Personalizando o C.L.I.



N/A: Olá! Bom, antes de ir ao capítulo 16 eu gostaria de pedir algo a vocês: Àqueles que não se lembram exatamente o que é um C.L.I. (o presente dado ao Harry em seu aniversário pela Gina), por favor voltem ao capítulo 2 da fic e releiam somente a carta da Gina ANTES de começarem esse capítulo, isso será o bastante. Porque do contrário esse capítulo pode ficar meio confuso, ok? Conto com a compreensão de vocês... Mais uma vez capítulo grande (ainda maior do que o passado)... Agradecimentos e considerações ao final.


Capítulo XVI
Personalizando o C.L.I.



Os primeiros dias de novembro deslizaram sem qualquer sinal de grandes novidades no castelo de Hogwarts. A população bruxa em geral estava assustada pelo fato da guerra e dia após dia o Profeta Diário relatava mais mortes, destruição e ataques. Os conselhos trazidos pelos jornais, revistas e dados até mesmo pelos próprios professores eram que todos mantivessem sempre atentos e que cultivassem a união, fato que os alunos estavam achando ainda mais difícil depois da festa na Sonserina. Por todo castelo ainda ouviam-se conversas e burburinhos de reclamação da trapaça dos sonserinos, que não tinham perdido um dos duelos sequer, todos ganhos graças à diversas táticas desonestas e sujas.

-Foi realmente, realmente injusto! – reclamou Hermione mais uma vez enquanto eles caminhavam rumo ao Salão Principal para o café da manhã. A garota observava tristemente as enormes ampulhetas que marcavam os pontos de cada casa, vendo que a da Sonserina brilhava de longe mais que as outras, com um grande conteúdo de esmeraldas.

-Eu odeio o Malfoy. – murmurou Harry, balançando a cabeça.

-Eu odeio TODOS eles. – reforçou Rony. – A Casa da ASTÚCIA... Devia ser a Casa da TRAPAÇA, isso sim. – completou, arrancando risadas dos outros dois.

-Parece que estamos um pouco atrasados hoje... – comentou Harry assim que eles entraram no Salão. – Olhem, o correio já está chegando!

Uma infinidade de corujas de todas as cores e tamanhos cortavam o ar na direção das várias mesas, deixando cartas e pacotes aos seus donos. Uma coruja das torres marrom muito grande veio na direção de onde o trio se sentava, seguida por uma outra minúscula, que mais parecia uma bolinha de tênis emplumada.

-Píchi! – exclamou Rony logo que a corujinha pousou em seu ombro e lhe esticou a perninha, onde um pergaminho estava cuidadosamente amarrado. A coruja das torres, por sua vez, pousou junto a Hermione, trazendo um exemplar do Profeta Diário daquele dia. A garota retirou o jornal, colocou uma moeda na bolsinha de couro presa à perna da ave e sumiu por detrás do Profeta.

-É de mamãe.
– suspirou o ruivo, lendo o pergaminho recebido. – Ela agora escreve a nós pelo menos três vezes por semana... Desde que essa guerra começou ela está tendo gatinhos com a idéia de que estamos todos em perigo...

-O fato,
- começou Hermione saindo de detrás do jornal – é que nós ESTAMOS todos em perigo, Rony.

-Eu sei.
– respondeu ele encarando a garota. – Mamãe disse que nosso relógio Weasley agora tem todos os ponteiros apontados para “Perigo Mortal”.

Hermione engoliu com força e mordeu o lábio. Harry arregalou os olhos para o amigo. Rony apenas encolheu os ombros, dizendo quietamente:

-Bem... mas suponho que isso seja normal nas circunstâncias atuais...

-Ah, isso tudo é tão TERRÍVEL!
– disse Hermione numa voz ligeiramente aguda, escondendo o rosto nas mãos. – O Profeta anunciou mais cinco ataques a trouxas também, e eles nem sequer sabem porque estão morrendo e nem o que está acontecendo...! E eu, eu... meus pais...

Rony olhava para a garota com uma expressão ilegível. Ele hesitou por um instante e então lentamente ergueu as mãos e puxou as de Hermione, que ainda cobriam sua face. Ela pareceu assustar-se, mas não afastou as mãos do ruivo, que continuavam firmemente segurando as suas. Ela se sentiu quente. Ele, com as mãos geladas. Ela tremeu. Ele suou. Mas por meros segundos apenas se olharam, unicamente desfrutando as sensações que o simples contato com a pele um do outro poderia causar.

-Mione... – falou ele com a voz rouca. – Vai ficar tudo bem.

Hermione suspirou e desviou o olhar.

-Às vezes eu penso que... que... não sei, teria sido melhor que eu não tivesse voltado. Deixar meus pais lá, sozinhos e indefesos... Eles PRECISAM de mim.

-Não diga isso, Mione.
– falou Harry. – Você ter ficado lá não iria influenciar muita coisa. Mas não pense nisso, nada irá acontecer a eles.

-E além do mais,
- disse Rony ainda sem tirar os olhos da garota – Eu... quer dizer, NÓS, também precisamos de você.

Hermione previsivelmente sentiu suas bochechas esquentarem. Aquilo estava se tornando cada vez mais freqüente quando Rony estava perto. E ele também parecia estar se sentindo de certa forma do mesmo jeito e estar consciente que suas orelhas estavam vermelhas, pois apertou as mãos dela brevemente antes de soltá-las e encarou seu prato de ovos com bacon, completamente encabulado.

-Rony. – chamou outra voz. – Alguma novidade de casa?

O garoto levantou a cabeça para ver Gina de pé à frente deles.

-Nada de mais. – falou ele encolhendo os ombros novamente. – Mamãe só queria saber sobre nós.

-Ela está tão preocupada...
– disse Gina enrugando a testa em claro sinal de preocupação.

-Um pouco mais agora, eu diria. – refletiu Rony.

