game.



Faça alguma coisa Hermione. Faça ALGUMA COISA, qualquer coisa!


Mas não, você CONTINUA aí, parada que nem pedra (?), que nem areia(?), que nem uma garota... parada.


Isso não é bom, não é bom Hermione Jane Granger!


Você é a monitora-chefe por aqui. Imponha-se!


Não deixe que esse... esse... SONSERINO ‘estúpido’ permaneça... impune, oras!


Ou então... Saia dessa sala em comum dos aposentos pra monitores! é, SAIA. Ele que fique sozinho. Aliás, só ele e seu maldito EGO estão entupindo essa sala!


Oh deus... Ah não, o sorriso NÃO! Preciso ser forte.


Ele se aproxima... Está me tentando, seja forte garota! Lembre-se do Rony! Quer dizer, ele é o ‘namorado’ perfeito. Blaise está apenas tentando me fazer errar, de novo e de novo. Porque isso é o que ele sabe, perverter.


- O que quer, Zabine? – Pergunto.


- Você sabe a resposta.


Reviro meus olhos.


- Dá o fora daqui, Baise. – Peço, fingindo ler as páginas do livro que estivera folheando antes de ser “atrapalhada”.


- se você for comigo... – Cantarolara.


- Pode me fazer um favor?


- Qualquer coisa pra minha sangue-ruim, tsc. – Ironizara, fitando-me com um ar de perversão.


- Some da minha frente.


Ele arqueara uma de suas sobrancelhas, ponderando sobre algo.


Sempre sinto medo quando ele faz isso.


- O que acha de um jogo?


- Jogo? – Murmuro, confusa.


Eu sei que é idiota ainda estar conversando com ele, eu deveria tê-lo ignorado quando tive chance, mas não é como se eu tivesse alguma força para fazê-lo.


Um dia a gente acorda, somos os mesmos.


No outro dia, trocamos as primeiras palavras.


Se eu soubesse o que uma porra de “oi” teria causado, jamais teria trocado sequer uma palavra com o Imbecil em questão.


- É, Granger. Um jogo de razões, e caso eu vença, quero que me beije.


Passaria horas, DIAS, ANOS apenas tentando encontrar algum tipo de trapaça digno de um sonserino como ele. O jogo parecia justo. Mas eu tinha medo de quebrar as regras.


Saia daí, Hermione! Não faça acordos com caras como ele! Você sabe que ele não é confiável, ô droga!


- Tudo bem, vamos jogar com três razões... – Inquiro, porque temo que ele consiga me persuadir.


Ele sorri. Como um sonserino, como um canalha, como um vilão.


- Okay. Me dê uma razão de porquê você está com o Weasley. – Dissera.


“Boa pergunta, Blaise.” Foi o que eu quis dizer-lhe. O moreno provavelmente já havia planejado essa conversa tantas vezes que sabia os pontos que poderiam ‘confundir’.


Não havia resposta plausível. Esse era o pior.


- Eu amo ele, isso é tudo. – Respondo.


Demorou menos que alguns segundos para que ele conseguisse encontrar subterfúgios em nossa primeira partida.


- Você não o ama.


Aquilo fora apenas sua afirmação. Sinto a vontade de azará-lo: ele venceu. E ele sabe disso.


- Próxima. – Falo, irritada.


- Me dê uma razão para FICARMOS juntos.


Meu pulso acelerou e um desespero descomunal tomou conta das minhas reações.


Trapaceiro! Trapaceiro!


Como, raios, ele queria que eu lhe desse uma razão tão estúpida? Quer dizer, ele queria que eu ENCONTRASSE motivos para querê-lo. Para permitir que ele me queresse.


- Dizem que os opostos se atraem. – falei, de forma vaga.


Ele quase sorriu. Agora era sua vez, ele precisava ter um argumento contrário que vencesse o meu.


- Você é uma metódica, completamente puritana, futura Auror, praticamente doando sentimentos nobres por aí. – Começara. – Já eu sou um completo sádico, que costuma considerar tudo um desafio. – Pausara. – é por isso, granger. Nunca daríamos certo.


Eu não entendia mais aquele jogo. Quer dizer, ele havia ganhado.


Mas o seu discurso cínico só havia me convencido do quão incompatíveis éramos.


- Tá Blaise, você venceu.


Eu não tive tempo pra pensar no que havia acabado acontecer, porque os lábios dele já estavam contra os meus.


Era atração. Era força da gravidade. Mas eu queria que fosse mais que isso. E eu ri quando ele mordeu meu lábio interior,  pra que eu entreabisse minha boca e sua língua pudesse me explorar.


