- Circo e discussões -



Capítulo 6 Circo e discussões.


 


- Muito bem, eu não acredito que terminamos – disse Hermione triunfante enquanto assinava os últimos papéis. Era segunda feira. Sexta feira eles teriam a festa de lançamento do tão esperado livro Decifre-me. Draco ainda implicava com o nome daquele livro, e fazia piadas cada vez mais engraçadas ao ver de Hermione.


- É por causa do meu trabalho super bem feito, Granger – disse Draco enquanto sorria de lado. – Eu sempre me achei perfeito, mas me superei essa semana.


- Háhá, tenho o bozo trabalhando comigo – ironizou Hermione enquanto ela e Draco se levantavam. Os dois se espreguiçaram. Já era meia-noite e não tinham saído do escritório. Passaram as semanas inteiras tentando deixar tudo perfeito para a festa. Hermione olhou para a pilha de papéis e lembretes em cima da sua mesa. – Terminamos, eu não acredito! Terminamos!


A mulher deu pulos de alegria, fazendo Draco erguer uma sobrancelha. O loiro já ia fazer-lhe algum insulto quando Hermione jogou os braços sobre seus ombros. O abraço pegara Draco desprevenido. Arregalou os olhos enquanto sentia o corpo de Hermione grudado ao seu.


- Muito obrigada, Malfoy – agradeceu gentilmente. Draco sentiu um beijo sendo depositado em sua bochecha. Aquela demonstração de afeto era muito estranha a seu ver. Sem jeito deu alguns tapinhas nas costas da chefe.


- Sem problema – declarou pigarreando. Hermione afastou-se um pouco corada.


- Desculpe. – Murmurou envergonhada. Aquilo fez Draco sentir-se ainda mais desconfortável. Não era como se não tivesse gostado, apenas não estava acostumado com aquilo.


- Não tem que pedir desculpas. Sou eu quem tem um coração frio e gélido – declarou o loiro fazendo Hermione rir.


- Disso eu já sabia – falou a morena bocejando. – Estou morta de fome.


- Então me coma – brincou Draco enquanto se retiravam da sala.


- Oferta encantadora, Malfoy. – Disse Hermione sedutoramente. Draco ergueu a sobrancelha.


- Não brinque assim, Granger. Faz quase um mês que eu não como ninguém, estou na seca.


- Uau, Malfoy! – Hermione fingiu estar impressionada. – Diga-me, como você sobrevive?


- Eu tenho minhas diversões – Draco piscou fazendo Hermione franzir o cenho.


- Eu não entend... – Mal terminou a frase quando a ficha caiu. Seu rosto se contorceu em uma careta. – Argh, Malfoy! Que nojoooooo.


- O que? Eu ia dizer que o Zabine apenas passa lá em casa e a gente fica jogando cartas. – Draco colocou a mão no peito, fingindo estar ofendido. – Hermione Jane Granger, que tipo de imagem você tem de mim?


- Você quer realmente saber a verdade? – Perguntou Hermione enquanto trancava a porta da sua sala. Draco ponderou, mas achou que seria mais divertido ver Hermione usar ironia.


- Não. Conte-me algo que me agrade. – Pediu Draco. Hermione pareceu pensar.


- Você é o cara mais certinho, lindo, galante e sedutor que eu conheço, Malfoy – falou enquanto fingia se abanar. – Ficar ao seu lado é como estar com um pedacinho do céu.


- Falando assim, até Merlin acredita – esnobou Draco. – Mas você sabe o que dizem, Granger?


- O que?


- Toda mentira tem um fundo de verdade – Hermione corou enquanto Draco sorria triunfante. Quando saíram do ambiente de trabalho, pararam para se encarar. Hermione mordeu o lábio inferior.


- Bom... até amanhã, escravo – brincou enquanto estendia a mão para Draco. O homem a encarou por uns minutos e aceitou o aperto de mão. Puxou Hermione para perto de si, depositando um beijo em sua bochecha.


- Até amanhã, chefinha – o seu próprio ato o pegara desprevenido. Separou-se rapidamente da mulher, aparatando logo em seguida. Não ficou para ver o rubor tonalizar o rosto de Hermione.


 


Assim que pisou em casa, Hermione pode sentir uma mão puxando-a pela cintura. A morena sentiu um arrepio percorrer-lhe.


