Capítulo 4



A neve ainda fustigava pela janela fazendo um barulho amedrontador, principalmente para aqueles que não conseguiam dormir por causa da visita de um morto que voltou do além para dar bons conselhos. Duda voltara para seu quarto, mas permanecia com os olhos bem abertos, mexendo-os de um lado para o outro do quarto, à espera de alguma coisa que nem ele sabia o que era.

No outro quarto, Válter e Petúnia fingiam dormir. Petúnia ficava remoendo tudo que Dumbledore falara, mas não sabia o que pensar. Válter, por outro lado, dizia a si mesmo que havia sonhado e que não havia motivo para sua mão estar tremendo.


Claro que nenhum dos Dursley sonhara com a aparição, mas, às vezes, a mente das pessoas está tão condicionada a aceitar apenas aquilo que for condizente com sua realidade, que simplesmente não conseguem enxergar além de seus próprios mundos. O exemplo mais claro disso é a família Dursley, que apesar de terem tido contato com coisas estranhas ao seu dia-a-dia, ainda não admitem a possibilidade de existir algo além do que a ciência possa explicar.

O tempo passava e a família começou a se aquietar. Duda pode fechar os olhos, Petúnia parou de pensar e Válter relaxou a mão. 

De repente, Duda acordou. Olhou para o relógio na mesinha de cabeceira e estranhou. Quando fora se deitar, tinha certeza que eram mais de duas da manhã. Todo o Natal era assim, assistiam um grande filme, comiam muito, Duda mais que todos, viam os programas que passavam na televisão. Nunca iam se deitar antes de meia-noite. E com a conversa com o fan... com o homem prateado, estava certo de que passara-se muito tempo. Mas o relógio marcava meia-noite em ponto.

"Deve estar com defeito" e decidiu levantar-se e olhar no relógio da sala para saber as horas. Pôs os chinelos peludos e o roupão e foi para o corredor. Parou defronte a porta do quarto para olhar a estranha figura que estava parada olhando para as fotos penduradas nas paredes.

- Isso definitivamente parece um porco com chapéu de praia – disse o estranho ao contemplar uma das inúmeras fotos de Duda, que o retratava pequeno numa de suas idas à praia durante o verão.

Novamente tomado pelo susto, Duda gritou e saiu em disparada para o quarto dos pais. O Sr. e a Sra. Dursley deram um pulo da cama. Os três ficaram estáticos olhando para a figura que se aproximava.

- Olá, olá, família! – saudou o estranho. Vestia-se completamente de branco, da camisa de tecido aos tênis Nike. E também os dentes. Era uma figura particularmente divertida, o que deixou os Dursley um pouco mais tranquilos.

- Você é o espírito que veio nos visitar? – perguntou Petúnia ainda um pouco trêmula.

- Sim, de fato - respondeu o espírito – Eu sou o Fantasma do Natal Passado. Agora vocês, se fizerem a gentileza de segurar minha mão, vamos partir.

- Partir?! Mas está frio pra caramba lá fora, vamos congelar – indignou-se Válter.

- Quer fazer o favor de segurar minha mão? - pediu o espírito mais enfático.

A família entreolhou-se, e, um de cada vez, os Dursley seguraram a mão do espírito. Sentiram o corpo flutuar e, num instante, estavam em cima do nada. O quarto do casal desaparecera como fumaça e os Dursley viram um novo cenário sendo formado.

Estavam em uma rua repleta de casas iguais, todas cobertas pela neve. Em frente a uma das casas, uma garotinha loira, com um casaco cor-de-rosa e cachecol, estava sentada no batente, agarrada aos joelhos enquanto mexia na neve com os pés metidos nas botas. Nesse momento, uma outra garotinha, um pouco menor, ruiva, enrolada num casaco lilás também com cachecol, saiu da casa, com o rosto em êxtase.

- Olha Túnia, a neve está linda! – a garotinha exclamou enquanto ia para a rua.

