Na Sua Estante...



Por Harry...


 


“Aleluia, Aleluia... Achei que esse sinal não tocaria nunca.” Pensei dramático enquanto andava em direção ao estacionamento do colégio. A manhã fora árdua, as aulas estavam mais chatas do que nunca, apesar de ser só início do semestre. Andei tranquilo até meu carro, mas antes mesmo de chegar até ele ouvi a voz familiar gritando:


- Harry, espera – era a Roberta, mas o que diabos ela queria, já não ia pra casa com o Zabini. – priminho querido do meu coração...


-... Xiiiii Lá vem bomba.


- Cala boca e me escuta.


- Diga, priminha querida do meu coração.


- Bobo. O caso é o seguinte. Eu combinei com a Gina pra ela ir almoçar lá em casa hoje, pra gente pode ir junto na casa da Mione à noite, mas euzinha combinei com o Blásio de voltar com ele pra casa...


- E onde exatamente que eu entro...


- Me deixa terminar. O problema é que a Gina precisa de carona pra ir até a nossa casa. Entendeu?


- Entendi, mas e... O que eu tenho a ver com isso?


- Tu é lento mesmo. Eu vou tentar te explicar – começou ela como se ensinasse uma criança. – Eu e você moramos juntos.


- Isso eu sei.


- Cala a boca e me escuta, por favor, sem interrupções de preferência.


- Certo, prossiga com suas explicações majestade.


- Eu tô falando sério. Nós moramos juntos, logo se a Gina vai na minha casa, vai pra sua também.


- Aham.


- Você vai de carro, sozinho, solitário.


- Nem me fale, que tristeza, sozinho naquele imenso carro. – lamentei brincalhão.


- E ela não tem carona pra ir. Então eu pensei assim, como você é um garoto super gente boa, gentil e educado, podia fazer o favorzinho de levar ela com você. – ela pediu com o olhar de gatinho do Shrek.


- Espera, deixa eu ver se entendi direito. Você quer que eu dê carona pra sua amiguinha, enquanto você se diverte com o Zabini.


- Por Favor, Harry, faz isso pela nossa amizade.


- Não nem pensar. Eu não vou levar aquela louca pra casa.


- A “qualé” primo, não deve ser tão difícil.


- Está bem. O que eu não faço por você – ela abriu um sorriso trinta-e-dois-dentes.


- Obrigada. Sabe que eu Te Amo, né.


- Também Te Amo. E se aquele bocó do Zabini se meter a besta com você, ele vai se ver comigo.


- Começou a super proteção. – falou ela girando os olhos - a Gina já vem, ela só foi na biblioteca devolver um livro, tenta ser mais gentil com ela. Talvez eu demore um pouco, mas você sabe onde tem comida, então pode ir se virando.


E saiu me deixando sozinho e puto da vida.


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Por Draco Malfoy


 


“Se ela acha que eu vou ficar aqui, plantado nesse estacionamento esperando-a, ela está é muito enganada. Eu não tenho cara de estátua, e nem sou uma. Mas deixa só aquela maluca chegar pra ela ver. Espera.” Eu pensava impaciente, enquanto esperava Sarah chegar, para enfim poder ir para casa. Mas aquela garota mimada tinha sumido simplesmente sumido. “Certo, ela quer é me tirar do sério. Já que ela não dá o ar de sua graça, o jeito é sair perguntando”.


- Lu, vem cá – gritei pra minha irmã que estava do outro lado do estacionamento, conversando com Ted. “Aliás, eu tenho que ter uma conversinha com o Ted, onde já se viu andar agarrado com a irmã dos outros”


- Oi Maninho – Luna me cumprimentou.


- Oi Lu, você sabe onde que a Sarah se meteu. – perguntei.


- Ela já foi maninho. – respondeu.


- Como ela já foi?- “Ou melhor, com quem ela foi.” Completei em pensamento.


- Indo. Entrou em um carro e foi.


- Certo maninha, mas eu quero saber com quem? –"Com qual desgraçado”


- Com o Black. Além do mais, você não podia esperar oura coisa, depois do que você fez hoje de manhã, francamente maninho...


-... está bem, sem sermões.- interrompi a bronca -  Eu sei que fiz merda. Em todo caso obrigado e quer carona pra ir pra casa.


