" Eu te amo"
(Draco)
O avião pousou. Eu jurei para mim mesmo que nunca mais iria andar nestes inventos ridículos de trouxas.
- Drraco, Eu ache melhorr desaparratarmos. – aconselhou Katrine. Eu concordei e segurei a mão desta.
A sensação desconfortável de estar sem oxigênio passou por meu corpo. Então quando achava que não iria mais agüentar, parou. Katrine cambaleou ao meu lado e eu automaticamente a firmei.
A mansão a gigantesca a minha frente era familiar. Meus olhos se encheram de água ao lembrar o porquê de eu nunca mais ter visto a casa. O portão dourado se abriu. Sirius com uma expressão de saudade nos esperava. Ele me abraçou com força. Eu retribuí, Sirius tinha se tornado o pai que eu nunca tive. Ele me soltou.
- Estava com saudade garoto. – disse ele rouco. Eu sorri e sussurrei: - Eu também… - ele se distanciou e abraçou Katrine. Ela nunca fora sua nora preferida, Hermione era esta, mas era impossível não gostar dela. Muito meiga. Muito simples…
- Como está querida? – perguntou ele. Katrine sorriu daquele jeito doce e respondeu: - Bem, sempre bem. E você e Narrcisa?- perguntou educada. Eu sorri, tinha a esposa perfeita. Sirius pousou a mão no ombro de Katrine e passou o braço por meu pescoço. Assim abraçados ele nos guiou para a mansão.
A porta a nossa frente era gigantesca e eu tive medo. Por trás daquela porta. Estavam todas as lembranças, todas as pessoas que eu queria esquecer. Sirius empurrou a porta diante de minha hesitação. O ambiente a nossa frente era quente. Minha mãe estava sentada em uma poltrona, quase adormecida. Harry conversava animadamente com o fantasma de Dumbledor. Mas de importância mais imediata, era a mulher com a cabeça no colo de Harry.
Hermione. Minha cabeça girou ao olhar para o rosto que tanto me atraia. A ultima vez que eu a havia visto fora em seu casamento. Mas ela havia mudado, o rosto tinha mais força e a expressão era mais madura. Ela estava adormecida então eu não podia ver os olhos castanhos que eu sempre entendia. A boca vermelha sangue formava um biquinho petulante.
Em seus braços adormecidos descansava um anjo. Eu olhei confuso para a miniatura de gente. Era parecida com Hermione, mas tinha traços desconhecidos. Olhei para cima, para o rosto de Harry e percebi que os traços não eram tão desconhecidos. Harry sorriu de maneira simpática, mas seus olhos tinham um pouco de preocupação.
- Harry? – perguntei hesitante. Eu estava inseguro diante de uma situação que a tanto custo eu estivera evitando. O sorriso no rosto de meu irmão se alargou e ele com muito cuidado tirou a cabeça de Hermione de seu colo. Harry se levantou e me abraçou com força. :- Draco… há quanto tempo, não? – ele perguntou alegre, seus olhos correram para Katrine ele arregalou os olhos de choque. Sim Katrine era deslumbrante. – E esta deve ser a senhora Malfoy?- perguntou educado. Katrine me olhou assustada. Ela jamais tinha visto Harry, apenas por fotos. Eu sorri e a apresentei: - Harry esta é Katrine, minha esposa. – Quando me casei não convidei Harry e Hermione, ainda estava cego.
Harry beijou a mão de Katrine, fazendo com que ela corasse furiosamente. Eu olhei para minha mãe se levantando cambaleante. Sem hesitar eu cruzei a sala e abracei com força. Ela era incrível e eu me arrependia de ter a visitado tão pouco. Ela retribuiu e eu pude sentir soluços leves estremecerem seu corpo. :- na chore mãe, se não eu também vou chorar- pedi sufocado. Ela me soltou e deu um sorriso lacrimante. :- Você quase me matou de saudade!- ralhou ela. Eu ri e minha gargalhada fez o bebê que dormia abrir os olhos assustado. Olhos verdes e questionadores me fitaram. Harry seguiu me olhar e segurou a criança em seus braços. :
- Draco, esta é minha filha, Claire. – apresentou ele. Eu sorri escondendo minha dor e disse: - Ela é linda. – Katrine arfou e fitou Claire. :- Sim ela é muito linda. Posso segura-la?- pediu minha mulher. Harry e sorriu e passou a menina para os braços estendidos de Katrine. A garota sorriu travessa e Katrine retribuiu.
