Desconfianças e confidências



N/A: Oi pessoal! Então, mais uma vez estou em dia com o que prometi e está aqui o capítulo 14. É um pouco maior do que o 13 mas também não é grande. É um capítulo meio que revelador. A partir dele vocês já poderão tirar algumas conclusões... Considerações sobre o capítulo e agradecimentos como sempre no final... Beijos!


Capítulo XIV
Desconfianças e confidências



Setembro se foi e outubro entrou trazendo fortes rajadas de vento e um clima frio e seco. As aulas dos sextanistas estavam se pondo cada vez mais exigentes, de forma que Harry, Rony e Hermione não tinham tempo para mais nada a não ser aulas, deveres e as reuniões da AD.

Rony e Hermione ainda não estavam se falando, o que deixava ambos amuados e Harry completamente perdido e exasperado no meio de um fogo cruzado.

-Por que você não vai falar com ela? – perguntou ele ao ruivo numa certa noite depois de uma reunião, vendo que o amigo encarava com uma cara assassina a garota conversando alegremente com Terêncio Boot, que vinha sendo seu par em todas as reuniões.

-Eu? Falar com ela? – exclamou Rony. – Não mesmo! Por que eu iria, de qualquer maneira?... E além do mais, - acrescentou ele com um toque de desdém – ela parece muito bem sem mim.

Harry suspirou e voltou também seu olhar para a amiga. Hermione podia fingir muito bem, mas o garoto poderia jurar que ela estava triste e que igualmente sentia falta de Rony. Quem sabe se ele tentasse falar com ela, então...

-Esse Boot é um babaca. – a voz fria e cortante do ruivo bateu os ouvidos de Harry, que mais uma vez encarou Rony e se assustou ao notar o quão vermelhas suas orelhas se pareciam. – Eu quero dizer, é um cheio de si, não é? Agindo como se o natal tivesse chegado mais cedo só porque seu Patrono é um tigre estúpido! O que há de errado com um cachorro? Tamanho não julga muita coisa, temos sempre o exemplo da Gina para provar isso...

Harry não pôde evitar de sorrir. Isso era verdade: Gina era pequena mas poucas vezes ele tinha visto garota tão corajosa e arrebatadora e... bom, deu para entender...

-Sim, tamanho não julga muita coisa... – concordou Harry.

-E Hermione não deveria estar impressionada também! – explodiu ele. – A lontra dela é quase menor do que o meu cachorro!

-Mas ela não está, Rony. Hermione é inteligente o bastante para saber que não importa a forma do Patrono, o que importa é a intensidade da lembrança que o conjurou. Ali está sua verdadeira força.


Com um último aceno para Terêncio, a garota se aproximou dos outros dois, se dirigindo a Harry e ignorando Rony completamente.

-Muito boa a reunião de hoje, Harry. – falou ela. – A turma está melhorando a cada dia. Agora são pouquíssimos os que não conseguem conjurar o Patrono, não é mesmo?

-É...

-Suponho que a turma esteja mesmo melhor.
– falou Rony, fazendo um assomo de esperança de paz subir pelo peito de Harry. – Tem até uns fantásticos o suficiente para conjurarem TIGRES. – completou, murchando como um balão sem gás as esperanças de Harry em ver os amigos se entenderem. Hermione fuzilou Rony com os olhos, mas não disse nada, fato que fez Harry agradecer intimamente.

-Bom, vejo você mais tarde então, HARRY. – disse a garota, enfatizando bem o nome do amigo.

-Não vai me dizer que você vai se encontrar com ELA outra vez, Hermione! – ralhou Harry enquanto os três deixavam a Sala Precisa.

-Eu já te disse para parar com essa implicância. – retrucou a garota. – Me escute, Harry. Ela não é má. Simplesmente não pode ser. Você está errado.

O garoto sacudiu a cabeça, nitidamente frustrado.

-Eu juro que queria acreditar nisso, mas não dá. – falou ele amargamente.

-Pois acredite. – reforçou ela com firmeza. – Agora preciso ir, ou vou me atrasar para o nosso chá. Até mais tarde. – E dizendo isso, ela se virou e rumou na direção da sala de Rebecca Brinks.

