Buscando os amigos...



Subiu as escadas correndo. Naquele horário não havia ninguém nos corredores dos dormitórios. Estavam todos lá embaixo aproveitando as ultimas horas que tinham para colocar a conversa em dia. Como as únicas pessoas que tinha para conversar estavam consideravelmente desaparecidas naquele momento Harry não tinha outra saída além de ir buscá-las.
Corria com o coração batendo acelerado. Não pelo esforço físico mas pelas emoções que ele tinha passado durante todo aquele dia. Colocar a capa de novo seria como reviver cada instante passado com Gina. Pena que ela não estaria nauqele lado naquele momento. A menos é claro que ele tentasse busca-la. Mas seria muito arriscado fazer isso agora. Não sabia se a escada para o dormitório feminino esticaria impossibilitando ele de subir como fizera há muito tempo quando Rony tentava chamar Hermione. Em Hogwarts os garotos não podem em qualquer hipótese visitar os quartos das meninas. Mesmo com a capa de invisibilidade Harry duvida que sua presença não fosse sentida pela escada e sendo poderia correr o risco de descobrirem o seu segredo. Era melhor tentar com Gina no dia seguinte. Agora ele queria mesmo era encontrar Rony e Hermione antes que se metessem numa grande encrenca.
Apertou os passos para chegar logo ao seu quarto e sorriu admirado quando entrou e viu sua capa em cima da cama embrulhada num papel com um pequeno bilhete em cima dela. No bilhete a letra cheia de garranchos de Dobby dizia: “Cuidado com a Magia de Hogwarts! Ela é mais poderosa do que as pessoas imaginam.”
Harry leu o bilhete mas não se importou. Achava que o elfo estava exagerando em seus cuidados. Nada tinha lhe acontecido naquele dia além de um choque quando estavam diante do quadro e , observando de uma outra maneira, o choque nem foi algo forte comparado ao que sentiu quando Gina lhe beijou. Depois de tudo o que passará nos últimos tempos Harry tinha certeza de que merecia no mínimo o direito de ficar alguns instantes a sós, ou na compania de quem quisesse para esquecer toda a dor que tinha sofrido. Ainda existia um vazio em seu peito. Agora sendo preenchido pela entrada de Gina em sua vida. Mas mesmo assim, Harry sentia falta do padrinho e queria de toda a maneira sumir com aquele sentimento do seu coração. Não sabia como mas estava tentando.
Pegou a capa em suas mãos e colocou a. Respirou fundo e decidiu que já era hora de buscar ROn e Mione. Colocou a mão na maçaneta da porta e antes que pudesse abri-la alguém do outro lado o fez e entrou abruptamente. Eram Seamus e Dean um tanto eufóricos e rindo a toa.
- Meu! Finalmente uma coisa engraçada aconteceu hoje. Aquele bomba de fedor que explodimos no sala comunal serviu para no mínimo apazigar os ânimos. As pessoas por aqui andam muito serias ultimamente!
- Com certeza! –respondeu Dean.- Ainda bem que os gêmeos deixaram bastante para nós dois aproveitarmos até o fim do ano.
- Se tivermos fim de ano. Pode ser que Você Sabe Quem volte e destrua a escola!- Seamus tinha um tom propositalmente sombrio na voz. < Br> - Espero que não. Quero ver se eu ainda saiu com aquela menina da Corvinal antes do fim do ano. Seria uma pena se eu não conseguisse por causa de um morto vivo.
Seamus riu junto com Dean. Pareciam não estar levando muito a serio naquele momento tudo o que Voldemort significava. Harryu por um momento pensou se realmente tudo não teria sido uma grande piada e que na verdade estava representando num daquele seriados que as vezes o Duda assistia na TV, cheio de bruxas monstros e coisas desse tipo. No intimo desejava que fosse isso. E que no final, todas as pessoas que ele tinha perdido surgisse de trás de alguma parede para o cumprimentar para incrível apresentação. Mas sabia que aquilo não iria acontecer. Estava ciente disso.
- E falando em casais, onde serão que estão o ROn e a MIone. O Harry a gente sabe que sumiu o dia inteiro supostamente com a Gina. Mas será que o nosso outro companheiro de quarto se entendeu com alguém hoje?!
- Bem, tenho que admitir que nenhum das duas esta de se jogar fora ultimamente. Mas acho que elas são definitivamente as únicas que conseguem agüentar aqueles dois. Uma já foi possuída por Você Sabe Quem, uma foi petrificada, e mesmo assim continuam se metendo sempre nas confusões daqueles dois. Até Neville agora entrou na onda. Lembra o ano passado. Ele também foi com eles enfrentar Você sabe Quem. Eu não sei se teria toda essa coragem.
- Você não tme nem coragem de convidar uma menina para sair imagina enfrentar um monte de comensais da morte!
E Seamus começou a rir. Aparentemente Dean não gostou enm um pouco daquilo e ficou emburrado.
- Você também não se esforça muito para chamar uma garota para sair não é mesmo. São sempre elas que chegam em você!
- Justamente. Eu não preciso...
E antes que pudesse terminar a frase Dean tacou um travesseiro na cabeça do amigo. Harry percebendo que começariam a jogar travesseiros um nos outro decidiu que essa era a melhor hora, enquanto estavam distraídos, para sair do dormitório. Silenciosamente abriu a porta e sorrateiramente saiu. Os dois estavam tão ocupados que nem ouviram a porta bater. Harry tomou cuidado para se manter próximo a parede de modo que pudesse encostar caso alguém viesse em sua direção. Mas o corredor estava mutio cheio tornando quase impossível essa sua tentativa. Respirou fundo antes de se arrepender de ter saído aquela hora. Caminhou um pouco até um canto de difícil acesso e esperou que as coisas se acalmasse. Aparentemente a bomba de fedor que Dean e Seamus soltaram irritou e assustou toda a sala comunal. Todos que passavam comentavam sobre o ocorrido, mas ninguém ainda tinha chegado há alguma conclusão. E dificilmente chegariam. Aquelas bombas depois de estouradas não deixavam rastro algum ficando impossível pegarem o infrator. Harry pela primeira vez sentiu vontade de rir. Era realmente engraçado. Lembrava-se agora dos gêmeos. Sentia falta deles. Em todos os momentos eles eram os únicos que conseguiam enxergar o absurdo de algumas situações colocando as sempre de maneira irônicas e divertidas. Não podia se queixar muito. Tudo o que tinha sofrido compensava por tudo o que tinha aprendido e se divertido. Sorriu. Acreditou por um momento que deveria ser assim que seu pai se sentira todas as vezes que passeava por Hogwarts naquela capa: relembrando suas travessuras anteriores.
Depois de alguns momentos, tudo se acalmou. Mas nem sinal de Ron ou Mione. Harry estava realmente ficando preocupado. Não era normal os amigos serem tão irresponsáveis, ou melhor, não era normal a Hermione esquecer dos horários e das regras. Decidiu descer até a sala comunal tomando cuidado redobrado. Ainda existiam alunos acordados e que podiam acabar acidentalmente esbarrando nele. Quando finalmente conseguiu chegar percebeu o quanto já era tarde. As luzes estavam apagadas e não havia mais ninguém por lá, nem seus amigos. Olhou o relógio e percebeu que algo serio deveria ter realmente acontecido. Pensou se seria muito arriscado tentar achar os amigos. Ficando parado ali por alguns momento. Por uma janela a lua iluminava a sala. Ela estava cheia e brilhava intensamente. Harry pensou um pouco e percebeu que estava sendo conseqüente demais. Arrumou a capa cuidadosamente e saiu pelo porta do retrato.

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