- Lily, volta – disse a outra – Mamãe disse pra não sair de casa sem ela.

- Ah Túnia – Lily pareceu triste – Mas está tão lindo. E está com gelo, queria patinar.

- A gente patina mais tarde.

Lily não ficou satisfeita. Sentou no batente ao lado da irmã, também agarrando os joelhos. Para ela, era como se o mundo tivesse acabado.

- Tem outra coisa que a gente pode fazer – disse Túnia, numa tentativa de alegrar a irmã.

- O quê?

- Me diz você – falou a outra – Você já viu um anjo?

- Não.

- Então, a gente pode fazer um anjo.

- Sério?! – a pequena parecia radiante.

- Aham. Vem comigo - chamou.

As duas foram para a parte mais espaçosa do jardim. Túnia deitou-se na neve e disse para Lily fazer o mesmo.

- Agora você mexe os braços e pernas assim – e ela demonstrou. A irmã a copiou. Depois de um tempo, as duas rindo, competindo pra serem a mais rápida, Túnia disse que estava bom e falou a Lily para levantar com cuidado.

Levantando, elas puderam contemplar dois anjos de neve, um do lado do outro. Lily começou a pular de alegria.

- Túnia, eu fiz um anjo!


Túnia apenas ria, enquanto Petúnia chorava. Chorava ao ver sua infância, com sua amada irmã, o quanto eram felizes. Perguntava-se agora, como pode se afastar dela por tanto tempo. Como pode evitar pensar nela.


Válter e Duda se olhavam. Válter que sempre soubera o quanto sua esposa odiava a irmã ficou surpreso ao vê-la chorando por ela. E Duda, que nunca tivera nenhuma notícia da tia, de como ela era ou o que gostava, que só sabia que ela era uma bruxa e isso a tornava uma aberração, admirou-se ao vê-la pela primeira vez. Apesar de ser apenas uma criança, ela conquistara o coração de Duda, que viu-se triste por não poder tê-la conhecido.


- De fato, ela foi uma adorável pessoa – disse o espírito – Agora, se puderem segurar minha mão novamente...


O espaço em que estavam se desfez, e os Dursley e o Espírito do Natal se depararam com um outro quadro.


Uma Petúnia por volta dos seus quatorze anos estava sentada no sofá da sala assistindo a um programa qualquer na televisão. Na verdade, nem prestava atenção. Lançava olhares furtivos à porta, atenta a qualquer movimento no recinto.


A porta abriu-se, revelando uma garota ruiva, Lily, também um pouco mais velha, a quem a jovem Petúnia olhava com desprezo. Lily viu o olhar da irmã, bufou e foi na direção das escadas.


- Lily amor, será que você e sua irmã poderiam me ajudar aqui na cozinha – uma voz, que parecia ser da mãe das meninas, ecoou na sala – Seu pai foi comprar os enfeites que estão faltando.


- Eu até ajudaria, mãe. Se a Petúnia quiser ficar no mesmo lugar que eu – acrescentou olhando intensamente para a irmã no sofá.


- Você que é a bruxa toda poderosa. Por que não faz aparecer tudo então – gritou Petúnia de volta.


- Porque não dá pra criar as coisas do nada – retrucou


- Ah, então você não é a Lily perfeita afinal de contas!


- Tá vendo mãe! Não consigo ficar perto dela sem ela ficar me provocando – berrou Lily e saiu correndo escadas acima.


- Lily, volta aqui – a Sra. Evans apareceu na sala. Lily descia as escadas, colocando todo o seu peso sobre os pés, fazendo-os parecer estar calçados com sapatos de chumbo – Petúnia desliga essa televisão – Petúnia o fez, revirando os olhos. A mãe as olhava intensamente – Eu não quero saber quem fez o quê. Não quero saber o quê uma é, o quê uma faz, ou deixa de fazer, não quero saber se vocês não conseguem olhar uma na cara da outra. Vocês são irmãs. Isso não vai mudar nunca. Se vocês vão agir como irmãs ou não, vocês vão decidir. Mas eu não quero mais discussões na minha casa. Vocês fazem parte dessa família e vão se comportar como tal. Entenderam!


