Ambos... namorando??
Ambos... namorando?
Hogwarts, finalmente. Ninguém esperava chegar mais este dia que Victor Weasley. Não sabia porque mas pensara em Lindsay Longbotton as férias inteiras! E precisava conversar com ela. Pedir desculpas, pelo menos. Se sentia obrigado. Dito e feito. No desembarque do trem perto de Hogwarts, ela esperava alguém do lado de fora. Ele resolveu arriscar.
- Lindsay? Nossa, que coincidência! Bom... esperando alguém?
Ela sorriu, radiante.
- Você, na verdade.
Victor sentiu um frio na barriga, mas continuou “visivelmente” impassível.
- Vamos, então?
- Claro.
- Oi, Vicky.
Victor levantou a cabeça para contemplar Natalie Potter, à sua frente, lhe fazendo pirraça novamente.
- Oi, Natty. – retrucou.
- Onde esteve o dia todo? Você não estava perto de mim na hora da apresentação... e nem esteve no lago, como costuma estar o dia todo! – ela quis saber, se sentando ao lado dele.
- Estava com Lind. – respondeu em voz baixa, já sabendo da opinião de Natalie sobre os fatos.
- Quem é Lind? – ele ouviu a pergunta mais inesperada o possível.
Victor fitou a lareira arder em chamas durante um longo tempo. Natalie chegou a achar que o amigo não escutara a pergunta e desistiu. O garoto relembrou daquela tarde (N/A: eles saíram à noite e chegaram na hora do almoço, eu sei que não vai bater muito bem com o cap. Passado mas mesmo assim...).
- Lindsay Longbotton. – disse pausadamente.
Natalie sentiu uma habitual e desaprovadora pontada que sentia quando ouvia Victor falando em meninas. Ergueu as sobrancelhas, incrédula. O amigo falara no dia anterior que não gostava nada nada de Lindsay, e deixara bem claro. Mas a pontada que sentira desta vez era bem mais forte do que da vez anterior, quando as garotas deram “tchau” para Victor de dentro do carro. Era um sentimento inexplicável que se resumia numa parada respiratória que teve durante 40 segundos. Simplesmente o ar não penetrava em seu pulmão como antes e ela se sentiu sufocada...
- Natalie, você está... bem? – o amigo perguntou, deixando o livro de lado e virando-se para encara-la.
Reparou que Natalie soltou o ar rapidamente.
- Eu que devia... devia te perguntar isso.
- Bem... só que eu não estou quase morrendo. Você quer que eu chame a professora McGonnagall?
- Não... e... o que você e Lindsay estavam... fazendo? – quis saber, tentando ignorar a falta de ar que voltara involuntariamente todos os minutos.
- Natalie... VOCÊ TEM CERTEZA ABSOLUTA QUE... – estas foram as últimas palavras que ouvira do amigo.
Em questão de segundos, estava jogada no sofá, completamente desmaiada.
Victor não teve tempo de pensar e pegou Natalie nos braços, levando-a diretamente para a enfermaria.
- Professora... professora! Tem algum sinal do que aconteceu?
- Sim, filho, temos sim... – suspirou a profª McGonnagall ajeitando suas trajes de dormir.
- E...? – quis saber o garoto.
- Digamos que... é hereditariedade. Ela herdou do pai esta pressão que sente em si mesma quando se sente culpada ou insatisfeita. O Sr. Harry Potter teve vários desses ataques entre o sexto e sétimo ano, que eu me lembro muito bem. Mas todos eles, porque tinha ciúmes da Srta. Granger. Talvez... nem seja por ciúmes a situação de Natalie. Talvez seja... incredulidade ou... insatisfação. Isso é raro. Por isso sabemos quando a pessoa tem ou não. Natalie é nervosa? – ela disse, gesticulando.
- Bem... na maior parte do tempo. – declarou.
- Aí está.
- Mas... professora, eu acho que ela herdou o nervosismo da minha tia. Ela sempre foi assim.
- Bom, filho, agora não podemos fazer nada... a estudante já está desmaiada e é só esperarmos para ver o que dá... bom, até mais.
Victor fitou as costas da professora sair pela porta e fecha-la com um baque. “Eles não podem fazer nada”, pensou consolando-se, “e eu não sei o que fazer”.
