Os Guardiões.



 


- Os Senhores do Tempo? Vocês podiam explicar melhor?- perguntou Pedro.


- Claro. – respondeu o da direita. – Nos sigam.


Eles tinham aparatado numa sala que parecia uma daquelas salas de espera de dentista. Tinha dois sofás pretos bem espaçosos, um cabide para pendurar chapéus, casacos e capas, uma mesinha com revistas, três retratos grandes dos Senhores do Tempo e uma pesada porta de madeira.


Eles passaram pela porta, e foram para um enorme corredor branco. Por todo corredor se avistavam várias portas que levavam para não se sabe onde, pois eles só entraram na última e maior porta do corredor.


Era uma sala enorme. Enorme mesmo, parecia que não tinha fim. O lugar era cheio de prateleiras, e todas as prateleiras eram lotadas de livros escritos à mão bem velhos. Os títulos dos livrors eram diversos, alguns de personagens famosos , outros nem tanto, como João M. , Elizabeth II, Cole J. , Paola E. etc...


- Já pode nos explicar o que vocês querem? – perguntou Pedro impaciente.


- Sim, podemos. – respondeu calmamente o da direita. – Como vocês sabem, nós somos os Senhores do Tempo. Mas o que é isso? Bem, todo ser humano tem um destino, sabem por quem ele é escrito?


- Vocês? – chutou Carol.


- Exatamente. – falou calmamente o do meio. – Mas não fazemos só isso. Nós também cuidamos para que toda a historia da pessoa seja como no livro – ele apontou para as estantes de livros.


- Vocês são bem fãs de Harry Potter, não são? - perguntou o da esquerda. Os dois balançaram a cabeça positivamente. – E se eu fala-se que tudo é verdade? Que tudo existe? Mas que o famoso 19 Anos Depois poderia ser totalmente diferente?


- Então é verdade! Tudo existe! – exclamou Pedro. Seguido por um berro de Carol: EU SABIA!


- Mas como assim “o famoso 19 Anos Depois poderia ser diferente?” – questionou Carol.


- Alguma coisa vai acontecer entre o 5º e 6º ano deles em Hogwarts. Não sabemos o que, mas que vai acontecer, vai. – o da direita falava misteriosamente. – Sabe, não podemos interferir. Nós só cuidamos e escrevemos, não interferimos. Mas é ai que entra os Guardiões.


- Quem? – perguntaram Carol e Pedro.


- Algumas pessoas têm Guardiões. Antes que me perguntem, sim, é possível ser Guardião de mais de uma pessoa. – prosseguiu o do meio - As vezes ouvimos historias de pessoas, ou falamos com alguma pessoa, ou até mesmo vemos uma foto de alguém e nos apegamos a ela. Nem conhece direito esse alguém e já adora ele. Você quer que tudo ocara bem com ele, que ele seja feliz, entende?


- Sim eu entendo... – disse Carol pensativa.


- É eu também entendo. – Pedro falou olhando para Carol.


- Vocês são os Guardiões de quatro pessoas. Podem imaginar quais? – perguntou o da esquerda.


- Harry Potter, Hermione Granger, Ron Weasley e Gina Weasley. – afirmaram Carol e Pedro.


-Isso mesmo. – disse o da direita– Vocês tem que voltar no tempo para 1991, vão ganhar dons da magia, vão estudar em Hogwarts, ganhar a confiança e serem super-amigos de Harry Potter e cia, vão proteger eles e fazer tudo para acontecer o final feliz deles.


- Pode contar com a gente! –exclamou Carol empolgada.


- Venham – chamou o da esquerda.


Eles atravessaram a sala, e quando finalmente chegaram ao final dela viram um armário preto que aparentemente estava trancado. O da direita pegou uma chave de ouro cheia de esmeraldas e destrancou. Uma luz muito forte tinha dentro daquele armário, podia até cegar alguem.


- Mais uma coisa – disse o da esquerda. – Se vocês morrerem nessa aventura não nascerão novamente, ou seja, vocês não podem morrer. E vocês vão ter que passar as suas férias com a família no Brasil, logicamente. Mas como vocês não terão família, pois seus pais não sabem que vocês existem em 1991, uma mulher chamada Cármen que mora em São Paulo vai cuidar de vocês. Sim, ela sabe dos Senhores do Tempo e de tudo. Ela pode esclarecer duvidas, ok? Ela também vai enviar cartas e presentes a vocês como se fossem seus pais. Ela será a família de vocês. Ah, e antes que eu me esqueça, Dumbledore sabe a verdade também e poderá ajuda-los. – ele parou de falar para respirar um pouco.- Podem ir!


Carol e Pedro entraram na luz de olhos fechados, sentiram um puxão, em seguida um frio na barriga, mas depois tudo ficou calmo. Abriram os olhos lentamente. Lá estavam eles, no inicio da década de 90, em alguma casa em São Paulo provavelmente a de Cármen. E a jornada começou.


 

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