- Brigada, mas eu vou com o Ted.


- Sabia que eu não gosto nada dessa sua amizade com o Lupin.


- Me poupe Draco. Ele é meu amigo. – começou indignada – e seu também.


- Mas antes de amigo ele é homem Lu.


- Olha, eu não vou nem gastar saliva falando com você sobre isso. Até daqui a pouco maninho. – completou Luna saindo e me deixando sozinho.


“Ele é meu amigo. Sei bem o amigo, ou melhor, conheço bem o AMIGO. Aliás, eu tenho cada amigo. Mas o Lupin que me aguarde, porque antes eu tenho que acertar minhas contas com o maldito do Black.” Pensei furioso enquanto entrava no carro e dava a partida, rumo à minha casa.


 


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Por Gina Weasley.


 


“Eu não mereço, eu não posso ter feito algo tão grave pra merecer isso. Eu só tenho amiga louca. Mas a dona Roberta me paga, ela que apareça na minha frente. Onde já se viu me enfiar dentro desse carro com o pateta do Potter. Respira Gina, e não mata.” Eu pensava revoltada, enquanto olhava a cidade passar, pelo vidro do carro.


 


Apesar de conhecer Harry desde criança, eu e ele nunca fomos o que pode se chamar de amigos. Meus pais e os dele se conhecem desde o colégio, tanto que quando meu irmão nasceu Tiago e Lilian foram os padrinhos. Harry e Rony sempre foram amigos, inseparáveis e insuportáveis. Apesar da amizade dos nossos pais e da dele com Rony, nós nunca fomos um com a cara do outro, simplesmente nos aturávamos. Ele sempre frequentou a minha casa e eu a dele, principalmente quando a sua prima, Roberta, se mudou para a mansão, mas nunca trocamos mais que duas palavras. Eu fingia que ele não existia e ele fazia o mesmo. Ele era o primo da minha melhor amiga e eu a irmã do seu melhor amigo. Nada mais.


 


Mas de uns tempos pra cá, é inevitável não discutir com ele. É só olhar pra cara dele e meu dia se foi. Isso talvez por que já não somos as crianças de outrora. Crescemos. Mudamos. Ele já não é o garoto magrelo e eu já não sou a menina sardenta.


- Eii... está admirando o quanto eu sou gostoso ruiva- disse Harry tirando-me dos meus devaneios. Só nesse momento percebi que eu estava olhando-o, provavelmente percebendo como mudara.


- Se enxergue Potter. No dia em que você parecer gostoso eu seria a Madonna. E pra você é Weasley.


- Hahaha... Engraçadinha. Você pode até não concordar comigo, quando digo que eu sou gostoso,mas vamos combinar que você fica muito bem com o uniforme do colégio. – acompanhei o seu olhar e corei ao perceber que ele fitava a parte exposta, por causa da saia de uniforme ser pequena, das minhas coxas. “Cachorro... ai como eu odeio esse uniforme” pensei enquanto tentava inutilmente esconder, com minha bolsa, a parte exposta.


- É impressão minha, ou eu consegui deixar a Weasley sem graça. - provocou o moreno.


- Vai à merda Potter – me limitei a responder.


- haushaushuashauhs... – Harry gargalhava na minha cara. “Cachorro, desgraçado, canalha, idiota, tosco, imbecil, filho da..... tia Lily, ai como eu odeio ele.” Mas enquanto eu vasculhava o meu cérebro em busca de adjetivos para defini-lo, ele simplesmente continuava a gargalhar da minha cara. Eu girei meu corpo e continuei a fitar a cidade que passava rápida, do outro lado do vidro.


 


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Por Hermione Granger.


 


Completa. Essa palavra define exatamente como eu me sinto nesse exato momento, completa. Completa e feliz. Feliz como nunca imaginei me sentir.


É incrível como o amor mexe com a gente, como ele nos transforma. Quando amamos nada mais importa, ninguém mais importa. Tudo gira entorno do sentimento.


Eu sei que tem muita gente que acha essa coisa de amor pura besteira, mas quando você ama tudo se torna diferente.


E é essa mistura de sensações e emoções que eu sinto quando estou com Rony, essa sensação de plenitude de estar completa, é como se não faltasse nada na minha vida, como se ele tivesse chegado pra preencher de alegria os momentos tristes. Ele é o porto seguro. O sol que erradia meu dia, a água que mata minha sede, o calor que aquece a minha alma, ele é o meu tudo e o meu nada.


