Bad Romance



Capítulo Um


Caught in a bad romance
(Pega em um mal romance)
You know that I want you
(Você sabe que eu te quero)
And you know that I need you
(E você sabe que eu preciso de você)
I want your bad, your bad romance
(Eu quero seu mal, seu mal romance)
I want your love and
(Eu quero seu amor e)
I want your revenge
(eu quero sua vingança)
You and me could write a bad romance
(Eu e você poderíamos escrever um mal romance)


- Bad Romance


Lady GaGa.


Passei as férias de verão com Draco na Europa1. Só eu e ele. Em teoria, era para estarmos juntos, mas Draco se mostrou um verdadeiro viciado em quadribol e passou a maior parte do tempo vendo jogos e treinos de todos os times europeus. Eu, enquanto isso, fazia compras que nem uma maluca obsessiva. Mas roupas e sapatos nunca são demais, principalmente quando seu ouro é ilimitado, você está na Europa e seu namorado não dá atenção para você.


Draco também ia muito a bares. E não o tipo de bar com garotas peitudas e taradas loucas para um pôr a mão em um herdeiro Malfoy. Não, bares que só freqüentavam pessoas suspeitas e mal encaradas. E eu desconfiava que em alguns momentos ele saía do país em que estávamos, algumas vezes mesmo voltando à Inglaterra.


É claro que ele nunca me disse o que ia fazer nesses bares imundos. Mas é claro que eu sabia. Depois que o pai de Draco, Lucius Malfoy, foi preso no Ministério, graças àqueles traidores do sangue e a sangue-ruim da Granger - além do próprio Harry “eu sou o máximo” Potter - Draco está cada vez mais interessado no que o Lord das Trevas está fazendo...


É claro que eu tenho orgulho de Draco por ele querer tomar parte, lutar para transformar o mundo bruxo num local só de bruxos, sem sangues-ruins com sangue imundo...


Mas Draco pode morrer.


E eu não saberia viver sem ele.


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É fim de agosto e está na hora de retornar à Inglaterra. Ou pelo menos, eu estou retornando à Inglaterra. Draco está ficando na França, com o lado francês da família. Eu estou voltando, pois odeio o lado francês da família de Draco. Não dá para agüentar uma semana com aquela família francesa estúpida, agindo como se Lucius Malfoy estivesse morto, em luto.


Acho que entre estar morto e estar preso, estar morto seria melhor, mas eles precisam agir como maníacos?


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Assim, na primeira semana de setembro, quando minha mãe me deixa em King’s Cross, vou procurar por Draco – eu tinha escrito uma carta para ele, a qual ele não respondeu. Nada com que eu não estivesse acustumada.


Rapidamente, lanço um feitiço em meu malão. É patético ver as pessoas arrastando os malões como se fossem trouxas.


E logo em seguida vejo as cabeças de Crabbe e Goyle por cima da multidão. Draco deve estar com eles e é por isso que eu vou para lá. Meu malão flutua atrás de mim.


Meu coração não dispara mais ao ver Draco. Há mais de um ano isso não acontece. Daphne e Emily dizem que é normal, que significa que nosso relacionamento está indo para uma fase mais madura.


Só não sei dizer se o fato de que eu não sinto nada, mais nada, quando Draco me toca ou me beija, também é devido a isso. Mas não contei nada disso a Daphne e Emily. Elas são minhas amigas, mas Draco ainda é o garoto mais desejado da Sonserina e até da escola inteira. E também, não significa que eu não o ame. Eu amo Draco. Estamos apenas numa fase difícil, precisamos rever a relação... E Draco não tem tempo para isso. Mas no fim, vamos nos casar. Isso foi decidido antes de nós nascermos.


Assim que chego perto de Draco, Goyle e Crabbe, Veronica Montgomery e Aphrodite Laautrèc 2 estão junto dele. Veronica e Aphrodite são do mesmo ano que eu, também da Sonserina. E como todas as outras garotas, são completamente apaixonadas por Draco.


Eu tenho o cara que todas as garotas querem. Eu sou Pansy Parkinson, a rainha da Sonserina– e de Hogwarts também.


