseguir — encorajou Voldemort — Vocês tem capacidade, são grandes bruxos que obtiveram sucesso na vida — isso emocionava a Josh e Camilla — Não foi à toa que os convidei pra adentrarem ao meu grupo.
Os gêmeos uniram forças e lançaram mais feitiços contra o escudo, embora esse permanecesse ali, intacto.
— Mas... — ia dizendo Voldemort, mas foi interrompido pelos gêmeos.
— Não se preocupe — assegurou Josh, lançando mais feitiços ainda — Já estamos conseguindo.
Quanto mais tentavam, mais o escudo parecia ficar intacto. Voldemort não entendia, mas confiou em seus comen-sais. Eles lançavam mais feitiços, todos com um jarro de luz meio rosado. Embora fingisse conhecer, Voldemort não fazia a mínima idéia de que feitiço os gêmeos estariam usando pra destruir aquele escudo.
Logo Josh lançou o maior jarro de luz de todos, que fez um enorme buraco no escudo. Voldemort ao ver já foi avançando pra matar os Malfoy, porém foi impedido por Josh, que o segurava cautelosamente.
— Agora não pode — disse Josh.
— Mas por que não? — perguntou Voldemort — Eu posso tudo, sr. McMiccklan.
Camilla se intrometeu na conversa.
— É como se houvesse um sensor — disse ela — Se alguém passar por ali, o escudo se fecharará e cortará o corpo de quem quiser entrar nele, assim como se fechará ao ser atacado com uma maldição que quer penetrá-lo e essa maldição se voltará contra quem a usou.
Voldemort nada respondeu. Ele não conhecia muito aquela magia, mas riu. Afastando-se um pouco, esperou que Josh e Camilla pudessem destruir logo aquele escudo pra ele matar os Malfoy.
O tempo foi passando e o escudo se quebrando, até que se quebrou por inteiro.
Riddle ficou cara acara com Draco, e Lúcio agora ao lado do filho.
— Mataremos os dois — disse Voldemort — Avada Kedavra!
O feitiço acertou em cheio Lúcio, que caiu totalmente inconsciente no chão.
— Agora chegou a sua vez, Draco — disse Voldemort.
Mas uma fumaça branca envolveu Draco e o pai, e numa fração de segundo os dois desapareceram completamente e mais ninguém viu a cara deles.
— Maldição! — gritou Voldemort.
— Se acalme. — aconselhou Belatriz.
— Esqueça Draco Malfoy. — disse Camilla.
— Devo agora me concentrar só em uma pessoa: Harry Potter — disse Voldemort.
Todos os comensais montaram vassouras ali na sala guardadas.
A janela se abriu por magia, quando Belatriz levantou vôo primeiro que os outros. Depois dela vieram Pansy, em seguida Camila, Josh e Voldemort, todos voando rapidamente, até que Voldemort ergueu a sua varinha pros céus, e antes que pudesse falar alguma coisa, Belatriz Lestrange o interrompeu com palavras ditas em preocupação.
— Tem certeza de que vai fazer isso, Milorde? — perguntou ela, olhando preocupada.
Voldemort riu.
— As pessoas precisam saber que eu voltei, Belatriz — disse ele, agora conjurando no céu a marca negra dos comensais da morte.
Todos começaram a gargalhar, e seguindo voando, com as varinhas, derrubaram uma loja no beco diagonal, depois derrubaram casas no mundo bruxo.
Queriam destruir o mundo bruxo; Queriam matar. Agora precisavam fazer aquilo, pois algo aconteceria.
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