- Quem é? – Perguntou para logo em seguida uma luz ofuscar seus olhos. Harry estava parado à sua frente. – Potter! O que faz aqui?


- Potter? O que é isso? – Perguntou Harry com as sobrancelhas erguidas. – Eu só vim te fazer uma surpresa, só isso.


- E isso é lugar de fazer surpresas? Se o Rony entra aqui, você está frito – lembrou Hermione enquanto arrumava as coisas que trouxera do trabalho.


- Se divertiu muito com o Malfoy? – Perguntou Harry irônico. Hermione revirou os olhos.


- Sim, cada vez ficamos mais íntimos. Principalmente quando estamos nos beijando em cima de uma mesa – provocou Hermione observando Harry ficar vermelho.


- Nem brinca com isso. Acho que eu, Rony e Gina te matávamos. – Harry falou em um tom seco. Hermione riu sem humor.


- Até parece que conseguiriam – Hermione encaminho-se até cozinha. – E por que você que está aqui e não o Rony?


- O Rony teve que ir à Toca resolver um probleminha. Parece que o senhor Weasley ficou doente.


- Mas ele está bem? – Perguntou Hermione preocupada. Harry fez que sim com a cabeça. – Não acha melhor eu dar um pulinho lá?


- Ele disse que não precisa. Sabia que você voltaria tarde do trabalho, então pediu-me para ver se você estava bem. Então, Mi... você está bem?


Hermione fez que sim com a cabeça enquanto comia um prato frio que tirara da geladeira. Estava morta da fome.


- Estou ótima. Amanhã tenho que me encontrar cedo com o Malfoy, então nem pense em me aporrinhar.


- Está me trocando pelo Malfoy? – Brincou Harry, mas aquilo fez Hermione corar. Ela pigarreou antes de falar:


- E se estiver? Ele tem... hm... as qualidades dele. Já viu seu sorriso de lado? Ui, ui. Enlouquece qualquer uma – Hermione fechou os olhos fingindo visualizar a cena. Harry franziu o cenho.


- Você já está tão próxima dele que toda hora faz uma ironia.


- Eita, calma. Eu estava brincando – defendeu-se Hermione colocando o prato e os talheres na pia. – Por que você não vai para casa?


Harry sentiu-se desconfortável.


- Ainda não falei com a Gina direito, então pensei em dormir por aqui. – Declarou o moreno. Hermione pareceu refletir por um momento.


- Ótimo. Cuidarei do quarto de hóspede para você – falou autoritária. Harry pareceu que ia replicar, mas Hermione o olhou, furiosa. – Não pense que vai acontecer alguma coisa, Harry. Eu preciso dar um tempo nisso tudo. Não gosto do que estamos fazendo com o Rony. Acho errado. Me diga, seu amigo fez algo contra você para merecer isso?


Harry ficou calado e apenas abaixou a cabeça. A mulher estava certa, ele sabia. O amigo não merecia que ficasse tentando Hermione.


- Está bem – falou por fim seguindo Hermione até o quarto de hóspede. – Mas o dia que quiser algo... sabe onde me procurar.


Hermione bufou de raiva enquanto fechava a porta na cara de Harry. Andou até o quarto e jogou-se de qualquer jeito na cama.


Imaginou que daqui a algumas horas teria que se encontrar com Draco para acabar com tudo. Finalmente teria um pouco de paz depois de tanto trabalho. De repente tirasse até uma semana de férias. Poderia dar uma semana de férias para Draco também.


Talvez viajasse com Rony para algum lugar bem distante. Assim os dois poderiam parar de brigar e se divertir um pouco – coisa que raramente acontecia naqueles tempos.


Depois da escola, Hermione amadureceu ainda mais depressa. Arranjou um emprego logo depois de se formar, passou a morar sozinha e cuidar da própria vida. Já passara por vários cargos e agora tinha o próprio negócio. Com apenas vinte e três anos ganhava bem, e como dizia Draco: possuía seu próprio escravo sexual.


Parecia que Rony e Harry haviam empacado. Harry tinha um relacionamento bem complicado com Gina e era chefe dos aurores. Não havia sido muito difícil para ele conseguir aquilo. Principalmente com seu histórico muito favorável.


Rony seguiu na loja do irmão depois de trabalhar em alguns outros lugares.