Ouvi o som das coisas quebrando após terem sido jogadas de cima da mesa. Blaise me sentou lá e continuou a sessão de beijos. Eu não sabia o que pensar, porque não havia nada racional.


Isso ainda era um jogo? Eu ainda queria vencer? Metade do mundo usa a racionalidade como forma de não perder o controle, mas que diferença isso faz agora? Eu já perdi o meu, ops.


O ar estava faltando. Meu peito subia e descia. Podia ouvir o som dos batimentos e o som incontrolável da minha respiração. Eu queria por um segundo vergonhoso parar de arfar feito uma adolescente cheia de hormônios.


Fala sério!


Por que eu tô gostando de beijar  (e ser MUITO bem beijada, diga-se de passagem)  por um SONSERINO? Argh. Isso devia ter causado uma ânsia de vômito, CERTO? AH MEU MERLIN! O que tá acontecendo comigo? Blaise Zabine não me enoja, isso é um problema? Não, nem precisa responder. Eu sei que é. Não só um problema, isso é um sintoma de insanidade.


Ah meu deus, como eu ODEIO ELE! ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO E ODEIO! ESSE... SONSERINO... CONVENCIDO... E...E... PRESUNÇOSO... COM ESSA BOSTINHA DE SORRISO SAFADO... E COM UM BEIJO QUE... não, não. Eu não acredito que eu ia MESMO dizer que ele beija bem!


Pensar nunca ajuda nessas horas, acabo de me dar conta. Não, sério. Quer piorar qualquer situação? Comece a pensar sobre ela.


O jogo precisa acabar.


Ele venceu, ele venceu. Que consciência mais idiota.


Afastamos-nos. Ou talvez eu tenha o empurrado com força.


Ele me encara. Ah não, o olhar inocente... NÃO!


- Granger? – Começara. – Granger? – Gosto quando ele fica sério, fica um pouco menos perigoso. – GRANGER!


- Hã? – Pausa. - Se importaria de fingir que isso nunca aconteceu? – Peço, um tanto quanto trêmula.


- Foi um jogo. – O rosto contrai apenas pra esboçar um sorriso indiferente.


-Um jogo?


- É.


Respiro fundo. (como alguém poderia respirar raso, afinal de contas?). Sinto alguma coisa estranha dentro de mim. Dói. E meus olhos ardem. Tenho alguma coisa entalada na garganta. Quero sumir dessa sala. Dói tanto, mas eu não sei o porquê.


Minha expressão é dura, quase inquebrável.


- Okay Blaise... O jogo acabou. – As palavras machucam, quando ditas nessa ordem. – Enfim, preciso ir a biblioteca. – Digo. – Se alguém souber do que houve nessa sala, prepare-se pra morrer Blaise Zabine.


- Relax, Granger. Esse vai ser o nosso segred... – Dou de ombros e saio dali, não espero que ele termine a frase.


Preciso de ar. Preciso de orgulho. Alguém segura meu braço. Ah merda. O QUE FOI AGORA, PORRA?


- Espera, Granger...


- Por quê? – Pergunto, como quem diz “aff, me deixa em paz”.


- Eu não sei... Apenas espere. – Ele falou, com  a voz anormalmente séria.


Continuamos nos encarando. O silênciou cantou pra nós por muito tempo. Eu continuava lá com ele, os dois idiotamente parados sem se mover.


- Isso tá começando a ficar ridículo, Blaise... – Disse, pouco antes de revirar os olhos.


- Sim, eu me importaria.


- O quê?


- Você perguntou se eu me importaria de fingir que isso nunca aconteceu... E a  minha resposta é: sim, eu me importaria. E eu não faço idéia do motivo, mas eu me importaria; e eu me importo quando o Weasley chega perto de você, ou quando o Draco tenta humilhá-la, e mais que tudo, eu me importo com o fato de você não ter noção do quanto me afeta.


Só agora pude notar que prendi a respiração, pouco antes dos meus lábios encontrarem os dele de novo.


Talvez esse jogo não tenha sido tão ruim.


THE END.


n/a: Já tinha escrito essa história meses atrás. Algo beeeeem estranho. Uma tentativa meio que fracassada de usar o novo ship, que eu sou vidrada, totalmente. *-*


Espero que tenham gostado.


História mais que clichê, humor sarcástico-de-sempre. Nada de novo, eu sei. Me processem por isso :)


Espero que tenham gostado. Comentem \õ

Compartilhe!

anúncio

Comentários (4)

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.