É até engraçado pensar em nós dois juntos, é esquisito. Eu não sei dizer quando foi que a amizade se transformou em amor, quando eu passei a ver o Rony como o homem, e não o amigo, o companheiro o colega. Algum tempo atrás eu até daria risada da pessoa que dissesse que eu e Rony ficaríamos juntos, simplesmente não fazia sentido. Mas de repente estar com Rony era uma necessidade, uma urgência, ouvir a voz dele, sentir o calor do abraço dele era preciso, minha vida passou a depender da existência dele.  E então eu percebi que estava loucamente, completamente, perdidamente, desesperadamente e outros “mentes” apaixonada por aquele ruivo teimoso. Depois dessa descoberta eu passei a ver o mundo com outros olhos, com os olhos de uma garota apaixonada. Eu estava amando.


 


 


 


 


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Por Luna


 


- Acredita que o Rony tem ciúmes de você - comentei com Ted, no caminho até minha casa.


- E por que o Rony teria ciúmes de mim. – ele perguntou meio sem jeito.


- Ele diz que nós dois ficamos tempo demais juntos. – expliquei.


- Bobagem, a gente é só amigo.


- Foi o que eu disse, mas ele acha que antes de amigo você é homem.


-... – ele não falou nada. “é impressão minha ou ele ficou envergonhado”.


- O que foi? – perguntei.


- O que foi o que? – repetiu.


- Nada, é que você parou de falar de repente.


- Hum. Você também vai na Mione hoje a noite. – ele mudou de assunto.


 - Vou. Está mais do que na hora da gente descobrir como foi que o Rony e a Mione se entenderem.


- Estava na hora dos dois se entenderem. – ele completou sorrindo.


- E você?


- Eu o que?


- Quando que você vai arrumar uma namorada?


- Por que a pergunta senhorita Lovegood – ele indagou divertido- quer se candidatar?


- E por que não? Aposto que eu sou melhor que a Abbott. – provoquei.


- Você é uma garota muito má. Precisa lembrar esse meu passado obscuro. – ele lamentou divertido.


- HAHAHAHA Eu não tenho culpa se você fez besteira. O teu passado te condena meu filho. – brinquei, enquanto carro parava no sinal.


- Fale muito Lovegood. - ele me encarou, esperando o sinal abrir - Se eu bem me lembro você teve um caso com Longbottom.


- Depois eu é que sou má. – salientei indignada – Naquela época ele era bonito, tá.


- A Ana também. – riu-se ele.


- Aliás, eles dois não estão juntos? – perguntei.


- É acho que estão. – Confirmou.


- Todo mundo arrumando namorado, menos eu – comentei com um tom dramático.


- Todo mundo quem?


- A Roberta se encantou com o Zabini, a Mione se acertou com o Rony, a Gina, bem essa sempre está enrolada com alguém e a Sarah também. Então só sobra euzinha, encalhada.


- Quanto drama Lu. Se eu for ver por esse ângulo, eu também estou encalhado, olhe, Rony tá com a Mione, Harry com a Chang...


- Não sei como ele tem estômago pra ficar com essa menina. – comentei enojada.


- Ele não gosta dela, só que ela é...


- Gostosa- sugeri


- Isso ela é gostosa. Mas voltando ao assunto – ele continuou – Harry está com a Cho, o Vinicius tem sempre um rolo e o seu irmão, ele tem a Parkinson...


- Outra que não me desce...


- Ele também não gosta dela. Só que ela é...


- Gostosa sei.


- Isso mesmo. – ele concordou – e como você pôde perceber, eu também sou um encalhado.


- Encalhados – disse, estendendo-lhe minha mão esquerda,


- Encalhados – repetiu, pegando minha mão e rindo em seguida.


 


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Por Gina


 


- Certo, vamos dividir as tarefas – sugeri enquanto pegava alguns ingredientes na geladeira, teríamos que cozinhar já que Tiago e Lilian foram almoçar fora – você vai picar os legumes, quanto eu vou grelhar o frango.


- Espera – ele me deteve – você tem certeza que sabe fazer isso? É que eu não to a fim de morrer tão jovem...


