Presente e carta de Natal
N/A Heiiiiiii! Férias boas, ein, galerinha do maaaaaal? Aqui está o oitavo capítulo!!! Espero que gostem, ein? Beijoooos
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Sirius e James estavam ocupados numa furiosa guerra de bolas de neve. Os jardins da casa dos Potter estavam brancos e a maioria das pessoas do condomínio estava dentro de suas casas.
As únicas figuras visíveis eram os dois morenos, com várias camadas de casaco. Todas as camadas, porém, estavam molhadas com a neve derretida. Fazia duas horas desde que os dois tinham começado a guerra, e estavam perto de declarar um empate, quando James parou de repente, levando uma pesada bola na cara.
-James? Que foi?
-O que nós vamos dar para Ranhoso?
-Er... quê?
-Você sabe, temos que dar uma lembrancinha para o Ranhoso...
-Verdade...
-Não temos muito tempo... Temos que pensar em algo... Rápido!
Com esse pensamento, ambos entraram em casa correndo. James na frente, sacudindo o cabelo, se esbarrou com Dylan.
-Dylan! Me desculpe, eu...
-Não precisa se desculpar, senhor – Reverência – Dylan veio chamá-lo, senhor, o amigo do senhor chegou...
-Amigo? Que amigo? – James sorriu.
-Ora, James. O único que você está esperando.
Remus Lupin estava parado, ao lado da porta, sorrindo de volta para James. Sirius se adiantou e abraçou o amigo.
James se lembrou do que ele reparou no trem e observou o amigo novamente. Ele parecia feliz e aliviado, mas ainda cansado. James não se importou, Remus descansaria o quanto quisesse, e se adiantou para seu amigo também.
Eles subiram (James e Sirius pingando água) até o quarto onde Remus ficaria e o ajudaram a desfazer as malas.
-Você não vinha só depois do Natal? – James perguntou, transparecendo felicidade. Remus riu.
-É, eu sei. Mas minha mãe disse que eu poderia ir antes, se eu quisesse. E eu...
-Quis, é claro. Que bom que ela deixou. Estamos fazendo coisas muito divertidas aqui...
-Como planejando coisas para Severus? – Remus perguntou em tom reprovador.
-Sim, meu pai tem descartado os planos inúteis.
-Que são a maioria. Adivinhei?
-Sim, mas isso não vem ao caso – James disse. Remus riu de novo – Temos que pensar em uma coisa para mandar ao Ranhoso de Natal, e ainda não sabemos o que é. Quer ajudar?
Remus deu de ombros e disse que não teria seu nome assinado na brincadeira e começaram com as ideias.
Depois de trinta minutos, nenhum plano estava formado, mas eles tinham certeza de uma coisa: Iriam precisar de um bruxo maior de idade.
-Meu pai pode ajudar. Ele não ficou irado quando mostramos nossos planos.
Com essa sugestão aceita, eles continuaram pensando, maquinando e se divertindo com o que eles fariam para abusar Snape.
Eram sete da noite quando Dylan bateu três vezes na porta, para anunciar que o jantar estava na mesa.
-Vamos, mais tarde continuaremos.
O jantar estava ainda melhor do que o da noite em que Sirius chegou; “Agora são dois os amigos do meu pequeno senhor” explicara Dylan para a extravagância da comida.
No final, Sirius e James tinham comido tanto que eles passaram a mão na barriga. O Sr e a Sra Potter adoraram Remus, pois era alguém que controlaria o filho. Pelo menos nos planos, como o próprio Remus dissera.
A sobremesa foi um delicioso pudim de leite. Sirius quase que dava um beijo em Dylan, em agradecimento. Todos riram.
Os meninos continuaram a planejar coisas para mandar como presente para Snape. A imaginação deles foi longe, mas eles chegaram a uma conclusão que seria extremamente engraçada e fácil (“Graças a Deus”, disse Remus).
Na véspera da manhã de Natal eles falaram com o Sr Potter assim que o viram.
-Pai, vem cá! – James chamou.
-Bom dia, garotos. O que querem?
-Uma ajudinha.
-Com o quê? Mais dever de casa?
-Não, já fizemos tudo.
-O que é então?
-Sabe aqueles nossos planos?
-Sim?
