A carta e o portal
Capítulo XXVI
A carta e o portal
Depois de mais algumas palavras confortantes, lágrimas de desabafo e outro abraço acolhedor, Hermione abriu a porta da sala da professora Brinks um tanto mais calma e agradecendo intimamente pela sorte de ter Rebecca por perto, uma pessoa tão sensata com quem ela sempre poderia contar.
-Muito obrigada mais uma vez, professora. – disse ela à mulher, quando ambas pararam do lado de fora da sala.
-Eu já disse que o prazer em ouvi-la é todo meu, querida. – falou Rebecca. – E a única recompensa que peço é poder ver você feliz outra vez... Me prometa que vai ficar bem?
Hermione fez um breve sinal positivo com a cabeça, pensativa, e já começava a se virar quando a professora voltou a falar:
-Venha tomar um chá comigo amanhã à tarde, após as aulas. Quero me certificar que você cumprirá essa promessa.
-Estarei aqui, professora. – respondeu a garota somente um segundo antes de girar sua cabeça bruscamente para olhar numa das direções do corredor.
-O que foi, Hermione? – indagou Rebecca observando com surpresa o movimento brusco da menina.
-Nada... – disse ela lentamente, ainda encarando o corredor. – Apenas pensei ter visto alguém por ali, mas deve ter sido só uma impressão...
A mulher seguiu a direção do olhar de Hermione, mas o corredor se encontrava completamente deserto, exceto por uma estátua e algumas velhas armaduras existentes ao longo de sua extensão.
-Bem, até amanhã então, querida. – falou a professora voltando sua atenção à garota à sua frente.
-Até amanhã. – Hermione devolveu, finalmente começando a caminhar de volta para a Torre da Grifinória.
A garota andou pelos corredores, esquecendo-se totalmente da estranha sensação de ser observada, esquecendo-se da fome que apertava incomodamente seu estômago, esquecendo-se de tudo a seu redor. Seus pés caminhavam pelo chão de pedra e a levavam rumo à Torre, mas sua mente deixou-se vagar e entrar em um mundo à parte, se perdendo nas estradas sinuosas das fronteiras entre os países da razão, do orgulho e da paixão. As palavras de Rebecca Brinks mais do que nunca ecoavam em seus ouvidos e como se isso não bastasse, uma vívida imagem de Rony pipocou à sua mente, aqueles magníficos olhos azuis embaçados e aquela face salpicada de sardas umedecida com lágrimas. Ela se sentia muito magoada com o ruivo para pedir desculpas, mas ao mesmo tempo, ela sabia que isso era conseqüência do estúpido orgulho que a espetava a cada segundo, cegando seus olhos e descarrilhando os rumos que seu coração desejava trilhar.
“Confie em seu coração”. – a voz de Rebecca sussurrou, como se trazida pelo vento fresco que entrava pelas altas janelas.
-Sim, eu irei. – Hermione sussurrou de volta, sorrindo à brisa que acariciava seu rosto.
Pois, por mais que Rony tivesse lhe dito palavras horríveis, ela tinha plena consciência que também tocara nas feridas mais doloridas do garoto. E com a ajuda de Gina, ela fora a responsável por cada uma das lágrimas que o ruivo tinha derramado. Mas era hora de mudar isso. Era hora de, por uma vez na vida, confiar em seu coração e ver para onde ele a levaria.
Hermione tocou cuidadosamente a estrelinha luminosa em seu pescoço e a ergueu carinhosamente até seus lábios, plantando um beijinho confiante sobre a superfície fria do diamante. O porquê disso? Bem, talvez ela estivesse fazendo uma preparação: primeiro com o presente, e, depois, se o plano que surgiu em sua mente funcionasse, realizar o mesmo gesto com o presenteador.
Assim, mordendo o lábio inferior e fechando a mão direita com força ao redor da estrelinha, Hermione tomou sua decisão. Ela ouviria sim seu coração. Ela seguiria pelo único caminho viável quando a estrada da razão já tinha sido interditada pela bola de neve que se tornou seus sentimentos. E ela só esperava não se perder por esse caminho totalmente novo. Ou esperava que, se ela se perdesse, Rony estivesse ao seu lado para lhe segurar a mão e ambos caminharem juntos pelo desconhecido.
A tarde de domingo passou preguiçosamente, com Hermione enfurnada no dormitório (já que a biblioteca era fechada) e Rony, embora ainda cabisbaixo, parecendo um pouco mais sociável. Pelo que parecia, as lágrimas tinham lavado sua alma e servido como um analgésico para a dor de seu peito, aliviando-a momentaneamente. Dessa forma, depois de várias horas jogando xadrez, Snap Explosivo e conversando sobre os mais variados e sem importância tópicos, o ruivo partiu com Harry para um calmo jantar no Salão Principal e agora ambos os meninos se encontravam no dormitório, na companhia de Dino, Simas e Neville.
-Hoje eu convidei a Lilá para o baile. – contou Simas animado, fitando sua imagem no espelho e fazendo pose de galã.
-Ah, é? – indagou Dino rolando sobre a cama e se erguendo sobre os cotovelos. – E ela aceitou?
-Que? – perguntou Simas fingindo uma desagradável surpresa. – Você tem dúvida? Aquela lá é maluca por mim, todo mundo sabe disso!
Os outros garotos riram e Neville entrou na conversa:
-Mas não está muito cedo para convites? Eu quero dizer, ainda estamos no fim de abril e o baile é só em junho...
-Claro que não está cedo! – exclamou Dino. – Você sabe, na última hora as melhores sempre já estão ocupadas...
-Claro, isso mesmo! – concordou Simas. – Encare os bailes como uma espécie de caçada, Neville. E aqueles que saem à frente sempre conseguem as melhores caças...
-Caças? – o menino de rosto redondo fez careta. – Você está chamando as garotas de CAÇAS?
-Ou presas, se você preferir. – riu Simas. – Mas você não precisa se preocupar, pois já tem a sua, não?
-E o Neville não é nada bobo, Simas. – Dino falou prendendo o riso. – Ele costuma caçar presas filhotes. – completou entrando num ajuste de risadas, o qual Simas acompanhou, Harry mordeu os nós dos dedos para não participar e Rony soltou um breve bufo divertido. Neville, por sua vez, tornou-se imediatamente rubro, uma clara expressão de fúria surgindo em sua face.
-A Amélie é muito mais do que uma CAÇA ou uma PRESA para mim. – ele disse friamente. – Mas eu não acho que vocês entenderão.
-Oh! É impressão minha ou você foi laçado pelas amarras do amor? – Simas falou, ofegante pelas gargalhadas.
-Ah, vamos, deixem ele em paz. – Rony murmurou, opinando pela primeira vez na noite e recebendo um olhar grato de Neville.
-Se o chapéu pontudo serviu, então o ajuste, Rony. – disse Dino também rindo. O ruivo carranqueou, mas foi Neville quem retrucou:
-Ah, mas vocês dois não podem falar muito! – falou ele firmemente. – O Simas finge que não, mas arrasta uma carruagem do tamanho daquela de Beauxbatons pela Lilá. E você, Dino, talvez ache que eu seja bobo para não notar seus sonhos com a Gina ou seja surdo para não ouvir seus gemidos, mas sua cama é ao lado da minha...
Simas parou de rir instantaneamente e Dino tornou-se pálido como algodão, justamente ao contrário de Rony e Harry, que se avermelharam com indignação.
-Você tem sonhado com a Gina? – perguntou Harry ao moreno num tom que saiu mais ríspido do que ele desejava. Rony lhe deu um olhar estranho, mas também se virou para Dino:
-Não, a pergunta é: Você tem GEMIDO quando sonha com a Gina?
