Capítulo Três



Deitei na cama e dormi rapidamente. Logo acordei com o sol na minha cara. Ah não, perdi a hora ! Me arrumei e fui correndo para as masmorras.


 


Snape: Está atrasada, menos cinco pontos para Grifinória. Queira se sentar srta... ?


Alícia: Knust.


Snape: Sente-se srta. Knust. – Todas as cadeiras estavam ocupadas, que ótimo.


Alícia: Aonde ?! – Ele olhou um tempo, passou os olhos por todas as cadeiras.


Snape: Ali, ao lado de Malfoy. – AH NÃO, ESSE GAROTO INSUPORTÁVEL ? Me sentei ao lado dele. Fazer o quê, né. O professor começou a aula, eu estava prestando atenção.


Draco: Droga... – Disse ele revirando a mochila. – Esqueci meu livro... – Bela indireta.


Alícia: Aqui Malfoy. – Falei com um voz meio me arrastando, e deixei o livro no meio da mesa.


Draco: Ah, obrigado Knust. – Não entendo o porque dele falar do sobrenome dos outros com tanta repugnância. Continuei prestando atenção na aula até ele me interromper de novo. – Por que você é tão pálida ?! – PORQUE EU SOU UMA VAMPIRA SEU IDIOTA !


Alícia: Não gosto de tomar sol. – Fui seca, nem olhei para ele, respondi copiando a matéria.


[i]"Olhando bem, ela é muito bonita. Espera, o que estou dizendo ? Estou achando uma esquisitona que anda com o Potter bonita !" [/i] Não acreditei no que escutei. Peguei um papel a parte e escrevi: "Cuidado com o que você pensa, Draco. Eu leio sua mente." Coloquei na frente dele e continuei prestando atenção na aula.


Ele leu e tacou o papel na mochila. As aulas passaram rapidamente, a não ser por dois enormes tempos de História da Magia. Depois fomos almoçar. Percebi que Draco não estava lá.


Alícia: Gente já vou indo, espero vocês no jardim. – Me levantei e saí. No caminho, sinto alguém me puxar para um canto. Era o Draco. – TA MALUCO ?


Draco: Fica quieta Knust. Eu só quero saber como você lê minha mente.


Alícia: Sei lá, eu nasci assim !


Draco: Aah garota, você esconde algo, e eu vou descobrir. – Ele me soltou e eu continuei andando. Fui para o jardim esperar o trio. Me sentei debaixo de uma árvore, e só vejo Hermione correndo em minha direção.


Hermione: Alícia, eu estava pesquisando na biblioteca sobre vampiros ! Olha o que achei. – Ela pegou um livro grosso, antigo, abriu em uma página, procurou algo por alguns segundos e completou. – "Vampiros dessa raça também podem hipnotizar pessoas." Que legal ! Como é isso ?


Alícia: Não sei, sempre soube que eu podia hipnotizar  as pessoas, mas nunca tentei. Eu consigo ler mentes na boa e a transformação, só daqui a alguns anos. Posso tentar te hipnotizar, Hermione ?


Hermione: Ah, vai em frente, qualquer problema a gente fala com Dumbledore. – Respirei fundo, me concentrei e fiquei olhando para os olhos dela. Depois de um tempo. – Não senti nada.


Alícia: Acho que não deu certo. Hm, deixo ver este livro que você trouxe. – Procurei como vampiros hipnotizam as pessoas. – "Para um vampiro hipnotizar alguém, ele tem que fazer contato visual constantemente, se concentrar e pensar profundamente no que quer que a vítima faça." Nossa.


Hermione: É como a maldição Imperio, só que mais fraca. Vamos, tente. – Olhei para ela, me concentrei e pensei profundamente. Eu queria que ela encostasse da árvore e dormisse. Foi fácil. Assim que ela ficou com uma cara estranha, encostou na árvore e dormiu.


 


Peguei o livro e li como faz para a vítima "despertar". É só pensar nela não hipnotizada e estalar os dedos. Fiz isso e funcionou.


Alícia: Hermione, tá aí ? – Falei passando a mão na frente do rosto dela.


Hermione: Que foi ?