- Draco?- perguntou uma voz que me fez parar. Hermione me fitava sorrindo, seus olhos castanhos alegres. Eu a abracei com força. Seu perfume me deixou tonto e seus cachos acariciavam meu rosto
(Hermione)
O perfume dele a deixou tonta. Como ele conseguia a fazer perder o juízo? Ela não sabia. A castanha abriu os olhos e olhou por sobre o de Draco ombro. Harry a olhava com os olhos cheios de dor e insegurança. Ela soltou Draco automaticamente, aquele olhar que Harry lhe lançava doía. :
- estava com saudade. – sussurrou e ele a olhou surpreso. Hermione se afastou dele e parou ao lado de Harry. Uma mulher alta e loira segurava Claire, e a olhava cheia de desconfiança. Aquela devia ser Katrine. Hermione estendeu os braços para pegar sua filha. Subitamente, ela estava cheia de ciúme. Katrine lhe passou Claire, relutante. A pequenina escondeu o rosto em seus cachos. Harry pôs um braço possessivo em sua cintura. Hermione sorriu para ele, garantindo que tudo estava bem. Ele não retribuiu o sorriso. Draco apresentou desnecessariamente Katrine. Ela sorriu escondendo sua raiva. Depois de uma conversa desnecessariamente longa Hermione subiu para o quarto e foi seguida por Harry.
Entraram no quarto em silencio. A castanha colocou Claire no berço e foi tomar banho. Quando saiu do banheiro abafado, viu que Harry estava deitado na cama, olhando para o teto. Ela se jogou na cama ao seu lado. Ele baixou os olhos e olhou tristonho:- Eu vi em seus olhos… - ela o interrompeu. Colocou um dedo em seus lábios mantendo-os fechados:
- Você viu todo meu amor e devoção a você? Ou imaginou adoração e paixão ao Malfoy? Harry você esta vendo problemas onde não existe! Eu te amo e você sabe disso! – falou ela, ele sorriu e mordeu de leve a ponta do dedo em sua boca. :
- Você esta certa, estou vendo problemas que não existem. – disse ele. Harry abraçou Hermione e sussurrou em seu ouvido:- Lembra quando nos casamos? Eu achei que você não podia ficar mais linda, mas estava enganado, você fica cada vez mais linda à medida que o tempo passa. – ele beijou Hermione e se levantou para tomar banho.
Era claro que ela lembrava, era impossível não lembrar…
“Hermione fique quieta! - pediu Gina pela décima vez. A ruiva fechou o ultimo botão do vestido.
- Como estou?- perguntou a castanha insegura. – Deslumbrante!- disse sua mãe – ela não sabia, mas aquela ia ser a ultima vez em que iam realmente se ver. – Mione, minha boneca. Ainda a tempo de desistir!- suplicou seu pai.
- Pai!- censurou. Arrancando gargalhadas das três mulheres. – Você esta linda!- elogiou Narcisa. Hermione sorriu para a nova “mãe” de Harry. – Vamos descer pessoal. – instruiu Gina. As mulheres saíram deixando a noiva sozinha com o pai.
- Sabe que eu te amo, né?- perguntou Hermione. O velho sorriu e murmurou: - Não mais do que eu. - Ele deu o braço para a filha e juntos eles desceram as escadas. Harry e Hermione tinham decidido ter um casamento trouxa em um hotel de Godric’ Hollows (que fora magicamente lacrado contra trouxas não convidados). Quando chegaram as portas do salão de baile o pai da castanha disse: - Ainda da tempo…- Hermione apenas sorriu e sussurrou:- Abra!- as portas enfeitiçadas se abriram lentamente, revelando um salão branco e dourado forrado de lírios.
Estavam todos ali. Luna e Neville, Gina e Colin, Dino e Parvati, Jorge e Angelina, o fantasma de Dumbledor sorria encantado, A Sra.Granger e Narcisa choravam baixinho. A Sra. Weasley e o senhor Weasley sentavam-se ao lado de um histérico Hagrid.