Virou a cabeça para fitar os olhos fechados e adormecidos tranqüilos da garota.
Se imaginou sem ela. “O que seria de mim...”, mas agora via a garota com outros olhos. Pelo menos enquanto esta estava adormecida. Fitou sua melhor amiga, a que à dois anos atrás quebrara o braço ao tentar atravessar a rua, a que sempre lhe confortava com palavras doces e amáveis, a que sempre... “O que seria de mim...” pensou novamente. O cabelo de Natalie revolto e espatifado sobre o rosto lhe dava ar de superioridade e de mais velha. Victor a fitou mais profundamente. Notou que sem ela, o mundo dele não seria mais o mesmo, só a idéia de que um dia poderia perdê-la algum dia ficava desesperado. Sentiu uma queimação por dentro e uma sensação desconhecida, ainda. Levou as mãos à barriga e a esfregou com força. “Enjôo, mas de que???”... a sensação estranha não parou... algumas lembranças passaram em sua cabeça rapidamente e uma única frase que entrara sem querer na sua cabeça ficou: EU GOSTO DE NATALIE. Como aquilo foi parar ali não sabia, mas entendeu. É claro que gostava de Natalie. Como aconteceu ou quando não sabia dizer, só sabia que aquilo, além de um choque, foi uma certeza mais que absoluta. Como não percebera antes? Talvez os olhos do coração estivessem mais preocupados em saber de coisas fúteis. Os olhos de Victor rumaram aos de Natalie que se abriam lentamente.
- Am...? Vi-Victor??? Você está bem? – perguntou distraída, bocejando.
- Aham... – ele disse, tirando a mão da barriga rapidamente, tentando disfarçar.
No momento em que os olhos de Natalie se abriram, as janelas da difícil realidade também. Puniu os seus pensamentos e se concentrou em fazer o que sempre fazia, ignorando o que finalmente descobrira que sentia.
- Tem certeza? – arriscou a garota novamente, colocando os cabelos atrás da orelha e se sentando na cama.
- Aham. Quer dizer, não era eu quem devia ter perguntado isso??? – mudou o assunto.
- É... mas... eu não estou com essa cara.
- Qual cara?
- Com... essa! Quer dizer; você está com cara de quem não está nada bem.
- Jura?
- Natalie Potter, graças a Merlim!!! – era a Profª McGonnagall.
Victor olhou para a garota e sorriu, reconfortando-a.
Victor ia rapidamente ao banheiro masculino quando ouviu Ruan Scarlate correndo em sua direção:
- Victor, espere!!!
Victor olhou para trás, e estranhou ver pela primeira vez nesses um mês que estava na escola, o amigo de todas as horas.
- Ruan? Bom... se você quiser ir no banheiro primeiro eu te entendo. – disse, seriamente.
- Para com isso, cara! Eu aqui, passando pelo que eu estou passando, e você fazendo piadinhas? Eu quero me abrir com você!
- Mas... aqui no banheiro???
- Pára, Victor!!! É sério, cara!
- Então, fala! – pediu.
- Eu fiquei sabendo... fiquei sabendo que Natalie está namorando o Johnny McGregor!
Victor abaixou as sobrancelhas. Tinha ouvido da boca do melhor amigo que Natalie estava namorando... e sabia também que ele gostava dela! O pior de tudo é que tinha esquecido...
- Natalie... namorando???
- Victor... namorando??? – Natalie perguntou uma semana depois para Mary. – tem certeza???
- Absolutamente absoluta! Eu vi os dois... mas, não vejo motivos para você ficar nervosa desse jeito, amiga! Você está namorando Johnny McGregor! Quer coisa melhor?
- Não... é que...
- Que o que, que nada! Se você terminar com Johnny depois de tentar e tentar eu te mato!
Natalie refletiu por um momento, nem sabia o por que de ter ficado nervosa tão de repente!
Mas ainda não acreditava na bobagem que acabava de ouvir da boca da melhor amiga – mesmo sendo a melhor amiga – e iria tirar essa história a limpo... agora.
N/A: huhuhauhauua vcs nem imaginam o q vai acontecer!!!
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