-Não gosto nadinha dessa história. – murmurou Harry a Rony, ainda encarando as costas da amiga.

-Você REALMENTE acha que a professora Brinks está metida com Você-Sabe-Quem? – sussurrou Rony, temeroso.

-A única certeza que eu tenho é que há algo muito estranho com ela. Minha cicatriz nunca deixa de formigar quando ela está por perto...

Rony pareceu ainda mais nervoso.

-Você acha que ela está usando a Hermione para chegar até você ou algo assim? – perguntou ele, baixinho.

-Não sei. Mas é um tanto esquisito esse interesse súbito dela por Hermione, você não concorda?

-É...
– concordou. – Por que você não fala ao Dumbledore?

-Dumbledore não costuma aceitar palavras contra seus professores... Você não vê com Snape? E o pior é que Hermione é muito cabeça dura para prestar atenção no que eu lhe digo.

-Bom,
- disse Rony, encolhendo os ombros – peça para o Boot lhe dizer, então. Quem sabe ELE consiga fazer com que ela escute.

Harry bateu a mão na testa e suspirou novamente. Será, que mesmo no mundo da magia, onde coisas fantásticas acontecem a cada instante, um dia Rony e Hermione poderiam se entender?

*****



Hermione seguia apressada para a sala de Rebecca Brinks. Já estava se tornando quase um hábito em todos os dias depois das reuniões (as quais aconteciam pelo menos duas vezes por semana), a garota ir para um chá com a professora. Eram momentos muito agradáveis, dos quais Hermione se pegou até ansiando mais de uma vez. Ambas tinham conversas muito proveitosas, comiam biscoitos e falavam sobre todos os tipos de coisas, das mais banais às mais sérias. Pareciam velhas conhecidas. Pareciam amigas.

-Entre. – falou uma voz macia assim que Hermione bateu de leve à porta da sala da mulher. A garota puxou cuidadosamente a maçaneta e viu Rebecca já sentada atrás de sua escrivaninha, com um sorriso triste no rosto.

-Boa noite, Hermione. – cumprimentou ela.

-Boa noite, professora.

-Pensei que não viesse mais, demorou.

-Me desculpe, é que eu estava conversando com um amigo depois da reunião.

-Hum... tudo bem, não se preocupe minha querida. Rony Weasley?

-Anh? N-não!
– exclamou ela depressa. – Nós... nós... não estamos nos falando, de fato.

A garota não conseguiu deixar a nota de desgosto totalmente fora de sua voz, pois a professora consolou:

-Ainda, Hermione, ainda.

-Bem... não sei. E também não me importo.


Rebecca ergueu as sobrancelhas para ela, ceticamente. Hermione, percebendo o olhar da professora, corou fracamente.

-Certo, talvez eu me importe. – falou ela muito quietamente, encarando suas mãos.

Rebecca se levantou, passou por Hermione rumo a um pequeno armário próximo à cadeira da garota e retirou de lá algumas folhas para começar a preparar o chá.

-Tenho certeza que sim. – disse Rebecca.