-N-não, eu... bem... não assim e... ahh... – grunhiu Dino, ainda pálido e completamente sem graça. – Quer saber? Eu não devo explicações sobre o que sonho ou deixo de sonhar também! – completou caminhando para a saída e batendo a porta com estrondo ao passar. Simas lançou um olhar sujo à Neville e seguiu o amigo.
-Eu... eu sinto muito. – disse Neville com uma expressão culpada, mas os outros não responderam.
-O Dino geme quando sonha com a minha irmãzinha? – Rony continuou resmungando para ninguém, ainda indignado.
“É... Como assim ‘GEME’?” – a mente de Harry exigiu saber, enquanto seus interiores queimavam de raiva.
-Bem, eu... eu vou ver a Amélie, convidar e... Bom, até mais. – Neville murmurou incoerentemente, encabulado pela confusão que tinha causado. Assim, ele também partiu, deixando no dormitório apenas Harry e Rony (que ainda praguejava algo como “Dino”, “malandro” e “gemendo”).
-Er... O Neville ficou nervoso, não? – perguntou Harry ao amigo no instante em que o ruivo tinha terminado sua sessão de resmungos ofensivos e o silêncio tinha recaído sobre o quarto.
Rony se virou para ele, o encarando profundamente antes de falar:
-Por que você se importou tanto, Harry?
-Ah... Eu... Eu não me importei, eu só vi que ele ficou nervoso e-
-Você sabe do que eu estou falando. – reforçou Rony. – Por que você se importou tanto sobre a Gina?
Os interiores de Harry torceram como serpentes e seu estômago despencou em queda livre. Seus pensamentos giraram e milhares de respostas deslizaram em sua mente: “Porque ela é sua irmã e é como se fosse a minha também;” “Porque ela é mais nova e inocente;” “Porque estou sendo solidário a você...”
Mas então Harry encarou os olhos azuis do ruivo e todas as desculpas pareceram sórdidas e covardes mentiras. Aquele era Rony, seu melhor amigo. O mesmo com quem ele dividira algo pela primeira vez quando comprou todo o conteúdo do carrinho de comida em sua primeira viagem para Hogwarts. O mesmo que o resgatara num carro voador numa ocasião e, em outra, com uma perna machucada ainda postou-se em sua frente para defendê-lo de um suposto assassino. Aquele era Rony Weasley, o companheiro que mesmo sem saber o ensinou o verdadeiro significado da palavra amizade. E ele não iria enganá-lo.
-E-eu... Eu... me importo com ela, Rony. – murmurou Harry. – Mais do que você pensa.
Os dois se encararam durante alguns momentos, num silêncio tenso e quase palpável. E foi o ruivo quem falou primeiro:
-Harry, a Gina é minha irmã. – ele declarou lentamente. – Minha irmã caçula. E você... Você é meu melhor amigo. E eu não quero minha irmãzinha e meu melhor amigo se abraçando ou se beijando...
O estômago de Harry pareceu feito de chumbo sob essas palavras. Sua garganta apertou e ele sentiu um gosto amargo na boca, mas quando ia falar algo, Rony continuou:
-Pelo menos não na minha frente.
A cabeça de Harry estalou para cima imediatamente e seus olhos verdes buscaram os azuis do amigo, como se para conferir se ele tinha ouvido corretamente.
-Você...? – ele sussurrou, incapaz de completar a pergunta.
-Harry, a primeira palavra que a Gina falou na vida foi “babaca”, seguida de um certeiro tapa na cara de Jorge. Ela aprendeu a chutar nossas canelas antes mesmo de dar os primeiros passos. Quando tinha cinco anos, ela fez um feitiço de levitação com a varinha de papai e derrubou uma pedra do quintal da Toca sobre os pés de Fred, porque ele riu das trancinhas que ela usava. Ela é a versão feminina dos gêmeos, mas consegue ser tão assustadora quanto a mamãe e tão desajuizada quanto o papai. Ela nunca foge de uma briga, mas às vezes chora sem motivo como um bebê. – despejou Rony de uma vez, fazendo Harry enrugar as sobrancelhas em confusão. – Mas se mesmo depois de saber tudo isso você ainda se interessar por ela, não serei eu a pessoa a te impedir. Eu não vou criar problemas a vocês, companheiro.
Um enorme sorriso agradecido e genuíno pintou os lábios de Harry, que sentiu seu coração dançar tão alegre como se ouvisse uma bela canção de uma fênix. Sim, Gina era tudo o que ele queria. E tudo o que Rony disse sobre ela só serviu para confirmar o fato ainda mais.
-Obrigado. – ele conseguiu murmurar. – Eu... eu vou convidá-la para o baile, se você não se importar.
O ruivo encolheu os ombros.
“Que pelo menos uma Weasley seja feliz”. – pensou, banindo de sua mente certas imagens que tinha surgido por lá: imagens dele e Hermione entrando de braços dados num Salão Principal muito enfeitado... Abrindo o baile, dançando com os corpos bem pertos... enfim, juntos. Uma imagem bonita, mas irreal. Feliz, mas apenas um devaneio. A realidade era outra e muito diferente: nela, Hermione e ele nunca estariam assim. Nela, Hermione era boa demais para ele.
A manhã de segunda-feira despontou luminosa sobre o castelo de Hogwarts, dando um bonito colorido ao dia e premiando o teto do Salão Principal com a imitação de um céu límpido e vibrante. Harry estava contente e seu humor estava tão brilhante quanto aquela manhã. Ele sentou-se ao lado do amigo para o café e seus olhos esquadrinharam o lugar em busca de uma certa ruiva. Encontrou-a em seu lugar habitual, sentada no outro extremo da longa mesa da Grifinória. Ela comia uma tortinha distraidamente, um pouco de creme sujando seus lábios e lhe dando um ar de beleza descontraída. Como se sentisse o olhar do menino sobre si, Gina ergueu a cabeça e olhou diretamente a eles, erguendo as sobrancelhas numa careta divertida para o irmão e sorrindo gostosamente a Harry, fato que deixou seu rosto tão iluminado quanto o dia e tão brilhante quanto as madeixas vermelhas que caíam dos lados de sua face.
Rony viu os olhares entre os dois, mas não disse nada. Embora ele nunca fosse assumir para si mesmo, no momento sua cabeça não estava ali. Nem seu coração. Onde eles estavam? Isso ele só poderia responder se soubesse onde ela estava. Ela, a personagem mais marcante de sua vida e mais freqüente em sua cabeça. Ela, a dona de seu coração.
O ruivo reprimiu um suspiro e começou a comer em silêncio, tentando se ocupar por pelo menos alguns minutos com algo que não fosse Hermione. Mas essa tarefa mostrou-se árdua e difícil, pois as torradas em seu prato pareciam cantar para lembrá-lo que elas eram as preferidas da garota e as tortinhas restantes ali perto eram de chocolate, exatamente como os olhos dela. E tão doces e marcantes quanto a presença dela, também.
-Rony...? – chamou Harry tentativamente, interrompendo a linha de pensamento do ruivo.
-Hum?
-Er... Eu... Eu preciso fazer algo... antes que a primeira aula comece... hum, você se importa em terminar o café sozinho? – terminou Harry nervosamente.
-Não. – grunhiu Rony de volta. – E não precisa ficar nervoso como numa final de Quadribol, ela vai aceitar. – completou o ruivo dando um relance à irmã e encarando o amigo em seguida. Harry sorriu e, com um último aceno, seguiu decidido para a outra ponta da mesa.
-Gina, posso falar com você um minuto? – pediu ele se aproximando da ruiva e sentando-se na beirada do banco ao lado dela.
Ela acenou com a cabeça, mordendo outra tortinha de creme e fitando Harry em expectativa.