A Sra. Evans saiu deixando as duas na sala, se encarando fortemente, lançando olhares e repulsa uma à outra.


As lágrimas caiam pelo rosto da Petúnia espectadora como água da nascente. Quando ela achava que já havia chorado tudo, começava novamente.


- Vamos – disse mais uma vez o espírito.


Dessa vez, foram para um local diferente. A casa dos Dursley. Os viajantes do tempo viam agora uma Petúnia recém casada e um Válter bem mais novo do que o atual e talvez até um pouco mais magro. A casa decorada para o evento natalino.


A campainha tocou e Petúnia foi atender. Lá estava, novamente, a garota ruiva, tremendo de frio, por causa da nevasca.


- Não vai me convidar para entrar?


Petúnia bufou, mas a deixou passar. Lily entrou e ficou de pé na sala, já que o sofá estava totalmente ocupado por Válter, que se espichara. Lily achava que era porque ele não a queria do seu lado. Tirou o enorme casaco e as luvas. Pode-se ver que, pelo anel que usava, já era noiva.


- O que você quer? – Petúnia foi direto ao assunto.


- Queria dizer que vou me casar.


- Com aquele traste do Potter? – perguntou, sarcástica.


- Eu não chamo seu marido de traste, então não chame meu futuro marido assim – rebateu seca.


- Tanto faz. Sim, você vai casar. E daí?


- Gostaria que você fosse ao casamento. Queria que você fosse minha madrinha – pediu Lily com a voz baixa.


Petúnia olhou a irmã. Viu que o pedido parecia sincero. Mas o orgulho – o maldito orgulho – falou mais alto.


- Não.


- Como disse?! – Lily queria estar surda nessa hora.


- Não. Eu não vou ser madrinha de uma anormal, em um casamento anormal, repleto de gente anormal e com um noivo anormal – falou Petúnia com ódio.


- Petúnia, assim não dá pra continuar. Eu tentei, juro que tentei entender o que você sente, tentei fazer alguma coisa a respeito, pra melhorar nossa relação, mas não consigo – Lily estava com os olhos marejados – Petúnia, há quantos anos nós não conseguimos nos falar direito. São apenas palavras amargas, raiva, rancor. Eu não posso mais com isso. Você não me deixa chegar perto, você se fecha pra mim. Você não me deixa entrar, falar com você como nós nos falávamos. Os anos passam e eu só sinto que estamos cada vez mais afastadas. Eu queria tanto que nós voltássemos a ser como éramos. Nós duas, Túnia. Por favor. Minha irmã e eu.


Petúnia olhou para Lily com toda a amargura que havia dentro dela e disse:


- Eu não tenho irmã.


As lágrimas caíram sem barreiras pelo rosto de Lily. A face vermelha, os lábios tremendo denunciavam que ela iria ter um colapso a qualquer momento. Antes que alguém fizesse alguma coisa, Lily saiu em disparada pela porta da frente, no meio da nevasca.


- NÃO LILY, VOLTA – a Petúnia mais velha gritou de dor, as lágrimas caindo descontroladas pelo seu rosto – VOLTA LILY! – Petúnia saiu em disparada pela neve, mas não podia ver nada. Apenas continuava gritando – LILY! LILY, ME PERDOA. EU NÃO QUIS DIZER AQUILO. LILY, VOLTA PRA MIM.


- Bem, já vai tarde – o jovem Válter falou de dentro da casa – E seria bom se não voltassem. Odeio essa gente esquisita.


O Válter mais velho tinha os olhos úmidos. Era como se o tempo o tivesse deixado mais entendido das coisas. Rever aquela cena agora lhe doía. Seria por que aquela moça, sua cunhada, falecera depois? E ele? Como pôde dizer uma coisa daquelas?