- Engraçadinho. – desdenhei.


- Eu tô falando sério ruiva... – ele começou, mas eu interrompi-o.


-... Ruiva é a tua bunda!


- Não é não, quer ver?  - anunciou ele virando-se de costas pra mim e ameaçando baixar as calças.


- Me poupe garoto. – falei tapando meus olhos com a panela – Tenho mais o que fazer do que ficar olhando o teu traseiro.


- Já eu adoraria ver o seu!


- Vai se danar – gritei atirando a panela em sua direção.


- Aii, isso doeu – protestava o garoto com a mão na testa. – sua maluca.


- É impressão minha ou o Potter ficou nervosinho. – provoquei.


- Nervosinho é a...


- Olha que boca mais suja Potter – interrompi-o tapando com minha mão a sua boca.


- Hã? O que? Eu não to te entendendo – eu disse divertida enquanto ele falava com a voz abafada pela minha mão. Mas num gesto inesperado ele pegou minhas mãos colocando-as atrás das minhas costas e me prendeu entre seu corpo e a geladeira.


- Você não sabe com quem está brincando Weasley – ele falou com a voz rouca, ao mesmo tempo em que me encarava com os olhos esmeraldas. “Papaizinho do Céu, o que diabos esta acontecendo comigo”. Minha língua foi dar um passeio pelo corpo e não têm previsão de volta, minhas pernas eu já nem sinto mais, e meu cérebro, esse nunca funcionou direito mesmo. E pra piorar a situação eu não consigo parar de olhar pra ele, pra boca dele, pros olhos dele, e sem contar a vontade de provar o sabor dos lábios, os lábios convidativos do moreno. O pior é que ele parece estar pior que eu, com os olhos fixos nos meus lábios, a respiração descompassada e o cheiro, o cheiro dele me entorpece. “Gina faça alguma coisa”.  Meu cérebro mandava, mas meu corpo não obedecia. Meu desespero só aumentou, quando eu percebi que o moreno se inclinava na minha direção, com os olhos fixos na minha boca. “Meu Deus! Ele vai me beijar” esse foi o último pensamento coerente que eu tive, antes de perder totalmente a noção. Ele fechou os olhos e eu fiz o mesmo. Meu coração batia desesperado e a ansiedade me consumia. Senti suas mãos largarem meus pulsos, uma agarrar minha cintura e a outra pousar levemente no meu rosto. Meu corpo se arrepiou quando o hálito quente tocou meu rosto, os lábios roçaram e uma corrente elétrica percorreu toda extensão do meu corpo, mas antes mesmo de sentir o gosto dos lábios, me sobressaltei com a voz vinda da sala.


- Harry, Gina, cheguei. Vocês estão aonde? – Roberta perguntava.


Automaticamente empurrei Harry, que caiu sentado no chão da cozinha. Ele piscou absorvendo os últimos acontecimentos. Virei meu rosto incapaz de encará-lo. Ouvi ele se levantar e ajuntar a panela caída perto de seus pés e colocá-la encima do balcão.


- Harry, Gina – o chamado se repetiu.


- Cozinha – ouvi-o gritar em resposta.


Virei-me, nossos olhares se encontraram e eu rezei para não corar. Engoli seco, passei por ele, peguei a panela e comecei a tarefa outrora deixada de lado. Ele pegou a faca e começou a picar os legumes. O silêncio reinou na cozinha e só foi quebrado com a entrada de Roberta.


- Nossa que silêncio. - ela observou sentando-se ao lado de Harry e ajudando-o com os legumes. Novamente a cozinha caiu em um silêncio desconfortante. “Gina sua anta, o que você pensa que ia fazer. Beijar o Potter.” Eu me condenava enquanto tentava fazer o almoço.


 


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Por Draco Malfoy.


 


Não fazia nem quinze minutos que eu tinha saído do colégio, mas já virava a esquina na rua da minha casa. Esperei os portões se abrirem e entrei, parei o carro na garagem e sai apressado. Passei pela sala, largando minha mochila de qualquer jeito encima do sofá, e fui para a cozinha. Nem eu mesmo sabia o porquê da minha pressa, mas sentia que precisava saber se Sarah estava em casa. Virei o corredor e entrei afobado na cozinha. Olhei para mesa e a vi sentada no seu lugar costumeiro, só então pude respirar aliviado. Avancei alguns passos, sentando-me à mesa, de frente para Sarah. Ela fingiu não me ver.