-Se importa se formos para outro lugar? – indagou o menino, fazendo Gina arregalar os olhos em surpresa. Harry a viu dando um olhar de esguelha ao irmão, também.
-Está tudo bem com o Rony, não se preocupe. – ele acrescentou meio hesitante.
-Não, não está. – disse Gina. – Só estará quando o estúpido resolver essa situação com a Hermione.
Harry riu: - Você tem razão. – respondeu ele. – Onde está ela?
-É o que eu gostaria de saber...
Fez-se um breve silêncio, no qual Harry observou a ruiva alcançar para outra tortinha. Parece que o apetite era algo comum entre os Weasley afinal, assim como as sardas e os cabelos vermelhos.
-Eu não sabia que você gostava tanto de torta de creme... – disse ele quebrando o silêncio.
-Isso foi uma crítica? – indagou ela erguendo uma sobrancelha.
-Não... – ele respondeu com simplicidade. – Er... Então Gina, nós podemos ter aquela conversa? – acrescentou, hesitante.
-Claro. – declarou a ruiva ainda comendo a torta. – Mas só espero que você tenha uma boa razão para isso, Sr. Potter, não é todo dia que deixo uma mesa repleta de tortas de creme para ir conversar com alguém. – ela somou em tom de brincadeira.
-Isso você me responde depois. – Harry brincou também.
Os dois deixaram o salão lado a lado, atraindo olhares, atenções e cochichos ao longo de todo o percurso. Caminhando mais rapidamente, logo eles já tinham saído pelas grandes portas de carvalho e atingido os jardins.
-Então? – indagou ela quando ambos pararam num lugar próximo ao lago.
-Gina... – murmurou Harry, embevecido com a imagem à sua frente: Gina lá de pé, a gravata da Grifinória num nó perfeito e a camisa muito branca contrastando com seus cabelos ruivos que dançavam com a brisa morna da manhã. O sol iluminava cada sarda de seu rosto e refletia em seus olhos, da mesma forma que refletia também no lago ao fundo do cenário. O garoto não pôde se impedir de pensar que para um quadro perfeito só faltava a moldura. E que, mais que tudo, ele queria esse quadro na parede de sua vida. Para sempre. Com esse pensamento, Harry tomou a mão da ruiva e gentilmente tocou seus lábios nos dela, pois melhor do que observar o quadro, era fazer parte dele.
-Você quer ir ao baile comigo? – ele perguntou assim que se afastaram, ainda de olhos fechados.
-Eu não posso acreditar que você esteja mesmo me convidando... – ela murmurou.
-Você quer? – ele repetiu, finalmente abrindo os olhos. Ela meramente acenou com a cabeça, emocionada.
-E você quer... hum... ser MAIS do que apenas meu par num baile? – o garoto continuou, corando. – Eu quero dizer...
-Eu entendi, Harry. – a ruiva sussurrou com lágrimas nos olhos. – E eu quero. Eu SEMPRE quis. Desde criança eu venho esperando por esse momento. Eu quero sim, eu quero tudo que você possa me oferecer.
Harry a envolveu em seus braços uma vez mais e a beijou novamente, sentindo-se feliz e tão leve que seria capaz de voar sem nem precisar de sua Firebolt.
-Você é doce, Gina. – ele falou baixinho contra os lábios dela, sentindo-a sorrir.
-Não sou eu, são as tortinhas de creme. – ela respondeu, divertida.
-Então agora eu entendo porque você gosta tanto delas...
E se beijando lento e longamente mais uma vez, Harry teve certeza de que o gosto tão doce e maravilhoso que ele sentira não era o das tortas ou de qualquer outro doce. Era o de Gina Weasley. Ela, por sua vez, nunca esteve tão feliz por ter abandonado uma mesa repleta de sua sobremesa favorita.
-Antes que eu me esqueça, você teve uma ótima razão, Harry. – ela falou, se lembrando da conversa deles minutos atrás, no salão.
Harry se limitou a sorrir e continuar o beijo interrompido, ignorando a resposta que seu coração gritava à garota: - Minha razão é você.
Um raio de sol particularmente forte incidiu pela janela do dormitório feminino das sextanistas e, travesso, veio brincar no rosto de Hermione, acordando-a e fazendo-a se sentar de supetão. Ela olhou assustada para a claridade do dia lá fora e examinou seu relógio de pulso, quase caindo da cama ao constatar o quanto estava atrasada.
-Ah não, ah não, eu não acredito no quanto já é tarde! – ela murmurou freneticamente para si mesma enquanto se levantava e caminhava para o banheiro. – Também pudera, Hermione, parece que foi há segundos atrás que você se deitou... – ela continuou falando para o vento, jogando uma boa quantidade de água sobre o rosto.
Hermione deixou o banheiro, entrou rapidamente em seus uniformes e ajeitou o nó de sua gravata com um feitiço. Prendendo seu cabelo molhado num coque frouxo e descuidado, a menina se atirou para sua mochila e lançou um olhar nervosamente ansioso à sua mesinha de cabeceira, onde uma pilha de papéis embolados jazia ao lado de um pergaminho cuidadosamente enrolado. Um sinal soou ao longe pelo castelo, anunciando o início das primeiras aulas e fazendo a menina saltar.
“Se ao menos eu tivesse conseguido escrever isso na primeira tentativa eu não teria ficado acordada toda a madrugada e agora não estaria tão atrasada.” – pensou ela enfiando de qualquer jeito os papéis embolados dentro da bolsa escolar e acomodando o outro pergaminho lá também, mas de uma forma muito mais caprichosa.
-Malditas Lilá e Parvati! – ela praguejou entre sussurros, parecendo um ganso raivoso. – Por que é que elas não me acordaram? Doeria muito ou elas não têm cérebro suficiente para isso?
Hermione deixou o dormitório, desceu os degraus da escada para a sala comunal de dois em dois e zarpou fora do buraco do retrato, correndo desabalada para a aula sem nem pensar em tomar café. Dessa forma, quando finalmente chegou à sala de Transfiguração, a menina estava suada e ofegante. Ela se desculpou ao encarar a expressão desaprovadora de McGonagall e, assim, caminhou para o único lugar disponível: uma carteira do lado esquerdo de Harry.
-Bom dia. – ele murmurou lhe dando um sorriso sincero. – Chegou cedo. – brincou.
Ela fez uma careta ao amigo, se sentando e já abrindo sua mochila, o que a fez dar de cara outra vez com a infinidade de papéis embolados e com o pergaminho religiosamente enrolado. Tocando-o com as trêmulas pontas dos dedos e dando um discreto relance à pessoa sentada ao lado direito de Harry, Hermione pensou que afinal não importava ela ter acordado tarde, perdido o café e suportado o olhar duro da professora McGonagall. Tudo isso seriam detalhes borrados se seu plano funcionasse. E então, com o coração tamborilando em seu peito e uma mão fechando-se novamente sobre o pingente de estrelinha em seu pescoço, Hermione pensou que valeria a pena. Bastava o ruivo sonolento ali perto fazer a parte dele também. O coração dela dizia que ele faria. E, decididamente, ela iria ouvi-lo outra vez.
As aulas da manhã finalmente terminaram, aliviando Hermione, que pela primeira vez se viu dispersa às palavras de McGonagall e desejando sair logo daquela sala.
-Até que enfim acabou essa tortura. – ela ouviu Rony resmungar para Harry, seu coração se agitando apenas ao som da voz dele. – Eu detesto segunda-feira. – ele completou.
-Você não vem almoçar, Mione? – Harry perguntou quando eles já quase alcançavam a porta.
-Eu... Eu... Preciso ir à biblioteca antes. – a menina murmurou.