Duda estava atônito. Não entendia muito da relação da mãe com a tia, mas sentiu pena de Lily ao vê-la quebrada desse jeito. Também lhe doeu ver aquilo, ver o amor das duas se desfazendo com o passar dos anos.


O espírito ficou quieto um minuto. Via Petúnia caída no chão, chorando, agarrada às suas lembranças, via Válter arrependido de seu comportamento e Duda, que mal sabia o que pensar.


- Lamento interromper o momento de reflexão de vocês, mas precisamos continuar – falou o espírito.


- Não. Não, eu não vou – exclamou Petúnia – Não pode me obrigar. Eu não posso continuar a ver essas coisas, você não tem o direito de fazer isso comigo.


- Mas vocês ainda precisam ver. A noite mal começou meus caros. Segurem minha mão.


Relutantes, os Dursley seguraram a mão do espírito e mais uma vez foram transportados pelo tempo.


Estavam novamente na casa dos Dursley, mais uma vez enfeitada para o Natal. Viam uma Petúnia atarefada, arrumando a mesa de jantar, um Válter pregando enfeites pela parede e um Duda mais novo, olhando as bolas da Árvore de Natal.


- Petúnia querida, não acha que já tem coisas demais nas paredes? – perguntou o marido fazendo uma careta.


- Não querido. Termine de pôr as meias, que ainda está faltando a guirlanda da porta de entrada – disse a esposa, sem parar o que estava fazendo.


- Outra guirlanda?! Mas já temos guirlandas em todos os cômodos!


- Mas a da porta de entrada é essencial – respondeu cantarolando.


Váter bufou, mas continuou a pregar os enfeites. A música natalina ecoava pela casa, deixando todos extasiados pela perspectiva do Natal.


- Mamãe, quando o Papai Noel vai chegar? – perguntou Duda de repente, desviando o olhar da enorme bola vermelha que observava e passando a olhar embaixo da Árvore, para a falta de presentes.


- À noite meu anjo. Papai Noel só vai chegar quando você estiver dormindo.


- Mas eu quero ver ele – bufou Duda, manifestando sua raiva.


- Oh meu anjinho, eu levo você no shopping center para você ver o Papai Noel – disse a mãe, numa tentativa de acalmar o filho.


- Eu já vi! Eu quero ver ele aqui em casa agora! – berrou Duda.


- Vamos fazer assim meu fofinho. Vamos fazer um monte de biscoitos em forma de Papai Noel para você deixar para ele, que tal?


- E um copo de leite também? – perguntou Duda.


- Sim, meu anjo. Você vai querer biscoitos e leite também?


- Não – respondeu com cara amarrada – Eu quero bolo de chocolate com muita calda e um copo gigante de leite com chocolate.


- Sim meu amorzinho, tudo que você quiser – respondeu Petúnia, dirigindo-se novamente à cozinha para fazer o pedido do filho.


Nesse momento, a porta do armário embaixo da escada se abriu. Um garoto pequeno e magro, cabelos preto e bagunçados, olhos verde vivo, saiu de dentro do armário, cautelosamente. Ele ia em direção à cozinha. Lá chegando parou olhando a mulher lá dentro com cuidado.


- Tia – chamou baixinho.


Petúnia se virou. Ao ver o sobrinho, suas feições endureceram. Olhou com cara amarrada e perguntou:


- O que você quer?


Harry tremeu um pouco ao sentir a raiva da tia em apenas vê-lo. Era como se sua presença pudesse estragar todo o dia do Natal.


- Eu estou com fome – disse temeroso – Queria saber se podia comer alguma coisa, por favor.


- Não. Você vai esperar a hora do jantar e se continuar a encher minha paciência, nem jantar você vai ter – respondeu seca.


- Ei moleque, para de atrapalhar sua tia. Ela tem muito o que fazer e não pode desperdiçar tempo olhando para sua cara feia. Saia daí e nos deixe trabalhar. É muita falta de respeito mesmo – resmungou Válter do outro lado.