Draco... bem... Hermione realmente não sabia o que Draco fazia no Ministério. E duvidava muito que o loiro lhe contasse. Franziu o cenho enquanto seu cérebro tentava se desligar para ela poder dormir.


Quando finalmente caiu no sono, o despertador tocou. Ou assim lhe pareceu. Não era possível que já fosse de manhã. Lembrava-se de ter dormido há poucas horas atrás.


Levantou-se e se espreguiçou. Eram sete horas da manhã. Foi até o banheiro tomando um banho e se arrumando.


Encontrou Harry já fazendo seus cafés da manhã. Sorriu para o amigo enquanto sentava-se à mesa. Harry sorriu de volta.


- Bom dia, Mi – desejou beijando-lhe no rosto.


- Hm... panquecas? – Perguntou Hermione sentindo-se faminta. Harry riu enquanto fazia que sim com a cabeça.


- Gostaria de uma, senhorita? – Perguntou oferecendo uma bandeja para a amiga. Hermione pegou, servindo-se de duas panquecas.


- Obrigada – agradeceu enquanto provava. – Está uma delícia.


- Pois é. Eu finalmente aprendi a cozinhar. – Disse Harry rindo e sentando-se à sua frente.


- Deveria dar algumas aulas ao Rony – falou Hermione em tom suplicante. Harry riu mais ainda.


- Nem que eu quisesse conseguiria.


 


Assim que chegou ao escritório, Hermione sorriu para Draco.


- Bom dia, Malfoy – desejou enquanto encaminhava-se pela salinha. Draco devolveu o sorriso.


- Bom dia, chefinha. – Levantou-se da cadeira e rumou para dentro da sala de Hermione, seguindo-a. – Tenho boas novas.


- Quais? – Perguntou Hermione de bom humor. Draco pegou uma folha para ler o que havia escrito.


- Falta apenas a senhorita ligar para alguns amigos para festa de lançamento do livro – começou Draco. – E bom... quando digo amigos quero dizer os seus mais íntimos. Está na hora de você revelar quem é seu escravo sexual... digo, secretário pessoal.


Hermione riu com gosto e concordou com a cabeça.


- Eu sei. Estava pensando nisso. Está na hora do mundo saber que Draco Malfoy trabalha para Hermione Granger.


- Assim eu me sinto sujo.


- Mais alguma coisa para hoje? – Perguntou Hermione enquanto ajeitava um bolo de papel que se encontrava em sua mesa. Draco balançou negativamente a cabeça. Os olhos de Hermione se arregalaram.


- Só tenho isso para fazer? – Perguntou sem acreditar. Draco riu.


- Sim, senhora.


- Meu Merlin! Vai chover. – Hermione ergueu os braços, triunfante. Depois virou-se para Draco. – Que tal sairmos para comemorar?


Draco ergueu uma sobrancelha. Hermione corou.


- Quero dizer... se você quiser. – Murmurou envergonhada. Draco sorriu de lado.


- Claro, Granger.


- Ótimo. Que tal irmos a algum restaurante? – Perguntou Hermione batendo palmas. Draco franziu o cenho.


- Granger, isso não é comemorar – disse por fim. Hermione o encarou sem entender. – Chefinha, isso nós podemos fazer todo dia. Precisamos fazer algo diferente. Quando foi a última vez que se divertiu? Fez alguma merda? Saiu para algum bar? Granger, temos vinte e quatro anos.


- Vinte e três.


- Tanto faz! Você tem que viver um pouco, sabe? – Draco foi até seu lado e a puxou. Hermione viu-se sendo puxada pelo escritório a fora.


- Onde estamos indo? – Perguntou sem entender absolutamente nada. Draco deu um tchau para Rita e seguiu com Hermione pelo Beco Diagonal.


- Já foi a algum circo, Granger? – Perguntou Draco. Hermione olhou curiosa para o homem.


- Se a Sala Comunal da Sonserina for um... sim – brincou Hermione fazendo Draco revirar os olhos.


- A Sala Comunal da Grifinória é mais parecida com um. Cheia de leões... e palhaços.


Hermione ia responder, mas Draco aparatou, levando-a consigo.


 


- Onde estamos? – Perguntou Hermione ao ver-se em um parque completamente lotado. Draco olhou bem para os lados.


- Em um bordel – respondeu simplesmente. Hermione deu-lhe um tapa no braço.


