Lord Lumières



Está chegando a hora, pensava ele. Irei me livrar daquele réptil imbecil de uma vez por todas.


Lord Lumières, como gostava de ser chamado, estava em seu esconderijo em Paris, mas não por muito tempo. Estaria indo para Londres no próximo minuto. Tinha contas a acertar.


Não é a primeira vez que ele arruína meus planos. Aquele Réptil Imbecil e seus amiguinhos têm feito isso a anos, mas eles vão me pagar. Sim. Eles vão me pagar por tudo o que eles me fizeram.


 


 




#Flashback#


Quatro adolescentes estavam sentados à sombra de uma árvore, enquanto um garoto solitário lia um livro à beira de um lago. O parque estava vazio, exceto pelos cinco. Um dos garotos, o mais bonito e maldoso, que segurava a mão de uma garota de aspecto inteligente e feições bonitas, olhava para o solitário com um sorriso desdenhoso no rosto. O garoto solitário retribuiu o olhar, segurando em sua varinha, pronto para contra-atacar.


- Como vai o cabelo engordurado, sapinho? – gritou o garoto para o outro ao longe, não conseguindo conter sua raiva.


- Melhor do que os seus, com certeza, cobrinha – respondeu o outro, seus olhos brilhando de ódio – fiquei sabendo que sua namoradinha menstruou nele!


O garoto não pensou duas vezes, soltou a mão da garota e avançou para o garoto que já empunhara a varinha, o que não adiantou. Ele sabia que não tinha a menor chance contra Salazar Sonserina. Seu amigo, que estava sentado, observando tudo, e, pela sua expressão, estava adorando o fato de estar prestes a presenciar seu amigo vencer o “bobalhão” mais uma vez.


Mas agora Salazar havia ido longe demais. Ele lançou um feitiço contra o garoto que o fez sangrar impiedosamente pela boca. Ele levou a mão ao pescoço e caiu de joelhos no chão. O sangue escorrendo pelas suas vestes.


- Já chega! – gritou a garota que antes estava de mãos dadas com Salazar – Você agora foi longe demais, Salazar Slytherin!


Ela correu para junto do garoto de cabelos oleosos que agora estava branco pérola. O vermelho de seu sangue entrando em contraste com a grama muito verde embaixo de seus joelhos. Suas mãos continuavam em seu pescoço e seus olhos pareciam saltar das órbitas. Ele estava sufocando. Estava morrendo e Salazar não parecia preocupado. Ele parecia feliz por seu feitiço ter funcionado.


A garota apontou a varinha para ele e murmurou alguma coisa fazendo o sangramento parar. Em seguida se ajoelhou à cabeça dele, apoiou-a nos próprios joelhos e fez o sangue voltar a voltar pela sua boca, da mesma forma que saiu. Os outros dois estavam paralisados e a expressão no seu rosto não era mais de diversão, e sim de preocupação.


- Por que você fez isso? – gritou Helga, se recuperando.


- É magia das trevas! – falou Godric.


- Eu só queria expurgar o sangue sujo das veias dele – disse Salazar com simplicidade.


- Eu também nasci trouxa! – bradou Rowena, se levantando – Você vai me machucar também?


- Você é diferente – desculpou-se Salazar – você se tornou digna de...


- Você quer dizer que eu nasci indigna só por que nasci trouxa, é isso?


- Não foi isso que eu quis...


- Mas foi isso que disse. – disse ela decepcionada – Pra mim já chega, Salazar. Acabou.


- Row, por favor... Eu... Desculpa-me, eu...


Mas Rowena já se fora, acompanhada dos outros.


- Foi tudo culpa sua – disse Salazar com rispidez cuspindo no garoto que ainda jazia pálido e muito fraco no chão.


#Fim do Flashback#


 


 




Agora ele estava ali, prestes a se vingar de Salazar.


“Eles vão ver quem é o sangue ruim agora” pensou “Toda essa humilhação vai ter troco”


Mas eu sempre tive um refugio” pensou ele “Sim, um refugio. As luzes. Tanto poder em uma coisa tão graciosa, de aparência tão frágil... E eu sou o senhor delas. O Senhor das Luzes. Lord Lumières.


 

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