No entanto, assim que Harry e Rony sumiram de vista, Hermione tomou o caminho da Torre da Grifinória, caminhando a passos largos e decididos. Logo que chegou, ofegante e com uma pontada de mal-estar, encontrou uma sala comunal vazia, exatamente como desejava. Ela se ajoelhou no tapete ao lado da lareira e abriu sua mochila, retirando de lá os papéis embolados e os atirando ao fogo, um a um. A menina observava as labaredas reduzirem os papéis a cinzas com um olhar perdido, lançando às vezes um relance nervoso à escada do dormitório masculino. Quando a pilha de papéis por fim tinha terminado, Hermione agarrou sua mochila outra vez e partiu pelo buraco do retrato rumo ao Salão Principal. Seu plano finalmente teria que começar a andar.
-Mione! – Gina acenou vivamente de seu lugar à mesa, assim que a viu. – Aqui!
-Oi Gina. – ela cumprimentou ao se aproximar, embora ao invés de encarar a ruiva ela esquadrinhasse com os olhos toda a mesa da Grifinória, de ponta a ponta.
-Eu estava louca para te contar as novidades, você não vai acreditar... – falou Gina empolgada, puxando Hermione pelo braço e a forçando a se sentar.
-O que houve? – Hermione indagou ainda sem olhar para a outra e ainda observando os grifinórios presentes ali.
-Ele me convidou para o baile! Ele me convidou... ELE-ME-CONVIDOU!
-É mesmo? – ela sorriu sinceramente com o entusiasmo da amiga. – Que bom... Onde está o Neville?
-Sim, ele- - começou a ruiva, interrompendo a frase pela metade. – Que? Que Neville? Nós estamos falando do Harry! – completou indignada.
-É claro que nós estamos falando do Harry. – Hermione girou os olhos. – Fico realmente feliz por vocês, Gina. Mas eu perguntei onde está o Neville. Eu não o vejo em parte alguma.
-Provavelmente em algum canto indecente fazendo alguma coisa indecente com aquela terceiranista, por quê?
-Nada, eu só precisava saber... – respondeu Hermione com simplicidade. – Você não acha que ele está no dormitório dele, acha? – completou.
-Mione! – Gina exclamou pondo ambas as mãos sobre a boca e fingindo horrorizada surpresa. – Quando eu disse “coisas indecentes” eu não quis dizer que ele já tinha chegado a esse nível... Eu não acho que o Neville esteja fazendo o tipo de coisas indecentes que se precisa de um dormitório... Ainda, pelo menos.
-Gina! – Hermione riu. – Eu não quis dizer isso... A vida, er... PARTICULAR do Neville não me interessa nem um pouco.
-Menos mal, eu ficaria de fato muito assustada se você viesse a se interessar pela vida SEXUAL do Neville... – a ruiva disse entre risos. – Mas bem, ali está ele. – ela apontou para o garoto que chegava sorridente e sentava-se num lugar próximo.
-Certo, te vejo depois, Gina. – Hermione saltou sobre seus pés e fez menção de tomar a direção da saída do salão.
-Ei, aonde você vai? – Gina perguntou a puxando pelo braço novamente. – Por que você está indo para lá se o Neville está ali? Você não vai falar com ele?
-Não, eu não tenho nada a falar com ele, só precisava garantir que ele também estava aqui. Até mais.
E dizendo isso, ela se apressou para fora dali, ainda em tempo de ouvir a ruiva murmurar: - Eu sempre disse que estudar muito enfraquece os miolos...
Hermione correu desabalada pelos corredores vazios outra vez naquele dia, chegando à Torre da Grifinória pouquíssimos minutos depois. A sensação de mal-estar estava aumentando consideravelmente e agora a menina se sentia um pouco zonza.
“É claro que você está zonza, quando foi a última vez que você se preocupou com algo como comer?” – a mente dela a provocou. – “Mas agora não tenho tempo, preciso continuar...”
Assim, tomando uma respiração funda e torcendo do fundo da alma para que não a vissem, a menina apertou a estrelinha em seu pescoço novamente (gesto que estava se tornando uma mania) e subiu a escada que levava ao dormitório masculino, saltando vários degraus de cada vez. Ela procurou a porta com a plaquinha onde se lia “Sexto ano” e, lembrando a si mesma que o lugar estaria vazio, já que todos seus ocupantes estavam agora no Salão Principal, ela puxou aberta a porta e entrou. O quarto estava escuro e silencioso. As cortinas das janelas e de todas as camas estavam cerradas e somente um fino feixe de luz solar entrava por uma fresta de vidro ainda à mostra. Hermione abriu sua mochila, tentando controlar seus dedos que estavam tão trêmulos que pareciam ter vontade própria e retirou do seu interior o pergaminho cuidadosamente enrolado. Caminhando decidida rumo à cama que ela sabia ser de Rony, a menina abriu as cortinas e tomou outra respiração funda, sentindo ali o familiar perfume de grama fresca, chocolate e verão. O perfume que só o ruivo exalava. O perfume que Hermione aprendeu a associar com amor, paixão e sorrisos. O cheiro de grama fresca provinha da leveza e simplicidade do garoto; o de chocolate, vinha de sua característica doce, mas às vezes amarga. E o cheiro de verão se devia ao fato de que era a estação preferida da menina. A estação onde o céu era tão azul quanto os olhos de Rony e o sol tão brilhante quanto seus cabelos. Onde o clima era tão morno quanto seu abraço e por vezes a fazia suar, exatamente como sua presença.
-É agora ou nunca, Hermione. – ela murmurou tentando encontrar coragem. Mas o chapéu seletor tinha a colocado na Grifinória e ele nunca se enganava: Hermione tinha a coragem que precisava dentro de si. E ela provou isso no instante em que colocou o pergaminho sobre a cama de Rony, voltou a puxar as cortinas e deixou o dormitório num embalo só.
Agora estava feito.
Quando Harry e Rony terminaram o almoço e deixaram o Salão Principal rumo a aula de Adivinhação, Harry estava se perguntando em pensamentos o porquê de Hermione estar tão estranha naquele dia. Ela não tinha comparecido ao café, se atrasara para a aula de Transfiguração e aparecera apenas de passagem durante o almoço. Preocupado, Harry decidira chamar a amiga para uma conversa logo que a visse, o que só ocorreria no fim da tarde, vendo que enquanto ele e Rony estariam ouvindo as loucuras de Trelawney, a garota estaria em mais uma aula de Aritmancia.
-Eu não sei se cheguei a falar isso hoje, mas eu detesto segunda-feira. – resmungou Rony quando ambos, suados, alcançaram o alçapão para a sala de Adivinhação.
-Tenho a impressão que você já disse. – falou Harry com um sorriso.
-Mas não custa enfatizar, custa? – continuou o ruivo. – A manhã inteira enfrentando a FERA da McGonagall e a tarde toda na companhia da Morcega Velha da Trelawney... Isso é o que eu chamo de um dia ANIMAL! – completou com uma careta, enquanto os dois procuravam pufes para se sentarem.
-Vamos nos sentar perto da janela, ouvir a Trelawney no calor parece dez vezes pior. – cochichou Harry encarando as costas da professora.
-Certo, e vamos pegar os pufes azuis, eles são bem mais confortáveis para uma soneca. – concordou Rony.
Os meninos fizeram como o falado e logo estavam instalados perto da janela e largados nos pufes azuis, Rony usando um extra para esticar as longas pernas.
Agora a professora Trelawney tinha finalmente se virado e com sua voz etérea habitual emendara uma longa e enfadonha narrativa sobre os poderes místicos e adivinhatórios dos cristais.
