Um minuto para ficar em paz...
Harry detestava as aulas de Poções! Ainda mais naquele dia em que estaria sozinho nela. O mundo dos bruxos estava em guerra. Harry sabia disso antes mesmo de voltar para Hogwarts. Mas dentro da escola tudo parecia tão calmo e tranquilo que Harry sentia se frustado e raivoso por ser apenas um garoto de 16 anos. Queria participar da luta e principalmente queria vingar seu padrinho. Mas não podia. Não no momento. Porque ainda poucas coisas lhe eram permitidas. A profecia ainda assombrava sua mente. Sempre que se deitava lembrava-se das palavras do diretor de Hogwarts. Isso não lhe trazia qualquer tipo de conforto. Só o deixava mais desolado. Sentia-se só. Não sabia em quem confiar ou para quem desabafar. Todos que amavam tinha partido. Seu padrinho, seus pais... ainda restavam seus amigos, mas mesmo assim ainda faltava algo. Sabia que tinha pessoas que o amavam mas queria alguém unico para ele naquele momento. Queria alguém que não quisesse protege-lo ou educa-lo para a sua missão como todos as sua volta estavam tentando faze-lo. Não queria mais olhares de pena vindo dos Weasley, dos colegas, dos professores. Queria que alguém o respeitasse. Só por um minuto queria ser tratado como uma garoto normal.
Nessas horas Rony e Hermione ajudavam. Eles não iam a aula de Poções hoje. Eram monitores agora e precisavam participar da palestra que seria dada a eles hoje. Era dificil sem eles na aula. Por mais que o irritassem as vezes com suas brigas ou perguntas que Harry não queria responder sobre o que tinha acontecido no ultimo semestre, eles ainda eram as pessoas que mais o tratavam simplesmente como um amigo normal. As vezes queriam protege-lo também demasiadamente. Mas ainda o entendiam, pelo menos as vezes eles conseguiam fazer isso.
Harry chegou finalmente a sala de poções, entrou e sentou-se no fundo isolado de todos. Tentou não fazer qualquer tipo de barulho para que não chamasse a atenção. Impossivel. Sabia que todos o observavam. Desde que foi provado que ele não era louco, que realmente Vodemort tinha retornado, todos queriam falar com ele. Harry se isolava ao maximo. Não queria conversar com ninguém da escola. Não ainda! Estava magoado demais. Chateado e confuso para tentar se abrir com alguém agora.
Harry estava tão distraido em seus pensamento que não notou quando Snape entrou na sala. Quando percebeu sua presença ele já estava na frente de sua mesa com um sorrisinho ironico nos labios.
- Ora, ora! Se não é o nosso querido Potter isolado de todos! Pena que seus amigos são amis importantes que você não é mesmo Potter! Eles pelo menos são monitores! Se bem que não entendendo muito bem porque eles! Não consigo encontrar alguma coerencia na escolha de Dumbledore. Mas no minimo, eles são alguma coisa! E você Potter?! O que é?!
Silêncio na sala. Alguns alunos da Sonserina deram uma risadinha mas pararam quando perceberam que Harry não estava com uma de suas melhores caras. Inesperadamente ele se levantou ficando cara a cara com Snape. Era a primeira vez que se encaravam frente a frente. Olhos nos olhos. Harry tinha crescido muito nos ultimos anos. Já estava quase na altura de Snape.
- Quem sou eu?! Sou Harry Potter! O garoto que por causa de uma profecia idiota terá que matar Voldemort ou esperar que ele me mate. Que por causa dessa mesma profecia perdeu os pais e o padrinho. E o cara que esta saindo da sala do professor mais detestado de toda Hogwarts porque ele não aguenta mais olhar para o nariz torto desse professor.
Harry pegou seu material e e já estava saindo da sala quando Snape saiu do estado de choque em que estava e falou:
- E espera que tenhamos dó de você por causa disso, Potter?!
- Não! Muito Obrigada! Mas mesmo que quisesse qualquer tipo de sentimento com certeza não esperaria isso de alguém que nunca soube sequer o que significa essa palavra.
Snape não respondeu de imediato. Só quando Harry fechou a porta da sala pode ouvi-lo dizer alto que tiraria 50 pontos da grifinoria por causa daquilo. Mas dessa vez Harry não se importou. Estava cansado demais para manter as aparencias. O que importava as regras da escola se no mundo lá fora estava tudo sendo devastado
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