-O que você quer dizer?

-Nosso relógio Weasley,
- esclareceu o garoto – todos os ponteiros estão indicando “Perigo Mortal”.

Gina pareceu muito pálida.

-Bom, - suspirou ela depois de um breve silêncio – os relógios semelhantes de todas as famílias que possuírem um devem estar indicando a mesma coisa.

-Gin!
– chamou Dino Thomas, sentado ali perto. – Aqui!

A garota deu um breve aceno de despedida e seguiu na direção do namorado. Rony carranqueou às costas da irmã.

-GIN?? – exclamou com desdém. – Foi isso mesmo que eu ouvi? Será que as pessoas não percebem o quão patéticos soam esses apelidinhos? – concluiu ele, inevitavelmente se lembrando que o primo de Hermione, o tal Gregory Granger, sempre se referia a ela como “Mi”.

-Anh? – fez Harry. Aparentemente ele não tinha escutado uma palavra das reclamações do amigo, pois também estava encarando distraidamente as costas da ruiva.

-O que há com você? – perguntou Rony o olhando atentamente.

-Nada. – disse Harry muito depressa, balançando a cabeça. – Eu apenas estava pensando sobre o presente que Gina me deu em meu aniversário, só isso.

-Ah!
– sorriu o ruivo. – Ela lhe deu um C.L.I., não foi?

-Exatamente.
– respondeu ele. – Toda essa coisa com o relógio me fez lembrar...

-Ela lhe deu um C.L.I.?
– Hermione entrou na conversa. – Eu já li tudo sobre eles, são bem interessantes!... Já foi personalizado?

-Não. Na verdade eu tinha me esquecido completamente dele.

-E para quantas pessoas é?

-Não tenho certeza... acho que cinco.

-Uau, então é dos melhores!
– animou-se Hermione. - Os de cinco pessoas são os mais completos, pelo o que eu sei.

-Sim...
– concordou Rony. – Mamãe contou que anos atrás ela tentou usar um C.L.I. para ter controle da família, mas além de ser difícil para crianças conseguirem personalizá-lo, colocando seus nomes, lugares e tudo, depois que os gêmeos nasceram o limite de pessoas para um C.L.I. se tornou grande demais... Então ela comprou o relógio.

-Mas quem é que você vai escolher, Harry?
– perguntou Hermione.

-Bom... – disse o garoto, refletindo. – Você e Rony... Gina... hum, não sei...

-Quem sabe alguém da AD?
– sugeriu o ruivo.

-Certo, - concordou Harry – então acho que Neville... e Luna.

-LUNA?
– disse Hermione em descrença.

-Você estava preferindo algum outro participante, Hermione? – Rony disse, se virando para ela e a encarando suspeitosamente.

-Não. – falou ela com simplicidade. – E a escolha não é minha, de qualquer maneira.

-E se fosse?
– apertou Rony.

-Se fosse o que, Rony? – retrucou ela, se impacientando.

-Se a escolha fosse sua! Você iria preferir algum outro?

-Certamente não a Luna.
– respondeu Hermione.

-Quem, então? – Rony continuou, seu tom dividido entre receio e exasperação.

Hermione repentinamente percebeu onde Rony estava querendo chegar. Por um breve momento, a garota considerou dar a resposta que ele temia ouvir apenas para assistir sua reação. Os olhos dele queimavam quando ele se aborrecia e ela não poderia negar que amava isso. Ela amava levar Rony à suas extremidades e ver até onde isso poderia chegar. Até onde os olhos azuis do garoto poderiam flamejar e até que nível as sensações que eles a causavam poderiam alcançar. Mas, ao invés, ela voltou a si e escolheu dar a resposta mais sincera que poderia pensar.

-Harry, Gina, você… e meus pais, suponho. Essa seria minha escolha. Apenas pessoas IMPORTANTES para mim.

Rony boquiabriu-se a ela por alguns segundos, antes de sua boca fechar-se e aos poucos seus lábios torcerem-se num sorriso. Hermione sorriu de volta, satisfeita por sua escolha em falar a verdade. Afinal de contas, não era apenas um Rony bravo que causava sensações espetaculares sobre ela. Prova disso foi aquela remexida estranha dada por seu estômago, provocada apenas pelo sorriso do garoto. Sim, ela conseguia levá-lo às suas extremidades ao enfurecê-lo. Mas a vantagem ainda estava com ele, pois o ruivo conseguia levá-la ao seu extremo até mesmo sorrindo. Sem esforço nem nada. Apenas sendo o Rony.

*****



-Ahá! – exclamou Harry jogando para trás mais algumas peças de roupa e alcançando para o fundo de seu malão. – Aqui está! – disse ele puxando um cartão fino, prateado, com várias silhuetas de bonequinhos impressas dos dois lados e mostrando isso a Rony.

-Legal! – disse Rony, puxando o C.L.I. das mãos do amigo para olhar melhor, no mesmo instante em que uma batida suave soou à porta do dormitório atrás deles e a cabeça de Hermione surgiu.

-Oi, posso entrar? – perguntou ela, olhando cautelosamente para dentro. Os garotos acenaram com a cabeça em sinal afirmativo e Hermione fez seu caminho até a cama de Rony e se sentou.

-Nossa! Que bagunça está isso aqui! – ela exclamou num tom repreendedor, assim que seus olhos caíram em uma confusão de roupas e livros que Harry tinha atirado fora do malão para procurar seu C.L.I.

-Bem, esse é um quarto de HOMENS, Hermione. – falou Rony como se declarasse o fato mais óbvio do mundo. A garota ergueu as sobrancelhas para ele, numa expressão divertida.

-Ah! E suponho que isso explique tudo? – disse ela com um sorriso.

-Claro. – ele deu de ombros, sorrindo também. – Arrumar o quarto não está no topo da lista de prioridades de um homem.