-Qual é pior: Alternativa A: o calor dessa sala que mais parece uma lareira; Alternativa B: o cheiro horrível destes incensos; Alternativa C: ouvir essa voz doente da Morcega ou Alternativa D: ficar fingindo que estamos vendo alguma coisa nesses cristais estúpidos? – indagou Rony no auge do seu mau-humor.
-Alternativa E: todas as alternativas anteriores. – sussurrou Harry de volta, no meio de um grande bocejo.
-É... Bom, pela sua cara acho que já chegou a hora de nos revezarmos para dormir. – concluiu o ruivo. – Pode começar, você tem meia hora até a minha vez.
Harry sorriu, aceitando a oferta e se debruçando sobre seus braços, escondendo o rosto. Assim, aos poucos as palavras da professora sobre a misticidade dos cristais rosas e os mistérios dos cristais azuis foram se pondo distantes e abafadas. O garoto sentiu uma brisa morna soprando seu cabelo através da fresta da janela que ele tinha aberto mais cedo e desfrutou a maciez do pufe azul no qual estava sentado, relaxando e lentamente entrando num mundo particular e único, o mundo dos sonhos.
Harry corria pelos jardins de Hogwarts de mãos dadas com Gina. Uma fina e fresca chuva acariciava seu rosto e grudava os cabelos ruivos na face da menina, dando-lhe mais graciosidade, destacada ainda mais pelo sorriso bonito que pintava os lábios dela. Eles pararam num ponto próximo ao lago e se sentaram, ela encostando-se contra o peito dele e ambos observando as gotinhas de chuva batendo contra a superfície da água escura, causando ondinhas leves... Mas essas ondinhas estavam se pondo aos poucos mais fortes e repentinamente se tornaram um só movimento, se transformando num grande e imponente redemoinho. Um sentimento esquisito tomou conta do peito de Harry e ele se sentira mortalmente atraído por aquela água escura, que girava cada vez mais rápido. Então o menino ficou de pé e ignorando os protestos de Gina, se atirou no lago, seu corpo sendo engolfado pela água gelada e sendo sugado para o fundo... Mas de repente a água sumiu e Harry se viu caindo sentado numa sala escura, coberta de pó, teias de aranha e que exalava um fedor forte de podridão. Só quando seus olhos se acostumaram com a escuridão é que ele pôde ver que não estava sozinho: à sua esquerda uma figura baixa vestida num capuz negro estava em uma reverência profunda para outra silhueta à frente, essa alta e magra e que emitia uma aura de crueldade que entorpecia e embrulhava o estômago do garoto.
“-Está chegando a hora, milorde.” – falou o homem nervosamente, puxando suas vestes mais próximas ao seu corpo e revelando uma mão luminosa.
Harry apurou os ouvidos, mas a dor em sua cicatriz havia começado e outra vez o cenário tinha mudado. Ele estava num aposento com as paredes e o teto brancos, haviam vozes e pessoas chorando... Lágrimas escapavam dos seus próprios olhos e embaçavam seus óculos. Um pequeno grupo rodeava uma cama e Harry se aproximou para olhar melhor a pessoa lá deitada, mas nesse instante alguém o sacudiu bruscamente pelos ombros.
-Harry, Harry! – a voz de Rony chamou urgentemente. – Acorde!
O menino abriu os olhos lentamente, seu estômago revirando e sua cicatriz ainda latejando.
-A Morcega Velha está vindo para cá! – o ruivo sibilou. – E você estava com um sono pesado dos infernos...
-Rony, eu tive um sonho. – murmurou Harry ofegante e pálido. – Com Voldemort... E Rabicho.
Rony arregalou os olhos, assustado e abriu a boca para falar algo, mas nesse momento a professora tinha alcançado a mesa dos garotos:
-Como vão indo aqui, meus meninos? – ela sussurrou, se abaixando para analisar os coloridos cristais sobre a mesinha.
-Er... muito bem. – balbuciou o ruivo encarando a mulher, que não pareceu ouvi-lo. Ela repentinamente tinha estacado encurvada e seus enormes olhos tornaram-se vítreos e desfocados atrás de seus óculos. Harry e Rony trocaram olhares apavorados, um segundo antes de Trelawney começar a cochichar numa voz incomumente grossa:
-O mal está perto... Amor e ódio... Algo sórdido... A busca pela vida eterna...! – ela pronunciou, se engasgando em seguida e erguendo-se à posição normal.
-O que...? O que foi que a Sra. disse? – indagou um Rony branco algodão.
-Anh? – fez a mulher, confusa. – Está tudo certo, querido, tudo certo com os cristais. – somou ela sorrindo e se afastando para a mesinha de Dino e Simas, deixando para trás Harry e Rony se encarando novamente, totalmente assustados.
-Então vamos recapitular. – dizia Rony nervoso quando ele e Harry caminhavam de volta para a Torre da Grifinória após a aula de Adivinhação. – Primeiro você sonha com Rabicho dizendo à Você-Sabe-Quem que estava chegando a hora de algo... Depois você se vê num lugar que acha ser a Ala Hospitalar, onde muita gente chorava...
-Aí você me acorda e a Trelawney vem e fala todas aquelas coisas, sim, é isso. – falou Harry esfregando sua cicatriz.
-Procure o Dumbledore. – aconselhou o ruivo.
-Eu irei. – resmungou Harry. – Mas agora eu preciso me deitar, não estou me sentindo bem...
Ambos tinham chegado ao buraco do retrato, atravessado a sala comunal e atingido as escadas do dormitório masculino, finalmente chegando ao quarto, vazio àquela hora. Harry estava muito pálido, parecendo prestes a desmaiar e Rony, notando o estado lastimável do amigo, afastou as cortinas da cama dele e o ajudou a se deitar. Logo a respiração do garoto tinha igualado e ele já havia caído em sono profundo. O ruivo o observou por uns minutos e se virou para voltar para a sala comunal, mas se lembrando que não teria companhia por lá e achando melhor estar por perto caso Harry precisasse, Rony deu meia volta e abriu as cortinas de sua própria cama. Foi quando notou lá em cima algo que decididamente ele não tinha deixado lá: um pergaminho cuidadosamente enrolado e amarrado com uma fitinha azul. Tomado pela surpresa e guiado pela curiosidade, o menino alcançou o pergaminho e sentiu seu estômago retorcer e seu coração dar uma pirueta engraçada quando o cheiro do papel atingiu suas narinas: o perfume diferente e único, suave, mas marcante. O perfume que entorpecia seu ser e fazia seu coração bombear amor em cada célula de seu corpo. O perfume de Hermione.
As mãos do ruivo tremeram e suas longas pernas tornaram-se inúteis, o obrigando a se sentar sobre a cama. Rony desatou o nó da fitinha azul nervosamente e seu peito gritou em protesto à intensidade das batidas de seu coração quando seus olhos recaíram sobre a conhecida caligrafia caprichada. A caligrafia dela. Assim, com um suspiro para se acalmar, o garoto começou a ler:
“Rony,
Ensaiei tanto o quê e como iria te escrever que gastei toda a madrugada e desperdicei uma infinidade de pergaminhos... Mas acabei entendendo que quando se trata do coração o melhor é o improviso, que sai naturalmente e é mais verdadeiro. Então, saiba que não estou me apegando à palavras ou expressões que a razão me dita, estou apenas, por uma vez na vida, deixando meu coração falar por mim.
Eu tive notícias de que você chorou ontem e desde então, uma imagem de você chorando não sai de minha cabeça, ferindo meu ser e açoitando meu coração. Te vi chorar agora a pouco outra vez em minha mente.Como uma criança. Sua simplicidade o torna uma eterna criança (lembra do “garoto que não quer crescer”?), que fala o que pensa com a inocência de uma e às vezes até fala sem pensar, magoando as pessoas ao seu redor... Mas eu quero lhe contar algo, Ron. Eu quero lhe contar que uma gota de lágrima sua é um oceano que deságua no meu coração... Portanto, apague com um sorriso a tristeza que existe em seu rosto, assim não me dará a tristeza de lhe ver chorar e me premiará com a alegria de te ver sorrir. Eu me encanto tanto com o seu bom humor e com sua alegria de viver, sabia?
