O recomeço
Eternit
1.cap.
Draco se virou na cama, seus braços estendidos em um pedido mudo. Ele abriu os olhos devagar, estranhando não ter alcançado a esposa.
Ela não estava lá, em lugar algum do quarto. Ele desceu as escadas da grande casa e entrou na cozinha, atraído pelo cheiro de waffle’s. Ela estava lá, linda e pálida, mesmo sob a luz do sol. Um anjo branco.
Ela sorriu para ele, falando em um sotaque inconfundivelmente Frances:
-Você tem q parrar de me perseguirr.
-Claro que não vou parar, não suporto ficar em lugar algum sem você. – Era uma mentira, era muito bom ficar sozinho. Katrine não percebeu a mentira, apenas riu. Desde que havia se casado com ela sua vida tinha ficado um pouquinho melhor, não perfeita, nem feliz, só... Boa.
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(Hermione)
Hermione se aninhou nos braços de Harry. Ela se negava a levantar antes das dez da manhã e tinha certeza que eram menos que seis da manhã. Adormeceu instantaneamente.
(sonho)
Ela estava em uma clareira bonita e iluminada. Então dentre as arvores surgiu Harry carregando seu corpo inerte. Ela olhou espantada para sua cópia, que parecia tão... Pálida.
O garoto ajoelhou-se e agarrou a mão da Hermione – sonho. “Por favor. Por favor, não morra.” Ele chorava. Uma voz chamou entre as arvores “Potter? Potter, o que diabos esta acontecendo?!”
Era Draco Malfoy saindo da floresta. Ele estava bonito, vestindo uma camiseta cinza e por cima uma camisa xadrez vermelha de manga curta, o jeans se ajustava perfeitamente. Estava mais velho e parecia bem menos esnobe. O cabelo loiro platinado caia em cachos perfeitos até o queixo, os olhos cinzentos arregalados de surpresa. Também suava o que fazia sua camisa cinza colar em seu corpo musculoso.
Malfoy se ajoelhou perto de Harry e perguntou “ O que houve?”e para a surpresa de Hermione Harry respondeu “ estávamos na barraca quando ela saio para tomar ar, não deu cinco minutos e eu ouvi ela gritar. Ela já estava inconsciente quando a achei.” Malfoy procurou o pulso da Hermione – sonho “Não tem pulso, e esta com problemas para respirar!” Harry olhou Draco exasperado “ Eu sei!” Draco ergueu Hermione – sonho e falou por sobre o ombro “Vamos levá-la para casa, minha casa.” E então sumiu na floresta sendo seguido por Harry.
(acordada)
Hermione acordou assustada, o sonho havia sido tão... Real. Ela apoiou a cabeça nos joelhos, então ouviu a voz de Harry perto de sua cabeça:- Hermione, você esta bem?
Que pergunta ridícula! Pensou ela, era obvio que não estava bem!
- Não Harry.
-O que foi?- ela pensou em dizer a verdade, que havia tido um sonho com Malfoy e que fora tão real, que só pensar apertava seu coração. É, era melhor não dizer nada.
-Nada, foi só um pesadelo.
- Ta vou engolir isso...
-Ótimo. Mas vou avisar vai engordar. - Ele riu daquele jeito que sempre a encantava.
- Ta. Vamos descer tomar café.
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(Draco)
Eles tomaram o café -da –manhã em silencio. Cada um imerso em suas próprias preocupações. Não suportando mais aquela quietude de funeral ele comentou:- Minha mãe mandou uma carta. - Ela o olhou sorridente. – Jura!? O que dizia?- O moço estava surpreso com a reação da mulher, mas respondeu:- O de sempre, que é para irmos passar o natal lá, que ela esta com saudades e que Sirius manda lembranças. - Para a surpresa dele Katrine perguntou:- E então, querr irr?
Katrine nunca falava sobre o pessoal da Inglaterra, sabia que o marido não gostava do assunto. Então quando ela perguntou aquilo na maior cara- de- pau se ele queria ir passar o natal lá, ele não teve outra reação senão olhá-la atônito.
-Drraco? A voz de Katrine o trouxe de volta a realidade. –Sim?- ela o olhou, preocupada e repetiu a pergunta devagar, como se fala com uma criança. :- Eu perrguntei se você querr irr passarr o natal com a sua mãe?- Ele pensou por um minuto, ele queria era obvio, mas a idéia de encontrar pessoas indesejadas… era terrível. No fundo ele sempre soube que iria voltar para a Inglaterra.
Eu quero. - ele respondeu, viu a cara de descrença de Katrine. - mas tudo depende se Harry vai ou não para lá. - Ele olhou Katrine que parecia confusa. Então ela perguntou:- Mas eu pensei que gostava do Harry. Ele é seu meio irmão certo?- Ele sorriu um pouco pensando no casamento de Narcisa e Sirius e logo depois na “adoção” de Harry.
:- Sim, esta certa. Eu gosto do Harry, mas ele me traz lembranças horríveis, lembranças que eu luto para esquecer.
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(Hermione)
Eles desceram as escadas despreocupadamente, mas foram interrompidos por uma voz fininha. –Mamãe?- Eles olharam para cima e viram Claire inclinada no parapeito da escada. Harry sorriu para o anjo, sua filha.
Ela era uma mistura perfeita de Harry e Hermione. Ela tinha o cabelo cacheado como o de Hermione, mas não volumoso, era preto como o de Harry. Herdara os olhos verdes de Lilian e a boca rubra de Mione. O nariz de fada complementava o rosto magnífico. Vivia sempre corada e era animada demais para uma menininha de três anos.
Sim, boneca?- A garota sorriu travessa e gritou: – Bom dia!- desceu as escadas correndo e pulou no colo de Harry. – Bom dia, princesa!- Ele a pegou com cuidado e a colocou sentada sobre seus ombros, mas Hermione fez sinal para colocá-la no chão. Ele obedeceu deixando a filha confusa. – Vá por sapato Claire. - Ordenou Hermione. Hiper-protetora, como sempre. A menina subiu as escadas rindo e voltou pouco depois calçando uma pantufa de coelhinho.
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