-E o que está, então?
– perguntou Hermione encarando Rony astutamente.

O sorriso do garoto foi se atenuando em seu rosto, que gradualmente se tornava mais sério e corado. Seus olhos percorreram o rosto de Hermione e recaiu sobre os lábios dela. A menina também pareceu avermelhar-se ligeiramente, mas não desviou o olhar. Harry observou os amigos e mexeu-se inconfortavelmente, se sentindo fora de lugar como um balaço posicionado em uma caixa cheia de pomos de ouro. Travou por alguns momentos uma batalha interna entre sair de fininho ou se fazer notado, mas o destino pareceu decidir-se por ele, que pisou no pequeno pomo de ouro que Rony tinha lhe dado em seu aniversário e agora estava também fora de seu malão e caiu com um baque surdo com as costas contra o chão do quarto. Os olhares de Rony e Hermione quebraram-se longe um do outro e voltaram-se a ele.

-Harry! – gritou Hermione correndo na direção do garoto. – Você está bem?

O garoto renunciou a ajuda da amiga para se levantar e ergueu-se num salto, sua face excepcionalmente vermelha.

-Eu estou ótimo... Pomo estúpido! – praguejou ele, enquanto Hermione o encarava com uma expressão que denunciava que ela estava querendo rir e Rony já rolava com risadas.

-Bem, - disse a garota ainda olhando para o amigo com as sobrancelhas ligeiramente erguidas – arrume melhor suas coisas, da próxima vez.

Harry carranqueou a ela e Rony riu ainda mais.

-As minhas coisas não ficam espalhadas assim sempre, ok? Eu só estava procurando o maldito C.L.I.! E Rony, quer parar de rir?

O ruivo tomou uma respiração funda e limpou as lágrimas de riso que tinham surgido em seus olhos.

-E encontrou? – perguntou Hermione a Harry, ignorando os bufos de risadas reprimidas de Rony que ainda lutavam para sair.

-Sim, estava bem no fundo do meu- RONY, QUER POR FAVOR PARAR DE RIR? – gritou ele se virando ao amigo, mas não conseguindo totalmente deixar um tom de diversão fora de sua voz. – Ou eu vou ter que lhe mostrar que uma das coisas no TOPO DA LISTA DAS PRIORIDADES DE UM HOMEM é não deixar um amigo fazer papel de idiota dando risadas sem parar?

O comentário pareceu lembrar a Rony e Hermione a conversa que ambos estavam tendo antes de serem interrompidos e fazê-los perceberem que Harry tinha estado ali, presenciando cada palavra. As risadas do ruivo cessaram na velocidade da luz e ele e a garota poderiam travar uma difícil disputa de qual dos dois estaria mais vermelho. Sorrindo vitorioso, Harry falou, atirando seus últimos pertences que ainda estavam espalhados de volta ao malão:

-Suponho que já esteja na hora de irmos para a reunião?

-Oh sim, sim, até por isso que vim até aqui, para chamar vocês...
– disse Hermione muito depressa e com toda a dignidade que conseguiu. – Vamos, então?

O trio caminhou em silêncio até a sala comunal e através do buraco do retrato, seguindo por alguns lances de escadas até o corredor do sétimo andar, onde depois de passarem três vezes em frente à parede lisa, a porta lustrosa apareceu mais uma vez, dando-os a entrada para a sede da AD.

Foi apenas questão de poucos minutos e todos os membros da Armada de Dumbledore começaram a chegar, em duplas ou trios. Assim, logo a sala estava cheia e Harry começou a falar mais uma vez.

-Sabem, eu estava pensando... – disse ele assim que todos se acomodaram nas almofadas. – Quem sabe poderemos começar a treinar duelos... Quero dizer, para alguma coisa aquela festa da Sonserina tem que ter servido, não é? Acho que nos mostrou que talvez estejamos um tanto despreparados...

-Não somos nós que estamos despreparados, eles é que são uns trapaceiros covardes que não são capazes de ganhar justamente!
– exclamou Dino Thomas, que ainda apresentava um olho levemente arroxeado resultado de seu duelo com Blaise Zabini. Harry lançou a ele um olhar penetrante antes de continuar.

-Estaríamos sendo um tanto pretensiosos se disséssemos que a única razão pela qual nós perdemos foi a trapaça dos sonserinos. Aqueles que perderam, claro.

-Eu acho que você tem toda a razão, Harry.
– falou Carole Rumbold. – Acho que o torneio foi uma excelente oportunidade para nos mostrar onde estão as nossas maiores dificuldades numa batalha.

-Também acho que seria interessante treinarmos duelo...
– disse Neville timidamente.

-O Neville tomou gosto pela coisa depois que venceu o Terêncio! – riu Simas.

-Não era mais do que obrigação ele ter vencido, não é? – retrucou Terêncio um tanto irritado. – Ele treina com o Harry em todas as reuniões!

-Se fosse essa a questão, Boot,
- falou Rony friamente – você também teria mais do que obrigação de vencer, pois você tem treinado com Hermione Granger.

Hermione olhou para Rony, sentado a alguns lugares de distância, boquiaberta, antes de sorrir do jeito que ela sempre fazia quando tentava parecer modesta, meio que mordendo o lábio inferior.

-Obrigada. – ela disse ao garoto sem emitir som, mas ele pôde entender fazendo a leitura dos seus lábios. O coração dele acelerou uma batida e ele sorriu de volta.

Terêncio Boot, por sua vez, luziu a Rony por um momento e calou-se, parecendo envergonhado e com o orgulho ferido.

-Hum... – continuou Harry. – Já que têm diferentes opiniões entre o grupo, vamos fazer uma votação... Quem é a favor de treinarmos duelo?

Mas todos os presentes ergueram as mãos, mesmo Terêncio e Dino.