Não, é claro que você não sabia... Mas é verdade, me encanto tanto que se você sorri, mesmo que eu esteja triste, sorrio para ser cúmplice da sua felicidade. Mas não espere ver isso, Rony, eu disfarço muito bem.
Eu também quero lhe contar que meu coração encontrou em você o meu refúgio. Mas minha perdição. Você é a minha inspiração, mas consegue ser também aquele que me faz esquecer qualquer pensamento e faz minha mente vazia de qualquer idéia. E eu não sei se dentro de você existe um pouco de mim, mas dentro de mim existe muito de você.
Não faz muito tempo que você finalmente descobriu que eu sou uma garota, então talvez você ainda nem acredite nisso, mas tenha certeza que eu sou. Posso não ser uma garota vaidosa, bonita ou que chame atenção quando passa, mas sou uma garota que chora por coisas estúpidas, se derrete por besteiras e viaja em pensamentos quando vê uma cena bonita ou lê um belo romance. Eu sou uma garota que sonha acordada.
Uma garota que sonha acordada principalmente quando você está por perto. E não sei se acontecerá dos meus sonhos se realizarem, mas esse coração teimoso aqui dentro de mim não pára quieto, está angustiado.Talvez porque a cada vez que te vejo aumenta meu desejo e minha esperança de te abraçar e gritar para todo mundo que você é o bem mais importante da minha vida.
Sim, Rony, você é. Você por acaso nunca percebeu meu jeito de te olhar?
Não, claro que não percebeu, como já disse antes, eu disfarço muito bem...
Agora deixe-me falar de uma certa noite. Uma noite em que eu estava frágil depois de um pesadelo, chorando na sala comunal. O Harry apareceu e nós conversamos um pouco, mas hoje eu não quero falar sobre o Harry. Hoje eu quero falar sobre você. E sobre o momento em que você desceu as escadas e me consolou em silêncio. Você não sabe também, mas aquilo foi tão importante para mim!
Ah, Rony, há tantas coisas que você não sabe...
Bem, mas você se lembra que naquela noite você me disse que sempre em sua vida inteira teve que dividir as coisas?
Pois é, e tudo o que eu quero nesse momento é dizer o quanto você me faz sentir protegida e segura, mas ao mesmo tempo totalmente perdida e confusa. Dizer que você é e sempre será o único a fazer eu me sentir dessa forma e que isso, Ron, você nunca terá que dividir com ninguém.
A Gina veio me contar as besteiras que ela lhe disse aquele dia na festa da Corvinal. E não é necessário ser nenhum gênio para saber o quanto aquelas palavras o feriram, não é mesmo? Ou melhor, o quanto aquelas MENTIRAS o feriram. Você acredita REALMENTE que não é bom o bastante para mim? Ah, droga, eu sei que você acredita. Mas sabe, isso é irônico. É totalmente irônico que alguém que não é ‘bom o bastante para mim’ seja o único que faz meu coração correr e minha mente girar...
Mas vamos para outro tópico agora. Você pode pensar que não, mas eu já notei que você sente ciúmes de mim.
Assuma. Você sente e sabe que estou certa.
Talvez seja ciúme de irmão, pois diariamente eu vejo como você se comporta com a Gina, então não sei. Mas agora vou falar sobre dois garotos os quais você abomina. Agora vou falar de Vítor e Terêncio.
Desfaça essa careta, Rony, é importante.
O Vítor é uma pessoa excepcional. E o Terêncio é um garoto inteligente, esperto e agradável. Mas você decididamente não necessita sentir ciúme de mim com eles ou com qualquer outro. Porque apesar de Vítor ser mais velho, mais experiente, um conversador excelente e um jogador de Quadribol internacional, eu não estou apaixonada por Vitor Krum. E eu não estou apaixonada por Terêncio Boot, tampouco. Eu estou apaixonada por você, Ronald Weasley, e eu estou desde que você se sacrificou no tabuleiro de xadrez da McGonagall em nosso primeiro ano.
Bem, você deve estar totalmente confuso com essa carta e me chamando de maluca outra vez, mas como eu já lhe disse, não me culpe, culpe meu coração, é ele quem está falando, não eu. E agora, ele está apertado e exigindo que eu lhe peça perdão. Perdão por cada vez que lhe magoei, perdão por cada palavra dura que você ouviu de minha boca e principalmente, perdão por ser completamente, absolutamente, incoerentemente e estupidamente apaixonada por você, Ron.
E para terminar, eu apenas quero lhe dizer sobre as palavras e sua importância nesse momento, ok?
As quatro palavras mais importantes: ME ORGULHO DE VOCÊ.
As três palavras mais importantes: EU TE ADORO.
As duas palavras mais importantes: ME PERDOE.
A palavra MENOS importante: EU.
A palavra MAIS importante: VOCÊ.
Amor,
Hermione J. Granger.”
O rosto de Rony brilhou intensamente e sua boca se escancarou. O olhar do garoto, antes azul profundo como o mar, agora refletia as profundezas de um grande oceano, onde as ondas e as marés eram representadas por lágrimas que picavam seus olhos e desaguavam em suas bochechas. O garoto enxugou o rosto com as costas da mão, mas não se sentiu estúpido por chorar outra vez. Ele se sentiu estupidamente feliz, ao invés. Estupidamente vivo. Estupidamente amado. E daí se ele chorava? Um homem pode chorar quando o coração exige e o seu saltava tanto em seu peito que essas lágrimas só poderiam ser o suor do seu esforço. Essas lágrimas não eram amargas quanto as do dia anterior, elas eram doces. Está certo que lágrimas são salgadas, mas essas não eram lágrimas comuns, eram o suor do seu coração. E iriam continuar brotando, pois aquele maluco ainda suaria muito, dançando e dando saltos mortais contra seu tórax. Rony não era uma sombra, afinal. Não era só um dos sete filhos de Molly e Arthur. Não era só um ruivo ou só um Weasley. Ele era o garoto que Hermione queria. O único que fazia seu coração correr e sua mente girar... E isso era o que o fazia especial. O fazia a pessoa mais especial do mundo.
O sol já estava quase se pondo quando a aula de Aritmancia tinha finalmente terminado. E mesmo Hermione amando a matéria, ela não poderia negar que estava cansada depois daquela aula absurdamente longa, onde a professora Vector nunca deixava de falar. A garota sentia-se incrivelmente zonza e fraca e sabia que precisava comer, mas seu estômago estava ligeiramente embrulhado. E mesmo se não estivesse, ela não teria tempo para uma fugida às cozinhas agora, pois tinha um chá com a professora Brinks. Lentamente, a menina juntou seus materiais e deixou a sala de Aritmancia, seus pés caminhando pelos corredores, mas sua cabeça vagando em outras direções. Teria o Rony encontrado a carta à essa altura? Teria ela a coragem para encará-lo nos olhos depois que ele tivesse lido e estivesse à par dos sentimentos mais profundos do coração dela?
-Oi Monitora! – a vozinha de Adam Banks a despertou de seus devaneios.
-Oi Adam, tudo bem com você?
-Melhor agora que te vi, Monitora. – disse o garotinho com um sorriso tímido.
-Obrigada. – ela agradeceu sorrindo de volta. – Onde você está indo?
-Eu estou voltando para a Torre, estava procurando meu amigo nos jardins. – ele respondeu. – Você também está indo para lá? Eu posso lhe acompanhar? – terminou esperançosamente.