- Você me trouxe a um circo? – Perguntou sem entender. Draco fez que sim.


- Nunca vim em um, aí eu vi que tinha um passando por Londres. Resolvi conhecer, mas não queria vir sozinho. Então me pareceu legal virmos aqui hoje.


Hermione concordou com Draco.


- Ok, mas... nossa. Isso é estranho. Um circo – falou incerta. – Será que iremos gostar?


- Sei lá. Vamos – Draco puxou Hermione e ambos entraram na grande tenda.


- Algo para beber? – Ofereceu uma mulher em uma pequena barraquinha. Hermione já ia pedir uma água, quando Draco se postou a sua frente.


- Duas cervejas – pediu oferecendo dinheiro trouxa. – E bem geladas.


- Malfoy! – Ralhou Hermione. Draco virou-se com um sorriso de escárnio.


- Por favor, Granger. Largue de ser certinha. Não somos chefe e empregado aqui. Estamos apenas nos divertindo, então relaxa e goza.


Hermione ia responder, mas por algum motivo ficou calada. Pegou a cerveja que estava sendo-lhe estendida.


- Obrigada, Malfoy – agradeceu enquanto sentava-se.


- À vontade – Draco sentou-se ao seu lado enquanto aguardava o espetáculo.


Algumas horas depois, os dois riam juntos.


- Isso foi divertido – disse Hermione enquanto saía para o parque. Levava um grande algodão-doce nas mãos. Draco roubava o doce da mulher.


- Foi. Tenho que admitir – declarou enquanto colocava o doce rosa na boca.


- Isso é meu – reclamou Hermione afastando-se de Draco.


- Opa! Eu também quero – Draco chegou perto fazendo Hermione correr um pouco. – Volta aqui, Granger. Eu quem comprei o doce.


- Problema. Ofereceu, agora é meu – a mulher saiu correndo enquanto Draco apenas sorria de lado.


- Aonde vamos? – Perguntou Draco observando o céu. Já escurecia. O espetáculo havia demorado. Ele finalmente alcançara Hermione, depois dela terminar de comer.


- Quer ir a algum pub? – Perguntou Hermione com a voz fraca. Draco ergueu a sobrancelha. O olhar malicioso da morena parecia convidativo, embora ela com toda certeza não estivesse ciente daquele olhar.


- Claro – concordou Draco enquanto caminhavam por uma estradinha de Londres.


- Eu só tenho que pegar minhas coisas lá no escritório – disse Hermione pegando no braço de Draco. Aparatou logo em seguida, aparecendo em frente ao escritório. – Espere um pouco.


Subiu rapidamente. Já estava vazio o lugar. Pegou suas malas e sua bolsa. Saiu correndo do lugar, louca para sair novamente. Havia se divertido muito naquele dia. Fazia tempos que não ria daquele jeito.


- Estou pronta – cantarolou Hermione enquanto fechava a porta com magia. Virou-se preparada para ver Draco, mas não imaginou ver um ruivo e um moreno a sua frente.


- Rony? – Perguntou assustada. O homem estava furioso. Harry se encontrava mais atrás, com as mãos no bolso. Draco estava um pouco afastado dos dois.


- Acho melhor eu ir, Granger – falou Draco incerto. Rony olhou para o homem.


- Eu tenho certeza de que é melhor você ir – exclamou nervoso. Draco olhou-o com nojo.


- Quem você pensa que é para falar assim comigo, Weasley? – Perguntou cuspindo o nome do homem. Rony corou e depois olhou para Hermione.


- O que ele faz aqui?


Hermione não sabia o que falar. Draco acabara de desaparecer diante de seus olhos. Harry parecia extremamente chateado e Rony... bom... ele não estava melhor do que alguns minutos atrás.


- Eu quem pergunto isso – falou Hermione olhando os dois homens. – O que estão fazendo aqui?


- Talvez eu tenha deixado escapar que o Draco trabalha para você – disse Harry ruborizando. Hermione ficou de olhos arregalados.


- Você o que? – Perguntou completamente alterada. Rony riu com desdém.


- E é ela quem fica nervosa! Eu quem deveria estar puto! Você está trabalhando com um Malfoy – disse com a voz carregada de sarcasmo. – O que você pensa que isso significa?


- Ronald Weasley! Eu precisava de um secretário, ele foi minha melhor opção. O que tem de errado nisso? Eu apenas fui profissional, só.