-Pensamos em um, e precisamos de um toque de magia.
-Me digam.
-Bem, eu te contei da minha última detenção. A ideia é pegar um shampoo trouxa com um cheiro horrível e fazer uma embalagem falsa, que já está pronta. O nome do shampoo é: “Severus Ranhoso Snape – O shampoo que melhora o seu cabelo apenas de não passá-lo” e mandar para ele no Natal de presente. Gostou? – James disse, esperando aprovação. O Sr Potter caiu na risada.
-Se eu gostei? Eu adorei! Vocês fizeram um rascunho, pelo o que eu entendi?
James sorriu exultante e foi pegar o papel. Tinha algo escrito na frente e atrás.
-E o shampoo? – O Sr Potter perguntou. James gelou. Com ele esquecera daquilo? – Não se preocupe. Vamos lá comprar. Tem um mercado aqui perto.
O Sr Potter pegou sua carteira, transformou um galeão em dinheiro trouxa e pegou a chave do carro.
-Mais de vinte libras não pode ser. Se quiser, podemos comprar outra coisa...
James pensou, pensou... Algo que chateasse Ranhoso ainda mais? Bem, ele já estava dando o shampoo... O que mais? Então veio a ideia.
-Podemos dar uma revista de fofoca trouxa.
-Por quê?
-Bem, ele odeia trouxas, certo? E ele odeia coisas femininas, e não tem nada mais feminino do que uma revista de fofoca. Combina. Além do mais, ele odeia ler coisas estúpidas. E fofocas trouxas são estúpidas.
-Bem pensado. Porque você não usa sua inteligência na escola, filho?
-Ei, eu uso. Sou um ótimo aluno! Pergunte ao Remus... – E fez cara feia. Os outros riram e entraram no carro.
-Ok, filho, vamos para um mercadinho ali perto, vende de tudo...
Eles foram brincando e conversando. O Sr Potter estava provocando James, perguntando ao filho quando ele iria descobrir onde era a cozinha. James disse que precisava de uma dica só que ele iria descobrir, e pediu emprestada a maquete de Hogwarts que o pai tinha.
-Tudo bem, mas espero que você a use bem. Existem dois locais que você terá que achar sozinho, ou com ajuda de alguém, sem ser a minha.
James assentiu, sorrindo zombeteiro. Eles levaram vinte minutos para chegar onde queriam. Saltaram rapidamente e entraram na loja.
Foram direto na seção de revistas. James achou uma perfeita; a matéria da capa dizia: HOMENS NARIGUDOS: O QUE FAZER COM ELES?
-Remus, Sirius, olha isso aqui...
Os outros dois liam enquanto James se sacudia de tanto rir. Foi de aprovação geral que aquela seria a revista.
Depois foram procurar o shampoo. Acharam um preto, com uma embalagem feia. Fedia muito.
-Eu acho que esse é perfeito, é só acrescentar um ovo podre e colocar a embalagem e enviar para Ranhoso... – James ia dizendo, quando reconheceu uma mecha de cabelos ruivos.
Era Lily.
É claro, ele pensou ela mora como uma trouxa, é lógico que ela venha fazer compras aqui...
Ela estava com três pessoas, que James supôs ser seus pais e a irmã dela.
-Olá, Lily – Ele disse. Ela estava de costas, assim como o resto de sua família. James a saudou numa voz baixa, perto de sua orelha. Ela pulou de susto.
-Potter? – Ela disse, mal crendo nos seus próprios olhos – O que você faz aqui?
-O mesmo que você.
-Veio comprar supositório para o primo? – Ela disse, arqueando uma sobrancelha, como quem desafia.
-Arg, não. Vim comprar um shampoo – Ele disse, mostrando o futuro presente de Natal de Snape.
-Esse shampoo é para cabelos oleosos. E fede. Você pegou o modelo errado – Ela disse.
-Para cabelos oleosos? – James perguntou com uma risada – Sirius, Remus, venham cá!
-Eles estão com você? – James a ignorou e contou a descoberta para os dois. Remus não riu, mas Sirius gargalhou.
-Perfeito! – Ele exclamou.
-Perfeito? – Lily perguntou – O que eles estão tramando, Remus?
-Não sei.