- Desculpe – pediu Harry.


- Ei Harry!


O menino se virou para ver o primo chamando-o da sala e foi até lá.


- Sabia que é hoje que o Papai Noel vem? – perguntou Duda maliciosamente.


- Sabia sim – respondeu timidamente.


- E sabia que hoje ele vem me deixar milhares de presentes?


- Não, não sabia – a feição do menino entristeceu um pouco.


- Pois é. Ele vem todo Natal para deixar presentes para as crianças que se comportaram direito – disse com um sorriso – E como eu me comportei direito, ele vai me trazer muitos presentes. E como você é um idiota sem cérebro que nunca se comporta bem, ele não vai trazer nada para você – concluiu satisfeito.


- Mas eu me comporto bem. Não tenho culpa se às vezes coisas estranhas acontecem. Não sou eu quem faz elas acontecerem.


- Claro que é culpa sua. Tudo de ruim que acontece é culpa sua – acusou Duda – É por isso que todo mundo te odeia. Ninguém gosta de você, nem seus pais gostavam de você!


Harry nem viu o que aconteceu. Apenas ouviu os gritos dos tios. Quando reparou na sala, na Árvore de Natal, todas as bolas haviam explodido, lançando estilhaços para todos os lados. Alguns pegaram em Duda, ferindo-o levemente nos braços. O suficiente para causar alvoroço em cima do primo, e, em seguida, em cima de Harry.


- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – esbravejou Válter.


Harry mal podia ouvir, entorpecido pela tristeza como estava. Não entendera nada do que os tios lhe gritavam durante o tempo que se sucedeu e mal percebeu ser arrastado para o seu armário e trancado pelo resto do dia e da noite.


Tudo o que conseguia pensar era em como estava sozinho e como seu Natal era triste. E os Dursley que estavam assistindo pareceram finalmente perceber isso. Finalmente haviam percebido quanto mal fizeram àquela criança. E choravam.


- Por que eu disse isso? – perguntou-se Duda. Ele não sabia nem o que pensar. Sempre se achara superior ao primo em todos os sentidos. O maior, o que tinha mais amigos, o que tinha pais, o que os pais amavam e lhe davam tudo que queria. Há um tempo ele já sentira que Harry não era uma pessoa tão ruim assim. Mas ainda não percebera o quão egoísta e cruel ele era para com o primo.


Válter sentia o mesmo. Por algum motivo, aquela viagem o deixara mais sentimental. Nunca fora de sentir muito pelos outros, no máximo, apenas por si mesmo, pela mulher e pelo filho. Nunca sentira necessidade de se lembrar dos outros. Quem eram os outros? Desconhecidos, pessoas insignificantes em sua vida, por que deveria lhes dar atenção? Mas agora lhe doía ter sido tão egoísta, por tanto tempo. As lembranças agora, essas reflexões proporcionadas pelo espírito, pareciam trazer uma coisa desconhecida por Dursley: a compaixão.


Petúnia apenas pensava que, se fosse seu filho, Lily jamais haveria tratado-o dessa maneira. Sabia que a irmã era simplesmente adorável, amável em todas as maneiras. Incapaz de sentir ódio. Era uma daquelas pessoas, cujo coração é tão bom e puro, que parecem ter sido feitas para tentar transformar o mundo num lugar melhor. Petúnia admirava-a tanto por isso. Aquele sorriso de criança que nunca saíra do seu rosto. Todos seus sentimentos assolavam-na agora de uma vez só. A tensão era grande demais, e ela só pode chorar mais.


- Devo pedir mais uma vez que me acompanhem – o espírito manifestou-se – Nossa viagem chega ao fim.


Os Dursley viram-se então, novamente em sua casa, mas dessa vez, no quarto de casa, na Noite de Natal de presente. Estavam em silêncio, perdidos com suas lembranças, com os natais passados visitados e com os sentimentos descobertos.

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