Mas acima de todos estava Harry, o cabelo penteado para trás com gel, o terno preto perfeitamente limpo, os olhos verdes brilhando de ansiedade. O Sr. Granger deixou Hermione nos braços de Harry e foi se sentar ao lado da soluçante mulher. Os votos feitos pela professora Mecgonagal eram simples. E a festa inteira Harry e Hermione pareciam inflados de alegria. Pouco antes de embarcarem no avião Harry disse: - Eu te amo demais. - e a castanha respondeu:- Não mais que eu.”
- no que esta pensando?- perguntou Harry. Deitando ao seu lado. A castanha sorriu e murmurou: - Estava lembrando o dia em que nos casamos. - Ele sorriu tristonho e comentou:- É surpreendente o quanto o tempo passa rápido, não? – ele fez uma careta ao perceber a bobagem que tinha falado. Os olhos de Hermione se encheram de lagrimas e ela soluçou:- Eu sinto tanta falta dela! Aquela foi a ultima vez que nos vimos… - Harry abraçou a mulher e comentou:- Acho que devemos uma a Claire…
(inicio do flashback)
Harry e Hermione aparataram do aeroporto direto para a casa dos pais desta. Depois de tocarem a campainha repetidamente, decidiram aparatar dentro da casa. Ninguém. A casa estava vazia. Hermione subiu para o quarto dos pais. Encontrou apenas a cama arrumada e empoeirada, como se ninguém dormisse nela há semanas. Preocupada a garota ligou para o celular do pai:
- Pai?- a voz que respondeu estava rouca e embargada. :- Filha?- a garota não gostou da voz: - Pai vocês estão bem? Onde estão?- questionou.
- não, eu não estou bem. Estamos no hospital. –
- o que?! Hospital! O que aconteceu?!- preocupou-se a castanha.
- sua mãe esta morrendo, filha! Ela teve um infarto e esta em fase terminal! – Harry correu socorrer Hermione que havia caído. “mentira! Mentira!” gritavam os pensamentos da garota.
- Sr. Granger? Em que hospital vocês estão? – perguntou o moreno ao telefone.
- hospital. Sant. Lauren. - respondeu o velho automaticamente.
- estamos indo pra ai. - informou Harry.
Hermione ainda estava sentada no chão. – Você esta bem?- perguntou Harry.
- Vamos. – pediu Hermione, sem responder a pergunta. Eles aparataram. No hospital vazio foi fácil achar o quarto dos Granger. O moreno quis ficar do lado de fora e a garota não insistiu. Encontraram o Sr. Granger na sala de espera.
- Pai?- perguntou a garota. O velho ergueu a cabeça e Hermione viu toda dor e desespero nos olhos do pai. Ela abraçou o idoso e juntos entraram no quarto. A castanha arfou e cambaleou. A mulher na cama era apenas um espectro do que fora sua mãe. A enferma estava pálida como cal, os lábios invisíveis por debaixo da mascara de oxigênio. Os milhões de fios e aparelhos ligados a velha, só mostravam que ela estava morrendo. Os olhos cor de caramelo estavam quase fechados.
- Ela estava… esperando você. – murmurou o velho.
- Ela esta lúcida?- perguntou a garota sem real interesse.
- Sim. - se limitou a dizer o senhor de idade. A garota se ajoelhou ao da mãe e pegou sua mão. A senhora abriu um pouco os olhos e sorriu de leve. :
- Eu sabia que você vinha. – disse.
- Eu vim mãe, eu vim. – garantiu a menina.
- eu tenho tanto orgulho de você!- comentou a doente.
- Mãe, não fale.- pediu a garota, a velha a olhou aborrecida e sorriu triste. :- Estou morrendo filha, e pouco vai fazer se eu falar ou não. – sussurrou.
- Você não vai morrer!- desesperou-se a garota.
- Eu te amo de mais filha. - disse a mulher, chorando. – Também te amo, mãe. – soluçou a garota.
- Eu sei, eu sempre soube. Te amo Ricki, te amo…filha.- Dizendo isto a velha fechou os olhos e suspirou. A expressão serena de quem estava em paz tomou conta de seu rosto. O zumbido irritante dos aparelhos avisando que a velha tinha partido invadiu a sala. O velho não tentou consolar a filha, apenas beijou a testa da esposa e sussurrou: - também te amo.
N/A: Eu dedico este cap. a minha beta, Rosie. Bjokas Rosie Di-lua.
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