-Bom, então nós faremos isso... O que foi, Mione? – perguntou ele ao ver que a garota tinha erguido a mão.

-Acho que por enquanto não devemos usar nenhum tipo de azaração que possa ferir, pois não será nada agradável irmos aos bandos para a ala hospitalar, não é?

-Bem pensado.
– concordou Harry. – Vamos concentrar principalmente em desarmar e em azarações mais leves... Em pares, então!

Assim que a turma começou a se levantar, o garoto continuou:

-Acho que seria interessante trocarmos os pares, vocês sabem, para não nos acostumarmos muito com a maneira de lutar de uma pessoa só.

Rony suprimiu um sorriso ao notar Terêncio Boot caminhar relutantemente para longe de Hermione.

-Disposto a um duelo, irmãozinho? – perguntou Gina batendo o ombro do irmão. Rony olhou mais uma vez à Hermione e dessa vez os olhos deles se encontraram por breves momentos. Ela sorriu a ele e se virou à Ana Abbott, que tinha estado a cutucando no braço. O garoto se voltou para Gina:

-Naturalmente, GIN.

A ruiva o estapeou nas costas não tão levemente ao ouvir o apelido e ambos caminharam para o centro da sala para se juntar aos outros pares.

*****



-Finite incantatem! – falou Harry pela quinta ou sexta vez, agora apontando sua varinha para um Colin Creevey que tinha suas pernas dançando loucamente devido à azaração Tarantallegra atirada por Simas Finnigan.

Há alguns minutos o garoto tinha apitado anunciando o fim da reunião e no momento, com a ajuda de outros membros da AD que não tinham sofrido nenhum tipo de conseqüência dos duelos, ele andava pela sala finalizando os efeitos de azarações naqueles que tinham sido atingidos.

-Bem... – suspirou ele assim que finalizou os efeitos de uma azaração numa última pessoa (um Petrificus Totalus lançado sobre Antônio Goldstein). – Então é isso, foi realmente bom...

As pessoas acenaram alegremente em sinal positivo e começaram a caminhar para a saída, dizendo “tchaus” uns aos outros e comentando sobre a reunião.

-Neville! Luna! – chamou Harry ao ver que ambos seguiam junto com os outros para a porta. – Eu gostaria que vocês ficassem se puderem, preciso falar com vocês.

Ambos concordaram com a cabeça, Neville parecendo ligeiramente surpreso e Luna entre excitada com a possibilidade e avoada como o usual. Harry então virou-se, seus olhos esquadrinhando entre as pessoas à procura de Gina. Não foi difícil a encontrar: a ruiva estava tão vermelha quanto seus cabelos, e pela aparência disso, tendo uma conversa nada amigável com seu irmão.

-Deixe de ser SENSÍVEL, Rony! – esbravejava ela.

-Sensível? SENSÍVEL?? – gritava ele de volta. – Oh sim, realmente é ser MUITO sensível reclamar só porque você teve sua cabeça quase arrancada pela doçura da sua irmã mais nova!

-Oh, pobrezinho!
– continuou Gina com sarcasmo, apertando as bochechas cada vez mais vermelhas do garoto. – Eu não queria machucar a gracinha do meu irmão...

Harry arregalou os olhos para eles, reprimindo um sorriso quando entendeu sobre o quê exatamente se tratava aquela discussão. Rony, por sua vez, afastou as mãos da irmã de seu rosto bruscamente, sua expressão tão brava que ele parecia a ponto de explodir com tanta fúria.

-Você não ouviu que era para usarmos somente azarações LEVES?? – berrou ele, uma veia latejando sobre sua têmpora.

-Engraçado, - retrucou Gina colocando a mão sobre o queixo e fingindo pensar. – Eu nunca soube que a Azaração para Rebater Bicho-papão fosse MORTAL... A não ser é claro, que você seja um Bicho-Papão e eu não tenha notado, Rony...

-Então somos dois, porque você é minha IRMÃ! E eu nunca vi um Bicho-papão ser irmão de uma fadinha encantada!!


Nesse momento Gina puxou sua varinha de dentro das vestes e apontou diretamente a Rony, que num movimento rápido também puxou a sua própria e fez o mesmo à face da irmã. Neville arregalou os olhos, assustado. Luna parecia ligeiramente interessada no espetáculo. Harry, no entanto, entrou na frente de Gina, que estava mais perto, enquanto uma Hermione parecendo surpresa com a briga enfiou-se à frente de Rony. Isso foi na mesma fração de segundos em que dois clarões lampejaram das pontas de ambas as varinhas e as vozes irritadas dos dois irmãos gritaram alguns feitiços.

-Aguamenti! – Hermione ouviu a voz de Rony gritar apenas momentos antes de sentir um forte esguicho de água batê-la direto no peito e lançá-la sobre suas costas. Do lado oposto da sala, Harry também estava caído, dolorosamente atingido pela Azaração para Rebater Bicho-papão.

-Olha o que você fez, seu idiota! – berrou Gina ao irmão assim que viu que os dois feitiços tinham acertado os alvos errados. Rony luziu à ela em silêncio, aparentemente muito atordoado para falar alguma coisa.

-Ai... – falou Harry com uma careta, apoiando as mãos no chão para se erguer pela segunda vez em menos de duas horas. Parecia que o chão estava tendo uma atração por suas costas naquela noite.

-Harry, me desculpe, eu... eu... o Rony... – gaguejou Gina, absolutamente corada.

-Está tudo bem. – disse o garoto, tentando disfarçar com um sorriso a dor aguda em suas costelas. –Tudo bem aí, Mione? – completou ele olhando adiante para a amiga que também se erguia do chão, com uma cara de poucos amigos e completamente encharcada. Ela acenou com a cabeça.

-Mione, eu sinto muito... – murmurou Rony se aproximando e a encarando também, suas orelhas igualmente muito vermelhas.

-Esquece. – falou ela sem encará-lo.