Sirius ia contradizê-lo, mas James o chutou. “Depois” ele murmurou. Ele sabia que Remus prezava a amizade com Lily, e não ia desapontar o amigo.
-Mas foi bom te ver, Lily... – James ia dizendo quando foi interrompido pela garota.
-Quem são esses, Li? – Ela perguntou.
-São colegas, Túnia.
-Somos amigos – James corrigiu com um sorriso. Lily o encarou incrédula.
-Da escola? – A garota insistiu.
-Sim, Petúnia. E daí? – Lily se irritara de repente. James imaginou o motivo.
-Então eles também são aberra...
-Não. Eles são bruxos – Lily discordou em tom baixo.
-É tudo a mesma coisa! – Petúnia vociferou, dando de ombros e indo embora.
-Ela ia dizer...? – James começou a perguntar, mas Lily o interrompeu.
-Que somos aberrações. Ela está certa sobre você, talvez, mas eu não sou uma aberração. Ela só está com inveja. Queria ser...
-Ah, tá.
-Mas acho que vocês combinam em uma coisa...
-O que?
-Ela também odeia o Sev.
-Bom, ela tem mais juízo em relação a isso que você.
-Não fale mal dele! Ele é uma ótima pessoa!
-Eu não acho isso...
-Você não pode ser agradável um segundinho?
-Eu sou... Na verdade, o tempo todo – E então James sorriu, passando a mão no cabelo. A metidez foi tanta, que todos riram, inclusive Lily.
-Mas porque você o odeia?
-Pelo o que ele e a mãe dele são.
-Que...?
-James! – O Sr Potter o chamou.
-Tchau, Lily – James se despediu, com um sorriso. Ele sabia que deixara a pulga atrás na orelha de Lily, e esta era a intenção. Ficou rindo consigo mesmo e não viu o caminho de volta para casa.
O Sr Potter fez a sua mágica no shampoo e estava tudo pronto. James, Remus, Sirius e o Sr Potter foram até o campo de Quadribol, testar as habilidades deles na neve.
James se saiu ótimo, como sempre. Sirius foi bem. Mas o Sr Potter e Remus não foram tanto assim. O Sr Potter jogava quando era mais novo, mas não treinava há muito. E Remus nunca fora bom. Ele acabou arrastado pelo vento até o parque do outro lado.
Eles voltaram para casa, molhados e felizes. O jantar de noite de Natal estava quase pronto. A Sra Potter estava se arrumando e Dylan estava na sala, arrumando a mesa de jantar. Os meninos tomaram banho rápido e colocaram suas vestes pretas.
Estavam todos sentados na mesa, conversando, rindo e comendo. Foi uma das melhores vésperas de Natal na vida dos três garotos.
Mas a manhã de Natal foi melhor. Mesmo eles tendo ido dormir às duas da manhã, James, Sirius e Remus estavam de pé às sete.
-Presentes! – James disse, levantando da cama e indo chamar os amigos ao quarto dele para abrirem os presentes juntos.
Os três estavam indo de volta para o quarto de James, com vários presentes nos braços. Misturaram todos na cama de James, para abrirem um de cada vez.
O primeiro presente foi do Sr Potter para James. Era uma capa estranha, parecia ter sido tecida de água.
-O que é isso? – James perguntou, pegando a capa. Remus estava examinava o bilhete e uma ponta da capa.
-Seu pai lhe deu uma capa da invisibilidade.
-Uma o quê? – James perguntou, mal acreditando no que ouvira.
-Uma capa da invisibilidade. Experimente.
James pôs a capa sobre o corpo inteiro e percebeu que estava invisível. Ficou maravilhado com o presente. Recebeu Uma caixa de sapos de chocolates de Peter e um livro de Paul chamado ‘Quadribol através dos séculos’.
Sirius ganhou vermes de Monstro, o elfo de sua casa, sapos de chocolate e feijõezinhos de todos os sabores. Lupin ganhou a mesma coisa, exceto pelos vermes.
E ele ganhou, também, uma carta com um livro chamado “Romeu & Julieta”.
-Que espécie de livro é esse, Remus? – James perguntou.
-Bem, é um clássico da literatura trouxa. Quem me deu foi a...
-A Lily, é claro. E a carta? Foi ela também?
-Sim, foi.
-Lê em voz alta, então.