E eu odeio Veronica e Aphrodite. Veronica diz que é puro sangue, mas também é uma nova rica. E eu tenho certeza que há trouxas em sua linhagem. O sobrenome dela é Montgomery. Há inúmeros trouxas com esse sobrenome.


Aphrodite, eu sei que é puro sangue, ela é uma Laautréc, uma importante e antiga família bruxa, mas ela é francesa.


Ela tem a estranha crença que seria melhor para Draco do que eu, pois ela é uma Laautréc e ele é um Malfoy, as mais importantes famílias francês-inglesas. Aliás, eu acho que eles são quase parentes justamente por causa disso.


- Oi, Draco – eu digo, ignorando Crabbe, Goyle e aquelas duas vacas. Dei o maior beijo que consegui, antes que ele me afastasse. – Teve um bom fim de férias?


- Foi ótimo, Pansy. – ele respondeu.


- Fim de férias? – repetiu Veronica, como qualquer outra garota patética faria – Passaram as férias juntos?


- Sim – respondi. Coloquei o braço em torno de Draco e em seguida, ele colocou a mão em volta da minha cintura. – Na Europa. Foi excelente.


- Encontrei Draco lá – respondeu Aphrodite, com um sorriso malicioso – na França, mas ele estava sozinho.


- Pansy teve que voltar para a Inglaterra mais cedo, infelizmente. – respondeu Draco.


- Ah, é? – perguntou Veronica – Por quê?


Maldita puta fofoqueira.


Eu sabia que essa história de “passar um tempo com os parentes” tinha a ver com Aphrodite ou outra vaca que nem ela. Afinal, Aphrodite é parente de Draco.


Mas eu já era namorada de Draco – e o conhecia – há muito tempo para saber que eu era a oficial e existiam as outras, e eu não devia, nunca, reclamar delas.


Mesmo que uma dessas garotas dormisse no mesmo quarto que você.


Blaise Zabini, Theodore Nott e Frederic Harrighton se juntaram há nós pouco tempo depois. Eu ainda não tinha achado Daphne ou Emily. Felizmente, Theodore e Frederic convidaram Aphrodite e Veronica para “darem uma volta”. Assim, eu, Draco, Blaise, Crabbe e Goyle fomos procurar uma cabine.


A viagem, em sua maior parte, foi chata. Draco ficou deitado em meu colo. Ali, no Expresso de Hogwarts, tudo estava tão melhor do que estivera durante o verão, que não me lembrei de mais nada: das minhas amigas ou da monitoria...


Pouco antes do almoço, o traidor do sangue Weasley e a sangue ruim Granger passaram pela janela do compartimento. Foi aí que eu me lembrei de que eu era monitora e deveria estar monitorando alunos idiotas do primeiro ano.


Draco mostrou o dedo do meio para eles. Logo em seguida, alguém bateu na porta e eu cheguei a achar que era Weasley Pobretão.


Mas não. Era uma garota da Corvinal. Pequena, minúscula, deveria ser do segundo ano, no máximo. Primeiro não era, porque ela já era usava o uniforme da casa.


- O que é que? – perguntou Blaise.


- Mandaram entregar isso para Blaise Zabini – ela respondeu, a voz tremendo. Blaise pegou o rolo de pergaminho com a fita roxa.


- Saia daqui – ele falou e bateu a porta da cabine na cara da garota.


Garotinha estúpida, pensei.


- O que é? – perguntei.


- Você é curiosa demais, Pansy. – falou Draco e eu preferi ignorar.


- É de um professor – falou Blaise.


- O que você fez agora? – perguntou Draco.


- O professor Slughorn quer que eu almoce com ele no compartimento C. – falou Blaise.


- Ah, o velho Slughorn – falou Draco, com uma voz cheia de significados, que dizia que Draco gostaria de ter sido convidado para sei lá o quê que Slughorn faria.


Eu preferia que não. Gostava de ter Draco ali comigo, deitado em meu colo. Era lá que ele deveria estar.


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Estávamos quase chegando quando Blaise voltou. Draco tinha dispensado Crabbe e Goyle por boa parte da tarde, para nós dois podermos ficar sozinhos.


Blaise entrou na cabine, mas quando foi fechar a porta, não conseguiu. Era como se a porta tivesse travado, ou como se tivesse um obstáculo invisível lá.