-Desculpem vocês dois. – Gina disse quietamente, olhando de Harry a Hermione. – Apenas foi impossível me controlar diante de alguém tão IMBECIL quanto o Rony. – completou ela, num tom mais forte e perigoso.

-Imbecil, eu? Você quem foi estúpida o bastante para-

-Já chega!
– interrompeu Harry. – Parem com isso!

O silêncio caiu sobre a sala. O único som era o da varinha de Hermione, que emitia um barulho sugador enquanto a menina realizava um feitiço secante e começava a secar suas vestes a partir das barras.

-Bom, até mais então. – falou Gina, ainda sem graça e virando-se para sair.

-Espera, Gina! – pediu Harry. – Eu gostaria que você ficasse, também.

A ruiva olhou para ele por cima do ombro, parecendo surpresa. Então, lentamente ela se virou e caminhou de volta. Harry se sentou numa das almofadas e fez sinal para que os outros o unissem.

-Bem, a razão pela qual eu pedi para vocês ficarem aqui depois da reunião, - começou ele, tirando um cartão prateado do bolso interno das vestes – foi o presente que você me deu em meu aniversário, Gina. - Ela ergueu as sobrancelhas, observando o cartão nas mãos do garoto, que continuou. – Suponho que todos aqui sabem o que é um C.L.I.?

-Oh sim! Há quem diga que eles podem prender o corpo das pessoas envolvidas e terem efeitos semelhantes aos bonecos de Vudú...
– exclamou Luna, falando pela primeira vez em muito tempo. – Papai já até mesmo publicou uma matéria interessantíssima sobre eles no Pasquim certa vez... – completou ela arregalando ainda mais seus olhos já saltados.

-Não acredito que não comprei essa edição. – murmurou Hermione rodando os olhos. Luna a encarou, mas não disse nada.

-Bem... – Harry falou, indiferente às maluquices da loira. – Pedi para vocês ficarem aqui porque queria personalizar o cartão. Ele é para cinco pessoas e eu pensei em vocês.

-M-mas...
– falou Neville, inseguro. – E toda essa coisa de prender o corpo-

-Você não vai acreditar nessa besteira, não é, Neville?
– cortou Hermione, girando os olhos mais uma vez.

-Não é de fato uma besteira, sabem? – esbravejou Luna.

-Agora olhem! – irritou-se Harry. – Ninguém está os obrigando a nada, quem quiser participar da personalização vamos começar a fazer isso, do contrário fiquem a vontade para ir embora, ok?

Ninguém se levantou.

-Como exatamente funciona? – perguntou Neville timidamente um momento depois.

-C.L.I., Neville, é a sigla para Cartão Localizador Interativo, - começou Hermione no mesmo tom em que usava para responder as perguntas dos professores – é um objeto usado para determinar a LOCALIZAÇÃO e o ESTADO das pessoas participantes. O dono do C.L.I., no caso o Harry, coloca o nome dele no bonequinho do centro, dos dois lados do cartão. As pessoas escolhidas, no caso nós, colocamos nossos nomes em cada um dos outros bonequinhos, também dos dois lados. No lado do cartão em que os bonequinhos são azuis, nós devemos escrever as opções de lugares em que possamos estar, por exemplo, casa, biblioteca, sala comunal... As opções são escolhidas por nós, por isso é um cartão interativo. Podemos escolher quantas quisermos... Bom, depois que escrevermos nossas opções de lugares no nosso bonequinho é a vez de escrever as nossas opções de sentimentos, no lado em que os bonequinhos são vermelhos. Da mesma forma devemos escrever quais sentimentos que quisermos e quantos quisermos. Então, se em algum momento Harry precisar nos encontrar é só ele olhar no C.L.I., que irá indicar onde cada um de nós estará e o que cada um de nós estará sentindo.

Rony olhou para ela ligeiramente boquiaberto.

-Como exatamente pode caber tanta informação numa pessoa só? – sussurrou ele admirado. Hermione apenas balançou a cabeça mas pareceu contente com o comentário.

-Vamos começar então? – perguntou Harry. Os demais consentiram.

-Primeiro escreva seu nome, Harry. – disse Gina.

-Hum, certo... – concordou ele, levantando-se para pegar uma pena e um tinteiro que graças à magia da sala tinham aparecido ali sobre uma mesinha. Devagar, o garoto escreveu seu nome no bonequinho central, que piscou numa intensa luz branca e voltou ao normal novamente.

-Quem quer começar? – perguntou Harry aos outros.

-Acho que seria melhor fazermos um lado de cada vez, primeiro personalizamos o lado dos lugares e depois o dos sentimentos, o que acham?

-Certo, então.
– disse Gina esticando a mão para pegar o cartão de Harry. – Eu começo.

-Lembre-se de falar o que você escreve em voz alta, Gina.
– advertiu Hermione. – Esse é um detalhe esquecido pela maioria das pessoas e o grande motivo que faz a maior parte dos C.L.I.s não funcionarem como deveriam.

-Ok.
– a ruiva pegou a pena e começou a escrever enquanto recitava em voz alta: – Gina Weasley... A Toca... Hosgmeade... Salão Principal... Sala Comunal da Grifinória... Dormitório... Biblioteca... Hum...

-Tente alguns lugares fora daqui, Gina.
– disse Hermione. – Afinal não vamos estar em Hogwarts sempre, não é?

-Certo... Bom...
– ela ergueu a pena novamente. – Beco Diagonal... Trabalho...

-Trabalho?
– estranhou Neville.

-Suponho que teremos que trabalhar um dia, não? – respondeu a ruiva, antes de continuar. – Outro lugar em Hogwarts... Em casa.

-Como assim “Em casa”?
– falou Rony rispidamente, olhando sua irmã. – Você já colocou “A Toca”!