-Eu não estou voltando para a Torre agora, Adam, sinto muito. – Hermione falou levando uma mão à cabeça na tentativa de conter uma tontura.
-Você está legal, Monitora? – indagou Adam a olhando preocupado e se aproximando para ampará-la.
Hermione olhou abaixo ao garotinho antes de responder: - Estou, é só um mal-estar passageiro, obrigada.
-Quer que eu a acompanhe até a Ala Hospitalar?
-Não será preciso, Adam.
Adam pareceu um tanto decepcionado, mas Hermione percebeu:
-Você é um amor, ok? – disse ela gentilmente, lhe plantando um beijinho na bochecha. – Mas eu não estou indo até a Ala Hospitalar, estou indo encontrar a professora Brinks.
-Ah... – falou o garotinho segurando a bochecha e parecendo absolutamente encantado. – Tudo bem, Monitora.
Hermione se despediu do menino e continuou seguindo na direção da sala da professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. Quando finalmente chegou, a garota encontrou a porta entreaberta, mas mesmo assim bateu. Alguns segundos se passaram, mas não houve resposta. Ela espiou pela fresta e não viu Rebecca por perto, mas sentindo outra tontura particularmente perturbadora, resolveu entrar para esperar pela professora sentada. Rebecca não se importaria, afinal.
Com o mal-estar aumentando e aliviada por poder se apoiar, Hermione largou-se na cadeira, observando distraidamente a escrivaninha à sua frente. Tudo estava como sempre esteve por ali, mas algo chamou a atenção da garota: um pequeno e singelo pacotinho, envolto em papel de presente vermelho brilhante, jazia sobre a escrivaninha. Mas o intrigante era que colado nele estava uma etiqueta onde se lia numa caligrafia clara: “Para Hermione”.
-Para mim? – a menina indagou baixinho, suas sobrancelhas juntando-se em confusão. – Será que a professora Rebecca deixou isso aqui para mim?
Ela hesitou por alguns segundos até que, encolhendo os ombros, levou a mão ao pequeno pacotinho. Só que no momento em que os dedos de Hermione se fecharam sobre o objeto, ela sentiu um forte repuxão no umbigo, seus pés deixaram o chão e um turbilhão de cores surgiu frente a seus olhos, num rodopio de vento e imagens difusas.
Aquele pacote era um portal.
N/A: Bem... Para onde estará indo a Hermione? Mistério...
Mas agora a ação finalmente começa e os mistérios aos poucos vão sendo esclarecidos... Só quero adiantar que o próximo capítulo, o 27 será bem mais curto, ok? Em compensação o 28 tem tudo para ser enorme.
Sobre o capítulo:
Não tenho muito a acrescentar sobre o capítulo 26, só a dificuldade que tive em escrever essa carta, mas por fim até que gostei do resultado e espero não ter decepcionado vocês. E dedico as ceninhas H/G a todos aqueles que gostam do shipper.
Ah, e eu não sei porque, mas a Floreios está dando altas loucuras e algumas palavras estão saindo repetidas, então se vocês notarem palavras repetidas em sequência não me culpem, é loucura da Floreios, ok?
É isso, não vou me estender muito.
Agradecimentos:
William Ohnuma: Oi! Muito obrigada pelo comentário, fico feliz que você já acompanhe e agora resolveu deixar sua opinião. Se não for pedir muito me deixe saber o que está achando da história mais vezes, ok? E pode deixar que não abandonarei a fic. Beijos.
juane valentim miranda: Também acho que de fato o que é triste às vezes é muito bonito. Dá um quê de sentimento, não?? Seu comentário foi muifo fofo, obrigada. Estou rindo aqui de você amaldiçoando as bancas de jornais... bem, espero que tenha gostado do 26. Beijão
Alulip: Ah, eu realmente lhe entendo, sabia? Você disse que às vezes demora comentar porque já não tem palavras a falar, e eu lhe digo que entendo perfeitamente... Vezes e vezes que fiquei por muito tempo parada pensando o que posso dizer para agradecer tantos comentários e elogios lindos... Seus comentários são sempre perfeitos e fazem parte dos que sempre me deixam assim, sem saber como agradecer. Obrigada mesmo, viu? E fiquei contente ao ver você dizer deliberadamente que gosta da Rebecca, é a primeira leitora a fazer isso...rs... E já mudei seu e-mail. Beijinhos.
Mayara: Obrigada pelo comentário, mesmo estando com pressa você ainda comentou, isso me deixou contente. Então, já voltou para casa?? Bem, espero que encontre tempo para continuar lendo, certo? Beijos.
Bruna (Brunette): Mais uma vez deixe-me agradecer pelo monte de comentários, você sabe que os adoro, não sabe?? Bem, respondendo ao seu último, não se preocupe e não se sinta mal por me cobrar atualização, isso realmente me incentiva a continuar, de verdade. E mesmo com o olhinho ruim eu faço um esforcinho...rs... Obrigada de verdade! Beijo.
Giana: Para começar eu tenho que lhe falar que seu comentário me fez dar muitas risadas e isso é bom (estou precisando de risadas na minha vida). Você foi hilária falando “bicho ruim da Cacildinha”.... Eu ri um tempão disso...rs... E além de me fazer rir você também me deixou feliz outra vez com os elogios. Obrigada de coração. Ah, você que queria H/G, taí nesse capítulo, espero que tenha gostado. Beijinhos.
Beatriz Lino: Muito obrigada. É bom saber que o capítulo 25 conseguiu lhe tocar e melhor ainda saber que esteja gostando da fic. Quanto a seus pedidos... Eu não posso dizer exatamente o momento da história em que R e H se acertarão de uma vez, mas pode deixar que não vai ser só no último instante como em ‘Um Verão Trouxa’. O tamanho dos capítulos é meio relativo, às vezes sai grande, às vezes não, mas você ainda verá uns enormes sim. Agora quanto a seu último pedido, esse infelizmente não posso atender. Não dá para estender a fic até a volta deles para a escola no próximo ano, o enredo já está pronto e isso mudaria a história original. Me desculpe. E obrigada outra vez. Beijos.
Brine: Ahhh... Então eu lhe fiz chorar outra vez?? Será que devo dizer "que bom" ou "que pena"?? rs... Mas fico muito lisonjeada que tenha conseguido lhe emocionar. E eu confesso que ri bastante do comentário da sua mãe: "É só um mal estar..." kkkkkkkk... A propósito, você está melhor?? Espero que sim. E mais uma vez obrigada por esse comentário gigante, detalhado, doce e digno de Brine... Te adoro, super beijo!
Morgana Black: Talvez a Mione tenha mesmo exagerado um pouco, mas quem controla o ciúme, não?? O baile vai demorar um pouquinho, mas aguarde... E muito obrigada por comentar e pelo recadinho que você me deixou lá no Orkut se preocupando com meu olho. Você foi um amor, obrigada mesmo. Beijos.
Mariana Nolasco: Nossa, menina, que comentário lindo!! Amei as palavras que você usou, bem colocadas... Então você chorou com o 25?? Ihhh, foi mal! rs... Bem, fico aguardando sua opinião sobre o 26, ok? Beijão e obrigada.
Sônia Sag: Oi!! Ai que fofo seu comentário! Muito obrigada por se preocupar com meu olhinho, ok?? E eu ri muito do lugar que você disse para mandar a Cacilda e o Terêncio, é uma boa idéia por sinal...rs... Bem, outra vez milhões de obrigada e fico aguardando mais um de seus comentários maravilhosos com suas opiniões sobre o 26. Beijão!