- O que aconteceu com essa coisa? – ele falou. Todos nós pensávamos o mesmo. Certo, Hogwarts era uma escola de magia, mas aquilo era realmente estranho.


E o mais estranho foi que em seguida a porta se abriu sozinha e Blaise caiu no colo de Goyle. Draco se sentou de repente, e eu dei uma risada de ver Blaise sentado no colo de Goyle.


Goyle fechou a porta, xingando Blaise e em seguida o empurrando de volta ao seu lugar.


Draco deu uma risada e se deitou novamente no meu colo. Alisei os cabelos dele.


- Então, Zabini. O que Slughorn queria?


- Puxar o saco de gente bem relacionada. – respondeu ele, olhando feio para Goyle. – Não que tenha encontrado muita gente.


Draco franziu a testa, obviamente incomodado. Eu sabia que Draco queria ter sido chamado para esse almoço idiota. E eu acho que ele deveria ter sido chamado. Draco é bem relacionado. Quem poderia ser mais bem relacionado que Draco Malfoy?


- Quem mais ele convidou? – perguntou Draco, falando exatamente o que eu pensava.


- McLaggen, da Grifinória.


- Ah, sei, ele tem um tio importante no ministério.


- Outro chamado Belby, da Corvinal.


- Não, esse é retardado – falei. Eu conhecia Belby. Lori Gibbon, da minha turma também, saia com ele. Lori era provavelmente a segunda garota mais bonita de Hogwarts – eu era a primeira, é claro – e namorava um retardado completo como Gibbon. Ela não tinha amiga nenhuma da Sonserina e andava com as garotas da Corvinal. Nenhuma de nós (da Sonserina e também da Corvinal, pelo que diziam as fofocas) entendia o que ela via em Belby.


- E Longbottom, Potter e aquela garota Weasley.


Draco se levantou, empurrando a minha mão para o lado.


- Ele convidou Longbottom?


- Suponho que sim, porque Longbottom estava lá. – respondeu Blaise, indiferente. Mas eu entendia Draco. Como é que um lesado completo como Longbottom tinha sido chamado e Draco não?


- Que é que Longbottom tem que possa interessar ao Slughorn? - perguntei, mas não obtive resposta. Draco me olhou feio e Blaise sacudiu os ombros.


Outra regra de Como Ser A Namorada Perfeita Para Draco Malfoy: nunca se meta em assuntos dele.


- Potter, o precioso Potter – continuou Draco – obviamente, ele queria dar uma olhada no “eleito”. Mas e a garota Weasley? O que é que ela tem de especial?


Eu não gostei do tom que Draco tinha dito a última frase. Eu podia agüentar todo o tipo de garota, até mesmo uma nojenta como Aphrodite Laáutrec, mas nunca, nunca, a traidora do sangue Weasley.


Eu sei que Blaise tem uma queda por ela, mas até hoje Draco não tinha demonstrado nada.


- Tem muitos garotos que gostam dela – falei, cuidadosamente e observando a reação de Draco. Ele não se mexeu, então eu completei - até você acha que ela é atraente, né, Blaise, e todos nós sabemos que você é difícil de agradar.


- Eu não tocaria numa traidora do sangue nojenta como ela, por mais atraente que fosse. – Sorri. Se Draco começasse a rodar para o lado da Pobretona Weasley, Blaise cuidaria dele para mim. Nesse ponto, eu não tinha com que me preocupar.


Draco se deitou novamente em meu colo.


- Bem, lamento o mau gosto de Slughorn. Quem sabe ele está ficando senil. Que pena, meu pai sempre disse que no seu tempo ele era um bom bruxo. Meu pai era uma espécie de favorito dele. Slughorn provavelmente não soube que eu estava no trem ou...


- Eu não esperaria um convite – Blaise interrompeu a justificativa de Draco. Às vezes eu odiava como Draco podia ser bobo. – ele me pediu notícias do pai de Nott quando eu embarquei. Pelo visto, os dois eram bons amigos, mas quando soube que o velho Nott foi apanhado pelo Ministério não ficou nada feliz e não convidou Nott, não é? Acho que Slughorn não está interessado em Comensais da Morte.