- Oi – falei mais para ela do que para os outros.


- Oi, filho – papai e mamãe responderam. Ela não.


- E a sua irmã - papai me perguntou.


- Ela preferiu vir com o Ted – respondi, enquanto me servia. - “Aliás, ela está andando demais com o Ted.” Completei em pensamento.


- E você filha, - mamãe perguntou para Sarah – aconteceu alguma coisa? Não falou nada desde que chegou.


- Não aconteceu nada mamãe. - ela falou me encarando pela primeira vez – eu só estou um pouco cansada.


- Você veio com o Black, hoje. – papai falou.


- Sim papai – ela falou me olhando com um sorriso no canto dos lábios – ele me ofereceu uma carona, foi muito gentil da parte dele. “Gentil, sei bem a gentileza”


- E porque não veio com o Draco, filha. - “Não conta, não conta, não conta” eu pensava aflito.


- É que ele foi levar a vadia da Parkinson. A namoradinha dele. – ela mentiu.


- Não fale assim da sua cunhadinha - me pronunciei pela primeira vez, não me contendo provoquei-a.


- Cunhadinha é a...


- Sarah – papai cortou-a.


- Desculpe.


- Filha, - mamãe começou, acabando com a discussão- Molly comentou comigo hoje cedo, que vocês vão dormir na casa da Hermione, hoje à noite. É verdade.


- Sim mamãe. É uma reunião de garotas. Todas vão, inclusive a Lu. - ela explicou.


- O Draco pode levá-las – papai sugeriu – Depois ele vai para o ensaio, a casa fica no caminho mesmo.


- Na verdade ele não precisa se incomodar papai. – ela comentou, me encarando- Luna vai com Ted, ouvi os dois combinando hoje de manhã. E eu, bem, o Vinicius se ofereceu, e eu aceitei. – conclui com um sorriso sacana, enquanto me olhava travessa. “Black eu mato você!”


- Está bem – papai concordou.


- Sendo assim, bem, eu já terminei vou subir. – ela falou levantando-se e retirando-se.


- Black seu filha da mãe – comentei num sussurro.


- Algum problema filho. – mamãe perguntou.


- Nenhum mamãe. Vou subir, perdi a fome. – falei me levantando e andando em direção ao meu quarto. “Black, de hoje você não passa”. Pensei enquanto me jogava na cama. Eu só precisava era dormir.


 


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Por Harry Potter.


 


“Merda! Minha vida é uma merda, nem dormir em paz eu consigo.” Eu tinha acabado de acordar. Levantei-me meio tonto, mantendo os olhos fechados e me batendo nos moveis, tentando chegar ao banheiro. Apoiei-me na pia do banheiro e encarei o reflexo no espelho. “Credo, que bagaço” esse pensamento reflete exatamente meu estado no momento.  Dei de ombros e comecei a tirar a roupa, eu precisava de um banho, de preferência um bem frio, pra acalmar os ânimos. Entrei no Box, liguei o chuveiro, e só então me permiti relaxar, deixando a água correr por meu corpo comecei a relembrar os últimos acontecimentos, mais precisamente o almoço.


 


Depois que a Beta chegou, um clima estranho se abateu sobre a cozinha. O silêncio era constrangedor. Gina permaneceu imóvel e nem tocou na comida, eu fiz o mesmo. A comida simplesmente não descia, um nó tinha se formado na minha garganta. Roberta, obviamente percebeu que alguma coisa estava errada, mas achou que era só mais uma briguinha, e não deu importância. Já que não estava com fome, eu logo subi. Passei algum tempo pensando, mas logo adormeci. Mas se eu achava que pelo menos nos sonhos a minha situação seria menos complicada, eu estava totalmente enganado, tive a sorte de sonhar com ela.  Um sonho nenhum pouco tranquilizante pode-se dizer. Um sonho nenhum pouco angelical, eu a beijava e ela retribuía, eu a tocava e ela fazia o mesmo, ela gemia e eu... bem eu acordei. Suado, ofegante e precisando de um banho frio para baixar... o...animo.