Hermione observou-a distraidamente entrar pela portinha e começar a remexer a chaleira. Seus pensamentos vagaram e ela se sentiu surpresa com a situação. Era simplesmente estranho estar assim tão próxima de uma professora, tomando chá e jogando conversa fora. Estranho, mas não desconfortável. A garota sentia falta disso. Sentia falta de alguém maduro com quem trocar idéias, com quem desabafar. Sempre trocava cartas com sua mãe mas conversar por coruja não era a mesma coisa e ela não se sentia totalmente a vontade em escrever sobre suas confusões. Não conseguia nem sequer se imaginar escrevendo algo como:
“Olá mamãe, como está tudo? Eu estou apaixonada por um dos meus melhores amigos. Ah! A propósito ele está cansado de mim e por isso já não conversamos um com o outro há semanas.”
Ela estremeceu com o pensamento. APAIXONADA. Então era isso? Ela estava apaixonada pelo garoto mais insensível de Hogwarts? Pelo garoto que a chamou de pesadelo uma vez e sempre a xingava de “Sabe-Tudo”? Pelo garoto que ficou tempos sem lhe dirigir a palavra por causa de um rato que na verdade era um criminoso traidor? Talvez sim... Mas ela estava mais que tudo apaixonada pelo garoto que bravamente se sacrificou num jogo de xadrez gigante para salvar ela e Harry. Pelo garoto que com toda a coragem passou por cima de seus medos e ficou cara a cara com uma colônia de acromântulas quando ela estava petrificada. O garoto que se roeu de ciúmes quando a viu com Vítor no Baile de Inverno. O mesmo a quem ela beijara o rosto para lhe apoiar antes de seu primeiro jogo de Quadribol e o mesmo que lhe dera um perfume no natal passado. Ela estava perdidamente apaixonada por um garoto estúpido. Perdidamente apaixonada pelo ruivo mais doce do mundo. Ela estava sim, louca por Ronald Weasley.

*****



Harry estava calado e preocupado naquela noite. Por mais que sua amiga insistisse em fazer a defesa de Rebecca Brinks ela não conseguiria o convencer. Independente do que Hermione falasse, Harry sentia que a professora estava até a cabeça metida em algo sórdido. Por que esse interesse repentino dela em Hermione? Com que finalidade ela tomava chá com a garota quase todas as noites? Mexendo-se inconfortavelmente em sua poltrona, Harry baixou os olhos para sua lição de Poções, que supostamente ele deveria estar fazendo. O pergaminho em branco prendeu sua atenção por alguns segundos, mas então, cansado, o garoto fechou os olhos e debruçou sua cabeça por cima de seus braços sobre a mesinha. Dormiu ali mesmo.

“O Salão Principal estava cuidadosamente decorado e iluminado naquela noite. No lugar das quatro grandes mesas das casas haviam centenas de pequenas mesinhas brancas redondas e uma grande pista de dança no centro. Fadinhas multicores cintilavam próximas às grandes janelas e brincavam por cima das cabeças das pessoas. Era uma visão bonita de se ver. Uma música calma e penetrante tocava ao fundo. Harry mexia-se devagar no mesmo lugar, apertando firmemente a mão de uma garota bonita, que rodopiava graciosamente em uma capa vermelha, sua cabeça coberta por um capuz da mesma cor. Ele abaixou o rosto para encará-la nos olhos, mas nesse momento tudo escureceu e ela não estava mais lá. Nem o Salão Principal. O cenário mudou. Agora Harry estava numa sala mal iluminada muitíssimo empoeirada e que exalava um forte odor de mofo e poeira. Uma cobra enorme rastejava próxima a seus pés. Ele se sentia satisfeito, mas com uma felicidade que não o pertencia. Abriu a boca e falou numa voz fria e aguda que não era a dele.

-Ótimas notícias, Rabicho. Segundo as informações então ela está mordendo a isca. Excelente!!...”


Harry sentiu suor gotejar sua face e sua cicatriz explodir em dor. Apertando a testa ele tentou gritar, mas tudo o que conseguiu emitir foi um som abafado de agonia. Abriu os olhos devagar e se viu deitado no tapete da sala comunal. Tinha sido um pesadelo horrível. Pelo menos essa parte final. Respirando pesadamente ele se sentou. Algumas pessoas o observavam com curiosidade, mas ninguém ousou dizer nada e nem se aproximar. Ou melhor, quase ninguém.

-Harry... – sussurrou uma Gina assustada, se ajoelhando ao seu lado. – O que houve? Você parece pálido...

O garoto ajeitou seus óculos e enxugou com uma mão o suor de sua testa. Ainda ofegante, respondeu:

-Só um sonho. Eu... acho que cochilei um pouco.

-Onde estão Rony e Hermione?
– perguntou ela.

-Não sei... Quer dizer, acho que Rony está lá em cima, ele foi direto para o dormitório depois que voltamos da reunião. E Hermione... Hermione está com a professora Brinks. – completou, com uma careta de desgosto.