-Só porque você pretende morar a sua vida inteira na Toca, envolto nas barras das vestes da mamãe, Rony, não quer dizer que eu também pretenda!

-Irritante.

-Imbecil.

-Basta vocês dois!
– falou Hermione. – Terminou, Gina?

A ruiva acenou com a cabeça e lançou bruscamente o C.L.I. para Hermione, junto com a pena.

-Tenha modos, Gina! – disse Rony. – A Hermione não tem culpa do seu mau-humor.

-O que foi que eu fiz?
– se defendeu ela. – E não, a Hermione não tem culpa, VOCÊ tem!

Hermione suspirou audivelmente e agarrou a pena, começando também a personalizar o cartão.

-Hermione Granger... Salão Comunal da Grifinória... Salão Principal... Biblioteca...

-Esse não poderia faltar.
– riu Rony suavemente para ela, que bufou, embora parecesse divertida.

-Outro lugar em Hogwarts... Hogsmeade... Beco Diagonal... Em casa... No trabalho...

-Não vai colocar “A Toca”?
– perguntou o ruivo, seus olhos azuis brilhando.

-Certo. A Toca... Hum... Acho que é isso. – completou passando o cartão a Rony. – Sua vez, Rony.

O garoto pegou a pena e também começou:

-Rony Weasley... Hogsmeade… A Toca... Hogwarts...

-Você não vai especificar o lugar de Hogwarts?
– perguntou Neville.

-Não... O Harry não vai precisar disso. Digamos que ele tem outros... métodos... para localizar as pessoas dentro de Hogwarts, não é, cara? – disse Rony sorrindo ao amigo. Harry entendera a mensagem. Afinal, os Marotos não teriam trabalhado num Mapa fantástico para que ele ficasse guardado.

-Suponho que sim. – sorriu ele.

-Continuando então... Beco Diagonal... Trabalho... Casa... St. Mungus... Azkaban...

-RONY!
– repreendeu Hermione arregalando os olhos para ele enquanto os outros, com exceção de Gina, caíam na risada.

-O quê? – disse ele defensivamente, com um sorriso inclinado para um lado. – Devemos pensar em todas as possibilidades, Mione!

-Você é impossível...
– retrucou ela. – Isso não teve graça.

-Relaxa, Mione.
– falou Rony apertando de leve o ombro dela. – Não está nos meus planos futuros ir parar em nenhum desses dois lugares.

Hermione tremeu levemente e discutiu com sua consciência que o motivo desse arrepio era simplesmente o fato que suas vestes ainda estavam encharcadas. Não tinha nada a ver o fato da mão de Rony apertando seu ombro. Nada. E muito menos a ver com o fato de que os pensamentos dela se desviaram para o que ela queria que fossem os planos futuros de Rony. Não tinha. Era apenas frio. Teria que ser.

*****



Alguns minutos depois, Neville e Luna também já tinham personalizado os seus bonequinhos com suas próprias opções de lugares. Neville colocara apenas opções semelhantes aos dos outros, mas Luna tinha arrancado boas risadas dos garotos, colocando coisas do tipo “Caçando Bufadores de Chifre Enrugado” ou “Explorando Buracos Negros”.

-Hora de colocar os sentimentos, certo?
– perguntou Gina agarrando a pena novamente. – Vamos lá... Gina Weasley... Alegre... Triste... Preocupada... Irritada... Completamente brava... – nesse ponto ela encarou o irmão outra vez. – “Com vontade de estrangular seu irmão” é um sentimento? – perguntou a ruiva. Os outros estouraram em risadas e Rony fechou a cara o máximo que conseguiu.

-Você não brinque comigo, Ginevra Weasley! Eu ainda sou seu irmão!

Ela o ignorou, continuando a trabalhar com a pena:

-Envergonhada... Muito feliz...

-Por que não “apaixonada”?
– perguntou Luna calmamente.

-Porque... porque... suponho que isso não seja coisa que o Harry precise saber, não é mesmo? – respondeu Gina, corando e evitando deliberadamente os olhos verdes de Harry. – Bom, é só isso. Sua vez, Hermione.

Hermione pegou o C.L.I. das mãos da ruiva, sem deixar de notar o quanto a amiga estava se sentindo desconfortável.

-Hermione Granger... Alegre... Triste... Preocupada... Amedrontada... Calma... Irritada... Envergonhada... Feliz... Ansiosa... Concentrada... Aqui, já é o bastante. – mais uma vez ela entregou o cartão prateado para Rony.

-Pode pular o Rony, - alfinetou Gina – ele não tem nenhum sentimento para escrever aí.

-A não ser que “Vontade de estrangular sua irmã” seja um sentimento, não é mesmo?
– perguntou ele, repetindo as palavras a pouco ditas pela ruiva.

-Desculpe, Rony. Acho que me enganei. Você pode escrever “Fome”... – retrucou ela. - Mas pensando melhor... Fome não é um sentimento, é?

-Jura que não, GIN?
– falou o garoto no seu tom mais sarcástico (que para Rony, era alguma coisa) – Fome não é um sentimento?? Mas eu sinto um VAZIO aqui dentro... – completou, alisando o estômago.

-Rony! – repreendeu Hermione pela segunda vez, tentando com todas suas forças parecer séria e não libertar a risadinha que lutava para sair de sua garganta.

Mais alguns minutos se passaram até que finalmente conseguiram finalizar a personalização do C.L.I., que agora brilhava com uma luz lânguida nas mãos do seu dono.

-Olhem só para isso! – exclamou Harry fitando com atenção o cartão prateado. – Já está funcionando!