Lupin desdobrou a carta e limpou a garganta.
Caro Remus,
Como vão as coisas? Você já deve estar na casa do Potter, não? Que seja. Eu não gosto dele mesmo... Black também está, não é? Ele disse a plenos pulmões que estava feliz por não passar o Natal com a família dele, mas deve ser um exagero. Não há nada pior que Petúnia.
Sabe o que ela fez? Me chamou de aberração desde o primeiro momento que pisei meu pé em casa. Não me trata por outro nome, a não ser esse. Estou muito triste e sozinha, mas o Sev me prometeu que viria me visitar, apesar dele não ter dado as caras por aqui. Sabe, Remus, eu acho que ele é um bom amigo.
Bem, esse é o livro que eu te falei. É um ótimo romance, feito por Willian Shakespeare. Você entenderá o que eu digo. Te diria para assistir o filme na versão de 68, que é muito boa mesmo.
Mas aí não deve ter videocassete, então...
Por favor, Remus, se você gosta da minha sanidade mental, me responda, por favor.
Beijos e feliz Natal,
Lily.
-Não faça isso, Remus – James disse.
-Isso o quê?
-Não preserve a sanidade mental dela – James e Sirius se acabaram de rir. Remus deu um sorriso amarelo.
-Eu vou escrever, pois ela é minha amiga.
-Tá, tá, eu já sabia. Bem, podemos ajudá-lo?
-Na carta?
-Não, né, tapado, a preservar a sanidade mental dela. Vamos escrever cartas para ela também, você deixa? – James fez um biquinho. Os outros riram e Remus concordou.
-Mas o que seria um “videocassete”? – James perguntou, uma hora depois, quando ainda estavam fazendo as cartas. Lupin fez a menção de abrir a boca, mas logo fechou. Sirius apenas riu.
-É um aparelho em que vemos filmes. Olá, rapazes! – disse uma voz atrás deles.
-PAUL! – James gritou. Ele se levantou e foi abraçar o amigo. Os outros dois o seguiu.
Passaram a manhã conversando, esperando pelo grande almoço de Natal. Tinham tanto o que falar, tanto o que escrever. Todos os quatro terminaram as cartas para Lily e foram para o almoço.
Estava divino. Todos se deliciaram e o Sr e a Sra Potter entregaram mais presentes aos garotos. Eles estavam satisfeitos antes mesmo da sobremesa. Mas se empanturraram mais ainda de comida: pudim de leite, de abóbora, de morango, sorvete, Bombinhas Bruxas, feijõzinhos de todos os sabores, sapos de chocolate...
-O que fazer agora? – James perguntou, uma hora depois.
-Guerra? – Sirius sugeriu com um sorriso moleque na boca. Os outros concordaram e saíram completamente agasalhados, se divertir na tarde de Natal.
O dia seguinte amanheceu com uma coruja trazendo uma carta para quatro pessoas. Os meninos abriram a carta ansiosos, dois deles realmente preocupados com a resposta, os outros dois apenas tinham enviado de gozação.
A carta dizia:
Remus e Potter,
Obrigada pela preocupação. Eu estou realmente solitária, e a Petúnia está pior do que nunca. Mamãe e Papai estão tentando controlá-la, mas parece ser impossível. A meta da vida dela parece ser me chatear.
Ela trás aqui para casa três amigas e um garoto gordo todos os dias. Ela fica dizendo que eu tive que sair da escola porque eu era muito burra, mas eu estudo com os amigos dela e quase ensino, apesar de pouco saber.
Estou fazendo meus deveres de casa e NÃO, Potter, não te mandarei uma cópia. Peça ao Remus que lhe dê o dever.
Espero que aproveitem o resto das férias, assim como eu não vou aproveitar. Meu aniversário está chegando, é dia 30/01!
Para Paul, obrigada também. Black... NÃO ME ESCREVA MAIS!
Abraços,
Lily.
-Ela está meio triste, não? – Sirius disse, rindo. Os outros três não riram imediatamente, mas James quebrou a seriedade com uma risada um pouco forçada, mas deu para passar por todos, menos por Remus.
Algumas horas mais tarde, James podia ser encontrado na neve com seus três amigos, sorrindo por um motivo diferente.
Pelo presente e pela carta de Natal.
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