-Você precisa de ajuda, Harry? – perguntou Gina, tocando meio temerosa a testa do garoto com as costas de sua mão para sentir sua temperatura. – Você está tremendo... Quer que eu chame o Rony ou... ou outra pessoa?

-Não, Gina. Eu estou bem. Se você vir Hermione quando ela voltar diga-lhe que preciso falar com ela. Mas amanhã... hoje acho melhor me deitar.


Gina acenou afirmativamente com a cabeça e deu uma última olhada para o garoto, preocupada. Harry se levantou, enfiou seus pergaminhos, livros e penas de qualquer jeito em sua mochila e seguiu rumo à escada que levava ao dormitório masculino. Já quase no primeiro degrau, pareceu lembrar-se de algo e olhou por cima do ombro. Gina ainda o encarava.

-Obrigado, Gina. – disse ele.

A ruiva sorriu e com um último suspiro o garoto subiu as escadas.

*****



-Então, como foi seu dia, Hermione? – perguntou a professora Brinks, dando um longo gole de sua fumegante xícara de chá.

-Bom... digo, foi normal, nada de especial.

-E como estão as aulas?

-Ah sim, estão cada vez mais interessantes. O sexto ano é fantástico! Professora Vector nos ensinou coisas realmente surpreendentes hoje! Aprendemos que há três números que regem nossa vida, de acordo com o nosso nome: o número do caráter, o número do coração e o número social. O número do caráter...

-Você é uma entusiasta da Aritmancia, não é mesmo?
– riu Rebecca, interrompendo o falatório de Hermione. – Exatamente como ela. – acrescentou num sussurro.

Os grandes olhos profundos da professora tornaram-se nublados de repente. E de nublados passaram a aguados e uma fina lágrima escorreu fazendo uma delgada trilha em seu rosto.

-P-Professora Brinks? – perguntou Hermione tentativamente. – A Senhora está bem? Eu disse algo errado?

-Não, querida. Claro que não. Nada errado.
– disse ela, tirando um lenço bordado de dentro das vestes e enxugando os olhos. – Eu apenas me emocionei.

Houve um silêncio momentâneo no qual uma encarou a outra. Rebecca parecia perdida nos próprios pensamentos, mais uma vez observando Hermione com uma expressão saudosa.

-Er... professora? – disse a garota.

-Sim?

-A Senhora disse que se emocionou... se emocionou com o quê, exatamente?

-Ah, Hermione... É que você me traz muitas lembranças. Me lembra muito uma pessoa, na verdade.

-Hum... quem é, professora?


Rebecca olhou de novo nos olhos da garota, como se a medisse por um breve momento, antes de responder num fio de voz:

-Minha filha.

Hermione congelou sua mão a caminho de levar sua xícara à boca e arregalou os olhos para a professora. Era a primeira vez que ouvia um professor falar sobre algo pessoal. Na verdade, a garota nunca sequer parou para imaginar que os professores também tinham suas própria vidas pessoais fora dali, que também tinham suas próprias famílias...

-Filha? – murmurou ela.

-Sim. Kimberly se parecia muito com você.

-Kimberly... Ela... ela está...?


Rebecca apertou os olhos num sinal de dor reprimida e falou numa voz abafada:

-Morta. Sim.

-E-eu... eu sinto muito, professora.

-É, eu também... Kim era uma garota tão cheia de vida, tão inteligente... Assim como você.

-Ela tinha... tinha a minha idade quando... quando... se foi?

-Não. Tinha doze anos. Mas acho que seria exatamente como você se tivesse chegado aos dezesseis.

-Dezessete.
– corrigiu Hermione.

Rebecca soltou uma risadinha triste.

-Me desculpe estar falando todas essas coisas a você, Hermione. Apenas não me contive. Às vezes é muito difícil reprimir as nossas emoções.

-Eu sei que é.
– falou a garota, seus pensamentos inevitavelmente vagando a Rony e à dificuldade que ela sentia em controlar suas próprias emoções quando se tratava dele.