Os cinco se agruparam ao redor do garoto para uma melhor olhada. Do lado dos bonequinhos azuis, palavras piscavam em cada um deles:

“Gina Weasley - Outro lugar em Hogwarts”

“Hermione Granger - Outro lugar em Hogwarts”

“Rony Weasley – Hogwarts”

“Luna Lovegood – Escola de Magia e Bruxaria”

“Neville Longbottom – Hogwarts”


Harry virou o C.L.I. para o lado dos bonequinhos vermelhos, onde eles leram:

“Gina Weasley – Irritada”

“Hermione Granger – Concentrada”

“Rony Weasley – Bravo”

“Luna Lovegood – Tranquila”

“Neville Longbotton – Calmo”


-Bem, está feito, então. – disse Harry. – Obrigado.

-Bom, acho melhor irmos, já está ficando tarde.
– murmurou Neville entre bocejos.

-Sim, e eu estou MORRENDO de frio. – concordou Hermione enquanto torcia uma das mangas molhadas de suas vestes. – Aquele feitiço secante não é forte o suficiente...

Com um assomo de culpa, Rony olhou abaixo para a garota. O cabelo dela estava encharcado e por isso aparentava mais escuro do que era, mas as malditas mechinhas douradas ainda continuavam brilhando e ofuscando os olhos do ruivo. As vestes negras da menina pareciam pesadas de água e estavam mais grudadas ao corpo dela do que o normal, fazendo Rony desejar saber quando Hermione tinha se tornado assim tão... bonita. Certo que desde os onze anos ela já tinha algo que chamava a atenção dele, mas quando tinha se tornado tão pronunciado? Em que lugar do passado ficara aquela garotinha que tinha falado que ele estava com sujeira no nariz? Uma batalha interna começou na cabeça de Rony, o fazendo indeciso se ele se sentia orgulhoso que Hermione tivesse crescido ou triste que ela não fosse mais a pequena Sabe-Tudo que ele salvou do Trasgo no primeiro ano deles... Pelo menos com a Hermione do passado ele podia se manter de pé ao seu lado, satisfeito apenas em importuná-la e arreliá-la. Agora isso já não bastava. O desejo de Rony não conseguia se decidir pelo que ele queria. Se era abraçá-la, tomá-la pela mão e mostrar a todos a garota brilhante e maravilhosa que era Hermione Granger, ou se era escondê-la no fundo do seu malão para nunca mais ter que dividir com ninguém (com nenhum homem, principalmente) a satisfação de olhá-la. Afinal, a garotinha que tinha salvado ele e Harry do “Visgo do Diabo” era a mesma quem tinha roubado o coração do famoso Apanhador da Seleção da Bulgária apenas com um olhar. E o dele.

-Você não vem, Rony? – perguntou ela quase chegando à porta, fitando-o por cima do ombro.

-Logo depois de você. – disse ele com um suspiro, saindo para acompanhá-la. A garota sorriu e esperou que ele a alcançasse.

-Me desculpe mais uma vez, Hermione. – falou Rony, torcendo de leve a manga das vestes dela. – Está muito frio?

-Um pouco.
– falou ela baixinho.

Hesitando ligeiramente, mas com uma força maior apoderando-se dele, o ruivo ergueu seu braço e o passou por cima dos ombros molhados de Hermione. A garota tremeu e amaldiçoou em pensamentos o suspiro que ela tinha deixado escapar.

“Talvez não tenha sido por nada que o Chapéu Seletor me colocou na Grifinória, afinal.” – pensou ele enquanto isso.

-Melhor? – perguntou Rony, não encarando-a nos olhos.

-S-sim... – ela buscou forças para responder.

Agora já não tinha como Hermione negar e dizer que aqueles arrepios incessantes eram efeitos do frio. Pois o corpo dela parecia queimar debaixo do toque de Rony. Independente das vestes molhadas. Independente do vento que entrava pelas janelas do castelo. O frio tinha se ido. Em seu lugar ficara um calor quase insuportável, que atingira-lhe da cabeça aos pés, mas que emanava direto do seu coração.

E assim ambos fizeram o caminho de volta à Torre da Grifinória, desfrutando tudo que o toque de um poderia causar no outro. Rony, pensando que talvez devesse molhar Hermione mais vezes. Hermione, desejando intimamente que Gina e Rony tivessem mais uma briga em que ela pudesse se intrometer...

Enquanto isso, num certo C.L.I. dentro do bolso interno das vestes de um garoto mais a frente, nos bonequinhos vermelhos correspondentes à Rony Weasley e Hermione Granger, não daria para se compreender algo legível. O turbilhão de sentimentos que ambos estavam desfrutando não era algo que daria para ser escrito.

*****



Sobre o capítulo:
Foi um capítulo tão gostoso de escrever que quando vi já estava desse tamanho e eu não pude cortar nada. Ah, adorei escrever as implicâncias entre os irmãos...
Bom, no mais só tenho uma coisa a esclarecer: Sobre o relógio dos Weasley com todos os ponteiros apontando para “Perigo Mortal”... Isso não foi inventado por mim, está em HBP.

Agradecimentos:

Humildemente Ju: (Ou seria Humulidemente? Kkkkkk) Adorei seu comentário grandão, viu Ju?? To lhe devendo um super obrigada por ter hospedado a capa para mim, também!! E por falar em capa você me disse que depois de ver a sombra da Rebecca nela mudou de idéia e acha ela má, né? Rs... Vamos ver quem tem razão e se ela é ou não flor que se cheire... Mas no mais MUITO obrigada por acompanhar e sempre comentar! Beijinhos!

Letícia: Em primeiro lugar, sobre a fica da Val, eu disse a ela e ela vai lhe enviar um e-mail com o link, ok? Continue acompanhando que tá cada vez melhor!... Você não tem que agradecer pelos recados e sim EU tenho que agradecer sempre e sempre por seus comentários... Que bom que você gostou do capítulo e sim, os Sonserinos foram muito sujos... Ansiosa pela festa da Grifinória?? Bom, antes ainda tem a da Lufa-Lufa... Continue acompanhando então, ok? Seus comentários são muito importantes para mim! Espero que tenha gostado desse capítulo também! Beijinhos!