Vi que Draco tinha ficado zangado, mas mesmo assim sorriu.


- Bem, quem se importa com seus interesses? Quem é ele na ordem das coisas? Apenas um professor idiota. – Draco bocejou. – Quero dizer, talvez eu nem esteja em Hogwarts no ano que vem, que diferença faz se um velho gordo e decadente gosta ou não de mim?


Isso era novidade para mim.


- Como assim, você talvez não esteja em Hogwarts ano que vem? – falei indignada.


- Ora, nunca se sabe – respondeu ele, rindo. – Eu talvez venha... hã... a me dedicar a coisas maiores e melhores.


O medo me invadiu. O medo de perder Draco. Coisas maiores e melhores. É claro, o Lord das Trevas. Draco poderia achar isso maravilhoso e era realmente uma grande honra. Mas Draco não pensava nele, em mim, em nós e no futuro que iríamos ter juntos e poderia ser destruído por isso?


- Você está se referindo a... Ele? – perguntei relutante.


Draco sacudiu os ombros.


- Mamãe quer que eu complete a minha educação, mas, pessoalmente, acho que nos dias de hoje isso não seja tão importante. Quero dizer, pensem um instante... Quando o Lord das Trevas tomar o poder, será que vai importar quantos N.O.M.s e quantos N.I.E.M.s a pessoa obteve? Claro que não... Tudo vai girar em torno dos serviços que prestou, a dedicação que demonstrou a ele.


- E você acha que será realmente capaz de fazer alguma coisa por ele? - perguntou Blaise, sarcástico – com 16 anos e sem ter completado sua qualificação?


- Foi o que eu acabei de dizer, não foi? Quem sabe ele não se importa se tenho qualificações. Talvez eu não precise de qualificações para o trabalho que ele quer que eu faça. – respondeu Draco em voz baixa.


Que ele quer que eu faça. No presente. O Lord das Trevas tinha passado uma missão a Draco, para realizar nesse ano. E ele nem ao menos me contou, em particular. Passamos a tarde inteira sozinhos. Passamos o verão inteiro juntos. E ele não disse nada para mim, nem ao menos se estava mesmo a serviço dos Lord das Trevas. Eu apenas desconfiava que ele estava tentando. Mas não sabia que tinha tentando, conseguido e ainda tinha uma importante missão.


- Já estou vendo Hogwarts - ele falou, indiferente – é melhor trocarmos de roupa.


Joguei as vestes da Sonserina por cima da roupa que eu já usava: uma saia curta vinho, camisa branca e scarpins pretos de salto fino. Era desconfortável? Era. Mas eu era Pansy Parkinson, namorada de Draco Malfoy, e tinha um padrão a manter.


Goyle, Crabbe e Blaise saíram, me deixando sozinha com Draco. Estendi a mão para que ele segurasse, mas ele disse:


- Você pode ir andando, quero verificar uma coisa.


Saí furiosa. Ele poderia bem ir para o inferno. Estava cansada de como eu era usada por Draco. Como se ele só lembrasse de mim quando queria me exibir ou transar comigo.


Eu queria que ele fosse para o inferno.


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1- Os ingleses, apesar de pertencerem a Europa, muitas vezes se referem a Europa como se a Inglaterra fosse de outro continente, ou como se os ingleses não fosse europeus.


2- A fic terá uma boa quantidade de personagens originais pouco importantes para a história. Eu sempre achei pouca à quantidade de alunos em cada série de Hogwarts. Nesse caso, todas as séries estão com mais alunos do que a história original, mas nem todos vão aparecer e por enquanto, nenhum terá um papel importante (menos Alfred McConolly, é claro.). Daphne, a quem Pansy se refere como amiga, é Daphne Greengrass, que só começou a existir depois que o livro acabou, mas sempre existiu (?). Emily, é claro, é Emily Bulstrode.
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autora extremamente insegura. Nem de longe a minha primeira fic (apesar de eu só ter outras duas publicadas nessa conta do F&B) mas com certeza a com a história mais difrente que eu já escrevi. É completamente diferente você escrever do lado "maligno" da história. Não tenho idéia se está bom ou não.
Então se ler, e gostar, ou odiar, comentem?

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