- Profissional? Saindo com o Malfoy para algum lugar que nem eu nem o Harry sabemos qual é. – Acusou Rony. – Isso mesmo! Nós viemos mais cedo, mas não os encontramos. Rita disse que vocês saíram cedo e disseram que logo voltariam. Andou se divertindo com o Malfoy, foi?


A última frase foi carregada de ambigüidade. Hermione corou violentamente.


- Não me julgue antes de me perguntar aonde eu fui, Ronald! Eu apenas saí com o Malfoy porque era preciso. Não foi um encontro romântico, ou algo do gênero.


- E aonde vocês foram? – Perguntou Rony tentando ficar calmo. “Pensa rápido” Hermione trabalhava mentalmente tentando encontrar algum lugar em sua mente que pudesse parecer profissional. Não poderia simplesmente dizer que fora em um circo. Rony nem sabia o que era isso.


- Fomos... decidir os últimos retoques para a festa de lançamento de um livro – disse por fim. Rony estreitou os olhos.


- Que festa de lançamento? – Perguntou o ruivo. Hermione mordeu o lábio inferior.


- É nessa sexta.


- E por que eu não fui chamado? – Perguntou Rony chegando perto da mulher.


- Porque eu ia mandar os convites para os meus amigos amanhã. Além do mais, aposto que não vão querer ir. – Rony e Harry a encararam, sem entender.


- Aonde vai ser? – Perguntou Harry curioso. Hermione pigarreou.


- Na Mansão dos Malfoy.


- O QUE? – Berraram Harry e Rony juntos. Hermione chegou para trás. Os dois estavam mais furiosos que nunca.


- COMO ASSIM UMA FESTA NA CASA DO MALFOY? – Berrou Rony segurando Hermione pelo braço.


- Assim! Pronto. Nós não arranjamos um lugar então o Malfoy ofereceu a casa dele. – Disse Hermione tirando a mão de Rony de si. – E se controle, Ronald! Seu ciúme está começando a me encher.


- Não é ciúme. Eu só não gosto de ver minha namorada ficando amiga de meu inimigo.


- Que coisa mais infantil! Inimigo? Você não acha que está velho demais para ter inimigo?


Rony corou e engasgou-se com as palavras.


- Eu nunca esperava que você fosse esconder isso de mim – falou Rony magoado. Hermione ficou sem fala. – De todas as pessoas eu não esperava que você fosse fazer isso.


- Pelo amor de Merlin, Rony. Pare de fazer tempestade em copo d’água. – Pediu Hermione aproximando-se do ruivo. Ele apenas balançou negativamente a cabeça.


- Eu vou embora – disse aparatando do lugar. Só ficaram Harry e Hermione.


- Mi, desculpa. Foi sem querer que eu falei – disse o moreno chegando perto da mulher. Hermione lançou-me um olhar gélido.


- Vai embora. – Mandou. Harry estancou no lugar.


- Mi, eu me arrependo e...


- Sei como você deve estar arrependido! Vai embora, Potter! Suma da minha frente! Anda!


Harry não esperou duas vezes. Desapareceu deixando Hermione sozinha.


A mulher sentiu as lágrimas invadirem seus olhos.


Estava com raiva. Queria gritar.


Sentia-se sozinha. Queria apenas estar com alguém para poder afundar todas suas lágrimas.


Fez a primeira coisa que lhe veio à cabeça.


Aparatou em frente a uma casa e bateu na porta. Foi recebida por um elfo e levada até a sala de estar.


Esperou paciente enquanto olhava para tudo, mas sem realmente enxergar nada. As lágrimas teimavam em descer.


- Granger? – Perguntou Draco Malfoy ao entrar na sala e ver a mulher parada, encarando-o.


Hermione soluçou antes de falar:


- Será que posso ficar um pouco aqui?


 


n/a: Tcharam. Acabei o capítulo. Eu espero que gostem. E bem, eu posso afirmar que é a partir do próximo capítulo que as coisas começam a pegar fogo. Hohoho. Isso mesmo. :)


Gente, por favor, comentem. Essa fanfic não ganha muitos comentários e isso está sendo chato. Não tenho muita vontade às vezes de fazer o capítulo. De tão pouco comentário.


Obrigada pessoal.


Beijos.

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