Alícia: Eu consegui ! – Ela deu um sorriso de orelha a orelha. – Agora só falta eu desenvolver a habilidade de me transformar em morcego. Deixo ler aqui no livro... "Normalmente, os vampiros desenvolvem a transformação quando eles param de envelhecer aparentemente." Ah, que pena, só nos 21 anos ! – Olhei para o lado e vi um vulto loiro. Comecei a conversar com Hermione em sussurros. – Hermione, acho melhor a gente sair daqui.


Hermione: Porque ? – Ela disse sussurrando também.


Alícia: Depois te explico, vamos. – Nos levantamos e fomos para o salão comunal.


Hermione: E então, o que é ?


Alícia: Acho que Draco escutou a nossa conversa.


Hermione: Impossível ! Ele tem mais coisa para fazer do que ficar escutando nossas conversas !


Alícia: Eu sei, mas antes de eu ir para o jardim, ele me puxou para um canto, perguntou o que eu escondia, eu disse que nada, ele não acreditou e falou que iria descobrir o que eu escondo. E na aula de poções, eu li a mente dele, ele me acha bonita !


Hermione: Hm, ele deve achar que você é uma garota qualquer, que vai poder te beijar e tal, mas acho que a Pansy não deixaria. Ela é chata e adora o Draco. Eles namoram, o Draco sempre trai ela, eles acabam, mas no dia seguinte, lá está a Pansy correndo atrás dele novamente.


Alícia: Que garota chata. Eu não aguentaria.


Hermione: Ele não aguenta, mas tem que ficar com ela por causa do pai. Ele obriga o filho a se casar com uma garota rica, sangue-puro e da Sonserina ! Que no caso, a Pansy.


Alícia: Eu hein. Eu vou para o jardim, sei que ele escutou algo. – Ela assentiu e eu fui para o jardim. Me sentei debaixo da mesma árvore onde eu estava antes com Hermione. Draco estava vindo para perto de mim; sabia !


Draco: É, pelo jeito já sei do seu segredo !


Alícia: Ah Draco, não me amola, ta ? Só não quero que você conte para ninguém.


Draco: Você acha que vou fazer esse favor ? Eu não conto se você fizer uma coisinha para mim...


Alícia: Ah, o que é agora ? – Revirei os olhos, irritada. Ele chegou perto de mim e sussurrou no meu ouvido:


Draco: Quero que você finja ser minha namorada até a Pansy me largar.


Alícia: Mas seu pai não vai gostar nadinha disso ! E porque quer que logo EU seja sua namorada ? – Retribuí o sussurro.


Draco: Você é bonita, corajosa e é uma vampira.


Alícia: Sabe que eu poderia te matar a qualquer hora, não sabe ? Por que ainda corre o risco ?


Draco: Eu gosto do perigo. E vamos logo, lembre-se de que você é a minha namorada. – Ele sorriu. Ok, agora estava ficando com medo dele. Nós levantamos e ficamos passeando pelo jardim, calados. O maldito me obrigou a ficar de mãos dadas com ele ! Assim que ele viu a Pansy chegando, me tascou um beijão. Eu fiquei pasma, mas sei que se não retribuisse ele iria contar meu segredo.Ainda bem que ele não lê mentes, porque... ELE BEIJA BEM ! Assim que a Pansy nos viu, encheu os olhos de lágrimas e saiu. Eu acho que ela [b]ama[/b] ele. Bom, assim que ela saiu, Draco continuou me beijando; abusadinho ele.


Alícia: Draco... – Tentei falar entre os beijos, era meio impossível. – a Pansy já foi.


Draco: E daí ? – Continuava me beijando, que saco. Tentei hipnotizar ele, fazendo com que ele parasse de me beijar. E funcionou. Tirei ele do transe, ele me olhou com uma cara meio esquisita.


Alícia: Draco, não exagera. Está abusado demais.


Draco: Qual é, você é minha namorada agora. – Ele disse com um sorriso malicioso.


Alícia: Espero que como sua namorada eu não tenha que fazer nada 'impróprio'.


Draco: Não, só se você quiser. – Sorriso malicioso de novo.


Alícia: Não ! Eu só tenho que parecer feliz perto de você e pronto. Aliás, tenho que ir, tchau.


Draco: EI ! Esqueceu alguma coisa ? – Fui e dei um selinho nele. – Se cuida tá ? – Disse em um tom de ironia. Fui para o salão comunal. Sentei na poltrona e dei um suspiro longo.

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