-Kim sempre foi a primeira da classe. Era apaixonada pelos estudos e estava ansiosa para ter lições de Aritmancia... Mas nem chegou a ter tais aulas, pois não chegou ao seu terceiro ano.– continuou Rebecca.

-Eu realmente sinto muito. – sussurrou Hermione, vendo a dor nos olhos profundos da professora. – Como... como foi que ela...?

-Adoeceu.
– disse a mulher. – A doença consumiu sua vida em menos de um mês. Foi nas férias de verão antes do seu terceiro ano. – suspirou.

Mais uma vez o silêncio caiu sobre a sala. Hermione olhava para a professora de esguelha, desejando saber um jeito de animá-la. Desejando não presenciar tanta tristeza numa só pessoa.

-De fato, Kimberly é a razão de eu estar aqui hoje. – Rebecca quebrou o silêncio.

-Como assim?

-Minha filha é a maior razão que me fez odiar com todas as forças do meu coração as Artes das Trevas. Ela é a razão que me levou a ensinar outras pessoas a se defenderem disso.

-Eu... eu ainda não entendo, professora.
– disse Hermione, confusa.

-Àquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. – respondeu. - Ele destruiu minha família. Destruiu minha vida.

Hermione a encarou assustada. A atmosfera parecia ter mudado na sala. Os olhos da professora agora expressavam raiva, ódio talvez.

-Ele matou meus pais, os quais nem cheguei a conhecer. – continuou ela firmemente. - Matou meu marido também. E causou a morte do meu bem mais precioso que era minha filha. – completou. – Kimberly não suportou a perda e adoeceu.

Isso era terrível. Simplesmente, horrivelmente terrível. Ela sofreu tanto nas mãos de Voldemort quanto Harry. Também teve sua vida estragada por ele. Também perdeu suas pessoas mais queridas... Era mais que impossível que ela tivesse alguma ligação com ele.

-Professora, eu... não tenho palavras... É, isso é... é horrível. – balbuciou Hermione.

-Sim. Mas não se preocupe com isso, Hermione. Eu nem deveria estar lhe falando essas coisas, mas é que você... você me lembra tanto ela.

De fato era muito estranho a professora se abrir assim com uma aluna. Mas a garota não conseguia ver mentira nem falsidade nos olhos da mulher a encarando. Parecia que de alguma forma ela conseguia lhe amenizar a dor apenas deixando-a que lhe encarasse.

-Agora que lhe contei minha história... Que tal se você me contasse a sua? – falou Rebecca, nitidamente numa tentativa em desviar daquele assunto.

-A minha? – estranhou Hermione. – Mas eu... eu não tenho uma história. Quer dizer... sou filha de trouxas e...

-Todos temos nossa história, Hermione. Mas apenas me fale de você, então...

-Bom...
– disse ela, sem saber bem o que dizer.

-Como estão indo as reuniões da AD?

-Cada vez melhores.
– respondeu a garota depressa, feliz por ter algo a falar. – Quase todos estão conseguindo conjurar seus Patronos agora. O do Harry é um cervo, claro, o meu é uma lontra, mas o cachorrinho do Rony é realmente bonit- - ela interrompeu de repente. – Bom, não importa.

-Por que você não fala com ele?
– Rebecca disse docemente.

-Anh? – espantou-se Hermione. – Suponho que não seja uma boa idéia, professora. – suspirou ela. – O Rony me odeia.

-Hermione.


A garota continuou com a cabeça baixa.

-Hermione, olhe para mim.

Devagar ela levantou os olhos para encontrar os da professora.

-Antipatias violentas na maioria das vezes são suspeitas e revelam afinidades secretas. Pense nisso. Boa noite.

Com as palavras da professora ecoando em seus ouvidos, a cabeça fervilhando com tantas informações e o coração repleto de sentimentos confusos, Hermione fechou a porta atrás dela e seguiu o caminho de volta para a Torre da Grifinória.