Angel Weasley: Eu é quem estou amando saber que tem leitora nova chegando… Você leu tudo em um dia?? Ah, que bom, isso me deixa tão feliz e me incentiva cada vez mais a continuar!! Sim, Rony e Mione são fofos, lindos, são TUDO!! (olha a fanática aqui...rs...) Bem, muitíssimo obrigada por ler e comentar, espero que continue acompanhando e tenha gostado também do 16... Super beijos!

Alulip: Ahhh, eu mereço?? Comentário da Alulip e gigante para completar??? Como eu tenho sorte... realmente...
Bem, sobre a Rebecca... a Mione costuma acertar, como você disse, mas o Harry também é esperto... Ou seja, está tudo enrolado aí, não é?? Vamos ver...
E eu JURO que você me fez derreter igual sorvete num sol de 40º quando comentou que os meus leitores saíram vitoriosos... Não tenho nem palavras, obrigada obrigada obrigada!! Milhões de obrigadas Alulip... Espero que continue acompanhando e sei que irá pois você é uma leitora fiel como eu já disse... Beijão e espero suas opiniões do 16... E que você sempre esteja faladeira assim!!..rs...

Pequena Pri: hahhaahahahah, rolei de rir com seu comentário!! Fazer um Horcruxe para mim?? Hhahaahahha... Você não existe Pequena Pri!! Valeu mesmo pelo comentário! Você sempre está comentando e isso me deixa TÃO feliz... Façamos um Horcruxe para você também! Hehhehehee... Beijinhos!!

Val: A minha SUPER amiga de noites e madrugadas no MSN... Aquela que coloca minha auto-estima lá em cima e detona minha insegurança... Eu não tenho nem palavras para falar o quanto gosto de você e de seus comentários gigantes...!! E suas propagandas?? Que felicidade!! Só espero que não decepcione seus leitores quando chegarem aqui para ler a fic... E que história é esse de EU, EUZINHA aqui lhe ensinar a escrever??? Você só pode estar brincando... Uma autora magnífica pedindo isso... rs..r.s.. Bom, espero seu comentário pelo 16 e tomara que seja maior que o Grope... hehehhehehe... Muito obrigada!!!! Te adoro de montão amiga e sua opinião é de peso para mim!!! Beijinhos!

Brenda Pantoja: Que bom que ganhei mais uma leitora!! Como já lhe disse pelo Orkut, fiquei lisonjeada com seus comentários... E desculpe por lhe fazer ficar a tarde toda na frente do pc...rs... Bom, aí está o capítulo 16 e espero que tenha gostado. Muito obrigada por estar lendo, ok?? Beijos e abraços agradecidos!!

Pablo: rs..rs... Pois é, você viu como o Rony tá esperto?? Rs..rs... Você achou o 15 o melhor capítulo?? Que legal Pablo!! Espero que tenha gostado do 16 também... Adoro seus comentários... Beijinhos!

Nanda-Weasley:Eu também AMO R/H!! Eles são TUDO!!!... E que bom que você está lendo, Nanda!! Muito obrigada mesmo pelos elogios!! Muito interessante sua teoria do Adam (o garotinho primeiranista)... Será que você tem razão?? Bom, vamos ver...rs... Valeu mesmo por estar acompanhando a fic e comentando! O que achou do 16?? Beijinhos...

Brine:Eu é que não tenho nem palavras para dizer o quão bom acho ler seus comentários!!! O Rony tá mesmo fofo nesse capítulo 15... Gostou do 16?? E tudo o que EU disser vai ser pouco para agradecer por estar sempre comentando e lendo e elogiando... Muito obrigada Brine!! E um abração!!

À todos aqueles que estão lendo e por algum motivo não comentam, também fica meu muito obrigada e peço que se algum dia quiserem comentar a autora aqui agradece, tá bom? Hehhehehehe...

Até a próxima!


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Comentários (2)

  • Andréa Martins da Silva

    É lindo ver a luta interna de Ron para entender seus sentimentos por Mione. Belo capítulo.

    2013-11-06
  • Lana Silva

    Essa parte me deixou louca de felicidade *-* como alguém pode escrever algo tão perfeito ??? Com um assomo de culpa, Rony olhou abaixo para a garota. O cabelo dela estava encharcado e por isso aparentava mais escuro do que era, mas as malditas mechinhas douradas ainda continuavam brilhando e ofuscando os olhos do ruivo. As vestes negras da menina pareciam pesadas de água e estavam mais grudadas ao corpo dela do que o normal, fazendo Rony desejar saber quando Hermione tinha se tornado assim tão... bonita. Certo que desde os onze anos ela já tinha algo que chamava a atenção dele, mas quando tinha se tornado tão pronunciado? Em que lugar do passado ficara aquela garotinha que tinha falado que ele estava com sujeira no nariz? Uma batalha interna começou na cabeça de Rony, o fazendo indeciso se ele se sentia orgulhoso que Hermione tivesse crescido ou triste que ela não fosse mais a pequena Sabe-Tudo que ele salvou do Trasgo no primeiro ano deles... Pelo menos com a Hermione do passado ele podia se manter de pé ao seu lado, satisfeito apenas em importuná-la e arreliá-la. Agora isso já não bastava. O desejo de Rony não conseguia se decidir pelo que ele queria. Se era abraçá-la, tomá-la pela mão e mostrar a todos a garota brilhante e maravilhosa que era Hermione Granger, ou se era escondê-la no fundo do seu malão para nunca mais ter que dividir com ninguém (com nenhum homem, principalmente) a satisfação de olhá-la. Afinal, a garotinha que tinha salvado ele e Harry do “Visgo do Diabo” era a mesma quem tinha roubado o coração do famoso Apanhador da Seleção da Bulgária apenas com um olhar. E o dele.

    2012-01-04
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