Isis Weasley: Oi! Para você que estava esperando mais ceninhas H/G, espero que tenha gostado... Fico lisonjeada que tenha gostado do capítulo passado e que tenha usado a frase no seu nick do MSN. Meu MSN está dando loucuras e está difícil add as pessoas, então se você puder me add, ok?
[email protected]
Beijos e obrigada!
Thais Ayumi: Ah Tata, preciso dizer que amei seu comentário? Já lhe disse pelo MSN, mas saiba que sua opinião é MUITO importante para mim! Fico toda contente quando você diz que gostou, porque você é uma especialista em R/H e fanática como eu, né? rs... Bem, já conversamos sobre esse capítulo, mas se você quiser comentar fico mais feliz! Beijos!
alice pereira: Oi! Obrigada por seu comentário e elogios... Você vive esse dilema também? Ah, que legal! hehehheh... E para você que queria capítulos de ação pode esperar que eles estão vindo, ok? Espero que continue acompanhando. Beijo.
Fabiana Potter: Você adora minha fic demais? Então estamos quites, pois eu adoro seus comentários demais!! São sempre muito fofos e você usa umas palavras que me emocionam... Obrigada mesmo, nunca terei as palavras necessárias para agradecer. Beijão.
p.s: Rony sem camisa?? Ahhhhhhhh, é uma idéia e tanto, héim? rs...
ANTONIETA DAMINELLO: Muito obrigada por seu comentário, me deixou muito contente ainda mais vendo que pelo que parece você é uma grande leitora e entendedora de fics! E obrigada também por se preocupar com meu olho. Ah, eu também não gosto que R e H briguem, mas... faz parte. Espero que continue acompanhando. Beijinhos.
Brenda: Ahh, que bom saber que você não se desempolgou da fic, eu já estava ficando preocupada... Adoro ler sempre suas opiniões e adoro você pedindo atualização e comentando na comunidade. Desculpe se te fiz chorar no último capítulo, ok? (não que eu não goste de saber que consegui lhe tocar). Agora fico aqui esperando sua opinião sobre o 26. Beijinhos!
Hell Granger: Ei! Claro que senti falta do seu comentário no último capítulo, moça! E fiquei feliz que tenha vindo comentar de novo no 25... Ah, tenho que dizer que ri muito de você falar do nome da Cacilda e do Tetê...rs... Bom, espero que tenha gostado do 26, fico esperando para saber. Viu que atendi seu pedido de H/G?? Beijos.
Val: Resolveu trair a Floreios?? rs... Então tá, né, sua maluca! Deixou minha devida N/A para você no FF. Beijinhos, te adoro!
Letícia Wons: Ahh, já que você mudou sua palavra, também vou mudar a minha: agora além de ser minha leitora dos comentários PERFEITOS, também vai ser a dos comentários LINDOS...rs...
Nem sei mais o que dizer para agradecer por esses comentários divinos e por os momentos maravilhosos que você me proporciona ao lê-los. Fico tão, tão contente! Obrigada mesmo, de coração! E obrigada por me deixar recadinho no Orkut e estar sempre comentando na comunidade, isso é muito importante para mim. Super beijos de uma FÃ de seus comentários.
Lucas: kkkkkkkkkkkkkkkk... Mais uma vez estou aqui morrendo de rir do seu comentário! Ei, eu quero entrar sim no grupo "Os Gatos(as) Samurais Ninja Mutantes Alieniginas", me inclua nessa!! hehhehee... Bem, fico contente que tenha gostado do capítulo, muito mesmo! Você já começou a postar sua fic? Se já me deixa o endereço, ok? Beijos.
Lê Moreno: Eba, outro comentário grandão!! Adorei, viu?? Você perguntou onde mais eu publico a fic, bem, publico aqui, no Fanfiction.net, no Edwiges Homepage, no Forum Sobresites e no Rain. Que lista!..rs... Ah, também estou com saudades de conversarmos no MSN, viu? Obrigada outra vez por tudo, fico esperando suas opiniões sobre o 26. Beijão!
Mila Mayara: Fico contente que tenha gostado do capítulo, muito mesmo. Eu também me sinto com o coração pesado ao escrever essas cenas tristes, mas fazer o que? Ah, e boa pergunta: Quem não é apaixonada pelo Rony?? Eu sou!!
Também sou leitora assídua de fics e sei o quanto é ruim esperar por atualização, mas estou me esforçando para postar sempre rápido, então torço para que continue acompanhando. Obrigada e beijinhos.
karla: Oi! Muito obrigada por mais esse comentário! E não se preocupe com demorar para comentar, eu entendo perfeitamente como é corrida essa fase de cursinho e vestibular. Aliás, você vai prestar para que curso? (bateu a curiosidade).
Desculpe por lhe fazer chorar... Bem, acho que você deve ter gostado da nossa querida Mione nesse capítulo, não? E da carta dela... Mas aguardo para saber. Beijos.
BIA WEASLEY: Olá! Fico muito feliz em ganhar outra leitora e lisonjeada pelo fato que você passou o fim de semana lendo a fic. Devo agradecer a Brine e a Karla pela propaganda, não? E nós temos algo em comum, eu também AMO a Hermione. Valeu mesmo por comentar, espero que continue acompanhando. Beijos.
Angelica: Bem, repito as palavras que disse à Bia. É sempre bom saber que tem gente nova acompanhando, isso me deixa muito feliz. E me sinto honrada que tenha gastado seu fim de semana lendo a fic. Obrigada de coração e desculpe se lhe fiz chorar com a história..rs... Beijinho.
JuLiAnA_PoTTeR: Então quer dizer que postei o capítulo no dia do seu aniversário?? Ah, que legal! Parabéns atrasado, se eu soubesse disso teria dedicado ele a você como presente... E você chorou? Bem, me desculpe, mas sabe, fico feliz por saber que consegui lhe emocionar. E muito obrigada por 3 comentários! Eba, você fez aniversário e o presente foi meu. Aguardo sua opinião sobre esse capítulo. Beijos.
Agatha Malfoy: Quer dizer que seu senso de humor deixa o dos gêmeos Weasley no chinelo? Nossa, então você é boa mesmo, héim? rs...
Bom, viu que atendi seu pedido de H/G?? Espero que tenha gostado. Muito obrigada mais uma vez pelos comentários, tá? Abração!
Ma Simões: Oi! Muito obrigada pelo comentário. Como eu já disse milhares de vezes, eu AMO ver gente nova acompanhando a história e comentando aqui... Fico contente que esteja gostando e espero de coração que continue acompanhando. Beijos.
ananda batista: Olá! Não precisa agradecer pelo recado, eu é quem devo sempre agradecer por seus comentários aqui, seus recadinhos no Orkut e sua participação lá na comunidade. De coração agradeço, viu? Espero que tenha gostado do 26. Beijos.
Carolina Rezende: Que bom que você gostou do capítulo 25! Estou toda feliz em saber que você o considero como um dos melhores da fic! Muito, muito obrigada por sempre comentar e colocar meu ego lá em cima... Aguardo sua opinião sobre o capítulo 26, torcendo para que tenha gostado. Obrigada outra vez. Beijinhos.
Obrigada outra vez. Beijos nos corações de todos e até a próxima!
Comentários (2)
Há uma música do Roupa Nova, Cartas, que diz assim: "cartas, não olham nos olhos. Foi bem mais fácil escrever. Dentro de cada palavra vai um pouquinho do meu coração"...). Isso resume a atitude de Mione e foi uma linda carta. Mais uma vez você fez um capítulo belíssimo... Teremos emoções à vista.
2013-11-08Ameiiii o capitulo *-*Eu não sei se teria a coragem que a Mione teve achei muito lindo tudo que ela escrever *-*Poxa logo agora que ela escreveu isso pra ele foi levada pelo portal O.O
2012-03-08