 


Balancei a cabeça espantando os pensamentos, desliguei o chuveiro, peguei a toalha e comecei a me secar. Vesti apenas uma calça, já que o calor era inquietante, me privei da camisa. Tentei arrumar os cabelos, mas desisti deixando tudo desarrumado e desci pra tomar cozinha a fim de tomar água.


 


Estava fechando a porta quando ouvi uma voz cantando no andar de baixo. Uma voz maravilhosa, diga-se de passagem. Acompanhada do acordo de um vilão, a voz era calma e afinada. Avancei alguns passos, parando no último degrau da escada e encarando a figura que se encontrava de costas para mim e me deliciando com a voz perfeita. Nunca imaginei que ela pudesse cantar dessa forma, que ela tivesse essa voz. Ouvi os últimos acordes serem tocados, e só então permiti que ela soubesse que eu estava ali.


 


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Por Gina.


 


Eu tinha acabado de levantar, apesar de toda a minha boa vontade, eu não consegui sequer tirar um cochilo. Dessa forma, resolvi descer e comer alguma coisa, já que o meu almoço fora um fracasso.


Achei pão na geladeira, presunto e queijo e fiz um sanduba. Depois de matar a minha fome e arrumar a cozinha fui pra sala de Tv, quem sabe lá não tivesse alguma coisa boa pra ver. Deitei no sofá e passei canal por canal, sem me contentar com assunto algum, desliguei  a Tv desisitindo e fiquei encarando o teto. “ Que tédio” pensei cansada. Foi então que eu vi a minha salvação deitada sobre o outro sofá.


Dando pulos de alegria, peguei o violão negro e sentei no sofá. Tirei algumas notas e sorri com o que ouvi. Respirei fundo, pensei numa melodia e me pus a catar.


 


 


Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar


 


Relaxada. É incrivel como  a música nos permite esquecer os problemas e relaxar. Quando eu canto, é como se eu jogasse pra fora tudo de ruim que eu sinto. Como se eu limpasse a minha alma.


 


Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia


 


E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu


 


E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu


 


Respirei fundo, como se pudesse absorver a melodia. Poucas pessoas sabiam que eu cantava, mais precisamente, só as meninas. Eu guardava isso só pra mim. Rony me ensinou a tocar violão quando eu ainda era pequena, ele é um dos poucos que sabe que eu canto. As vezes eu me tranco no quarto só pra cantar, pra limpar minha alma.


 


Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante


 


Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia


 


E não adianta nem me procurar
Em outros timbres e outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu


 


E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu


 


Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar...


 


Finalizei a canção me sentindo mais feliz, era sempre assim que eu me sentia quando cantava. Meus pensamentos foram interrompidos pelo som de palmas. Me virei e reconheci Harry, sem camisa, de pés descalços e com o cabelo molhado. Ele batia palmas com um sorriso radiante no rosto, nunca tinha visto ele tãotentador.


 


- Parabéns – ele falou sorrindo – você canta muito bem, sabia.


- Brigada – respondi apenas.


- Quem te ensinou a tocar?


- Rony, quando eu ainda era pequena.


- E aquele desmiolado nunca comentou que você... – ele parou de falar subitamente.


- O que foi?


- Eu tive uma idéia.- ele falou sério – você topa ir comigo num lugar.


- Agora?


- É agora. Só que antes eu preciso chamar um pessoal, mas e ai topa?


- Topo. – falei curiosa.


 


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Ufaa..! Consegui pessoal...mais um cap pronto....


A música que eu coloquei no capítulo é Na Sua Estante... Pitty...


 


E aos novos leitores: Istéfani, Flavinha, Bruna Carvalho e  Angelina. Bem Vindos...


 


Bruna Luiza e Lipe ( o folgado) Brigada pelos comentários...  haushuashu’


 


Próximo cap.


 Pra onde Harry e a Gina foram??


Será que o Zabini vai fazer besteira??


Draco e Sarah vão se acertar???


Qual é a do Vinicius???


Como Rony e Mione se intenderam???


Harry+Gina+quase beijo ...!


Ted e Luna???


Parkinson....


Chang...


 


 


*Nox*

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Comentários (1)

  • nathy Dumbledore

    Muito legal . Já estou ansiosa para ler o próximo capítulo  , mas não é o Draco que esta com ciúmes do Ted em vez do Rony ? esperando a atualização , não demora por favor .

    2011-12-29
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