*****



Sobre o capítulo tenho dois esclarecimentos a fazer:
Primeiro:
As coisas que a Hermione fala sobre Aritmancia (dos números do caráter, do coração e social) eu tirei de um livro chamado “Manual do Bruxo”, então não foi inventado por mim.
Segundo: Sobre as formas dos Patronos, a única que inventei foi o tigre do Terêncio Boot, pois os livros já nos revelaram as formas dos Patronos do Harry (cervo) e da Hermione (lontra). O Patrono do Rony é mesmo um cachorrinho, isso a JK revelou numa entrevista recente.

Agora os agradecimentos:

Val: Você sabe que nem tenho palavras para dizer o quanto gosto de você e dos seus comentários, né? Ainda mais que você é uma super escritora além de tudo!! Espero que tenha gostado do capítulo... E aí, aconteceu o que eu falei e consegui te confundir ainda mais com o negócio da professora ou esclareceu mais um pouco?... heheehehee... E gostou dos ciúmes do Rony e da descoberta da Hermione que está louca por ele? Bom, espero ter sempre seus comentários aqui! Beijão, te adoro!

Humildemente Ju: Ahh, sério, você não imagina como seus comentários me fazem feliz, Ju!! Eu, escritora?? Jura que eu não morreria de fome? Hhahahhaha... Bom, se um dia eu escrever um livro prometo dedicar a todos vocês que me incentivaram, ta bom? E bom, continue chutando opiniões que você está no caminho certo... Esse capítulo eu até que deixei escapar muita coisa, não? Beijinhos e espero que continue lendo!!

Alulip: Um nirvana pra sua alma minha fic?? Ahh, se eu não postar o próximo capítulo é sua culpa, porque eu estou toda derretida aqui com seus comentários e daqui uns dias não sobre nem um pedacinho de Roberta inteiro para contar a história... hhehehehe... Saiba que se houver um cargo de leitora VIP ele já é seu, viu? Que bom que continua acompanhando... Espero suas opiniões sobre o capítulo, tá bom? Grande beijo!!

Pequena Pri: E aí, esse capítulo saciou um pouco da curiosidade com a professora ou confundiu ainda mais?? Ah, PERFEITA a fic?? Não não, perfeitos são os seus comentários! Você acompanha desde o começo, sempre comentando... Não tenho PALAVRAS para agradecer... Aí está o capítulo e espero corresponder as expectativas... Valeu mesmo Pri, beijo!

Brine: Um milhão de obrigados, Brine! Tudo bem, você fica honrada de ler e eu que você esteja lendo, MAS eu fico mais honrada, ok? Heeheheeh... Ainda mais com esses comentários maravilhosos... E pode deixar que não vou abandonar a Veterinária, suponho que vou ter de conciliar as duas paixões... Bom, espero que tenha gostado do capítulo, estou ansiosa por seu novo comentário. E espero que você entre para a Vet também, é um curso difícil mas apaixonante... Beijocas!

Pablo: Postei rapidinho de novo, viu?? E agora, já sabe o que pensar da professora ou ainda está confuso?... E pode esperar que ainda vamos ter MUITAS indiretas do Harry para esses dois cabeças duras... Espero que tenha gostado e continue lendo e comentando! Beijão!

Um super beijo também àqueles que estão lendo mas que por alguma razão não comentam ou não comentaram nesse capítulo... E até a próxima!

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Comentários (3)

  • Andréa Martins da Silva

    Entender sentimentos na adolescência já é difícil... Imagina quando o alvo desse sentimento é um amigo!

    2013-11-06
  • Lana Silva

    Ahhh lindo lindo lindo o capitulo o jeito como a Mione meio que descobriu estar apaixonada *-* lindo e sobre a professora acho que é com essa menina que Hermione está sonhando e quando  Lodr Voldemort disse que ela estava em Hogawrts pensei que poderia ser Hermione...Ameii tudo *-*

    2012-01-04
  • Flor de Laranjeira

    Não acho possível que a professora Brinks sej ligada às artes das trevas... Acho que a cicatriz do Harry se manifesta na presença dela é só uma coincidencia já Voldemort voltou.. Se algum feitiço maligno atinger Hermione acho que vai ser daquele garoto estranho, o Adam.. Adorei a declaração do Rony e da Hermione. [NOSSA!]

    2011-04-09
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